Nos primeiros dias de aula do ensino médio, a Escola Sá Pereira se encheu de novos rostos e perspectivas.
Com a chegada dos estudantes do primeiro ano e a nova orientadora Dahlia Dwek, o ambiente se preparou para um ano letivo de grandes descobertas. A coordenação se reuniu com as turmas para explicar o funcionamento do currículo, destacando as escolhas de disciplinas eletivas que marcarão a trajetória de cada estudante ao longo do ano.
O clima de acolhimento seguiu com um bate-papo inspirador entre os estudantes e a coordenação, representada pelo coordenador Pedro Henrique e a orientadora Dahlia. Juntos, refletiram sobre o projeto institucional de 2025, que muitos jovens relacionaram ao Adinkra Sankofa — um convite a olhar para o passado para aprender com ele e construir um futuro mais sábio.
O encontro também abordou a importância da reeducação dos sentidos e o papel da arte no desenvolvimento de uma atitude crítica diante das diversas realidades que nos cercam. A ideia era deixar claro um objetivo coletivo: tornar mais presente o projeto institucional nas aulas e nas práticas do segmento.
A empolgação tomou conta também com a introdução das Olimpíadas do Conhecimento. Queremos uma participação cada vez maior dos nossos estudantes. Já estamos em campanha para a 20ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e para a XXI Olimpíada Brasileira de Biologia.
A equipe pedagógica, consciente dos desafios do ano, iniciou um ciclo de formação pedagógica com uma roda de conversa promovida na noite da segunda-feira, dia 10.
O professor Pedro Barboza Machado trouxe sua pesquisa de mestrado sobre a inclusão de bolsistas sociais em escolas privadas, proporcionando um espaço de reflexão sobre as barreiras sociais, econômicas e institucionais que esses estudantes enfrentam. O encontro não só ofereceu um olhar mais profundo sobre a inclusão, como apontou ações concretas para garantir um ambiente mais acolhedor e equitativo, fortalecendo o diálogo e a participação de todos dentro da escola.
Esses momentos iniciais de 2025 são o reflexo de um ano letivo que promete ser repleto de aprendizado, desafios e conquistas para toda a comunidade escolar.
Na assembleia do ano passado, nossos adolescentes nos surpreenderam após analisarem as sugestões trazidas pelas famílias e adotarem a Arte como foco para 2025.
Para além do valor que damos às linguagens artísticas, o processo nos encheu de orgulho e trouxe à Sá Pereira a certeza da maturidade do trabalho em arte-educação e pesquisa transdisciplinar.
O projeto nasceu do desejo coletivo de investigar o papel da arte como instrumento de conexão entre memória, identidade e transformação social. Queremos resgatar memórias para projetar futuros possíveis, e reconhecemos na arte um campo privilegiado de investigação e experiência.
Leia na íntegra a justificativa do projeto no link compartilhado.
Rosana Paulino, Peixe, da série “Mangue”
É uma gincana que acontece todos os anos, durante a semana de planejamento, com todos os nossos professores, coordenadores, orientadores, direção geral e pedagógica, de todos os segmentos: da Educação Infantil ao Ensino Médio.
Nesse grande encontro, nossos professores são divididos em pequenos grupos e cada grupo propõe uma atividade de sensibilização para o Projeto Institucional, ampliando as discussões sobre o tema de acordo com as diferentes faixas etárias que trabalhamos, além de alimentar a própria equipe com sugestões de atividades, leituras, etc.
Começamos este ano sendo desafiados pela equipe de Linguagens de Fundamental II a escrever um lipograma sobre Arte e Memória sem usar as letras A e M. A equipe de Artes escreveu, respondendo ao desafio:
Por tudo que eu
Sonho
Sinto
Vivo
E sou
Eu pulso
No pulso
Existo
Resisto
Registro
E insisto
Em seguida, ouvimos e participamos das propostas das outras equipes: Educação Infantil, Ensino Médio, Artes, Ateliê, F2 e F3, F4 e F5, Ciências e Humanidades, todas diferentes, fazendo vínculo com suas especificidades, mas tendo em comum o propósito de nos inspirar e alimentar para as semanas de sensibilização com nossos alunos e o ano que está por vir.
