Para fortalecer a conexão entre as crianças e a natureza, o grupo Moleque Mateiro tem criado diferentes brincadeiras e brinquedos inspirados nos quatro elementos. Já exploramos o fogo, a terra e a água, agora chegou a vez do ar!
As propostas com o ar estão ligadas ao movimento e à leveza, proporcionando vivências com o vento, a respiração e a observação do ambiente. Nossos professores Vini e Bárbara nos apresentaram o Barangandão Arco-íris e os cataventos. Observamos o movimento das fitas e a ação do sopro sobre o papel. Percebemos o desenho das espirais e sentimos a vibração do ar.
Outras experiências ainda nos esperam. Aguardem as novidades!
As crianças do Ateliê iniciaram o campeonato de Yoté, jogo que conhecemos e jogamos bastante durante este ano. Organizamos o campeonato em seis grupos, definidos por meio de um sorteio com uma roleta. O momento foi de empolgação e torcida!
As crianças estão acompanhando as pontuações e todo o processo dos jogos através de uma tabela coletiva, exposta nas salas do Ateliê. Serão três fases, com rodadas cheias de diversão, estratégias e desafios.
Elas estão entusiasmadas para jogar, colocar em prática as estratégias do Yoté e descobrir, com curiosidade e suspense, quais serão os resultados do campeonato!
F1
As turmas do primeiro ano foram ao Museu do Samba, lugar de memória, preservação e representatividade da cultura afro-brasileira. Um espaço importante, que conta com o maior acervo patrimonial e audiovisual do gênero, localizado no tradicional reduto do samba carioca, o bairro de Mangueira.
Lá as crianças assistiram a um vídeo sobre a história do surgimento do samba, viram esculturas do carnaval, pinturas, retratos de sambistas, fantasias, instrumentos e outros objetos que pertenceram aos “bambas” do samba. Na exposição “A Força Feminina do Samba”, reconheceram algumas das grandes damas desse universo, mulheres fundamentais para contar essa história.
Foi uma alegria visitar esse lugar cheio de memórias e ver as crianças tão interessadas, valorizando a arte e os artistas ali homenageados.
Viva o samba!
“Eu quero o mapa das nuvens e um barco bem vagaroso.” (Mario Quintana)
Durante a viagem pela cultura brasileira, as F2 têm observado como a geografia de cada lugar se reflete na cultura e na arte.
Após a visita à exposição Mata Viva, surgiram muitas perguntas sobre as regiões do Brasil e suas diferentes paisagens. A partir disso, as crianças exploraram mapas, conversaram sobre localização e pontos cardeais e investigaram formas de orientação no espaço.
Para ampliar o estudo, receberam a visita de Henrique, pai do Sebastião (F2A) e professor de Física da escola, que contou sobre a origem da bússola e orientou uma experiência prática de construção de um instrumento simples de localização do norte geográfico.
Além de despertar a curiosidade das crianças pelas descobertas científicas, a atividade teve a intenção de mostrar que, assim como no poema, aprender é também navegar com calma, imaginação e desejo de descobrir.
As F3 receberam a visita de Olívia Pedroni, artista manual e tecelã, para uma oficina sobre o universo das tintas naturais.
Logo no primeiro encontro, Olívia contou um pouco de sua trajetória e das experiências com materiais extraídos da natureza. As crianças logo começaram a levantar perguntas: De onde vem a cor das plantas? Quais delas tingem melhor?
Descobriram, surpresas, que nem sempre as plantas mais coloridas, como a beterraba ou o repolho, são as que produzem os tons mais intensos. As verdadeiras protagonistas são as cascas e sementes, capazes de gerar cores firmes e duradouras.
No segundo encontro, foi hora de transformar a curiosidade em prática. Olívia apresentou as tintas feitas de casca de romã, caroço de abacate, pau-ferro e eucalipto, preparadas com goma-agar, e convidou as crianças a experimentar. Entre pinceladas e descobertas, foram explorando novas formas e nuances, observando como cada pigmento reagia no tecido.
Ao final, os grupos criaram painéis coletivos que revelam o encontro entre arte e natureza e estarão em exposição na Feira Moderna.
