A oficina de Corpo e Movimento tem como objetivo ampliar o repertório de brincadeiras das crianças. De forma lúdica, temos colocado a criançada para se movimentar nos diferentes espaços da escola, desenvolvendo habilidades motoras como correr, saltar, rolar e equilibrar-se. Através do brincar as crianças são estimuladas a resolver conflitos que aparecem, atentas às regras para uma boa convivência.
O que é um calendário? Para quê serve? Com essas perguntas iniciamos nossa conversa e também o uso do calendário, esse instrumento importante para a inserção da Matemática no cotidiano das F1.
As crianças compartilharam seus conhecimentos prévios e aos poucos vão se apropriando do seu uso. Os calendários de Janeiro, Fevereiro e Março foram para o caderno junto com um desafio: descobrir os números que faltavam.
Aproveitamos para marcar as datas importantes de cada mês e construímos juntos um mural de aniversários na sala.
As primeiras atividades matemáticas levaram as crianças a pensar sobre o que são números e algarismos. Depois foram desafiadas num pequeno quiz, cujo objetivo era descobrir um pouco sobre os números do Brasil compartilhados pelo IBGE.
Você sabe quantas línguas são faladas em território Brasileiro? Quantas pessoas moram no Brasil? E no Rio? Ficaram surpresos com a diversidade! Para finalizar, listaram no caderno os números presentes na rotina da F2. As crianças foram bem criativas! Contaram mesas, tomadas, dedos, mochilas, pincéis e por aí foram, estreitando suas relações com os números.
De olho no tema do projeto institucional “Brasil: é feito de quê?”, as crianças das turmas da F2M e F2TB fizeram uma visita ao CCBB para conhecer a exposição de Walter Firmo, importante fotógrafo brasileiro, e assim sensibilizar o olhar para o projeto.
Lá descobriram algumas curiosidades sobre Walter e conheceram alguns dos seus objetos de trabalho, mas o que realmente chamou a atenção das crianças foi a grandeza das fotografias, suas cores vivas e as muitas festas populares retratadas. Ficaram encantadas com a cultura brasileira ali registrada.
Outro dado que despertou a curiosidade foi a quantidade de cidades e estados brasileiros em que Walter Firmo esteve para fazer seus registros fotográficos. Lugares que as crianças não conheciam e que desencadearam perguntas como “Onde fica?”, “É no Brasil?”, “Fica perto do Rio?”, “Tem praia nesse lugar?”.
Assim, por meio desse momento de sensibilização, ampliamos nosso repertório e abrimos caminhos para os possíveis projetos de pesquisa dos grupos.
Iniciamos o ano com exercícios teatrais para desenvolver o espírito de grupo, o foco e a concentração.
O objetivo principal era se conhecer e entender qual relação cada aluno tem com o teatro. As crianças têm hábito de ir ao teatro? Gostam de teatro? Já fizeram aula de teatro antes?
No processo de sensibilização, fomos para o palco para o primeiro improviso cênico. O objetivo era representar o bloco de carnaval da Sá Pereira, utilizando o samba-enredo deste ano. Transitamos entre a experiência coletiva e a individual.
Toda vez que a música parava e a luz mudava, todos deviam congelar a cena. Apenas um aluno de cada vez se dirigia para debaixo do foco de luz e dizia em voz alta o nome de seu personagem, o que ele estava fazendo naquele bloco e de qual região do Brasil ele vinha.
Quais estados e cidades do Brasil os alunos da F2 conhecem? A maioria escolheu Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.
A experiência de estar em cena de forma coletiva, com luz e música, é muito divertida, mas para não virar uma grande confusão é necessário saber observar o colega. Estar em cena não é só falar. Ao contrário, quanto mais observamos e reagimos ao outro, melhor a cena fica.
Recomeçamos as aulas de música das F1, F2 e F3 com a pergunta: Qual é a língua do Brasil? A maioria das respostas foi: “Português!”.
A partir dessa resposta, as crianças ouviram a seguinte pergunta: “Na gram tondon müm gri?”.
A pergunta, que está na língua krenak e significa “Vamos todos cantar juntos?”, nos levou a refletir: O que seria uma língua brasileira? Quem seriam os brasileiros? Por que falamos português?