Sá Pereira chegou
Com muita empolgação
Pra fazer brotar nesse mundo
As sementes da imaginação
Sá Pereira falou
Tem beleza por toda parte
A vida da gente é mais rica
Se a vida da gente tem arte!
Ao som do samba A arte é a flecha e o arco, composto por Manoela Marinho, nossa professora de Fundamental I, iniciamos as reflexões sobre o projeto institucional embalados por muita cantoria.
Preparem as fantasias, esquentem os tamborins e abram alas porque o bloco da Sá Pereira vai passar!
As crianças já estão com o samba na ponta da língua, e aqui vão a letra e a melodia para que todos possam aprender a cantá-lo e cair na folia:
Ao longo do primeiro mês de aulas, os alunos da M2 estudaram a evolução do capitalismo, desde suas primeiras fases até o presente momento.
O estudo começou com uma reflexão sobre as características gerais do sistema e sua relação com as paisagens urbanas, atravessando temas como desigualdade socioespacial e suas profundas relações com o sistema capitalista. Em seguida, nos aprofundamos no Capitalismo Comercial e Industrial, analisando como essas fases moldaram a economia global. Na etapa seguinte, exploramos o Capitalismo Financeiro e Informacional, discutindo o impacto do imperialismo no final do século XIX, a Crise de 1929 e as respostas econômicas, como o projeto New Deal.
A abordagem buscou conectar teoria e realidade, estimulando uma compreensão crítica do sistema econômico ao longo da história.
Começamos o ano letivo em Biologia explorando a fascinante estrutura da membrana plasmática! Para conectar teoria e prática, revisamos conceitos essenciais de bioquímica celular e nos preparamos para desvendar o mundo das células vivas.
Estudamos os mecanismos de transporte passivo e ativo e, para tornar o aprendizado mais dinâmico, realizamos um experimento sobre osmose utilizando ovos de codorna e batatas. A experiência nos ajudou a visualizar, na prática, como as substâncias se movem entre os meios intra e extracelular.
Confira alguns registros dessa atividade!
Nas primeiras semanas de aula, iniciamos a disciplina com a leitura comentada de Brincadeira sem futuro, de Ricardo Terto. Ao longo da obra, discutimos os aspectos estruturais da crônica, refletindo sobre como o autor constrói suas narrativas e os temas centrais abordados em cada conto.
Em Língua Portuguesa, começamos com uma revisão de conteúdos trabalhados no ano anterior e, em seguida, nos aprofundamos no estudo do processo de formação de palavras. Focamos nos diferentes tipos de derivação — prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria — e, a seguir, exploraremos os processos compostos por aglutinação e justaposição.
O currículo eletivo do Ensino Médio ganhou vida com o início das aulas. O primeiro encontro sempre tem um sabor especial: aquele momento de curiosidade no ar, olhares atentos e a expectativa de descobrir novos caminhos. Foi bonito ver os laços se formando entre estudantes e professores, enquanto as propostas de trabalho começavam a se desenhar.
Ao longo da semana, a coordenação circulou pelas salas, acompanhando de perto esse começo promissor. Em cada canto da escola, pequenas cenas chamavam a atenção: a roda de conversa no teatro, onde o exercício de autoconhecimento fez surgir reflexões genuínas; o elogio sincero de uma aluna da M3 à nova professora de História e seu curso de preparação para o vestibular; o brilho nos olhos de um estudante ao ver sua primeira animação ganhar movimento na aula de Realizações Audiovisuais; a energia contagiante da turma saindo da aula de Laboratório de Ciência e Tecnologia, já cheia de ideias.
Esses momentos, capturados pela janelinha da porta, revelam o que há de mais essencial na escola: o encontro. Estudantes e professores em comunhão, trocando saberes, inspirações e descobertas. Se esse começo já foi assim, o semestre promete ser intenso e transformador!
A reunião com as famílias da turma M2 foi um momento de reflexão profunda sobre o papel do 2º ano do Ensino Médio na formação acadêmica e pessoal dos estudantes. Esse período não é apenas de continuidade, mas de fortalecimento e experimentação, e para isso é essencial que todos, escola e famílias, se atentem a certos aspectos que são fundamentais para o bom andamento dessa fase. Em pequenos grupos, as famílias dialogaram e trouxeram as reflexões a seguir.
