Matemática e Literatura: Encontro Possível, e Instigante

F6 – Matemática e Literatura

Encerramos com entusiasmo o nosso projeto interdisciplinar de Matemática e Literatura, que teve como ponto de partida a leitura do livro O Enigma do Infinito, do escritor Jacques Fux. Ao longo do projeto, os estudantes foram convidados a explorar as conexões inesperadas — e fascinantes — entre lógica, linguagem, criatividade e pensamento abstrato.

O ponto alto foi o encontro virtual com o próprio autor, que respondeu às perguntas dos alunos com atenção e generosidade. A curiosidade dos estudantes ficou evidente: quiseram saber sobre a trajetória de Jacques Fux, como surgiu seu interesse por temas tão distintos e ao mesmo tempo tão conectados, e o que o motivou a escrever sobre a relação entre Matemática e Literatura.

Durante a conversa, Jacques compartilhou inspirações literárias, como o poeta Jorge Luís Borges, e surpreendeu a turma com histórias curiosas, como a do escritor Georges Perec, que escreveu um romance inteiro em francês sem utilizar a letra “e” — a mais comum do idioma!

Esse encontro final foi muito mais do que um desfecho: serviu como um convite à reflexão sobre os limites entre as áreas do conhecimento e sobre o papel da escola em estimular olhares mais integradores e criativos. Os estudantes saíram provocados a pensar além das disciplinas, reconhecendo que a arte de lidar com números e com palavras pode (e deve!) caminhar lado a lado.

Vai Encarar? Lógica, Leitura e Diversão

F6 – Matemática

Nas turmas de F6, o diálogo entre áreas do conhecimento tem sido o motor de um projeto inovador e envolvente, conduzido em parceria pelos professores de Português e Matemática. O ponto de partida foi o livro O Enigma do Infinito, de Jacques Fux, que tem servido como fio condutor para conversas instigantes sobre linguagem, raciocínio e criatividade.

Uma das etapas marcantes do projeto foi a leitura coletiva de capítulos selecionados na biblioteca, reunindo as duas turmas e os dois professores em um mesmo espaço de escuta e troca. Entre os capítulos discutidos, destacou-se “Lógica ou diversão?”, que levantou reflexões sobre o prazer intelectual que pode surgir da resolução de problemas desafiadores.

Essa conversa foi levada para a sala de aula de Matemática, onde os estudantes receberam uma ficha especial de exercícios de lógica — intitulada com provocação: Vai Encarar?!. A proposta foi elaborada pensando no contexto da OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas), que se aproxima e para a qual muitos alunos do 6º ano já estão inscritos.

O entusiasmo foi imediato. Os estudantes se lançaram nos desafios com concentração e leveza, descobrindo na prática que lógica e diversão podem, sim, caminhar juntas. O projeto continua nos mostrando como o conhecimento ganha potência quando as disciplinas dialogam — e quando o aprendizado é vivido de forma integrada e prazerosa.

Contar, Criar e Animar

F6 – Teatro

As turmas foram convidadas a explorar o teatro narrativo, com destaque para o teatro de formas animadas — gênero que utiliza bonecos, objetos, formas e sombras na construção de histórias.

O processo iniciou-se com a apresentação dos griots, guardiões da tradição oral africana. Por meio de jogos teatrais, os estudantes desenvolveram habilidades de expressão e escuta ativa, contando e reinterpretando histórias.

Em seguida, conheceram o trabalho da contadora de histórias Bia Bedran e, inspirados por sua arte, criaram narrativas coletivas animando objetos cotidianos. A investigação prosseguiu com a imersão no teatro de sombras, quando experimentaram diferentes formas de narrar por meio da luz e das silhuetas.

Na etapa final, os alunos criaram suas próprias histórias utilizando silhuetas fornecidas pela professora, explorando a expressividade da sombra como recurso cênico.

