No terceiro trimestre, as F6 vão mergulhar de cabeça no estudo das frações. Começaram os trabalhos com uma investigação sobre o que já sabiam do assunto. Não demorou muito para lembrarem o significado do numerador e do denominador.
Assim, foram capazes de observar algumas representações gráficas e escreverem a fração correspondente. Além disso, conseguiram fazer a leitura correta de frações, rememorando que alguns denominadores possuem leituras especiais, como meios e terços, além de outros que usam a palavra avos.
Na sequência, aprenderam a fazer a comparação de algumas mais simples e o conceito de frações equivalentes. Neste momento, estamos conhecendo e nos aprofundando na famosa “Borboleta”.
Nas aulas de Geografia do 6º ano, tivemos um momento muito especial na Biblioteca da escola: iniciamos a leitura do livro Ideias para adiar o fim do mundo, do pensador indígena Ailton Krenak.
Antes da leitura, realizamos uma conversa inicial para conhecer melhor o autor e refletir sobre a importância de sua obra nos dias de hoje. Discutimos, sobretudo, o que significa o “fim do mundo” ao qual Krenak se refere, e como essa reflexão dialoga diretamente com o Brasil e com nossas florestas.
O autor nos alerta que o fim do mundo está relacionado à falsa ideia de que a humanidade está separada da natureza. Esse afastamento, segundo ele, gera escolhas equivocadas que resultam na devastação dos recursos naturais. Assim, sua mensagem nos convida a repensar nossa relação com o planeta e a valorizar a vida em todas as suas formas.
A leitura está sendo realizada aos poucos, junto com a professora, para que possamos refletir e debater cada parte com calma. E acreditamos que a participação da família pode tornar esse processo ainda mais rico: conversar em casa sobre os temas do livro, relacionar os conteúdos com o dia a dia e trazer novas perguntas para a sala de aula ajuda muito no aprofundamento da aprendizagem.
Convidamos, portanto, todos vocês a se envolverem nesta experiência de leitura e reflexão, que une literatura, geografia e consciência ambiental.
Nas aulas de Teatro, as F7 mergulharam no universo da improvisação através da metodologia da aula invertida.
Organizados em grupos, os alunos pesquisaram sobre o Teatro de Improviso e sua influência em grupos como Os Barbixas, Whose Line Is It Anyway?, Quinta Categoria e Zé-Zenas Emprovisadas.
A partir dessa investigação, cada grupo selecionou dois jogos e os testou internamente.
Agora, na etapa final, assumem um papel fundamental: o de mestre de cerimônias, assim como ocorre nos jogos de improvisação. Caberá a eles não apenas explicar as regras, mas conduzir os jogos e garantir o engajamento de todos, transformando-se verdadeiramente nos condutores do jogo.
Essa experiência prática consolida o conceito da aula invertida, onde professor e turma tornam-se parceiros na investigação criativa, reforçando que o Teatro é uma prática colaborativa.
O sétimo ano começou o terceiro trimestre estudando as propriedades do ar, de maneira experimental, no laboratório. A realização dos experimentos estimula o raciocínio lógico através da dedução de hipóteses que explicam os fenômenos observados, além de incentivar o trabalho cooperativo nos grupos.
Os alunos viram a partir de experimentos simples propriedades do ar como massa, volume, pressão e a relação entre temperatura e pressão. Na sequência didática do trimestre iremos relacionar esses conteúdos com fenômenos naturais atmosféricos, como a formação das brisas e dos ventos, para finalmente associá-los aos conteúdos estudados nos trimestres anteriores, poluição e antropoceno, e assim compreender o fenômeno das Mudanças Climáticas.
A próxima leitura a ser feita pela F7 será o livro Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus. Em forma de diário, Carolina constrói uma série de relatos sobre as suas vivências na favela do Canindé. A fome, pobreza e o difícil cotidiano de luta, sobrevivência e cuidado com os filhos documentam os problemas da desigualdade social no Brasil.
Ler essa obra é portanto de uma necessidade, urgência e importância significativa para compreender mais sobre uma autora tão singular na nossa literatura e também para conhecer mais o Brasil dos brasileiros.
Nas aulas de Português, as turmas de sétimo ano estão estudando os conceitos “coesão” e “coerência”, fundamentais para a produção de sentido e ampliação do léxico. A articulação desse conteúdo tem sido feita a partir de músicas populares brasileiras.
