Pesquisas e Mais Pesquisas

Ateliê F1

Os Ateliês embarcaram em novas pesquisas. Desta vez, cada turma escolheu um caminho divertido para trilhar.

A Educação Infantil tem se envolvido em brincadeiras com barbantes que possibilitam o desenvolvimento de habilidades motoras e do raciocínio. Conhecemos cama de gato, costura de dedinhos, estrela, entre outras. Também fizemos uma pintura colorida com barbantes, que rendeu muita diversão e várias manchas de tinta!

Depois de Kabaderebu, o Ateliê da Tarde embarcou em mais uma aventura literária, dessa vez sugerida pela amiga Olívia: O Diário de Pilar na África. Assim que começamos a leitura, surgiu a ideia: “Rosi, vamos fazer uma Pilar do nosso tamanho?”

As crianças decidiram, num “zerinho ou um”, quem teria sua silhueta desenhada. Aurora foi a vencedora! Nossa Pilar já está ganhando forma e, em breve, passeará pela escola.

No Ateliê do primeiro ano, as pesquisas continuam sendo norteadas pelas mitologias do mundo. Dessa vez, dispararam rumo à Grécia e a Roma. Lá, conhecemos mitos e deuses que deram origem aos nomes de muitas constelações e planetas, como Pégaso, Hidra, Centauro, Mercúrio, Júpiter e Saturno. Descobrimos que, quando nascemos, o Sol estava iluminando uma constelação que pode ser chamada de signo. A partir da data de nascimento, listamos os signos e conhecemos nossa constelação pessoal.

Troca de Faixa

Ateliê Fund.I – Judô

Depois de viverem a experiência de participar de um campeonato, as crianças do judô do Ateliê agora se preparam para outro momento muito especial: a cerimônia de troca de faixa!

Como o próprio professor Eduardo gosta de lembrar, trocar de faixa vai muito além de receber uma nova cor no cinturão. É um símbolo de tudo o que foi aprendido, dos desafios superados e, principalmente, da dedicação ao longo do ano.

Nos últimos encontros, os pequenos judocas têm se dedicado às técnicas do Nage-Waza, cujo objetivo é desequilibrar e arremessar o oponente no chão,  um  conjunto de movimentos de projeção que inclui o Te-Waza, técnicas de braço, Koshi-Waza (de quadril) e o Ashi-Waza (de pernas e pés). Tudo isso tem sido trabalhado de forma leve e lúdica, com brincadeiras e repetições que fazem corpo e mente atuarem em harmonia.

A cada treino, as crianças aprimoram não apenas as técnicas, mas também o autoconhecimento e a compreensão do verdadeiro significado do respeito, dentro e fora do tatame.

 

De Onde Vem o Samba

F1

As Turmas do Samba e da Memória foram visitar mais uma exposição, desta vez no Centro Cultural dos Correios. 

A exposição de De onde vem o samba, com obras da artista Mery Horta, faz uma homenagem a um dos mais tradicionais e respeitados segmentos na história das escolas de samba, a Ala das Baianas. Uma reverência às senhoras que, no passado, abriam suas casas para acolher os sambistas e realizavam as rodas de samba, dando início ao surgimento das mais famosas escolas de samba do Rio de Janeiro, patrimônio imaterial e cultural do Brasil.

Lá, apreciamos objetos têxteis, confeccionados à mão pela artista a partir de doações da G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio,  fotografias, instalações sonoras e vídeos que fazem parte da exposição e ajudam a contar mais um pouco dessa história tão rica do nascimento do samba, que estamos conhecendo através das pesquisas. 

Por sorte, durante a visita fomos surpreendidos com a chegada da artista, que cumprimentou e tirou uma foto com as crianças. Mery ficou feliz ao ver as turmas prestigiando seu trabalho. Foi uma alegria não só esse encontro, mas também a possibilidade de apreciar os trabalhos de arte que dialogam e enriquecem nosso projeto.

Jardim Botânico

F2 – Projeto

As F2 fizeram uma saída de campo para o Jardim Botânico para observar algumas espécies de árvores endêmicas dos biomas brasileiros e também para colocar em prática os conhecimentos sobre localização e uso da bússola. 

A F2B fez um texto coletivo contando sobre essa experiência e descobertas. Confira:

As F2 foram ao Jardim Botânico fazer uma visita de campo para observar algumas coisas relacionadas ao projeto. Ao chegarmos, fomos ver o relógio de sol. Como não havia sol, infelizmente não conseguimos ver a hora marcada.

