Dando início ao período de sensibilização para o Projeto Institucional, as crianças da TAM observaram, na capa da agenda, a reprodução da obra Cunhatain, Antropofagia Musical, de Denilson Baniwa.
As observações foram significativas:
“É uma menina olhando o celular.” (Joaquim)
“Ela está mandando mensagem.” (Eduardo)
“Está falando com alguém.” (Martin)
“E ela tem uma pulseira.” (Joaquim)
“Claro, ela é uma índia!” (Juliano)
“Mas ela está fazendo uma reunião…” (Martin)
“Reunião para comprar o peixe!” (Juliano)
Conversamos sobre o significado de tecnologia e iniciamos nossas explorações sobre o tema.
No clima de sensibilização para o Projeto Institucional, levamos para a TAT propostas que fomentem caminhos de pesquisa.
Aguçamos a escuta para os interesses individuais e coletivos, buscando diálogo com o tema gerador. O amigo Antônio L. F. compartilhou seu passeio de VLT pelo centro da cidade.
Mostrou fotografias, relatou como é o interior do simpático trenzinho, a paisagem vista da janela e os detalhes do percurso.
A conversa estimulou as crianças a contar suas experiências em diferentes meios de transporte, incluindo o trem. Aviões, barcos e carros também apareceram nas falas.
Nos próximos dias investiremos em atividades e perguntas disparadoras que alimentem o desejo do grupo e a escolha do nome da turma.
A Turma da Criação conheceu a história Ana, Guto e o Gato Dançarino, de Stephen Michael King.
As crianças foram descobrindo a personagem Ana, que costumava produzir sapatos comuns e sempre iguais. Ao conhecer os menestréis Guto e Gato Dançarino, ela descobre que é capaz de criar coisas incríveis, como máquinas, tecnologias e objetos mirabolantes.
A narrativa aborda temas como criatividade, coragem, imaginação e amizade.
Envolvidas pela história, as crianças levantaram hipóteses sobre o que entendiam pela palavra “criar”:
“É uma tecnologia nova.” (Daniel)
“É fazer uma coisa nova que você nunca fez.” (Alice)
“É poder inventar igual a Ana. Usando quase tudo.” (Olívia)
“Para criar, a gente precisa usar a imaginação.” (Isabel)
“E também o cérebro.” (Joaquim)
“A máquina da minha mãe é uma criação nova.” (Vicente)
“A gente cria todo dia. Hoje a gente criou na sala de artes.” (Enrico)
“Criar é igual ao nome da nossa turma, não é? A gente é a Turma da Criação.” (Pedro)
As conversas foram ganhando forma e os pequenos compartilharam opiniões, hipóteses e conhecimentos prévios em uma troca de ideias intensa e muito rica.
As crianças elaboraram também um trabalho envolvendo a escrita do nome da turma e a colagem de tecidos, botões e fitas trazidas pela amiga Alice.
Com cuidado e empenho, cada aluno foi criando sua produção repleta de detalhes e cores.
Assim vamos desafiando as crianças e aproximando-as do universo da escrita, a partir de palavras significativas como o nome da turma.
Envolvidas com as atividades relacionadas ao Projeto Institucional, as crianças da Turma da Máquina ouviram Ai, que Calor!, de Ana Moura.
Escrevemos a letra da música no blocão e sinalizamos as palavras que remetiam às maquinas.
Sabidas, as crianças levantaram seus conhecimentos sobre a função de cada máquina e construíram hipóteses sobre a vida das pessoas quando esses inventos ainda não existiam.
A turma vai confeccionar uma máquina. Contamos com a colaboração dos responsáveis para que recolham materiais de sucata de uso doméstico e enviem para a escola.
No processo de sensibilização para a escolha do nome da turma, a TCT conheceu o artista italiano Peter Demetz, que cria obras de arte fantásticas feitas de madeira. Assistimos a um vídeo que mostra Peter em um momento de criação.
As esculturas quase vivas encantaram as crianças. Em uma interessante conversa, refletimos sobre quais ferramentas o artista utilizaria.