Nas últimas aulas, aconteceu uma atividade com ênfase na variação de palavras. Os estudantes foram desafiados a trocar as palavras de refrões de músicas, dando sugestões que deveriam manter o lirismo, o tom e a sonoridade do ritmo da música. Composições de Djavan, Jorge Ben Jor e Elza Soares foram utilizadas para compor essa atividade.
Mais do que exercícios de coesão e coerência, foram também de composições, visando o entendimento de que a repetição estratégica é uma ótima alternativa em alguns textos. No entanto, em outros, a variação do léxico é necessária.
Iniciamos uma nova etapa nas aulas de Geografia: os estudos sobre o espaço agrário na América Latina. Para começar essa jornada, buscamos algo próximo e muito presente no dia a dia de todos: a alimentação. Afinal, comer não é apenas nutrir o corpo, mas também vivenciar memórias, afetos e culturas.
Nossa primeira atividade foi uma meditação guiada, na qual os estudantes refletiram sobre a sua relação pessoal com os alimentos:
Essas reflexões iniciais são a porta de entrada para entendermos como nossa alimentação se conecta com a organização do espaço agrário e com os modos de vida das comunidades que produzem os alimentos que chegam à nossa mesa.
Convidamos as famílias a participarem desse processo, colaborando com as tarefas de casa e aproveitando esse momento para transformar a pesquisa escolar em uma oportunidade de diálogo. Reflitam juntos sobre a qualidade das refeições, sobre como a alimentação impacta a saúde e, sobretudo, sobre a importância da participação dos jovens na cultura culinária da família.
Mais do que um tema escolar, essa é uma chance de fortalecer laços, trocar memórias e redescobrir o valor da comida como elemento de cuidado e afeto.
As turmas de oitavo ano estão dando continuidade à leitura do Pequeno Manual Antirracista, de Djamila Ribeiro. Começamos o ano com essa narrativa, depois adotamos a Leitura Trimestral, depois o projeto da Leitura Diversificada e agora retomaremos esse livro.
Na volta a Djamila, estamos lendo e dialogando sobre o consumo de cultura negra, seja na literatura, no teatro, no cinema, televisão ou outras fontes. Muitos debates estão sendo realizados sobre a visibilidade das pessoas negras na produção literária e midiática nacional, especialmente sobre o protagonismo negro ou a ausência dele.
Os estudantes têm se engajado a conversar nas rodas de leitura sobre os casos de “blackface” da teledramaturgia brasileira e também a identificar como, atualmente, são construídos e encenados na grande mídia os enredos em que há protagonismo negro.
Voltamos ao estudo dos enunciados. A interpretação de textos voltou a ser estrela ao estudarmos sistemas de equações.
Nosso estudo foi dividido em três partes: interpretação de texto, transcrição do português para “matematiquês” e resolução dos sistemas.
O pontapé inicial foi dado com a avaliação de quatro enunciados em sala de aula. O quarto enunciado era mais desafiador. Não foi difícil chegar lá…
Exercícios em sala e em casa foram necessários para melhor entender e para evoluir na construção dos conhecimentos.
Nas aulas de Português, um dos temas atuais de estudo são as “figuras de linguagem”. Com isso, os estudantes estão reconhecendo as figuras que já usavam e aprendendo algumas diferentes, como antonomásia, catacrese, litote, eufemismo, metonímia.
Essas e muitas outras estão sendo relacionadas e exemplificadas a partir de músicas populares brasileiras, o que despertou as turmas de oitavo ano a uma chave de leitura de análise e pós-leitura.
Muitos alunos identificam as figuras em outras letras de músicas além das trabalhadas em aula, e contribuem muito significativamente para o enriquecimento das exemplificações. Isso também demonstra o quanto conseguem articular essa matéria a novas análises, portanto novos saberes e novas relações, tornando essa atividade lúdica, perceptiva e significativa.
Nas aulas de Dança do F8, lemos o texto da peça Liberdade é Palavra que Dança, escrita por Janaína Russeff e Roberta Porto, que será apresentada em nossa Festa de Encerramento. A leitura nos ajudou a compreender o lugar e o sentido da coreografia dentro da narrativa da peça.