No caminho para o parquinho, vimos algumas árvores brasileiras, como o pau-brasil, o pau-ferro, o jacarandá, a cerejeira-da-amazônia e o ipê-amarelo, que estava sem flores. Também vimos as vitórias-régias no lago. Lanchamos, brincamos e fizemos uma roda para que o Henrique explicasse como nos localizarmos no mapa do JB. Henrique desenhou uma rosa dos ventos no meio da nossa roda, usando a bússola como referência. Cada criança pegou o seu mapa e o alinhou no sentido do norte geográfico. Descobrimos que a sumaúma fica na direção sudeste.

Caminhamos em direção à sumaúma orientados pela bússola. Ao chegarmos até ela, observamos a árvore, fizemos uma roda e conversamos sobre algumas curiosidades. Henrique contou que a sumaúma pode chegar a ter 70 metros de altura; a do JB tem em torno de 40 metros. Nessa época do ano, os frutos caem e conseguimos ver as sementes e a paina que as envolve. A paina é muito leve, permitindo que as sementes voem para longe e que não nasça uma sumaúma perto da outra.

Os besouros adoram comer a paina. As raízes são aparentes e muito altas, servindo de abrigo para animais. Se batermos nelas com um galho, emitem um som muito alto, pois são ocas. Esse som serve para as pessoas se comunicarem ou pedirem ajuda na floresta. Elas são ocas porque têm muita água dentro.

Descobrimos que a sumaúma que vimos no jardim foi plantada em 1917, portanto, tem 108 anos. Antes de irmos embora, fizemos uma grande roda em volta dela junto com a F2A. Foram necessárias 41 crianças de mãos dadas para fecharmos a roda!

 

Dança Poesia

F2 – Dança

As turmas de F2 iniciaram o processo de montagem da coreografia para a nossa festa de encerramento, inspirada na história Vamos comprar um poeta.

Começamos com uma conversa sobre os temas da dança, que são a poesia, os livros e a chegada do poeta na casa da família. E a partir daí exploramos movimentos de abrir e fechar o corpo, inspirados no gesto de abrir e fechar os livros.

Depois, conversamos sobre dançar com um elemento coreográfico, um objeto que fará parte da coreografia. Falamos sobre como esse elemento também “dança junto” com cada um, fazendo parte da cena e da criação.

Em pequenos grupos, as crianças foram convidadas a criar pequenas sequências coreográficas, colocando em prática tudo o que havíamos experimentado e conversado. Cada grupo apresentou sua ideia para a turma, e a partir dessas criações demos início à montagem da nossa coreografia.

Foi um encontro cheio de imaginação, trocas e descobertas, o começo do processo que dará forma à nossa dança!

 

Novas Técnicas de Bordado

F3 – Projeto

Na continuidade das pesquisas sobre tecidos e diferentes técnicas de trabalho com este material, as F3 conheceram o bordado de ponto cruz.

É uma técnica muito antiga, difundida no Brasil e passada de geração para geração. Essa técnica é caracterizada por formar pequenos X com as linhas se cruzando, formando o desenho escolhido. O bordado é feito em tecido de trama aberta, com espaços visíveis para fazer o X.

As crianças descobriram que para fazer esse tipo de bordado é preciso, primeiro, criar um gráfico. O gráfico é como a receita para o bordado, usada para guiar o trabalho. No papel quadriculado, cada criança criou o seu gráfico, transformando seu desenho em um esquema em que cada quadradinho pintado representa um ponto cruz a ser feito.

Depois, tiveram que passar o gráfico para a talagarça, e então chegou a hora de bordar e ver seu desenho se transformar em um bordado ponto cruz. As crianças adoraram conhecer essa técnica, acharam bem relaxante.

Esse trabalho será apresentado na Feira Moderna.

 

Costurando Criações

F3 – Artes

As turmas do terceiro ano estão a todo vapor na finalização de seus “livrinhos”, um trabalho delicado que envolve concentração, paciência e muita criatividade. A tarefa de costurar a capa aquarelada ao miolo exige coordenação motora fina e atenção aos detalhes, tornando cada etapa um verdadeiro exercício de foco.

O ponto de costura escolhido foi o corrente: simples, mas que precisou ser bem compreendido para ganhar forma. Para facilitar o aprendizado, os alunos foram organizados em pequenos grupos e receberam acompanhamento próximo da professora Rô. Com isso, puderam se familiarizar com materiais próprios da técnica, como a agulha curva (um sucesso entre a turma!), linha encerada, furador e gabarito.