Recebemos do amigo Pedro a história Pássaro Amarelo, de Olga de Dios. O pequeno Pássaro, junto com o amigo Jacaré, inventa uma asa que permite conhecer diferentes lugares do mundo, e compartilha sua invenção com os amigos, alegrando a vida de todos.
A leitura, junto com nossas investigações, contribuiu para a escolha de um nome significativo para o grupo, que vem se construindo e fortalecendo os vínculos.
Depois de uma divertida votação, apresentamos o nome eleito: Turma da Ferramenta.
Um envelope misterioso foi entregue para a Turma da Roda.
“O que tem dentro desse envelope?”
“Será que é uma carta gigante?”
Ao abrir, descobrimos algumas imagens e também um livro. Para alegria e encantamento do grupo, uma das imagens era uma obra de arte com muitas bicicletas e a outra uma bicicleta de rodas quadradas.
Mas quem será que enviou?
A turma saiu pela escola perguntando, e até um recado deixou na sala. Até que, por fim, descobrimos. Ufa! Mariah, coordenadora da Educação Infantil, foi quem fez a surpresa.
Ela nos contou que o autor de Para Sempre Bicicletas é o chinês Ai Weiwei, e que essa obra já pôde ser apreciada em um museu da nossa cidade.
Atentos aos detalhes das imagens, os pequenos logo questionaram a impossibilidade de a bicicleta de roda quadrada funcionar.
Em meio a hipóteses, a turma começou a experimentar com o corpo o movimento que a roda faz. Em seguida utilizamos também alguns objetos. Comparamos com formas geométricas, e as crianças foram desafiadas a encontrar objetos que lembravam a roda.
Empolgadas, pediram que lêssemos a história Quantas Rodas Tem uma Bicicleta?, de Eliandro Rocha, que também estava no tal envelope.
“Como pode uma bicicleta que não tem pedal e nem rodas?” (Francisco)
“O personagem usou a imaginação para criar sua própria bicicleta.” (Tomás Zazu)
Envolvidos pela narrativa, brincamos de andar de bicicleta usando a imaginação e, em seguida, de estátua das bikes. Uma diversão só!
Aproveitamos toda essa empolgação para produzir um trabalho inspirado na obra de Ai Wei Wei, que em breve poderá ser apreciado nos murais da escola.
Na última sexta-feira o pessoal do Grupo Moleque Mateiro ensinou para a turma do Ateliê da manhã um jeito diferente de plantar, usando mudas ao invés de sementes.
Conhecemos a dipladênia, a ixora e alguns tipos de cactos. Aprendemos que as plantas de folhas finas precisam ser regadas com mais frequência.
Colocamos uma camada de brita no fundo das jardineiras e preenchemos com substrato, uma mistura de terra comum e compostagem.
Durante o preparo, Letícia, monitora do grupo, nos contou que, ao mexer na terra, acalmamos a cabeça e o coração.
Abrimos delicadamente um buraco na terra e transferimos as mudinhas para ele. Seguindo as orientações de cuidados, faremos a rega da seguinte forma: ixora e dipladênia, três vezes por semana; os cactos, uma vez.
Nossas flores e suculentas poderão ser apreciadas no pátio da frente.
Nesta semana de degustação, novos amigos vieram para experimentar o Ateliê conosco.
As crianças ficaram muito empolgadas com o delicioso almoço da escola. E também por participar das aulas extras de Capoeira, Inglês, Ioga, Cultura Popular, Educação Alimentar.
Brincamos de pique-esconde, pique alto, chão de lava; tomamos um refrescante banho de chuveirão.
Conhecemos também a lenda indígena, recontada por Augusto Pessoa, da origem do rio Amazonas, e conversamos sobre lendas.
“É um negócio que é raro de acontecer.” (Felipe)
“E também já pode ter acontecido.” (Bia)
“Eu sei uma lenda, a lenda da lula gigante.” (Pedro)
“Os pandas são raros que nem as lendas.” (Joaquim)
“É lula gigante!” (Juliano)
Ao final, fizemos um trabalho de arte ilustrando a lenda contada. Pintamos o Sol, a Lua, o mar e o rio da história.
Foi uma semana e tanto! Aproveitamos bastante.
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