Para fortalecer a conexão entre as crianças e a natureza, o grupo Moleque Mateiro tem criado diferentes brincadeiras e brinquedos inspirados nos quatro elementos. Já exploramos o fogo, a terra e a água, agora chegou a vez do ar!
As propostas com o ar estão ligadas ao movimento e à leveza, proporcionando vivências com o vento, a respiração e a observação do ambiente. Nossos professores Vini e Bárbara nos apresentaram o Barangandão Arco-íris e os cataventos. Observamos o movimento das fitas e a ação do sopro sobre o papel. Percebemos o desenho das espirais e sentimos a vibração do ar.
Outras experiências ainda nos esperam. Aguardem as novidades!
O querido Benjamim trouxe uma história para compartilhar com a turma: “A galinha ruiva”. Antes de começarmos a contar, brincamos de imitar os sons e os movimentos da galinha. As crianças riram e se divertiram bastante! Durante a leitura observamos as ilustrações com os personagens e os elementos que faziam parte do enredo: “pato”, “porco”, “ovos” e “bolo”.
A cantoria “Quem me ajuda? Quem me ajuda?” já fazia parte da nossa rotina nos momentos de arrumação dos espaços, e agora as crianças entenderam de onde veio a música.
Combinamos de fazer um bolo sem açúcar nos próximos dias!
Turma do Baú (TAT)
A leitura do livro Os dengos da moringa de Voinha, de Ana Fátima, segue rendendo inspirações e descobertas para a Turma do Baú. Após conhecerem as histórias dos Ibejis e do baobá – elementos repletos de simbolismo e ancestralidade – o grupo foi convidado a transformar o aprendizado em arte.
Munidos de tintas e pincéis, os pequenos reproduziram a tradicional sacola de Cosme e Damião e, observando atentamente os tons e texturas presentes nas ilustrações do livro, dedicaram-se a composições próprias, cheias de cor e significado.
A proposta permitiu às crianças expressarem suas percepções, explorando linguagens artísticas, culturais e sensoriais. Ao mesmo tempo, ampliaram sua compreensão sobre diversidade, identidade e pertencimento, valorizando tradições que compõem o imaginário e a cultura afro-brasileira.
Essas vivências fortalecem o olhar sensível e investigativo das crianças, estimulando a imaginação, o respeito às diferenças e o diálogo entre literatura, arte e cultura.
“Oi! A Turma do Papel foi passear na Praça Paris para fazer intervenções com fios de malha que ganhamos da mãe do Caio. Levamos imagens dos artistas Ernesto Neto e Toshiko para nos inspirar! Nós nos divertimos muito: fizemos uma grande cama de gato para brincar e também brincamos de corta/corta, coleção de sementes e gravetos. Ah, também vimos um bicho-folha muito fofinho! Deixamos um recado para quem passasse por lá e quisesse brincar com os nossos fios de malha. Foi muito legal! Agradecemos pelo passeio. Beijos e patas de caranguejo, Turma do Papel.”
(Texto coletivo)
Para acrescentar ainda mais às pesquisas da turma, após o passeio recebemos a visita da avó do Caio, carinhosamente chamada por ele de “Dada”. Vovó Cláudia compartilhou com o grupo, através de fotografias, as fantasias que costurava para suas filhas quando eram pequenas. Contou quais eram essas fantasias e, em seguida, propôs que as crianças, juntas, criassem um brinquedo utilizando tecido e uma pequena costura.
Mão na massa, a turma produziu um fantasminha divertido! Os pequenos puderam acompanhar de pertinho uma costura à mão no nariz desse fantasminha, um momento cheio de carinho e aprendizado.
As crianças da Turma da Festa conheceram a história Exercícios de ser criança, de Manoel de Barros. Após apreciarem a capa, escutaram a história com atenção e analisaram as ilustrações, que são elaboradas com desenhos, agulhas e linhas coloridas, feitos pela família Dumont.
O processo é iniciado pelo irmão que desenha e as irmãs que preenchem os traços com o bordado. A família é da região mineira de Pirapora.
Assim, nos debruçamos na arte do bordado, que revela a partir de suas linhas uma história de memória e arte do nosso país.
A turma segue se inspirando na música “Tataruê”, de Geovana. O grupo enviou uma carta ao Coral da Sá Pereira, um convite que foi prontamente acolhido com muito entusiasmo. Como resultado, fomos agraciados com uma tarde inesquecível na sede da Rua da Matriz.
Durante nossa visita, fomos presenteados com a apresentação de alguns integrantes do grupo, trocamos informações e tiramos dúvidas acerca da canção, como:
“O que significa a palavra Tata?”
“E a palavra Tataruê?”
“Pemba e Guiné são plantas ou países?”
Essas questões enriqueceram o nosso entendimento da música e abriram portas para um diálogo sobre a história e os elementos culturais presentes nela, despertando um interesse ainda maior pela pesquisa e pela busca por respostas.
Para finalizar a vivência, lanchamos na sala do Ateliê do Fundamental 1 e desbravamos os espaços da escola.
“Que a linha da imaginação nos solta e nos guia.” (Matizes Dumont)
A partir da apreciação do vídeo Arte Contemporânea e a Festa dos Sentidos, as crianças da Turma do Cinema conheceram as irmãs Dumont, bordadeiras da região mineira de Pirapora. Com essas imagens, entramos em contato com o universo das linhas, tecidos e agulhas, em que cada ponto se transforma em desenhos que surpreendem revelando arte e memória.
Começamos uma nova trajetória dentro das nossas pesquisas: o bordado e sua representatividade na arte e na memória cultural do nosso país. As crianças foram surpreendidas com uma caixa surpresa. Ao abrir descobriram linhas, panos, agulhas, e assim experimentaram esta expressão artística que permeia os saberes tradicionais da nossa história e que fazem parte da nossa cultura.