As F4 iniciaram os preparativos para este grande evento, no qual compartilharão com a comunidade escolar as pesquisas e descobertas realizadas ao longo do ano sobre o samba: a Feira Moderna.
Para isso, é preciso olhar para trás e rever os caminhos percorridos, selecionar o que desejam apresentar e planejar como fazê-lo. Tudo isso sem deixar de lado a criatividade e o cuidado estético.
Neste momento, todos estão na etapa final dos procedimentos de pesquisa e tratamento das informações: a fase de apresentação dos resultados.
Trata-se de um grande desafio, que exige dedicação, olhar coletivo, negociação de interesses e tantas outras habilidades sociais que atravessam o trabalho com projetos, convocando cada criança a contribuir com sua autoria e a desfrutar das conquistas alcançadas.
Que venha a Feira Moderna!
“O que é grande não é o que se vê,
mas o que se faz com as mãos pequenas.”
(Mário Quintana)
As F5 receberam com alegria a visita das ceramistas Rachel Seixas, ex-professora da escola, e Natália Lazoski, mãe do Tomás (F5B), que vieram oferecer uma oficina inspirada no projeto do quinto ano.
Num primeiro momento, permeado de memórias afetivas, já que muitas crianças foram alunas dessas professoras e ceramistas queridas, o encontro relembrou diferentes técnicas para moldar o barro, contou um pouco sobre a história da cerâmica e explicou os motivos pelos quais as F5 adotaram essa técnica como objeto motivador das pesquisas sobre os quatro elementos.
Em seguida, as crianças iniciaram a modelagem de suas peças, dando-lhes um caráter artístico e carregado de memórias. Depois de secas, as peças seguirão para a queima.
O encontro foi prazeroso e constituiu uma etapa importante na relação saber-fazer, tão valorizada no trabalho com Projetos da escola.
“Terra, fogo, água e ar: para onde os elementos irão nos levar?”, título do projeto das F5, tem proporcionado encontros de experimentação, contemplação, estudo e momentos de calmaria para as mentes inquietas das F5.
Há três semanas, iniciamos um processo de sensibilização para a nova música do coral, Samba da Utopia, de Jonathan Silva — composta originalmente para a peça Ledores do Breu, da Cia. do Tijolo. Na gravação, além do compositor, participa também a cantora Ceumar.
A escolha dessa canção tem como objetivo dialogar com a peça teatral Vamos Comprar um Poeta, adaptação feita por Beatriz Napolitani a partir do livro homônimo de Afonso Cruz, que encerrará o ano letivo de 2025 das turmas de F2 a F5.
Esse samba convoca a sociedade a usar a arte e outras formas de insubmissão como caminhos para a transformação do mundo, apontando para a possibilidade de realização da utopia.
Com as crianças, realizamos uma escuta atenta da letra, analisando palavra por palavra, refletindo sobre as imagens poéticas e as palavras fortes escolhidas pelo compositor para enfrentar as situações desafiadoras abordadas na canção.
Primeiro, tivemos uma conversa coletiva, frase por frase. Em seguida, as turmas se dividiram em pequenos grupos: cada grupo ficou responsável por uma frase específica, registrando suas reflexões em papel e criando desenhos que sintetizassem as ideias levantadas.
Nas últimas aulas de Música, o quinto ano mergulhou em uma pesquisa sobre a música indígena. A exploração começou com o conhecimento de instrumentos tradicionais, como o maracá, o nhanguê, o pau de chuva e diferentes tipos de apitos.
Em seguida, construímos em sala o pau de chuva, utilizando rolos de papel, papel alumínio e sementes. Essa experiência foi integrada às aulas de Artes, nas quais os alunos pesquisaram grafismos indígenas e, com os trabalhos produzidos, decoraram seus instrumentos.
As crianças também assistiram a um vídeo do Coral Guarani Tenonderã (link), observando atentamente não apenas a música, os instrumentos e o significado da letra, mas também a organização espacial e a dança que compõem a apresentação.
A partir dessa escuta e observação sensível, as turmas recriaram a experiência musical, reproduzindo a canção, a disposição do grupo e os movimentos da dança, buscando maior imersão cultural.
O processo foi finalizado com uma apresentação para outras turmas, compartilhando o aprendizado e valorizando as culturas indígenas.