As F1 iniciaram as pesquisas acerca dos materiais e movimentação das bonecas e dos bonecos que apareceram na caixa surpresa.
As crianças observaram e listaram os materiais que encontraram: tecido, madeira, plástico, palha…
Muitas são as perguntas e as hipóteses dos pequenos, e para começar as investigações elegemos as bonecas de tecido. Linha, agulha, mãos, máquinas… Como são costuradas? Quem costura? São todas feitas do mesmo jeito?
As turmas estão recebendo visitas muito especiais para ajudar a responder a essas perguntas, e aos poucos vamos dando notícias.
Apreciamos a obra Costureiras, de Tarsila do Amaral, e os pequenos atentaram para as cores, as personagens, e claro, os elementos relacionados à nossa pesquisa: máquinas de costura, carretéis e tecidos.
Elas partiram de uma parte da obra para recriá-la, em um momento prazeroso de fruição.
A Turma do Robô recebeu uma visita especial e contou como foi o encontro.
“Convidamos a Renata, mãe da Ava, para vir na escola porque descobrimos que ela sabe costurar e que ela tinha feito o brinquedo preferido da Ava: um coelho de pano.
Ela é figurinista e contou que, no começo da pandemia, foi com a Ava e o Otto passar um tempo no sítio. Como estava ficando frio e eles não tinham levado roupa de inverno, a Renata começou a criar roupas com os cobertores.
As roupas ficaram muito legais, mas começaram a sobrar muitos pedaços. A Ava ficou brincando com eles e depois pediu para a mãe dela fazer bonecos.
A Renata então mostrou pra gente como se faz esses bonecos. Ela corta o molde, coloca em cima do tecido, desenha e corta de novo. Depois junta as partes costurando, coloca o enchimento e costura para fechar.
Ela trouxe um boneco quase pronto para gente terminar junto aqui na escola. Nós enchemos o bichinho, que é uma oncinha, e demos o nome pra ela de Avinha. A Ava colocou o perfume favorito dela na oncinha pra gente lembrar sempre dela.
Achamos o encontro muito legal, mas vamos sentir muita saudade da nossa amiga.”
(Texto coletivo)
O quadro numérico chegou às turmas, recheado de mistérios que aos poucos estão sendo desvendados.
“Olha! Aqui sempre termina com o algarismo 0!”
“E aqui sempre termina com o algarismo 9.”
“É porque dá pra contar de 10 em 10.”
Essas e muitas outras discussões foram revelando alguns dos tantos segredos do nosso sistema de numeração decimal.
Para adentrar as brincadeiras, as crianças foram desafiadas a encontrar o lugar correto de determinados números em um quadro inicialmente vazio.
Conversaram sobre as possibilidades, levantaram suas hipóteses, perceberam algumas regularidades e discutiram a utilidade do quadro numérico nas caminhadas matemáticas.
Nas aulas de Teatro das F2 estamos planejando representar bonecos com a mão, com os dedos, com papel, com pregador de roupas e com meia.
Para começar, os alunos experimentaram manipular um fantoche feito de meia, levando em consideração as características de um personagem já construído: Joaquina, uma menina muito sensível, preguiçosa, de voz fina, que gosta de dormir bastante e se irrita com facilidade.
O manipulador se relaciona também com a plateia.
As crianças tiveram o desafio de fazer ambos, a Joaquina de voz fina e o manipulador com a voz dele.
Os olhares, tanto do boneco quanto do manipulador, são importantes para que a plateia entre no jogo cênico e acredite no fantoche.
As crianças se divertiram muito! A plateia era ativa e fazia muitas perguntas para a Joaquina.
Na próxima etapa faremos fantoches de papel.
Compartilhamos aqui um trechinho da aula.
Fantoche de Meia (link)
Nas aulas de Dança das F2, conversamos sobre memórias gravadas em nossos corpos.
Cicatrizes, histórias, sinais de família.
Com fotos trazidas pelos alunos, para compartilhar os movimentos que essas lembranças nos trazem, experimentamos as sensações que nossos amigos viveram em cada um daqueles momentos ali registrados.
Afinal, o que é dividir?
Essa pergunta disparou boas discussões nas F3. As crianças compartilharam seus conhecimentos e deram exemplos do que significa dividir.
“Dividir uma borracha com um amigo que está sem é compartilhar com ele.”