Jornada Canva: Criação Digital e Expressão Criativa

F6

Dando continuidade ao nosso planejamento de atividades voltadas à formação tecnológica dos estudantes, realizamos mais uma oficina com o professor Doug Alvoroçado, desta vez focada no uso da plataforma Canva — uma ferramenta de design gráfico online, intuitiva e acessível, que permite a criação de apresentações, cartazes, infográficos, vídeos e outros materiais visuais.

O Canva será cada vez mais integrado às atividades pedagógicas, por seu potencial de estimular a criatividade, a organização de ideias e a comunicação visual — competências fundamentais no mundo digital. Nossos estudantes já têm acesso ao plano Pro da ferramenta, por meio de suas contas institucionais de e-mail fornecidas pela escola.

Nosso primeiro projeto com o Canva será desenvolvido na disciplina de Inglês: cada aluno criará um pôster de um filme de sua escolha utilizando os recursos gráficos da plataforma para combinar imagem, texto e elementos visuais em inglês.

Os trabalhos serão apresentados na Mostra de Artes.

Daiara Tukano: Arte, Memória Ancestral e Transformação

F6/F7/F8 – Geografia

Nas últimas aulas, mergulhamos no universo de Daiara Tukano, artista, educadora e ativista indígena. Refletimos sobre a forma como sua obra dialoga com temas que já vínhamos explorando desde o início do ano em nossas aulas de Projeto, especialmente o simbolismo da cobra como força de transformação e renovação em diversas culturas ao redor do mundo.

Entre as reflexões propostas, destacaram-se questões como: De que forma o símbolo do Ouroboros, da tradição ocidental, se aproxima da Grande Cobra Canoa do povo Tukano? Quais são as diferenças entre o conceito de arte nas culturas ocidentais e a arte vivida cotidianamente pelos povos indígenas? Qual é o papel político da arte indígena na atualidade?

Assistimos a vídeos de duas exposições marcantes da artista: “Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação”, realizada no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e “Pamuri Pati: Mundo de Transformação”, no Museu de Arte do Rio. A partir da análise de suas obras e das técnicas utilizadas, os estudantes, organizados em grupos, construíram um roteiro de perguntas sobre arte, ancestralidade e o fazer artístico indígena.

O ponto alto do trabalho foi a conversa com Daiara Tukano, que tivemos a honra de receber nesta quinta-feira. Durante o encontro, a artista compartilhou não apenas suas experiências como criadora e pesquisadora, mas também memórias ancestrais de seu povo e de sua trajetória pessoal, revelando o profundo entrelaçamento entre arte, espiritualidade, território e identidade indígena.

Daiara também nos contou sobre a importância simbólica e histórica do Rio de Janeiro para o povo Tukano, que, apesar de viver na região amazônica do Alto Rio Negro, reconhece a Baía de Guanabara como um território ancestral. Monumentos naturais como a Pedra da Gávea e o Pão de Açúcar são considerados, dentro de sua cosmologia, sítios sagrados conectados à origem e à memória de seu povo.

Foi um momento profundamente rico de escuta e aprendizado, que reafirma a potência do encontro com outras formas de conhecimento e o papel da escola na valorização das culturas originárias.

Projetos de Pesquisa: Investigação e Construção de Conhecimento

F6/F7/F8 – Projeto

Encerramos o primeiro trimestre com os grupos de trabalho dos projetos de pesquisa a todo vapor e com os objetivos de aprendizagem plenamente alcançados. Os estudantes vêm demonstrando envolvimento, curiosidade e crescimento nas habilidades investigativas, conforme o previsto em nosso currículo de procedimentos de pesquisa.

Desde o início, cada série foi orientada a se apropriar de uma etapa específica do processo de pesquisa:

  • F6: introdução ao fichamento, como forma de registrar e organizar informações;

  • F7: elaboração de resumos, com foco na seleção e reescrita das ideias principais;

  • F8: prática da síntese oral, desenvolvendo a capacidade de comunicar, com clareza e coesão, o conteúdo pesquisado.

Após essa preparação, os grupos foram organizados e os temas de interesse definidos. Cada grupo construiu seu próprio plano de pesquisa, contendo a justificativa do projeto, o objetivo geral, a questão central da investigação e possíveis hipóteses relacionadas a essa questão.