Essa proposta envolveu diferentes etapas e tempos de execução, permitindo que as crianças experimentassem o prazer de construir algo manualmente, respeitando o ritmo de cada momento. Em um cotidiano muitas vezes acelerado, essa experiência reforçou a importância da paciência e da atenção ao processo, não apenas ao resultado final.

Como já estão envolvidos em outras atividades que utilizam agulha e linha, os alunos ampliaram suas possibilidades criativas por meio da encadernação, fortalecendo a autonomia, a expressão artística e o encantamento pelo fazer manual.

O Samba e a Pequena África

F4 – Projeto

As F4 realizaram uma aula de campo no Centro do Rio de Janeiro, conduzida pela guia Janaina Gentili, com o propósito de aprofundar o projeto desenvolvido em sala sobre o samba e suas raízes na cultura afro-brasileira.

A atividade teve como objetivo promover uma interface entre memórias, música, dança, história e identidade, permitindo que as crianças compreendam o samba como uma expressão cultural afrodiaspórica. A experiência buscou também estimular a imaginação e o olhar investigativo por meio da contação de histórias e da observação atenta do espaço urbano.

Durante o percurso pela região conhecida como Pequena África, território simbólico da resistência negra e do nascimento do samba carioca, as crianças conheceram marcos históricos que revelam a profunda influência dos povos africanos na formação da cidade e do Brasil.

Ao final do passeio, reconheceram que o samba é mais do que um gênero musical: é uma expressão viva de identidade, ancestralidade e resistência.

A saída de campo complementou significativamente as discussões do projeto, reforçando que a produção de conhecimento também acontece para além dos muros da escola.

 

Caminhando com Lygia Clark

F4 – Artes

Dando prosseguimento aos estudos do Concretismo Abstrato, o quarto ano se aprofundou na obra da artista Lygia Clark. Foram feitas apreciações de alguns de seus trabalhos que romperam com o distanciamento entre obra e espectador.

A série “Bichos”, que propõe uma interação direta com o público, chamou a atenção dos alunos. Alguns já conheciam a obra mas mesmo assim questionaram a ideia de chamar o espectador para interagir.

“Mas obra podia ser mexida?”
“Durante a exposição, ela mudava de formato?”
“Quando vamos a um museu, tem sempre aquela linha amarela, separando a gente das obras.”

Foi sugerido aos grupos que, usando a série como inspiração, eles fizessem propostas de esculturas de papel buscando trazer para as construções resistência através de dobraduras e cortes.

Cada aluno recebeu uma folha A4 e se lançou na pesquisa através da experimentação, buscando encontrar uma solução interessante para a proposta.

Os resultados foram os mais diversos, porém o mais importante foi observar o processo baseado na tentativa e erro. Entender que nem sempre a primeira solução será a melhor e que é preciso investir em novas possibilidades.

Em seguida, o trabalho “Caminhando” foi apresentado aos grupos. Eles apreciaram algumas fotos da própria Lygia recortando a fita de Moebius e, num segundo momento, assistiram a um vídeo de como fazer toda a proposta.

Inicialmente, se mostraram um tanto incrédulos e muito agitados, mas aos poucos o desafio foi envolvendo cada um e eles se lançaram de cabeça na atividade. Foi bonito observar!

Como disse Lygia Clark: “Em sendo a obra o ato de fazer, você e ela se tornam totalmente indissociáveis.”

Do Mangue à Mata

F5 – Projeto

Com o objetivo de proporcionar às F5 uma saída de campo significativa, que integrasse os estudos do projeto a uma vivência capaz de estimular o olhar ecológico, a compreensão das conexões entre biodiversidade e sociedade e a observação atenta da atuação das comunidades locais, percorremos, com a colaboração de Chico Schnoor, pai da Sofia (F5A), os caminhos do mangue à mata.

Chamou a atenção de todos a dimensão da importância da preservação dos rios que formam a bacia hidrográfica Guapi-Macacu, responsável por abastecer municípios vizinhos ao nosso.

Foi uma experiência e tanto navegar pelo rio Guapi-Macacu, observar a vasta área de manguezais, identificar os animais que ali vivem e, principalmente, aprender com os educadores ambientais. Eles também são pescadores e catadores de caranguejo, e hoje integram a equipe de turismo de base comunitária, ensinando sobre as árvores, suas adaptações ao ambiente, o solo e o encontro entre as águas do rio e do mar.