A partir daí, iniciamos uma pesquisa coletiva sobre o significado da palavra “encruzilhada”, explorando suas diferentes interpretações. Em grupos, os alunos criaram propostas de movimentação inspiradas nesses sentidos múltiplos, transformando as descobertas em gestos e ações corporais.
Assim, demos início ao nosso processo criativo, colocando os alunos como coautores do trabalho, ampliando o vocabulário corporal de cada um e fortalecendo seu lugar de autoria dentro da obra.
Recentemente, realizamos uma pesquisa coletiva sobre as diferentes regiões da África, explorando seus biomas e características únicas.
Cada grupo se dedicou a estudar um espaço específico: o Deserto do Saara, o Deserto do Kalahari, o Rift Valley e os Grandes Lagos, a Savana, a Floresta Tropical do Congo e a Ilha de Madagascar. A partir daí, investigaram aspectos fundamentais como clima, relevo, biodiversidade e hidrografia, construindo um verdadeiro mapa de conhecimentos sobre o continente africano.
Além das riquezas naturais, os alunos também mergulharam nos dilemas ambientais atuais, como a desertificação, a mineração, o desmatamento, a poluição das águas e o grave problema do depósito de lixo eletrônico. Essa reflexão possibilitou compreender como as questões ambientais impactam a vida das populações locais e a conservação da biodiversidade.
Mas não paramos por aí! Outro ponto forte da pesquisa foi o reconhecimento da potência da diversidade cultural africana, com destaque para seus artistas, tanto tradicionais quanto contemporâneos, que expressam a criatividade e a força de seus povos.
Para coroar essa jornada, cada grupo preparou uma apresentação de slides, compartilhando os resultados de suas descobertas com a turma. O clima foi de troca, curiosidade e entusiasmo, e todos aprenderam uns com os outros de forma ativa e colaborativa.
Essa atividade teve também uma grande importância para desconstruir estereótipos negativos sobre a África e criar novas memórias sobre o continente e seus povos, reconhecendo-o em toda a sua riqueza, diversidade e vitalidade.
As turmas de F8 viveram três dias de intensa aprendizagem e convivência em Paraty. Durante a viagem, os alunos visitaram o Quilombo do Campinho, a comunidade caiçara da Ilha do Araújo, onde conheceram o Sr. Clóvis, e a Aldeia Pataxó. Nessas visitas, tiveram contato direto com a vida e a cultura dessas comunidades, ouvindo relatos, observando práticas cotidianas e ampliando sua compreensão sobre diferentes modos de viver e resistir.
Em seguida, os estudantes foram divididos em grupos temáticos — dança, festejos, música, educação e artesanato. Cada grupo entrevistou pessoas das três comunidades, registrou as informações em cartolinas na forma de mapas mentais e apresentou os resultados na própria Aldeia Pataxó. Esse momento foi ainda mais especial pela presença do cacique e do vice-cacique, que acompanharam atentamente as falas dos alunos e contribuíram com novas informações, ampliando a vivência de todos.
Além das visitas, a programação incluiu um passeio de barco, a exploração do Centro Histórico de Paraty e um emocionante sarau na pousada, momentos que fortaleceram os laços do grupo e trouxeram ainda mais integração.
Nossos alunos se mostraram respeitosos, curiosos e participativos em todas as atividades. Voltaram felizes e enriquecidos pela experiência, e nós, da equipe pedagógica, estamos muito satisfeitos com os frutos desse trabalho de campo, que alia conhecimento, convivência e memória viva.
F9 – Projeto
Na primeira quinzena de setembro, as turmas de F9 vivenciaram um momento importante no percurso de seus projetos de pesquisa: a apresentação dos resultados parciais.
Cada grupo compartilhou suas descobertas e reflexões para a turma e para convidados, mobilizando não apenas os conteúdos estudados, mas também estratégias de comunicação. Os temas foram variados, desde registros visuais da ditadura militar até estudos sobre globalização, cultura pop, mudanças climáticas, deslocamentos humanos e a relação entre rios e urbanização.
Alguns poucos grupos demonstraram dificuldades de organização ou de comprometimento. Mas o que chamou a atenção da equipe de professores foi a densidade acadêmica da maior parte das apresentações, somada ao uso criativo de recursos visuais, artísticos e narrativos.
Esse primeiro teste funcionou como um ensaio para a consolidação das pesquisas, permitindo que os estudantes recebessem devolutivas e ajustassem seus percursos para o trabalho final a ser apresentado na Feira Moderna.