A seguir, apresentamos os temas escolhidos por série e disciplina, que refletem tanto os interesses dos estudantes quanto os desafios propostos por cada área do conhecimento:

CiênciArte

F6 – Dança

Começamos as aulas de Dança das F6 perguntando aos nossos alunos: Ciências e arte são áreas opostas? A maioria disse que são áreas que se complementam, mas que muita gente acha que são áreas opostas.

E a partir dessa conversa apresentamos o conceito de CiênciArte, tema criado por Anunciata Cristina Marins Braz Sawada, Tania Cremonini de Araújo, Jorge (FOC) e Francisco Romão Ferreira da UERJ, cientistas que defendem que a relação entre ciência e arte é de extrema importância para a educação e para o desenvolvimento social. Os autores argumentam que a combinação de arte e ciência pode enriquecer o ensino, promovendo novas compreensões e intuições.

Em seguida, assistimos a um projeto da revista americana Science chamado “Dance your PhD”. A ideia é que cientistas dancem suas teses, criando coreografias para explicá-las. Passada essa fase de sensibilização e discussão, dividimos a turma em grupos e cada grupo elencou conteúdos estudados nas aulas de Ciências para criar uma pequena sequência coreográfica: o conceito da gravidade, o nascimento das estrelas, os movimentos de translação, etc.

Começamos assim nosso processo de criação, pesquisando movimentos que pudessem representar os conteúdos estudados integrando ciência e arte. O resultado deste trabalho será apresentado em nossa Mostra de Artes, dia 14 de junho.

Explorando os Reinos da Vida

F7 – Ciências

Nas últimas semanas, os estudantes dos sétimos anos mergulharam em uma rica jornada investigativa sobre os Reinos dos Seres Vivos. A proposta foi desenvolvida em grupos, formados pela professora com o objetivo de promover a cooperação entre diferentes perfis de estudantes, fortalecendo o trabalho colaborativo.

Cada grupo ficou responsável por um dos reinos biológicos e, a partir de um roteiro disponibilizado no Google Classroom, os alunos organizaram uma pesquisa que envolveu aspectos essenciais como: número e tipos de célula, formas de vida representadas em cada reino, sua importância ecológica e também econômica.

O trabalho foi desenvolvido ao longo de algumas semanas, com parte do tempo dedicada em sala de aula e outra parte como dever de casa. Essa organização buscou incentivar a autonomia dos estudantes na gestão do tempo e das tarefas, bem como o uso de fontes confiáveis para a construção do conhecimento.

Ao final do processo, os grupos compartilharam suas descobertas por meio de apresentações de slides, que foram socializadas com a turma. Durante essas exposições, a professora contribuiu com observações e complementações, tornando o momento ainda mais enriquecedor.

Arte Urbana: Memória e Transformação

F7 – Artes

Os alunos investigam como a arte urbana funciona como instrumento de memória e agente de mudança social. Partindo da premissa de que cada muro pode contar histórias de pessoas, lugares e acontecimentos, iniciamos com uma conversa dialogada sobre as características que tornam um mural urbano único — sua efemeridade, acessibilidade, natureza democrática e questionamento do poder dominante. Vimos exemplos inspiradores de intervenções que preservam memórias coletivas, resgatam narrativas esquecidas e levam vozes antes silenciadas para o espaço público.

Agora, divididos em grupos, os estudantes estão reunindo palavras-chave, símbolos e esboços que representam o Rio de Janeiro de seus pontos de vista. Em breve, munidos de papel kraft, tintas e pincéis, eles transformarão essas ideias em grandes painéis, dando forma às próprias memórias da cidade e reafirmando o papel da arte como contadora de histórias e inspiradora de novos futuros.

Infográficos e Consumo Consciente: Introdução à Matemática Financeira

F7 – Matemática

As turmas de F7 iniciaram, neste trimestre, um projeto anual de Matemática Financeira intitulado “Projeto Casa”, que propõe uma abordagem prática e reflexiva sobre o consumo, os gastos domésticos e a organização financeira.

