Nas aulas de Ioga, as crianças aprenderam uma nova brincadeira.
Depois de acalmarmos o corpo e a mente, mobilizamos articulações e segmentos corporais e realizamos alguns dos asanas já aprendidos. Enfatizamos a importância da concentração e da atenção para a nova brincadeira. Um de cada vez, fomos empilhando blocos de espuma de tamanhos e formatos variados. Quem deixasse a torre cair deveria fazer uma postura de equilíbrio. Um desafio e tanto, que chamamos carinhosamente de “Jenga Iogue”.
Esta semana o nosso aluno Dante trouxe um ninho que ele construiu com o seu tio. A nossa turma adorou a novidade!
Descobrimos que os pássaros colocam seus ovos em ninhos construídos por eles. Observamos alguns ovos e as crianças tentaram descobrir de qual animal era o ovo:
“Tartaruga?”
“Passarinho?”
Quebramos um ovo e descobrimos a clara e a gema. As crianças manusearam a casca do ovo e sentiram o seu cheiro.
Contamos para elas que aqueles ovos eram das galinhas. Colocamos os ovos na água e aquecemos no fogão. As crianças amaram comer o ovo cozido! A nossa culinária foi um sucesso!
A caça ao tesouro, inspirada na história “Guilherme Augusto Araújo Fernandes”, trouxe à tona diferentes objetos que despertam lembranças e memórias. A partir dessa experiência, nasceu um novo encontro literário. Desta vez, com a obra “Os dengos na Moringa de Voinha”, que também valoriza um objeto carregado de significados: a moringa.
Na narrativa, a moringa não guarda apenas água fresca, mas também os “dengos”, símbolos de afeto, cuidado e das lembranças que passam de geração em geração. A história convida a refletir sobre o valor da memória e das tradições familiares, aproximando os pequenos desse universo ancestral.
Após a leitura, as crianças puderam manusear a moringa, observando sua textura, forma e materialidade. Assim, a literatura se transformou em vivência concreta, unindo memória, ludicidade e imaginação.
Quanto mais a agulha vai brincando
A costureira vai trançando amor no ar
Leva esse vestido que foi prometido
Pra quem de manhã vier buscar…
Foi ao som da canção A Costureira, de Dominguinhos, que a Turma do Papel iniciou seus dias. Animados, na aula de Dança com a professora Renata os pequenos conheceram esse forró que fez muito sucesso!
Na sequência, tiveram a oportunidade de apreciar a obra As Costureiras, da artista brasileira Tarsila do Amaral. Juntas e atentas, as crianças observaram cada detalhe da pintura e encontraram semelhanças tanto com a história A Colcha de Retalhos quanto com a letra da música de Dominguinhos.
Aproveitando o interesse do grupo, incentivamos que formulassem perguntas para ampliar as próximas pesquisas:
“Todos os tecidos/retalhos viram colcha?” (Bernardo)
“Eu quero saber se existem tipos de tecidos.” (Gael)
“Toda linha é da mesma cor?” (Olívia B.)
“Existem agulhas diferentes?” (Sofia)
“Eu quero saber quem aqui na escola tem máquina de costura!” (Miguel)
Entre músicas, obras de arte e histórias, as crianças seguem costurando saberes e memórias, ponto a ponto, criando novas perguntas e caminhos para nossas próximas investigações.
As crianças da Turma da Festa assistiram a trechos do vídeo Um pé de quê? que apresenta a Sumaúma, árvore majestosa da floresta amazônica, utilizada como referência de orientação para os barqueiros da região.
Ainda envolvidos pelos encantos da floresta, conhecemos a artista e ativista Moara Tupinambá, cuja obra é marcada pelo uso expressivo da colagem, observando em seus trabalhos a conexão entre arte e natureza.
Outros momentos significativos para o fortalecimento das relações em grupo têm sido as brincadeiras e jogos coletivos. Desta vez, a turma explorou o jogo de damas, ampliando seus conhecimentos e habilidades matemáticas na busca de estratégias, tomadas de decisão e movimentação espacial das peças no tabuleiro.
Desta forma, aproximamos as crianças de forma lúdica dos desafios matemáticos, estimulando a atenção, a concentração e a memória de forma prazerosa e significativa.
A Turma de Circo está se apropriando cada vez mais do tema do nosso projeto. Recebemos livros trazidos pelas próprias crianças para compartilhar com o grupo, o que tem alimentado nossas pesquisas. A literatura tem sido fundamental para que a turma se envolva de uma forma lúdica e significativa nos assuntos em curso.
Mergulhamos na história “África, meu pequeno Chaka”, de Marie Sellier. O encontro de Chaka com seu avô Dembo, que o ajuda a entender suas raízes, tocou o grupo e despertou uma nova sensibilidade para o tema da ancestralidade.
Quem também compartilhou um pouquinho de sua história com o grupo foi a professora auxiliar da turma, Denize. Ela nos contou sobre seu bisavô Sebastião, que deixou uma fazenda em Bananal, interior de São Paulo, e veio para o Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor. Aqui, conheceu Maria Glória, com quem se casou e teve Abgail, avó de Dedê. Denize trouxe fotos da família, deixando as crianças curiosas e felizes por conhecer um pouquinho da vida desta professora tão querida.
Para continuar a conversa, ouvimos a música “Paratodos”, de Chico Buarque. A canção nos levou a um debate sobre a identidade e a diversidade brasileira, gerando muitas descobertas sobre nossas próprias origens. Inspirados nessa discussão, cada um desenhou um retrato de sua família, relatando alguns detalhes sobre o seu núcleo familiar.
A Turma do Cinema realizou uma retrospectiva da história A Professora da Floresta e a Grande Serpente, que serviu como ponto de partida para a nova pesquisa do grupo. Mobilizados pela riqueza da cultura indígena, conhecemos outra história encantadora: O tupi que você fala, de Claudio Fragata, o que contribuiu ainda mais em nossos conhecimentos sobre os povos originários. Durante a leitura, as crianças descobriram que muitas palavras do nosso cotidiano têm origem indígena, como guaraná, pipoca, açaí, taturana, pororoca, entre outras.
Motivados pelo enredo, que trazia o jogo de rimas como recurso, brincamos com o desafio de rimar a partir do nome das crianças:
Santiago – lago
Sebastião – amigão
Elis – bis
Pilar – mar
José – picolé
Beatriz – chafariz
Nesta animada brincadeira com as palavras, possibilitamos a ampliação do vocabulário, além de favorecer o desenvolvimento da consciência fonológica de forma criativa e prazerosa.