O 2º ano é, sem dúvida, um tempo de parceria. Durante a reunião, foi destacada a importância de criar consciência sobre as realidades diversas dos estudantes e buscar soluções colaborativas. É crucial promover uma maior conexão entre os estudantes e a escola, para que se sintam acolhidos e motivados a participar ativamente do seu processo de aprendizado. As famílias enfatizaram a necessidade de apoio contínuo na vida acadêmica, além de incentivar a participação dos jovens em projetos sociais que os ajudem a se engajar com as questões sociais ao seu redor. Também foi ressaltada a importância de acolher o novo e o diferente, seja nas práticas pedagógicas, seja nas novas experiências que os estudantes estão vivenciando.
Em relação ao fortalecimento, o 2º ano é um momento para trabalhar o amadurecimento nas relações pessoais, com os colegas, professores e com a própria escola. As famílias destacaram que é essencial ajudar os estudantes a refletirem sobre suas escolhas, a tomarem decisões mais conscientes, além de fomentar o processo de autoconhecimento, que é fundamental para o futuro acadêmico e profissional.
O tempo de experimentação também esteve presente na nossa conversa. O 2º ano oferece uma gama de opções ampliadas, especialmente nas disciplinas eletivas. Esse é o momento de incentivar os estudantes a se aprofundarem em temas que despertem interesse e curiosidade, como empreendedorismo, educação financeira, inteligência artificial e questões comportamentais relacionadas aos direitos e deveres. A escola tem o papel de orientá-los, mas as famílias também podem ser fundamentais nesse processo de escolha e experimentação.
O equilíbrio é outro ponto central no 2º ano. A relação entre o mundo virtual e o real, especialmente com a pressão das redes sociais e das expectativas em relação ao futuro, é um dos desafios a ser enfrentado. Durante a reunião, as famílias sugeriram estratégias para ajudar os jovens a encontrarem as prioridades em meio a tantas possibilidades, equilibrando estudos, vida social e o cuidado com o bem-estar emocional. A organização da rotina foi uma das principais sugestões, assim como o incentivo ao planejamento, para que os estudantes compreendam a diferença entre desejo imediato e pensamento prospectivo.
Finalmente, o 2º ano é um tempo de autonomia, quando os estudantes começam a ter mais liberdade para tomar decisões e enfrentar responsabilidades. Nesse sentido, a escola e a família devem atuar juntas para oferecer uma liberdade orientada. As famílias sugeriram o uso de rituais práticos que desmitifiquem a ideia de que o Enem é um fardo, como conversar com ex-alunos que recentemente passaram pela prova e compartilhar experiências. Também foi proposto um acompanhamento das questões práticas e burocráticas do Enem, para que os estudantes se sintam mais seguros nesse processo.
A reunião foi rica em reflexões e ideias, reforçando o quanto o 2º ano é um tempo crucial para a formação acadêmica e também para o desenvolvimento pessoal dos nossos jovens. A colaboração entre a escola e as famílias será fundamental para garantir que esse período seja vivido com equilíbrio, descoberta e crescimento.
Agradecemos imensamente as contribuições das famílias e seguimos juntos nessa jornada de fortalecimento, experimentação e autonomia! Ao final da reunião, fomos agraciados com um grande mapa mental, cuidadosamente elaborado pela orientadora Dahlia Dwek, que sintetizou as discussões e reflexões do encontro de maneira visual e estruturada.
Há quem ame e há também quem não goste, mas independentemente das preferências pessoais, é inegável que o Carnaval brasileiro é uma das maiores e mais importantes manifestações populares do nosso país, e há quem afirme: do Brasil e do mundo!
Festa que atravessa a dança, a música, as artes visuais e o teatro, passeando pelas diferentes linguagens artísticas.
Em nossa escola, o bloco festeja e abre alas para o Projeto Institucional através da letra do samba, que é amplamente discutida em sala de aula por todas as séries. Com muita alegria, o samba composto pela Manu Marinho, nossa querida professora de Música, foi cantado com alegria por todos. “A arte é a flecha e o arco” abriu nosso desfile e nosso ano de estudo.