Nesta semana, concluímos a primeira tarefa do projeto, cujo foco foi a conscientização sobre o consumo individual de energia elétrica, especialmente nos ambientes pessoais dos estudantes. Para isso, os alunos utilizaram a plataforma de simulação de consumo da Enel, empresa do setor de distribuição de energia. Inseriram informações sobre os aparelhos que possuem em seus quartos, o tempo diário de uso e a potência de cada item, e então calcularam o gasto mensal estimado de energia.

Como desdobramento da atividade, os estudantes foram convidados a organizar e representar graficamente esses dados por meio de um infográfico. Em sala, discutimos o que caracteriza um bom infográfico, os elementos que o compõem (título, legendas, dados visuais, textos explicativos) e sua função na comunicação clara de informações.

A atividade permitiu que os alunos relacionassem conteúdos matemáticos a situações reais do cotidiano, desenvolvendo tanto habilidades de análise e representação de dados quanto uma atitude mais crítica e responsável em relação ao consumo de energia.

Sapiens: Uma Jornada Gráfica pela História da Humanidade

F8 – Ciências

Demos início ao estudo da evolução humana em Ciências com a leitura do primeiro volume da HQ Sapiens – Uma história gráfica: O nascimento da humanidade, adaptação em quadrinhos da obra de Yuval Noah Harari. Este material será utilizado como livro paradidático ao longo do trimestre, com mediação da disciplina de Ciências.

Na primeira parte da história, os estudantes acompanham de forma acessível e visualmente envolvente a trajetória dos primeiros hominídeos até o surgimento do Homo sapiens, refletindo sobre o que nos torna humanos, as interações entre diferentes espécies do gênero Homo e os impactos das revoluções cognitivas no desenvolvimento da sociedade.

A linguagem gráfica permite uma leitura dinâmica, que alia conhecimento científico a ilustrações criativas, tornando os conceitos mais tangíveis e significativos para os estudantes. A leitura será feita em etapas, acompanhada de discussões em sala, atividades de aprofundamento e conexões com outros conteúdos curriculares.

O objetivo é desenvolver uma compreensão crítica sobre a trajetória da espécie humana, seus modos de vida, escolhas e consequências para o planeta — um convite à reflexão sobre o passado para pensar o presente e o futuro.

Memória, Identidade e Resistência

F8 – Artes

Nossos alunos do oitavo ano estão conhecendo a trajetória de Abdias do Nascimento, artista, intelectual e ativista que teve um papel fundamental na luta pelos direitos dos negros e na valorização da cultura afro-brasileira. Juntos, estamos conhecendo sua trajetória, entendendo como sua obra no Teatro Experimental do Negro, seu trabalho como artista visual e sua militância ajudaram a preservar memórias e resistir ao apagamento histórico da herança cultural africana.

Após apresentar o artista, imagens dos seus trabalhos e discutirmos um pouco sobre sua vida, obra e sua imensa contribuição cultural, promovemos um debate no qual os alunos refletiram sobre como suas próprias identidades são moldadas por memórias e histórias familiares. Questões como “Quais memórias vocês gostariam de guardar?” e “Que símbolos e cores representam suas histórias?” geraram conversas significativas, permitindo que cada um compartilhasse suas experiências.

Após essa reflexão, os alunos foram convidados a criar um autorretrato simbólico, inspirado na estética de Abdias. A ideia é utilizar cores e criar símbolos que representem suas emoções, vivências e identidades, resultando em obras que reflitam quem são, conectando-se com suas próprias histórias e raízes. E que, assim como Abdias, usem a arte como ferramenta de valorização das suas origens e de criação e conservação de memória.

Para Ficar na Memória

F8 – Português

A cada página de Becos da Memória, de Conceição Evaristo, somos convidados a pensar sobre como a resistência e a identidade são expressões que podem ser perpetuadas no tempo. A partir de uma escrita simples e ao mesmo tempo subversiva, contrária à paragrafação regular, as metáforas e imagens forjadas pelas palavras do texto trazem à tona as dores e trazem à memória a ancestralidade que resiste ao tempo, que reluta em ser apagada.