Com essa provocação inicial, conversamos um pouco sobre quem estava no Brasil quando os portugueses chegaram e sobre quem os portugueses trouxeram para trabalhar nessa terra.
Assim as crianças puderam entender como as culturas indígena, europeia e africana são formadoras da nossa identidade cultural.
Então conheceram e aprenderam a canção de acolhimento “Po Hamek”, das tribos krenak. A canção foi vivenciada com desafios progressivos, somando palmas, pisadas e movimentos ao arranjo e tendo como último desafio a inserção de tubos sonoros. A dinâmica de roda, característica das culturas indígenas, nos possibilitou ressaltar a importância que o coletivo tem para esses povos.
Após nossa vivência com a canção “Po Hamek”, conhecemos a canção africana de boas-vindas “Funga Alafia” e as crianças aprenderam o significado dos gestos de acolhimento.
Inspirada pelo vídeo do grupo Mundo Aflora, a turma foi desafiada a criar uma percussão corporal para acompanhar a canção “Funga Alafia”.
Para entrar no espírito do Carnaval e estabelecer um vínculo com o projeto institucional, as turmas fizeram trabalhos sobre essa festa popular. Aproveitamos o tema para apresentar as cores na língua inglesa e algumas fantasias e acessórios sugeridos pelas crianças.
No caderno, registramos em desenhos o que as crianças apreciaram nos blocos de rua e os apresentamos em uma roda de grupo, chamando atenção para os nomes em inglês.
Fizemos o nosso Carnival Ball, o baile de carnaval dentro da escola. Ouvimos marchas, nos fantasiamos, colocamos acessórios e repetimos o nome de cada elemento que havia sido apresentado nas aulas anteriores.
Para auxiliar no vocabulário das cores, levamos bambolês coloridos para o ambiente da festa. Nomeamos os espaços onde se encontravam os bambolês de cores específicas como se fossem nomes de diferentes blocos de rua. As crianças ficaram atentas à chamada para ir até os blocos, obedecendo os comandos exatos para chegar até eles: “Everyone, march to the Red Bloco!”, “Now, run to the Green Bloco!”, “Walk to the Yellow Bloco!”.
A nossa festa foi muito colorida e animada. Um jeito bem Brazilian!
As F3 seguem mobilizadas com as atividades de sensibilização para a escolha do tema do projeto das turmas. Em uma primeira proposta, as crianças levaram para casa uma pesquisa para fazer com seus familiares. A intenção foi investigar e descobrir como foram suas infâncias, onde moravam, de quê brincavam, o que gostavam de comer e quais histórias ouviam quando eram pequenos. Em sala de aula, voltamos a olhar o mapa do Brasil e a localizar cidades distantes ou nem tanto assim, como também locais da nossa cidade que são pouco conhecidos por eles, o que fez despertar o interesse em conhecer novos lugares no Rio de Janeiro. Na partilha das informações coletadas, várias brincadeiras eram pouco conhecidas, outras continuam fazendo sucesso entre as crianças. A partir dessa pesquisa, as crianças puderam ampliar seus olhares sobre o Brasil, o Rio de Janeiro e as infâncias no nosso território.
Outra proposta foi observar as imagens de sinalização espalhadas pela escola, convidando-as também a pensar no projeto. Em pequenos grupos, observaram algumas dessas imagens e trocaram impressões, levantando aspectos em comum entre elas e elementos que despertavam a atenção. Essa atividade proporcionou conversas sobre pessoas, culturas, comidas e jeitos de ser no nosso país.
Assim, as crianças começam a traçar possíveis caminhos para o projeto das F3. O que será que vem por aí?
A construção dos conceitos matemáticos se dá por meio da partilha de estratégias e do constante retorno às conclusões coletivas que surgem a partir das situações-problema. Durante o processo, e depois de muitas reflexões, aos poucos alguns conceitos vão sendo consolidados.
Em relação às quatro operações o processo não é diferente. Ao longo dos anos anteriores, as turmas experimentaram diferentes formas de resolver situações-problema utilizando estratégias pessoais. Aos poucos, descobriram que, além dessas estratégias, existem mecanismos que ajudam na hora de resolver algumas contas, como os algoritmos.