Como Arte e Memória é nossa linha de pesquisa, fizemos questão de trazer para a decoração da sede da Capistrano fotos antigas de carnavais passados. Nessa memória, alunos e funcionários que já não estão na escola, alguns alunos do Ensino Médio ainda pequeninos e muita alegria estampada nas imagens. Recordações que aquecem nossos corações e dão ainda mais sentido ao nosso desfile anual. Olhar para trás, refletir sobre o presente e sonhar futuros possíveis.
Que todos tenham curtido nosso sábado!
Agora sim, Feliz Ano Novo!
Que seja um ano leve, feliz, de muito aprendizado e que traga boas recordações a todos nós!
Em tempo: Agradecemos imensamente ao Guto Pina, pai da Bia e do Caio, pelas fotos do nosso bloco!
M2 – Física
Começamos os conteúdos do ano com o estudo da Cinemática, área da Física que busca entender e prever, através de equações, o movimento dos corpos.
Em nosso cotidiano, os movimentos são variáveis. Ora estamos parados, ora correndo ou caminhando tranquilamente. Para simplificar, analisamos cada caso de forma diferente para facilitar o entendimento e a modelagem matemática do movimento. Começamos estudando o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), que retrata um trecho de movimento no qual a velocidade é constante, passando depois para o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), onde temos a inserção de uma aceleração constante, que faz a velocidade aumentar ou diminuir.
Esses são cenários específicos, mas, à medida que formos evoluindo com os conteúdos, poderemos ter um entendimento mais abrangente sobre os movimentos em geral.
O projeto institucional Arte e Memória, tema que guia as pesquisas de todos os segmentos da escola, será também o mote da eletiva de Dança no primeiro semestre.
Para começar, fizemos uma aula na qual o bastão era nosso objeto principal. Era nosso primeiro encontro e precisávamos nos conhecer e conhecer o grupo que estava se formando naquele dia, visto que na eletiva temos alunos da M1, M2 e M3.
Com o bastão fizemos exercícios de mobilidade e alongamento e uma pequena sequência coreográfica trabalhando memória e agilidade corporal. Para encerrar, nossos alunos foram divididos em pequenos grupos e produziram outras sequências usando os bastões.
Na semana seguinte, assistimos ao filme GAGA – Amor pela Dança, que conta a trajetória de um dos maiores coreógrafos contemporâneos, Ohad Naharin. Após o filme, conversamos e ouvimos as observações e pensamentos que ele provocou nos alunos, pedindo que cada um escrevesse em uma folha de papel uma memória afetiva e uma ruim da sua vida. O que foi escrito ali ficará com cada estudante, que através de exercícios de pesquisa vai criar um movimento para cada lembrança, dando início ao nosso processo de criação coletiva.
É certo que construiremos muitas memórias desses encontros em que estamos construindo e fazendo dança. Juntos.
Em 2024, devido a mudanças na legislação, as disciplinas de Filosofia e Sociologia retornaram ao Ensino Médio, compondo a formação geral básica, e a empolgação dos estudantes foi contagiante!
É incrível ver como nossos alunos estão animados para desenvolver diferentes perspectivas de compreensão do mundo e da realidade social. Mas, ao mesmo tempo, isso traz um grande desafio para nós, professores, pois essas áreas exigem uma nova forma de pensar e refletir.
Para aquecer os motores, começamos com uma questão central: O que é o conhecimento? E, a partir daí, seguimos direções diferentes em cada ano. No terceiro ano, com o foco voltado para o Enem, decidimos mergulhar nos textos dos primeiros filósofos gregos, enquanto também refletíamos sobre a importância dos conhecimentos produzidos por outras civilizações ao longo da história.
Uma questão que tem nos acompanhado é: Será que a filosofia que nasce na Grécia por volta do século V a.C. é a única verdadeira filosofia? Ou outras civilizações também produziram esse tipo de conhecimento? Se você quiser saber mais sobre isso, pergunte a um estudante da M3! E uma dica valiosa: o debate também inclui a perspectiva decolonial, ampliando ainda mais os horizontes dessa discussão.
Com a M2 tivemos um pouco mais de tempo para aprofundar nossa abordagem. Focamos na relação entre filosofia e mito, buscando entender como os mitos não são simples “historinhas” do passado, mas sim narrativas que carregam significados profundos, que permanecem influentes até os dias de hoje, só que muitas vezes com novas roupagens. Em breve, os alunos apresentarão suas produções em grupo sobre as mitologias de grandes civilizações, com o desafio de encontrar pontes e ressonâncias desses mitos na contemporaneidade.
