No sábado retrasado, dia 14/06, realizamos nossa Mostra de Artes, na qual as turmas de F2 a F9 compartilharam os projetos de pesquisa desenvolvidos ao longo do semestre, por meio das linguagens artísticas.
As produções de Artes Visuais ocuparam os quatro andares da escola, utilizando técnicas diversas. Essa ocupação artística provocou conexões entre turmas, abriu diálogos entre segmentos e possibilitou trocas significativas entre alunos, professores e equipe pedagógica, ampliando a compreensão dos processos de pesquisa vividos em cada série.
Esperamos que esse mesmo movimento de descobertas e afeto tenha alcançado também as famílias que estiveram conosco durante a visita à exposição, fortalecendo os vínculos entre escola, arte e comunidade.
Paralelamente, o nosso teatro foi palco de múltiplas expressões: das 8h às 19h, as apresentações de música, teatro e dança trouxeram diversas formas de encenação e práticas de conjunto.
Momentos como esse reafirmam nosso compromisso com uma pedagogia que valoriza os projetos de pesquisa e a arte-educação como caminhos potentes para a formação de sujeitos críticos, sensíveis, criativos e capazes de intervir no mundo com responsabilidade, imaginação e afeto. Seguimos acreditando que educar é, antes de tudo, construir sentidos coletivos e oportunidades de expressão genuína.
No link abaixo, algumas fotos da nossa Mostra.
https://drive.google.com/drive/folders/1-V52PL8sovp9PfEKtP1dlPEgRW46NbfP
Recebemos em nossa Mostra de Artes o renomado escultor Israel Kislansky.
Durante sua visita, o artista conduziu uma oficina especial de escultura em argila, proporcionando às famílias inscritas a oportunidade de vivenciar, na prática, a criação de rostos esculpidos.
A atividade foi um momento de grande aprendizado, troca de experiências e aproximação entre a arte e a comunidade escolar.
Agradecemos ao artista Israel Kislansky por sua generosa contribuição, assim como a todas as famílias que participaram ativamente desta vivência tão enriquecedora.
Seguimos fortalecendo nosso compromisso com a valorização das expressões artísticas e com a construção de espaços de encontro e aprendizado.
Ao longo do semestre, os alunos do sétimo ano realizaram uma visita especial à exposição Geometria Inquieta, de Ascânio MMM. O próprio artista nos recebeu na Casa Roberto Marinho e compartilhou um pouco de sua trajetória, marcada pelo diálogo entre arte e matemática.
Inspirados por esse encontro, os alunos criaram oito obras autorais, resultado das reflexões e experiências vividas na exposição. Eles se dedicaram ao processo: foram até a oficina, cortaram madeiras, experimentaram composições e construíram seus próprios quadros.
No último sábado, durante nossa Mostra de Artes, esses trabalhos foram expostos com muito orgulho. Para nossa alegria, Ascânio visitou a Mostra e pôde ver de perto as produções dos alunos, fechando esse ciclo de forma muito especial.
Agradecemos imensamente ao artista por sua generosidade, disponibilidade e pelo conhecimento compartilhado com nossos estudantes. Foi uma experiência inesquecível!
Nas últimas semanas, algumas falas das crianças despertaram nossa atenção: elas estavam curiosas sobre o motivo de não comermos carne às segundas-feiras. Diante desse interesse, surgiu a ideia de aprofundar a conversa de forma significativa.
Foi assim que convidamos a Fernanda, nutricionista da Tatim, empresa responsável pelo nosso almoço, para bater um papo com os grupos. Durante sua visita, Fernanda explicou de forma acessível o que é a campanha Meat Free Monday, um movimento mundial que convida à reflexão sobre nossos hábitos alimentares, incentivando a redução do consumo de produtos de origem animal uma vez por semana.
Além de abordar os benefícios de uma alimentação equilibrada e consciente, Fernanda falou sobre o impacto de nossas escolhas no meio ambiente, e ressaltou que esse dia pode ser uma ótima oportunidade para experimentar novos sabores e ingredientes que nem sempre estão no nosso prato.
O encontro foi repleto de escuta, participação ativa e muitas ideias criativas! As crianças compartilharam suas preferências e deram sugestões de pratos para o dia sem carne, valorizando as escolhas alimentares.
Em suas aulas, o Grupo Moleque Mateiro tem aproximado as crianças dos elementos da natureza, seja com propostas que envolvam água, terra e areia ou com folhas, frutas e sementes.
Inspirados em Gandhy Piorski e seus “Brinquedos de Chão”, Vinícius e Antônia trouxeram argila, gravetos e lã. As crianças deram asas à imaginação e, além de bonecos, criaram arco e flexa e balanças. Foi muito divertido!
O que é o Tangram? Instigadas, as crianças das F1 levantaram diversas hipóteses:
“São pecinhas que podemos montar muitas coisas.”