Para relembrar o funcionamento deles, as F4 foram convidadas a se desafiarem em cálculos de adição e subtração em um jogo de bingo. Em vez dos números, foram sorteadas contas para serem resolvidas. Se o resultado final estivesse na cartela, o número era marcado. A brincadeira ajudou a relembrar os conceitos importantes do nosso sistema de numeração decimal, que estão presentes nas contas de adição e subtração.
Ao final, aproveitamos para compartilhar as estratégias, bem como relembrar os procedimentos de resolução da conta armada.
Iniciamos o ano ouvindo a marcha de carnaval “Zé Pereira”, o canto krenak “Po Hamek” e o ijexá “Patuscada”.
Conversamos sobre as origens destas músicas e dos povos ligados a elas (portugueses, krenaks e afro-brasileiros).
Cantamos e dançamos a música krenak batendo palma e pés de acordo com a letra da canção.
Dando continuidade à sensibilização para o projeto “Brasil: é feito de quê?”, as turmas cantaram a música “Pedrinha miudinha”, ao mesmo tempo em que batiam palma e passavam uma bola de pano (pedrinha) de mão em mão, respeitando o pulso musical e brincando com as mudanças do andamento.
Conhecemos a banda de pífanos Irmãos Aniceto, que existe há mais de 200 anos na região do Cariri, uma genuína tradição brasileira de flautas de bambu que mistura música, danças e dramaturgia.
Inspirados nos pífanos, partimos para o “Jogo do Eco”, no qual brincamos com poucas notas musicais, imitando e inventando pequenas melodias na flauta doce. Em seguida as crianças se dividiram em grupos e inventaram movimentos para cada musiqueta criada. O resultado foi bem divertido!
Com o retorno do coral, dedicamos as primeiras aulas para avaliação (observação da região em que se sentem mais confortáveis cantando) e acolhimento das crianças que estão chegando – as de F4 e as novas das F5.
Todas ficaram ansiosas para saber se estariam na voz 1 (região aguda) ou voz 2 (região grave), o que foi enfim revelado na semana passada.
Nesses dias muitas crianças tiveram seu primeiro contato com a prática de canto coral, algumas mais tímidas, outras bastante entusiasmadas.
Fizeram os primeiros vocalises, compreenderam por que devemos aquecer o corpo e a voz para cantar, conheceram a primeira música do repertório desse ano (“Banana”, de Joyce Moreno) e foram estimuladas a perceber alguns ajustes que realizamos no trato vocal para produzirmos as diferentes vogais – posição da língua, forma dos lábios… Tudo foi realizado com muita brincadeira e alegria!
No ano passado levamos alguns meses cantando com máscaras, vivendo todos os desafios que isso impunha aos pequenos coralistas. Este ano começa bem diferente, prometendo uma linda experiência a partir do tema tão rico para a nossa área: os cantos do nosso Brasil!
As F5 começaram a pensar nas possibilidades de estudo com temas que apareceram durante as atividades de sensibilização, estimulando a curiosidade e valorizando o conhecimento prévio de cada grupo.
Após organizarem o mapa do Brasil por regiões, foi possível descobrir o que sabiam sobre cada uma delas e iniciar uma discussão sobre que assuntos poderiam ser interessantes para um projeto das F5. O Brasil é feito de quê? Que Brasil você conhece? Que Brasil você não conhece? É desta maneira, com muitas perguntas e hipóteses, que o Brasil das F5 vai ganhando sabor, cheiro e forma.
A F5M teve o prazer de receber a Flávia, mãe da Julia Guardatti, que é geógrafa da UFRJ, para uma aula incrível sobre o sistema costeiro-marinho brasileiro.
Como é o nosso oceano? Como é o nosso litoral? Muitos assuntos estimularam as crianças: correntes marítimas, estratégias e equipamentos que os cientistas usam para conhecer e medir os oceanos, os limites do território brasileiro pelo mar, as ilhas famosas e os ecossistemas costeiro e marinho.
Para finalizar, as crianças participaram de um jogo da memória com informações sobre o tema e puderam ver pequenas amostras de alguns tipos de areia de praias do nosso litoral. Foi uma experiência bem enriquecedora. A turma agradece à Flávia por sua contribuição.