Os alunos estão experimentando o processo fotográfico alternativo da cianotipia. Depois de termos misturado os sais de ferro da fórmula química, passamos essa solução no papel de gravura e fizemos a impressão de fotolitos de algumas folhas, ramos e flores.
A cada construção de fotolito (que é uma fotografia feita diretamente no papel sensibilizado), o olhar estético sobre o processo foi amadurecendo. Os alunos realizaram todo o processo, da escolha dos materiais para o fotolito à montagem, sensibilização na luz negra e revelação na água.
Uma das vantagens da cianotipia está justamente no uso da água como agente revelador do processo, facilitando assim o manuseio livre pelas crianças.
A cruzadinha é uma ótima maneira de aperfeiçoar a escrita e a leitura. As crianças estavam curiosas para usá-la, e agora, com hipóteses mais avançadas, ela se tornou um importante desafio.
Ao escrever, alguns percebem que faltam letras, e repensam suas hipóteses, ampliando saberes e descobertas.
A interação com os amigos e professoras tem sido rica e estimulante nesse processo.
As turmas relembraram suas experiências anteriores com um quebra-cabeças muito conhecido pela maioria das crianças: o tangram.
Formado por sete peças resultantes da decomposição de um quadrado, o tangram foi motivo de muita diversão em sala de aula. As crianças foram desafiadas a resolver problemas e instigadas a montar novas formas geométricas combinando peças, como um quadrado feito por dois triângulos do mesmo tamanho.
As crianças foram apresentadas ao livro Children Just Like Me, de Anabel Kindersley, que através de lindas fotografias de crianças ao redor do mundo mostra as famílias, casas, vestimentas, entre outros aspectos de suas vidas e cultura.
Iniciamos a leitura do livro pela história do carioca Rafael, ouvindo com atenção as informações sobre sua vida, preferências e sonhos, descobrindo que muitos aspectos das nossas vidas diárias são semelhantes à dele.
Para aprimorar as habilidades de audição e escrita, pedimos às crianças que registrassem em seus cadernos informações importantes que estavam na história: Where does he live? How old is he? What is his favorite food? Does he have a pet? What is his favorite sport?
No decorrer das aulas seguintes e já com o vocabulário concretizado, as crianças produziram um pequeno profile com perguntas semelhantes às do Rafael, e com muito capricho produziram um autorretrato.
No final pedimos que apresentassem o que produziram aos colegas. Leram com muita animação e competência, orgulhosos de compartilhar suas referências.
A turma recebeu as pesquisadoras Tati, mãe do Benjamin, e Cecília, mãe do Jun, para uma conversa enriquecedora sobre Maracatu.
Durante a visita, as crianças exploraram a história, a música, a dança e os valores culturais que permeiam o Maracatu e, por extensão, a cultura pernambucana. Com essa experiência, refletiram sobre a importância de preservar e valorizar as tradições culturais do nosso país.
Um dos momentos mais encantadores da visita foi o Maracatu Atômico. As crianças ficaram maravilhadas ao conhecer essa manifestação artística tão vibrante e cheia de energia.
Com esse espírito contagiante, gostaríamos de agradecer à Tati e à Ceci por compartilharem seus conhecimentos e enriquecerem nosso aprendizado através dessa parceria inspiradora.
Dando continuidade às dicussões sobre a cidade e seus quintais, as turmas aproveitaram a ida ao CCBB e deram uma volta pela área central da cidade. Conheceram a Praça XV de Novembro e seus principais pontos de referência, como o chafariz do Mestre Valentim, o Paço Imperial, a Igreja do Carmo, antiga Capela Real e a da Terceira Ordem. Tudo acompanhado de muita história da ocupação da cidade, envolvendo também informações geográficas.
Depois, seguiram pelo Arco do Teles até o CCBB, onde apreciaram algumas obras de Heitor dos Prazeres e a exposição Do Sal ao Digital, esta com o objetivo de aproximá-los ainda mais da história e importância do sistema monetário. Foi um passeio bem aproveitado, que relacionou muitos conhecimentos de naturezas diversas.
Engana-se quem pensa que na Bahia o povo só se delicia com acarajé e abará!
No embalo das viagens pela região Nordeste e curiosas com o sistema de medida de massa, as turmas foram apresentadas ao livro No Tabuleiro da Baiana, de Sônia Rosa, no qual conheceram a história de um quitute baiano muito tradicional: o bolinho de estudante. Essa delícia era vendida pelas quituteiras no portão das escolas, na hora da saída dos alunos.
É um doce feito com tapioca, coco e açúcar. Pode ser frito ou assado e deve ser apreciado ainda quentinho, pois a massa fica mais saborosa assim.
Para realizar a receita, as turmas planejaram os ingredientes a providenciar, identificaram os instrumentos de medida que deveriam ser utilizados para chegarmos às medidas certas no preparo do bolinho, estimaram as medidas necessárias da receita dobrada ou triplicada e a quantidade de bolinhos que daria para cada um degustar.
Durante a feitura as crianças colocaram literalmente a mão na massa, moldando-a, e conferiram cada ingrediente adicionado. O resultado foi uma tarde divertida e deliciosa, com sabor de coco, canela e muita aprendizagem.
O projeto das turmas está viajando pelo Brasil e conhecendo nossas festas populares. Ao longo do ano, estudaram a origem de festejos como o Cavalo Marinho e a Festa Junina, além de pensarem sobre a relação deles com a agricultura, os trabalhadores e os diferentes contextos históricos brasileiros.
Ao caminhar, é sempre importante lembrar de onde se partiu. Por isso, depois de um semestre de estudos, aproveitaram para relembrar um dos primeiros momentos de sensibilização para o projeto: a exposição do fotógrafo Walter Firmo.
Usando fotografias de festas populares do artista e inspirados pelo trabalho da Larissa Chagas, as crianças criaram colagens coloridas que viraram a capa do caderno de Projeto, ou melhor, a capa do diário de bordo que segue nos acompanhando na viagem pelo Brasil de festejos.
Iniciamos o segundo semestre com duas novas músicas. A primeira foi Chegança dos Marujos, canto tradicional que abre festejos de marujada de Minas Gerais, que também integram músicas como Marinheiro Só e Quem te ensinou a nadar, bem conhecidas por muitos brasileiros.
Assistimos a dois vídeos de Marujada, um da Bahia e outro de Minas, comparamos as duas festas, observamos semelhanças e diferenças na instrumentação, na organização, nas vestimentas. Também observamos sua relação próxima com a Nau Catarineta, por narrar aventuras vividas nas travessias do oceano, e com o Congado, pela instrumentação e musicalidade.
Depois dessa canção, singela e bela, cantada em intervalo de terças pelas duas vozes do coral (como se costuma cantar nas festas), iniciamos o novo arranjo com a música Manda Chamar, de Roberto Mendes e Capinan. Contextualizamos a letra assistindo ao vídeo de Daniel Munduruku (disponibilizado no Classroom e em anexo) e conversamos sobre os compositores desse lindo samba de roda, interpretado em gravação de 2000 por nossa atual ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Roberto Mendes é da cidade de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, conterrâneo de Caetano Valoso e Maria Bethânia, tendo sido gravado pela cantora diversas vezes. É um grande defensor do samba de roda baiano, pesquisador da viola machete e da cultura de sua terra. Capinan é um grande poeta brasileiro, letrista de diversas canções, entre elas o clássico Massemba, em que narra a travessia vivida pelos africanos escravizados — também parceria com Roberto Mendes, eternizada por Maria Bethânia.
https://www.youtubeeducation.com/watch?v=s39FxY3JziE