Brincando de Espelho na Ioga

Ateliê F1

Após nosso momento de chegada nas aulas de Ioga, exploramos a respiração e aquecemos o corpo através de diferentes ásanas.

As crianças das turmas do Ateliê têm experimentado algo diferente: a brincadeira de espelho dos ásanas, onde precisam, além de explorar o espaço, buscar duplas ou trios distintos ao parar da música e fazer a postura sorteada pela professora.

Uma nova e divertida forma de auxiliarem uns aos outros a relembrar o que vivenciamos ao longo do ano.

Floreios

Ateliê Fund. I – Capoeira

As crianças do Ateliê vivenciaram uma etapa de maior liberdade nos movimentos.

Elas já demonstram consciência sobre o nome e a execução de cada gesto, o que nos permitiu orientar mais pela fala do que pela demonstração.

Quando o professor Leandro pediu para fazerem uma “meia-lua de frente” ou “meia-lua de compasso”, por exemplo, elas já compreenderam e realizaram com autonomia, sem precisar que ele repetisse constantemente os movimentos.

Aos poucos, inserimos mais complexidade nas acrobacias, nos floreios, como chamamos na capoeira, que são movimentos que unem técnica, leveza e beleza, expressando a criatividade e o estilo de quem joga. Fizemos o “palhacinho”, que é um meio salto mortal com apoio das mãos, sempre realizado com segurança e acompanhamento do professor.

Também fizemos um jogo da memória com os movimentos da capoeira, em que cada criança fazia um movimento e outras precisavam repetir e fazer outro diferente. Os exercícios trouxeram a consciência do corpo, desafiando a memória numa brincadeira divertida recheada de aprendizado.

Tamarineira

F1

As turmas do Samba e da Memória estão conhecendo a história do Cacique de Ramos, bloco de carnaval e instituição cultural considerada um celeiro de bambas e símbolo do samba carioca.

Descobrimos que no lugar escolhido para ser a sede do bloco havia uma tamarineira plantada que ganhou uma importância especial para os frequentadores. É debaixo da linda árvore que acontecem as famosas rodas de samba que já revelaram muitos  artistas. 

A árvore é citada em letras de músicas e representa o local onde a inspiração do samba floresce.

Muitas informações sobre a árvore inspiraram atividades, incluindo algumas que envolvem medidas.

Qual tamanho uma tamarineira pode atingir? Quanto mede o seu fruto? 

Trouxemos a trena, medimos o  comprimento da árvore no pátio e também medimos as crianças. Usamos as próprias crianças como unidade de medida e aproveitamos para explorar outras, como o passo, o pé e o palmo para medir objetos e espaços pela escola.

Foi uma  oportunidade de usar a régua, material que acompanha as crianças a partir do fundamental l. Encontramos na régua a medida da fruta e, numa atividade investigativa, foram anotando o que era maior, menor ou igual a essa medida.

Ainda teve o momento de experimentar a fruta azedinha e cantar um samba em homenagem à árvore.

Onde o samba fincou a bandeira
Na tamarineira
Onde o axé mora na cumieira
Na tamarineira
Batucada levanta a poeira
Na tamarineira
É poesia, é luz verdadeira
Na tamarineira

 

Feira Moderna e Festa Pedagógica

F2 a F5 – Projeto

Na Sá Pereira, o trabalho com projetos é a estrutura do processo de ensino e aprendizagem.

Partimos do princípio de que o conhecimento se constrói a partir da observação, da análise, da seleção e da síntese crítica das informações. As saídas de campo também alicerçam a construção de conhecimento.

Desta forma, é compreensível que o currículo não se organize em torno de disciplinas estanques, mas sim a partir de procedimentos de pesquisa que pretendem promover a autonomia da criança através do aprender a pesquisar para poder lidar criticamente com o mundo, articulando todas as áreas do conhecimento.