Em todas as aulas de leitura desse livro, sabíamos que a escrita não se limita a ser uma mera reprodução do passado: é sim uma reconstrução do tempo, um resgate do que foi perdido, apagado, esquecido. E é exatamente essa forma de escrita que propõe outras maneiras de contar histórias, que permitem que memórias sejam reorganizadas e reconstituídas como um ciclo, tal como é a vida.

Nesse processo de leitura, ao falar sobre negritude, ancestralidade e sobretudo identidade, os alunos podem se apropriar de reflexões e vivências, como se as palavras de Conceição Evaristo se tornassem ecos para ficar nas nossas memórias. Foram esses ecos que inspiraram a atividade desenvolvida nos últimos dias. Propusemos aos alunos a reinvenção dessas memórias: que criassem cenas sobre o livro e se transportassem para o presente, com vozes que lutam por espaço, por justiça, por pertencimento.

Em dinâmica de grupos, a turma construiu cenas sobre a narrativa de Becos da Memória, propondo reinterpretações e recriando momentos do contexto contemporâneo, ao abordar questões sobre o racismo estrutural, as desigualdades sociais e a luta por direitos. Mais do que usar uma linguagem artístico-literária, foi oferecido aos alunos que pudessem desenvolver a interpretação crítica a partir da fala, inspirando-se nos diálogos e ações dos personagens.

Essa atividade foi um importante exercício de reinvenção de uma memória coletiva para a construção de uma leitura crítica sobre o novo, sobre o que ecoa agora.

Hora de Preparar o Boi

F8 – Música

As aulas têm se concentrado em ensaiar a trilha sonora do Auto do Boi Bumbá, que será apresentado pelos estudantes na Mostra de Artes, dia 14 de junho.

“Boi da Lua”, do mestre maranhense Papete, “Cavalo Marinho”, interpretada pelo grupo Quinteto Violado, e “Meu Boi Morreu”, o lamento tradicional do cancioneiro popular, são as obras que integram o espetáculo.

O pandeiro, a voz, a flauta, os instrumentos de cordas, a percussão e a escaleta são instrumentos que compõem a bandinha itinerante das crianças e que exigem alguma dedicação para o desenvolvimento técnico. Os ritmos do maxixe, do xote e do baião, trabalhados na iniciação ao pandeiro, vão ser aproveitados nos arranjos.

Alguns arquivos de materiais para estudo individual estão sendo compartilhados no Classroom de Música do oitavo ano para auxiliar no estudo em casa. Vamos praticar!

Regra de Três Composta e Inequação

F8 – Matemática

Os enunciados das questões de proporcionalidade foram ficando mais complexos. Diante disso, como alternativa para a resolução dos problemas utilizando “borboletas”, conhecemos e utilizamos a técnica de regra de três composta. Uma ferramenta que resolve problemas complexos de maneira simples.

Estudamos, ainda, inequação. Este tópico correu suave e foi ensinado como se fosse um apêndice da matéria antiga: equação.

Pedro Rajão: Memória Negra e Arte nos Muros da Cidade

F9 – Português

As turmas de F9 tiveram um encontro com Pedro Rajão, produtor e pesquisador cultural do Negro Muro. Desde 2018, o Negro Muro atua no mapeamento da memória negra através da arte urbana. Contra o apagamento, contra o esquecimento, o trabalho artístico desenvolvido pelo muralista Cazé e pelo produtor e pesquisador Pedro Rajão exibe retratos e biografias de personagens históricos negros em grandes muros públicos pela cidade.

Na conversa, promovida na disciplina de Português e apoiada pelos professores de Geografia e Química, pudemos conhecer o processo de pesquisa, curadoria, entrevistas, cuidado e produção da arte até ela ser projetada e pintada nos muros da cidade.