Segundo Malafaia, um dos guias locais, a grande magia do manguezal está no movimento das marés alta e baixa. A nós, coube o lugar de espectadores e aprendizes curiosos diante da abundância da natureza que nos cerca e sobre a qual ainda sabemos tão pouco. Observar, da foz do rio à Baía de Guanabara, o Pão de Açúcar, o Corcovado e, do outro lado, o Dedo de Deus, ajudou a clarear a compreensão sobre o caminho das águas: de onde nascem até o ponto em que se encontram com o mar.

A caminhada por uma das trilhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos completou a travessia, que nos proporcionou a experiência de estar em dois ecossistemas. Ao percorrer a trilha, as crianças puderam apreciar a diversidade de árvores e compreender que o solo do manguezal se forma a partir de sedimentos que chegam do trecho do rio que está entre a mata. Assim, o que nasce na serra alimenta a vida que floresce no mar.

 

The 5th Grade News

F5 – Inglês

O subprojeto de Inglês do terceiro trimestre das F5, The 5th Grade News, teve como objetivo desenvolver a escrita, a leitura crítica e a criatividade das crianças por meio da produção de notícias. 

Durante o processo, as crianças exploraram a estrutura do jornal e do gênero notícia, além de revisar o uso das WH words (what, where, when, who, why, how) aplicando-as na construção dos textos. Cada um criou uma notícia original, relacionada a temas de seu interesse, resultando em capas personalizadas para seus cadernos, expressando seus gostos e estilos individuais.

Além da produção textual, os alunos participaram de atividades de pesquisa, planejamento e reescrita. 

O trabalho foi desenvolvido ao longo de aproximadamente três meses, contemplando as etapas de estudo, coleta de informações, elaboração, correção e finalização do design das capas. 

O resultado foi um material criativo e de autoria, que poderá ser apreciado na Feira Moderna.

Get ready!

 

Montagem

F5 – Teatro

Com as turmas de 5º ano estamos em processo de montagem da peça “Vamos Comprar um Poeta”. Transformar um texto escrito em cena teatral é um desafio que exige escolhas e decisões.

Que marcações vamos inventar? Como dar corpo e emoção a cada palavra? As crianças participam desse processo, propondo ideias, experimentando e vendo o teatro acontecer.

Nesse momento, o texto já precisa estar decorado, pois é a partir dele que começamos a encontrar gestos, pausas, olhares e estados emocionais que constroem a cena. Fazer teatro não é apenas decorar falas — envolve tempo cênico, articulação e projeção da voz, atenção ao outro e ao público e disponibilidade para o jogo.

Cada personagem ganha forma por meio do corpo, da voz e da maneira de estar em cena. O processo exige envolvimento, escuta, entrega e repetição para que o trabalho avance com consistência.

As crianças participam ativamente desse percurso. O trabalho em casa é parte essencial para consolidar o que vem sendo construído em sala. O resultado final será fruto do esforço de cada estudante.

Contamos com o apoio das famílias para que essa experiência teatral aconteça de forma coletiva.

Preparando a Festa

F5 – Artes

Um dos trabalhos apresentados na Mostra de Artes pelo quinto ano foi um autorretrato feito em carvão. Para a execução deste trabalho usamos, entre muitas referências, os desenhos do artista sul-africano William Kentridge.

Ao apreciarmos sua obra, nos deparamos com alguns trabalhos de animação também feitos com o mesmo material orgânico, o carvão.

Por isso, e muito mais, quando foram convidados a preparar os cenários e as projeções para a festa de encerramento, o nome do artista e a técnica de animação surgiram imediatamente.

Assim, foi dado início a um trabalho de pesquisa e elaboração de pranchas inspiradas no texto da peça. Divididos em grupos, as cenas foram listadas e organizadas para que fosse possível traduzi-las em desenhos expressivos.

Cada turma escolheu uma cena para ser transformada em animação e foram feitas as primeiras imagens. A técnica consiste em desenhar, apagar e redesenhar a sequência, fotografando quadro a quadro.

Enquanto os grupos desenhavam, foi feita uma proposta paralela desafiando quem quisesse a produzir as imagens necessárias com a ajuda da IA. Poucos foram os que se interessaram a investir neste caminho, mas foi interessante observar como eles comparavam os resultados com os trabalhos que estavam sendo produzidos manualmente e ficavam insatisfeitos.

Depois de várias tentativas eles ficaram satisfeitos com o resultado, mas perceberam que a IA não é um atalho, que é preciso entender exatamente o que se está buscando para elaborar os comandos dados à máquina.

Os alunos ficaram muito envolvidos e as imagens falam por si.