“Distribuir e dividir nem sempre são a mesma coisa.”
“Eu posso dividir minhas 4 canetas com a minha amiga. Cada uma ficará com duas.”
Aproveitando a discussão, as turmas foram convidadas a dividir uma determinada quantidade de tampinhas.
Em um tom descontraído, foram construindo estratégias para realizar a divisão. Dividindo em duas partes, três, quatro…
As crianças descobriram como essa operação pode auxiliar em outras estratégias matemáticas e também a compreender melhor o conceito de divisão.
O poder da literatura não tem limites. Palavras e imagens são capazes de apresentar um novo mundo para o leitor.
Imaginem unir a diversidade das regiões brasileiras a gostosos momentos de histórias. Essa é a mágica trazida por Ricardo Azevedo em Cultura da Terra, livro adotado nas F3.
Os contos desvendam costumes, crendices e outras tantas formas de ser do nosso povo, fazendo a aproximação de universos familiares ao dia a dia das turmas.
É comum ouvir comentários como “Ah, minha mãe falou desse bolo, de onde ela morava.” “Minha avó já contou essa história.” “Eu conheço esse lugar.” Relatos como esses adentram nossas manhãs e tardes.
Entre lendas e mistérios, receitas, adivinhas e quadras regionais, as crianças se divertem e ampliam seu conhecimento da literatura popular.
Nossas conversas e as produções textuais dos alunos têm sido invadidas por seres como Chupa Cabra, Velha Pisadeira, Mula Sem Cabeça, Matinta Pereira…
Consultas ao atlas geográfico reforçam o conhecimento sobre os territórios sociais brasileiros e suas múltiplas manifestações culturais.
O que é preciso para se ter uma boa história? As F4 já sabem que início, meio e fim não podem faltar.
E estão se aprofundando na estrutura das narrativas, preparando-se para incluir em seus escritos a descrição dos cenários, os personagens, os conflitos, a resolução e o desfecho.
Começaram pelos cenários, observando e descrevendo imagens, para exercitar essa habilidade.
Em seguida virão as caracterizações dos personagens.
As turmas têm apreciado e analisado, como referências, contos que apresentam essas estruturas de forma clara.
Esse aprofundamento se dá durante todo o Quarto Ano.
Aguardem as produções dos nossos escritores!
Os momentos de leitura coletiva são oportunidades de viajar para outras realidades e também de pensar sobre formas de se expressar pela escrita.
Ao longo do ano, as F5 degustam diferentes histórias lidas pelas professoras.
Nas últimas semanas, experimentaram ouvir narrativas curtas, por vezes engraçadas. Aos poucos, as crianças começaram a perceber semelhanças entre elas:
“São histórias que poderiam ter acontecido com qualquer pessoa.”
“Elas têm um humor diferente.”
Assim, foram se aproximando do gênero crônica.
Para experimentar, receberam uma proposta: escrever uma crônica do ponto de vista de um objeto de papel.
Quais poderiam ser as questões cotidianas desse personagem?
E assim nasceram crônicas sobre cartas, cadernos e até aviões de papel.
Com empenho e muita ludicidade, os alunos do Ateliê estão treinando firme nas aulas de Capoeira. Diante dos desafios propostos, percebem que para conseguir fazer um movimento é necessário repeti-lo muitas vezes.
Através de brincadeiras, circuitos, dança e muita música, estão evoluindo em alguns movimentos, como bananeira, au, ginga, meia lua de frente, rolê, entre outros.
Começaram a entender que o jogo acontece entre duas pessoas, mas quem está na roda também participa.
Reunir os amigos para um jogo de tabuleiro é uma grande alegria.
Imaginem poder montar com os amigos o próprio jogo, e depois jogar todos juntos? Incrível, não é?
Na Oficina de Jogos e Brincadeiras do Ateliê, as crianças conheceram o Jogo do Ganso, o Sai de Dentro da Cobra e o Cabo de Guerra, todos de tabuleiro, e suas curiosas histórias.
Os grupos construíram não só os tabuleiros, mas também os demais componentes, como dados, feitos de rolinho de papel higiênico, e pinos feitos de tampinhas de garrafa pet.
Acham que acabou? Não! Mais um jogo está para ser construído e jogado pelas crianças do Ateliê: o Fan Tan.
Quem conhece? Vocês acham que será divertido? Perguntem às crianças.