“Tem formas como quadrado e triângulo.”
“É tipo um quebra-cabeça.”
“Formas diferentes que juntas podemos montar vários animais.”
“O objetivo do Tangram é montar um quadrado.”
Para matar a curiosidade das turmas sobre esse antigo jogo chinês, contamos a lenda sobre seu surgimento.
As crianças compararam tamanhos e quantidades, exploraram as formas geométricas buscando semelhanças e diferenças e descobriram o nome de cada uma delas.
Registramos no caderno nossas descobertas e as crianças usaram as peças e muita imaginação experimentando livremente criar formas.
Depois dessa primeira exploração, lançamos alguns desafios a partir de imagens conhecidas propostas pelo jogo.
Diversão e muitas aprendizagens!
Com o objetivo de desenvolver e conceituar as noções de lateralidade, as F2 participaram de uma atividade especial: desenhar a partir de um ditado topológico — um recurso que estimula a orientação espacial, o raciocínio lógico e a atenção.
Para iniciar a proposta, as crianças foram orientadas a marcar, em uma folha, as direções: cima, embaixo, direita e esquerda. A partir daí, começou o desafio: ouvir atentamente as professoras e representar o que era dito.
“Qual é o lado direito?”
“Qual é o lado esquerdo?”
“Eu sei que escrevo com a mão direita, a outra é a esquerda, então!”
Essas e outras falas surgiram durante a atividade e contribuíram para aprimorar a percepção corporal e espacial dos alunos. Durante o ditado, as crianças precisaram registrar os seguintes pedidos: ao centro da folha, o famoso bondinho de Santa Teresa; à direita, o Corcovado com o Cristo Redentor; à esquerda, três pessoas dançando e brincando…
As turmas acompanharam o ditado com entusiasmo e participaram ativamente das discussões, utilizando o próprio corpo como referência para localizar e compreender as direções.
A atividade promoveu momentos de troca e reflexão, permitindo que as crianças colocassem em prática os conceitos de lateralidade e orientação espacial de forma concreta e significativa.
As F3 mergulharam na cultura andina ao estudar a origem dos tecidos, conhecendo as tradicionais vestimentas de lã de lhama. A pesquisa ampliou-se para a civilização Inca e seu sistema de registro: o Quipu.
As crianças descobriram que esse instrumento é feito de cordas coloridas e nós e registrava valores numéricos conforme a posição e o tipo de nó, utilizando um sistema decimal. A similaridade com o ábaco surpreendeu as crianças, que depois de aprenderem as técnicas de amarração criaram suas próprias representações de grandes números.
A iniciativa entrelaçou história, matemática e artes, enriquecendo o percurso do projeto das F3: “Costurar, bordar, lembrar”.
As F4 retomaram o contato com os diferentes tipos de frases: exclamativas, interrogativas e declarativas.
Tudo começou ao encontrar esse assunto no livro de Português. A partir daí, as crianças foram convidadas a imaginar o que esses nomes poderiam significar, e muitas ideias surgiram! Logo, elas associaram os termos aos sinais de pontuação que já conheciam: o ponto de interrogação, o de exclamação e o ponto final.
E aí, será que a gente sabe mesmo quando usar cada um? Foi essa pergunta (quase um ponto de interrogação) que nos levou a pensar juntos: por que será importante entender a estrutura das frases? Descobrimos que conhecer essas formas de organização da escrita ajuda tanto a escrever melhor quanto a ler com mais atenção, captando a verdadeira intenção do autor.
O aprendizado tem sido como uma investigação: observamos situações do dia a dia, conversamos sobre os livros da ciranda, trocamos opiniões em grupo e anotamos as descobertas no caderno. Aos poucos, as crianças vão percebendo como essas frases e seus pontos aparecem nos textos e como usar os sinais com mais consciência nas próprias produções.
No fim, percebemos que a língua escrita é cheia de possibilidades. E, quando pensamos nela assim, será que a frase termina com um ponto final? Ou quem sabe, com uma boa interrogação?
Alguns conteúdos matemáticos parecem distantes do nosso dia a dia. No entanto, ao trazer a nossa vida para a sala de aula, vamos dando sentido e aproximando as crianças dessa área do conhecimento.
A partir desta concepção, introduzimos as expressões numéricas, orientando as crianças a pensarem sobre situações-problemas como a produção de pães ou a distribuição de figurinhas.
Em seguida, orientamos as turmas a buscarem um modo de organizar as operações numa única sentença e a refletirem sobre qual operação resolver primeiro para chegar à resolução dos problemas propostos.
As crianças também exploraram diferentes maneiras de iniciar a resolução das sentenças matemáticas, com o objetivo de compreender a hierarquia entre as operações nas expressões numéricas.
É por meio dessas provocações e reflexões que as crianças vão construindo sentido para a linguagem matemática.
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