Ao longo do ano, os projetos das turmas se transformam em espaços vivos de experimentação e descoberta. Os registros feitos nos cadernos de Projeto guardam as marcas desse percurso: anotações, desenhos, esquemas, entrevistas, resumos e hipóteses que revelam o modo singular como cada grupo se aproxima do conhecimento. 

À medida que a Feira Moderna se aproxima, esse material se torna objeto de revisão, leitura e reflexão. As crianças retomam seus estudos, selecionam informações, organizam ideias e planejam como apresentar suas pesquisas à comunidade escolar.

A Feira Moderna é, assim, a culminância natural do trabalho com projetos e do currículo de procedimentos de pesquisa. Mais do que uma exposição, ela é um espaço de partilha e autoria, em que as crianças transformam suas descobertas em linguagem, através de maquetes, painéis, textos, apresentações ou experimentos.

Nesse movimento, o que antes era estudo se torna comunicação, e o conhecimento ganha sentido social ao ser partilhado com colegas, famílias e visitantes.

E isso também se aplica à Festa Pedagógica, que representa a culminância dos projetos para as F2. A Festa Pedagógica é um momento de partilha que mantém viva a mesma lógica investigativa e autoral da Feira Moderna.

Esse encontro, que conta com a participação mais próxima e ativa das famílias, constitui um importante passo de transição entre as formas de partilhar o conhecimento nas F1 e nas F2. A Festa Pedagógica é, portanto, uma preparação sensível e significativa para a Feira Moderna, um momento em que o aprendizado se revela como experiência coletiva.

Convidamos todas as famílias a participarem, neste sábado, de mais uma edição da nossa Festa Pedagógica e da Feira Moderna, para que apreciem o entusiasmo, as descobertas e os aprendizados que as crianças vêm construindo ao longo do ano.

 

Novos Bólides

F4 – Artes

O artista Hélio Oiticica foi apresentado aos grupos do quarto ano e seus trabalhos foram apreciados e curtidos. Ele fez parte do grupo Frente, que vem sendo objeto de estudo neste semestre.

A série “Bólides” chamou a atenção dos alunos por sua interatividade sensorial com o espectador. Foi observado que ele, Oiticica, e Lygia Clark caminharam na mesma direção para tornar a arte mais próxima e acessível a todos.

Empolgadas com o novo conhecimento, as crianças trouxeram caixas de diversos tamanhos e planejaram muitas possibilidades de envolver os visitantes da feira: cheiros estranhos, “gelecas” e coisas molengas, ásperas e espetadas foram as primeiras ideias!

As caixas foram pintadas, os orifícios foram abertos e aos poucos os Bólides começaram a tomar forma externamente. Na parte interna, foram colocados elementos buscando estimular as sensações e os sentidos.

Preparamos alguns exemplos especialmente para a Feira Moderna, e seguiremos montando novos exemplares na próxima semana.

Brinquedos Ópticos

F5 – Artes

Estimulados pelo processo de animação com carvão vegetal, os grupos do quinto ano iniciaram uma série de experimentações com outras possibilidades da técnica do stop motion.

Durante as aulas, apreciamos alguns objetos ópticos que marcaram o início da conquista da imagem em movimento, como a lanterna mágica, o zootropo e outros dispositivos históricos.

O mais conhecido entre eles foi o flip book, um livrinho composto por várias páginas com desenhos sequenciais que, ao serem folheadas rapidamente, criam a ilusão de movimento.

A partir dessa referência, propusemos que os alunos preparassem uma versão simplificada: o folioscópio. Esse brinquedo é semelhante ao flip book, mas utiliza apenas uma folha dobrada ao meio. No canto de cada lado, o estudante faz desenhos que sugerem uma movimentação; ao enrolar e desenrolar a folha superior, o movimento se revela.

Surgiram ideias muito criativas, e os alunos se divertiram — não apenas na confecção do brinquedo, mas também ao compartilhá-lo e experimentar as criações uns dos outros.