As F6 fizeram o primeiro contato com o livro didático de Matemática.
Começamos observando a capa e as ilustrações da edição deste ano, e a contracapa, na qual pudemos ver também como é o que será usado no Sétimo Ano.
Lemos a carta que os autores Luiz Inemes e Mareclo Lellis escreveram, direcionada aos alunos, o que gerou uma conversa sobre a função da Matemática na vida escolar, de desenvolver o raciocínio lógico, mesmo para os estudantes que não optarem pelas ciências exatas.
Destacamos a importância de algumas dicas dos autores que combinam muito com o que acreditamos na Sá Pereira: “pense, pergunte, envolva-se na resolução dos problemas, explique como pensou, ouça os argumentos dos colegas e reflita sobre eles, discorde quando for o caso, mas justifique sua opinião.”
Com a leitura de um capítulo do livro, relembramos as regras para a resolução de expressões numéricas já estudadas no Quinto Ano e nos aprofundamos no assunto, conhecendo dois novos símbolos: os colchetes e as chaves e suas utilidades.
Por fim, aproveitando este momento em que a primeira avaliação de Matemática já está marcada, colamos no caderno um recorte sobre como estudar.
Fizemos uma leitura coletiva e conversamos sobre outras formas de estudo, para entendermos a diferença entre fazer o dever de casa e estudar.
Recebemos o Coordenador Rafael Bronz nas tribos de F6 para fazermos uma dinâmica sobre escutatória.
Os estudantes tiveram o desafio de ficar 20 minutos sem falar!
A fala só era permitida para a pessoa que sentasse na cadeira amarela, pois esse era um sinal de que ela havia pedido a vez e tinha algo a comentar ou opinar sobre o assunto proposto.
Ao final da dinâmica, pudemos conversar sobre o que aconteceu, o que foi fácil ou difícil nesse desafio.
Os estudantes adoraram a experiência e ficaram impressionados ao descobrir pensamentos e planos de futuro sobre seus colegas de turma de tanto tempo.
Quando a escuta está aberta e o silêncio se torna presente, abrimos a possibilidade de aprender mais e melhor.
Nas aulas de Música das F6, começamos a prática de conjunto com o Samba do Blackberry, do grupo Tonos.
As crianças escolheram seus instrumentos, agruparam-se em naipes de cordas, percussão, vibrafones, teclados, voz, e iniciamos os ensaios.
A percepção do todo e das partes do arranjo está sendo o primeiro desafio, pois o encaixe da engrenagem sonora depende de que todos pulsem juntos.
A reflexão constante sobre o processo tem nos ajudado a equalizar as intensidades dos naipes, tornando mais nítida a função de cada instrumento no arranjo.
Conhecemos também a história e as origens do ukulele, que chegou ao Havaí com os navegantes portugueses.
Nas F7, as conversas sobre os objetos trazidos para as aulas de Artes Visuais renderam ótimas reflexões sobre o que é considerado arte na contemporaneidade.
Questionamentos surgiram: o que agrega valor a um objeto; classificá-lo como representação cultural ou objeto utilitário; reconhecer seu valor afetivo e seu valor de mercado.
Os alunos ouviram um trecho introdutório do livro Isto É Arte, de Will Gompertz, no qual o autor relata a atitude audaciosa de Marcel Duchamp ao transformar um mictório comum em obra de arte.
“Mas como esse objeto se torna arte?”
“O que Duchamp queria com essa atitude?”
O texto nos conta que Duchamp procurava uma nova escultura, pela qual objetos utilitários se livrassem de suas funções para se tornarem arte.
Debatemos muito, houve alguma incompreensão inicial, mas os estudantes foram entendendo que, naquele mundo pós-revolução industrial, a arte não poderia ficar estagnada.
Nas F7, definimos a canção The Robots, do grupo alemão Kraftwerk, como alvo das práticas de conjunto nas aulas de Música.
Contextualizamos o gênero musical techno, destacando o papel pioneiro do grupo.
Uma breve história da música tonal – de Bach a Wagner – se fez necessária, pois a saturação do tonalismo, a revolução industrial e as questões sociais do século 19 influenciaram os movimentos musicais surgidos após essa época.
A letra de The Robots e a performance do grupo se conectam profundamente com o projeto das F7 e com os conteúdos das nossas aulas.
As F8 conheceram, nas aulas de Artes Visuais, a obra do artista sul-africano William Kentridge em toda a sua complexidade.
Apreciaram alguns de seus trabalhos mais significativos e perceberam como o artista consegue explorar as mais diversas mídias, ampliando suas possibilidades criativas.
Ficaram curiosos com relação aos processos do artista, questionando as possibilidades de se expressarem artisticamente com essas técnicas e materiais de fácil acesso e manuseio, como as páginas de um livro, uma escultura de papelão ou uma animação em carvão.
As F8 iniciaram a leitura de Uma Vida no Céu, do escritor angolano José Eduardo Agualusa.
Nesse romance, um grande dilúvio, causado pelo aquecimento global, e o desaparecimento dos países submeteram os humanos a uma vida alternativa. Os que sobreviveram passaram a integrar sociedades flutuantes.
O protagonista Carlos, de 16 anos, vive em Luanda, um conjunto de balsas que escolheu como negócio os livros, tornando-se uma aldeia biblioteca.
A mãe dele é a bibliotecária-chefe da aldeia. O pai, após cair da balsa em uma tempestade, está desaparecido.
Os alunos têm feito atividades sobre o livro no diário de leitura, nos tempos semanais de biblioteca.
As F9 começaram a ler, nas aulas de Português, o romance Admirável Mundo Novo, do escritor inglês Aldous Huxley.
O texto da orelha do livro já nos adianta um pouco da complexidade dessa distopia:
“A Terra agora se divide em dez grandes regiões administrativas. A população de dois bilhões de seres humanos é formada por castas com traços distintivos manipulados pela engenharia genética: nos laboratórios são definidos os pouco dotados, destinados aos rigores do trabalho braçal, e também os que crescem para comandar. Não há espaço para a surpresa, para o imprevisto. O slogan ‘comunidade, identidade e estabilidade’ sustenta a trama do tecido social. Estamos no ano 632 depois de Ford – aquele da linha de produção de automóveis –, quando o amor é proibido e o sexo, estimulado.”
Os alunos têm feito atividades sobre o livro no diário de leitura, nos tempos semanais de biblioteca.