Mais do que um exercício avaliativo, a experiência se revelou um espaço de trocas, valorização da autoria e fortalecimento da dimensão investigativa que marca o projeto pedagógico da Sá Pereira.
Para encerrar o ciclo do fundamental 2, estamos lendo no 9º ano os textos não-ficcionais, isto é, livros informativos, científicos, filosóficos, ensaísticos, biográficos, entre outros gêneros que exploram o que chamamos de “realidade” e abordam fatos da nossa sociedade e do mundo em que vivemos. Nas últimas aulas de biblioteca, a professora Laíza levou um carrinho com dezenas de livros não ficcionais para os alunos conhecerem. Alguns se interessaram tanto pelos títulos, que já fizeram empréstimos com a professora.
Esses gêneros são fundamentais para compor o chamado repertório sociocultural, tão importante para a escrita da dissertação argumentativa, gênero textual que já está sendo estudado nas aulas de redação. Ao longo do trimestre, os alunos farão, no mínimo, três dissertações argumentativas, cujos temas serão divididos em três eixos: filosófico, sociológico e científico-ambiental. Nas últimas aulas, os alunos foram incentivados a recolher citações variadas para usar nessas produções textuais, as quais serão todas avaliativas.
Além disso, essas leituras nos prepararam para o livro deste terceiro trimestre, “Futuro ancestral”, de Ailton Krenak, que também é não-ficcional. Trata-se de uma coletânea de ensaios sobre o meio ambiente, a força das cosmovisões indígenas, o capitalismo e a organização das cidades. Já começamos a discutir os primeiros textos do livro, e a cada semana haverá uma produção textual relacionada a ele. Teremos um trimestre com foco na escrita dissertativo-argumentativa!
Nos últimos meses do 2º trimestre, as turmas de F9 aprofundaram seus conhecimentos sobre a estrutura do átomo e as ferramentas que utilizamos na Química para descrever sua constituição.
Para isso, estudamos os átomos e os relacionamos com suas múltiplas aplicações no cotidiano. A fim de ampliarmos esse conhecimento, construímos uma tabela periódica em papel kraft, inspirados na obra “Educação para Adultos”, do artista alagoano Jonathas de Andrade. Dentro de cada quadrado, um mundo e uma possibilidade de detectar, ao nosso redor, os elementos químicos.
O mais interessante desse processo não foi o produto produzido, mas seu processo: encontros cercados de discussões entre os conhecimentos científicos e a colaboração dos estudantes para a elaboração de ferramentas científicas singulares, como uma simples tabela periódica.
O nono ano conduz a Festa de Encerramento costurando dança, música, teatro e reflexão crítica. Cada apresentação surge inserida em um contexto maior, dialogando com a narrativa da peça Liberdade é Palavra que Dança, escrita por Janaína Russeff e Roberta Porto.
Ao mergulharmos na leitura desse texto, compreendemos o significado de cada coreografia e, a partir daí, iniciamos nosso processo criativo.
A F9A e a F9C apresentam coreografia homônima à peça, celebrando a liberdade de criar, imaginar e refletir. Já a F9B, inspirada no livro Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, encena a cegueira da sociedade que insiste em abrir mão da reflexão sobre comportamentos, silenciamentos e injustiças.
Esse percurso está sendo construído coletivamente, garantindo espaço real de autoria para nossos alunos. Assim, a Festa de Encerramento se torna mais do que uma apresentação: é a afirmação do protagonismo estudantil e do sentimento de pertencimento, elementos fundamentais para que a aprendizagem se torne viva, significativa e transformadora.
Um momento essencial no processo de construção dos projetos aconteceu no Seminário de Pesquisa, realizado no início deste mês.
Nessa ocasião, os grupos apresentaram, pela primeira vez, os resultados parciais de seus trabalhos para outras turmas, exercitando a comunicação e a troca de conhecimentos.
Após cada apresentação, os colegas foram convidados a compartilhar comentários e sugestões, contribuindo para o aprimoramento das pesquisas. As professoras orientadoras também acompanharam o processo, avaliando o andamento dos projetos e já projetando os próximos passos rumo à Feira Moderna.
Foi uma semana intensa e muito enriquecedora, em que diferentes temas relevantes para a sociedade ganharam espaço de reflexão, debate e aprofundamento dentro da nossa comunidade escolar.