Já no primeiro ano, começamos a desenvolver o olhar sociológico, uma perspectiva que pode parecer distante do senso comum, mas que nos ajuda a entender a realidade social de maneira mais profunda e complexa. O grande desafio foi perceber como a sociologia nos permite ver além das nossas experiências individuais. Para ajudar nessa jornada, trabalhamos com o conceito de “Imaginação Sociológica”, de C. Wright Mills, que nos desafia a olhar além da superfície dos fenômenos sociais.
Você já parou para pensar em quantos elementos podem estar envolvidos em uma simples xícara de café? Desde o aspecto histórico, que conecta o café ao trabalho desde o século XIX, até a simbologia representada em um encontro social. Além disso, há as questões ambientais e econômicas que influenciam nossa relação com essa bebida. Usamos esse exemplo para desafiar os alunos a aplicarem a imaginação sociológica a outros fenômenos sociais e olharem para eles de uma maneira mais profunda.
Fiquem ligados, pois em breve teremos as produções desses estudantes compartilhadas com todos! E, para fechar, aproveitem as fotos do processo de aprendizado e dos resultados incríveis que eles estão criando!
Mais do que uma atividade fora da escola, o passeio à Ilha de Paquetá foi uma oportunidade concreta de aprendizagem, convivência e escuta. A proposta partiu do desejo de desacelerar, de experimentar com os estudantes um outro tempo, um outro olhar. E foi exatamente isso que vivemos.
Desde o embarque na Praça XV, a experiência já nos colocava em contato com aspectos do Centro e da ilha que nem sempre são vivenciados no cotidiano escolar. O transporte público, o movimento do Centro, a travessia de barca… Cada etapa foi também um convite à atenção e à presença.
Na ilha, os estudantes puderam caminhar com calma, conversar entre si e com os professores, observar a paisagem e construir memórias em um ritmo diferente daquele que costumamos viver. As relações se estreitaram: houve mais escuta, mais gentileza, mais disponibilidade. O simples fato de caminhar juntos, sem pressa, fez emergir conversas, risadas e partilhas que dificilmente aconteceriam em um ambiente mais acelerado.
Durante a caminhada, observamos a arquitetura local, os pequenos comércios, as árvores centenárias, o vaivém das bicicletas e os silêncios que só uma ilha pode oferecer. Tudo isso serviu como pano de fundo para uma vivência coletiva potente, que mobilizou aspectos cognitivos, afetivos e sociais da formação dos estudantes.
Ao final do dia, após a travessia de volta, a pequena caminhada noturna pelo Centro do Rio também teve seu valor simbólico e educativo. Estar na rua à noite, em grupo, sentindo a cidade viva, foi uma experiência significativa, que ampliou a noção de pertencimento.
Do ponto de vista pedagógico, o passeio nos ensinou sobre convivência, empatia, escuta e presença. Foi uma aula a céu aberto — sobre o mundo e sobre nós mesmos.
Chegamos ao final do 1º trimestre, após duas jornadas avaliativas e as avaliações livres concluídas. Entendemos essas etapas como formativas, tanto para o corpo discente quanto docente, para aferir temperatura e pressão da aprendizagem realizada em sala e fora dela. Sabemos que o impacto é maior para a adaptação de M1 à realidade do Ensino Médio; notamos que a M2 ganha cada vez mais autonomia nos estudos; e percebemos a M3 engajada em aproveitar cada espaço avaliativo como o pavimento dos seus caminhos para o ensino superior.
Vemos que os resultados são indicadores de uma trilha longa e que segue sendo construída através da dedicação aos exercícios, aos deveres, aos passeios, às trocas com colegas, às dúvidas com os professores. O primeiro trimestre é então o primeiro ponto de uma curva, em que podemos organizar os próximos passos para os pontos de melhoria, elaborar planos de ação quando necessário e celebrar conceitos adquiridos e sedimentados.
Nos boletins entregues no dia 30/05, os responsáveis encontrarão uma folha em destaque que nos servirá de comprovante de recebimento. Pedimos que essa folha seja assinada pela família e entregue à Coordenação na semana do dia 2 de junho.