Mais do que uma atividade fora da escola, o passeio à Ilha de Paquetá foi uma oportunidade concreta de aprendizagem, convivência e escuta. A proposta partiu do desejo de desacelerar, de experimentar com os estudantes um outro tempo, um outro olhar. E foi exatamente isso que vivemos.
Desde o embarque na Praça XV, a experiência já nos colocava em contato com aspectos do Centro e da ilha que nem sempre são vivenciados no cotidiano escolar. O transporte público, o movimento do Centro, a travessia de barca… Cada etapa foi também um convite à atenção e à presença.
Na ilha, os estudantes puderam caminhar com calma, conversar entre si e com os professores, observar a paisagem e construir memórias em um ritmo diferente daquele que costumamos viver. As relações se estreitaram: houve mais escuta, mais gentileza, mais disponibilidade. O simples fato de caminhar juntos, sem pressa, fez emergir conversas, risadas e partilhas que dificilmente aconteceriam em um ambiente mais acelerado.
Durante a caminhada, observamos a arquitetura local, os pequenos comércios, as árvores centenárias, o vaivém das bicicletas e os silêncios que só uma ilha pode oferecer. Tudo isso serviu como pano de fundo para uma vivência coletiva potente, que mobilizou aspectos cognitivos, afetivos e sociais da formação dos estudantes.
Ao final do dia, após a travessia de volta, a pequena caminhada noturna pelo Centro do Rio também teve seu valor simbólico e educativo. Estar na rua à noite, em grupo, sentindo a cidade viva, foi uma experiência significativa, que ampliou a noção de pertencimento.
Do ponto de vista pedagógico, o passeio nos ensinou sobre convivência, empatia, escuta e presença. Foi uma aula a céu aberto — sobre o mundo e sobre nós mesmos.
M1 – História
As aulas mais recentes foram marcadas pelo estudo de diversas mudanças que assolaram a Europa no período da passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Mudanças no campo das mentalidades e das perspectivas de pensamento, com o desenvolvimento da filosofia Humanista que impactou todo o processo do Renascimento Artístico e da Revolução Científica do período. Mudanças também no campo religioso, com os questionamentos às práticas católicas, culminando na criação e expansão de novas religiões cristãs, conhecidas como Protestantes. E, por fim, o processo de Expansão Marítima, que impactou em mudanças na própria visão de mundo e seus territórios, alcançando uma expansão do conhecimento cartográfico europeu.
Esses estudos culminaram na produção da Avaliação Livre “As Grandes Navegações e a Construção da Memória Cartográfica”, integrada à Geografia, que consistiu na análise de mapas antigos, medievais e modernos, a fim de perceber a expansão do conhecimento sobre os territórios e as formas como estes são representados, demonstrando os vieses políticos presentes na cartografia histórica.
Aproveitamos para trabalhar a importância da cidade de Timbuktu (Império Mali) como polo essencial da produção intelectual e artística africana e muçulmana, no mesmo período do Renascimento europeu, durante os séculos XIV e XV.
Para finalizar, foram propostos exercícios de fixação do conteúdo nos deveres de casa.
Chegamos ao final do 1º trimestre, após duas jornadas avaliativas e as avaliações livres concluídas. Entendemos essas etapas como formativas, tanto para o corpo discente quanto docente, para aferir temperatura e pressão da aprendizagem realizada em sala e fora dela. Sabemos que o impacto é maior para a adaptação de M1 à realidade do Ensino Médio; notamos que a M2 ganha cada vez mais autonomia nos estudos; e percebemos a M3 engajada em aproveitar cada espaço avaliativo como o pavimento dos seus caminhos para o ensino superior.
Vemos que os resultados são indicadores de uma trilha longa e que segue sendo construída através da dedicação aos exercícios, aos deveres, aos passeios, às trocas com colegas, às dúvidas com os professores. O primeiro trimestre é então o primeiro ponto de uma curva, em que podemos organizar os próximos passos para os pontos de melhoria, elaborar planos de ação quando necessário e celebrar conceitos adquiridos e sedimentados.
Nos boletins entregues no dia 30/05, os responsáveis encontrarão uma folha em destaque que nos servirá de comprovante de recebimento. Pedimos que essa folha seja assinada pela família e entregue à Coordenação na semana do dia 2 de junho.