Além de vídeos, fotos e histórias, o bate-papo perpassou temas importantes para o projeto que temos desenvolvido na escola sobre arte e memória, como o apagamento de histórias de pessoas marginalizadas em contraste com a riqueza e toda a contribuição artística e cultural dessas pessoas, sua resistência na arte e na luta, apesar das tentativas de apagamento.

Duas figuras literárias importantes que sofreram tentativas de apagamento, cada qual a seu modo, foram Lima Barreto e Machado de Assis, dois retratados pelo Negro Muro e muito discutidos na conversa. Os alunos puderam trocar e também apresentar tudo o que aprenderam na escola sobre essas e outras grandes personalidades, como Juliano Moreira, Ruth de Souza, Antonio Candido e, ao final, por escolha dos próprios alunos, Alcione. Uma tarde que ficará na memória.

Barca da Cultura

F9 – Dança

Apresentamos para as F9 o projeto da “Barca da Cultura”, idealizado em 1974 por Paschoal Carlos Magno. A Barca desceu o rio São Francisco levando arte, música, dança,  circo, além de oficinas para as populações ribeirinhas.

Depois de conhecerem o projeto e lerem os depoimentos de alguns artistas que ainda estão vivos, na tese “A Barca da Cultura: deslocamentos, encontros e trocas nas águas turvas da ditadura”, de Luciana Martins Frazão, nossos alunos, em pequenos grupos, escreveram o que gostariam de encenar em um espetáculo que envolvesse teatro, dança e música.

Depois de lermos os desejos de cada grupo, estruturamos um roteiro e começamos a criar nossa própria Barca da Cultura, usando músicas, textos e referências estéticas que encontramos em nossas pesquisas. Aproveitamos para conversar sobre o papel das artes durante governos ditatoriais, tema que dialoga com os conteúdos de História, e sobre o rio São Francisco, que abrange também um dos temas que será estudado em Ciências.

O resultado deste trabalho será apresentado na Mostra de Artes, dia 14 de junho.

Formas Verbais

F9 – Inglês

Nas últimas aulas, aprofundamos o uso de formas verbais que expressam ações passadas com relevância no presente. Paralelamente, desenvolvemos estratégias de compreensão leitora, com foco na inferência, compreensão global e identificação de informações específicas. Observamos avanços na autonomia e na confiança dos estudantes, que vêm se mostrando mais críticos e participativos nas leituras propostas.

Arte Subdesenvolvida

F9 – Projeto

As turmas de F9 visitaram a exposição Arte Subdesenvolvida, no CCBB, acompanhadas pelos professores de Projeto. A atividade permitiu o contato com uma ampla produção artística brasileira do século XX e aprofundou a reflexão sobre o conceito de progresso, tema em estudo nas aulas.

Além das referências artísticas, a exposição propõe um debate sociológico sobre o binômio desenvolvimento-subdesenvolvimento: Trata-se de uma etapa ou de uma condição? O que define essas categorias? E o que implica nomear uma arte como “subdesenvolvida”? Essas e outras questões provocaram o grupo e serão retomadas nas aulas de Projeto, Ciências, História e Geografia.

Projeto Teia: Sons, Movimentos e Códigos

F8 e F9 – Projeto Teia

Em maio, os estudantes participaram de mais uma edição do Projeto Teia, que propõe experiências formativas a partir de uma abordagem interdisciplinar e investigativa, alinhada à proposta pedagógica do Ensino Médio.

Nesta edição, vivenciaram três oficinas: “Contos e crônicas na música popular brasileira”, com a professora Isadora Xavier, possibilitou o mergulho na linguagem literária presente nas canções e no rico universo da nossa música popular; “Contato e improvisação”, com a professora Roberta Porto, convidou os estudantes a experimentarem o corpo em movimento como forma de expressão e criação; e “Do código ao robô”, com o professor Henrique Picallo, entusiasmou a turma diante dos desafios de programação e da construção de comandos para robôs.

Foram momentos de alegria, descobertas, trocas e ampliação de repertórios.