A TAM agora é a Turma do Botão.
Iniciamos nossas conversas refletindo sobre o termo tecnologia.
“É elétrico!” (Juliano)
“É o robô também, que tem vários botões.” (Martin)
“E tem as rodinhas para correr!” (Joaquim)
“O robô é um brinquedo que acende luz!” (Martin)
“E o botão é para apertar e ligar a luz.” (Joaquim)
Nosso amigo Peteleco, fantoche que visita a turma diariamente e já faz parte desse grupinho, chegou trazendo uma surpresa: botões de vários tipos!
As crianças puderam manusear e experimentar as ações de cada um. Observaram que alguns botões podemos apertar, outros girar e outros, segundo elas, “parecem uma gangorra, podemos abaixar de um lado para subir do outro”.
Após a exploração, começamos a pensar em nomes para a nossa turma. Entre muitas opções, selecionamos quatro para realizar a votação.
Turma do Botão ganhou com a maioria dos votos e, claro, fizemos a maior festa na escola para comemorar.
Aos poucos nosso caminho de pesquisa vai sendo desenhado com muito envolvimento e de forma significativa.
Uma caixa colorida surpreendeu a TAT. Com olhares curiosos e atentos, as crianças foram desvendando o que havia dentro.
Carrinhos, aviões, barcos, bondes, trens e livros…
A atividade veio para alimentar o interesse do grupo pelo assunto tratado no encontro com o amigo Antônio L.
Entusiasmados, os pequenos descreveram as características dos meios de transporte e relataram experiências pessoais.
Listamos ideias de nomes para nossa turma: Avião, Barco, Carro, Trem…
Na votação animada, Turma do Trem venceu com folga.
Munidos de instrumentos, anunciamos pela Pereirinha: Viva a Turma do Trem!
A Turma da Criação conheceu o livro História de uma Linha, de Silvana Massera.
A Linha, protagonista, deseja viver aventuras e fazer grandes descobertas. A narrativa fala de outros objetos de maneira pouco usual, o que causou surpresa e boas risadas.
Em roda, refletimos sobre as transformações, modificações e diferentes usos que os objetos podem ter.
Conversamos sobre lugares onde podemos encontrar linhas e sobre os usos que damos a elas.
“Tem linha na casa da minha vovó.” (Daniel)
“Na roupa da escola tem fio. Olha!” (Flor)
“Na casa da costureira, ué.” (Olívia)
“A linha fica junto com a agulha.” (Felipe)
“A linha fica na máquina de costura? A minha mãe tem uma máquina, mas lá não tem linha.” (Vicente)
“A gente tem o fio da memória na nossa cabeça, igual o Jean falou.” (Joaquim)
“Quando desfia aparece o fio.” (Bia)
Depois de boas conversas, as crianças foram desafiadas a realizar um desenho de continuidade a partir de uma linha azul, como na história.
E, também como na narrativa, puderam criar e dar novos significados às linhas que encontraram.
Conhecemos O Pensador, do cartunista Andy Singer, referência à famosa obra de Auguste Rodin.
Inspirados na arte de Singer, fotografamos as crianças fazendo pose igual à escultura, recortamos de revistas imagens de aparelhos tecnológicos e colamos em um papel pintado de azul.
Nossas conversas sobre as tecnologias domésticas estão ganhando força e o tema de pesquisa da turma vem ganhando contornos, indicando interesse especial sobre a evolução dessas máquinas.
As crianças vivenciam a Matemática em muitos momentos do nosso cotidiano: no calendário, na contagem das agendas, na observação das crianças presentes e ausentes, além das situações-problema do dia a dia.
Na Turma da Ferramenta, pintamos ferramentas, montamos um móbile para apresentar o nome do grupo, e as crianças foram desafiadas a estimar a quantidade de ferramentas utilizadas.
Foi um momento muito interessante de observação e atenção, para tentarmos nos aproximar da quantidade real.
Nossa querida Iolanda compartilhou ferramentas trazidas de casa. Brincamos e nos divertimos em muitas criações.
Começamos a traçar um caminho de pesquisa a partir da curiosidade do grupo:
“Como foi que a primeira ferramenta foi construída, se não tinha ferramenta?” (Aurora)
“Como criaram o martelo?” (Martina)
“Como constroem as ferramentas?” (Theo)
Em roda, momento muito importante da nossa rotina, apresentamos à Turma da Roda a fotografia de um muro, e nele havia a pintura de uma menina que brinca com o pneu de uma bicicleta aparentemente estragada.
A pintura é do artista de rua britânico Banksy. Com olhares atentos, as crianças tiveram a oportunidade de apreciar a imagem, detalhe a detalhe. Levantaram suas hipóteses sobre o que teria acontecido e se seria possível utilizar a bicicleta sem uma das rodas.
“Eu acho que já era essa bicicleta!” (Bernardo)
“Tô vendo que essa menina usou a roda quebrada e inventou um novo brinquedo, um bambolê.” (Lucas)
“Agora a bicicleta vai ser igual à do circo, de uma roda só.” (Pedro T.)
“Eu também usaria esse pneu como bambolê.” (Maria Luisa)
“Eu gostei muito dessa pintura, parece que a menina está se divertindo.” (Nina F.)
“Eu sei que a roda é muito importante, porque sem ela tudo iria ser devagar.” (Tomás Zazu)
“Eu quero saber como a roda é feita, tem engrenagem? Todas as rodas são iguais?” (Lina)
“Toda roda serve pra mesma coisa?” (Lia)
“Tem roda no carro, no avião, nos patins, no patinete, no velotrol, no trem… Todos eles nos levam mais rápido.” (Pedro S.)
Com esse rico diálogo, percebemos que a roda está em muitos meios de transporte e que eles nos ajudam nos deslocamentos ou apenas para nos divertir. Mas a turma da roda quer saber: todas as rodas são iguais? Como a roda é feita? Ela serve sempre para a mesma coisa? Por que inventaram a roda?
Para divertir ainda mais a meninada, fizemos uma corrida de velotrol no pátio de cima, uma farra só!
Na oficina de Cultura Popular, as crianças foram convidadas a dançar ao som das cirandas, uma brincadeira muito comum entre as crianças praieiras. Experimentamos o movimento de roda, batendo forte o pé.
Uma das canções fala sobre Janaína, uma linda indígena que se encantou em sereia e passou a morar no fundo do mar.
Em sala, ampliamos nossas pesquisas e conhecemos Iemanjá, uma orixá da mitologia yorubá, que é também uma sereia mãe dos peixes e dos seres humanos.
Em um dos itãs (histórias) que ouvimos, Iemanjá cria as ondas para devolver aos homens tudo o que é lançado ao mar.
Iniciamos uma pesquisa sobre as cores do mar. Misturamos as tintas e produzimos diferentes tons de azul, verde e cinza. Durante o processo, ouvimos comentários como “o mar fica cinza quando a Janaína tá brava”.
Para descansar um pouco, fizemos um relaxamento ouvindo as ondas do mar e até sentimos seus movimentos suaves, deslizando a bolinha. Foi uma delícia!
E você, conhece outros nomes de Janaína? Sabe nos dizer por que o mar muda tanto de cor?
Brincando no pátio, com blocos de madeira e lego, experimentamos construir casas e muitas narrativas sobre esse tema foram sendo criadas.
Tivemos a ideia, então, de criar a própria história.
A Família Surper-heróica e o Meteoro é uma mistura de referências a Os Três Porquinhos com personagens das famílias das crianças do Ateliê. Ilustramos e pintamos algumas cenas, para compor nosso enredo.
Nas aulas de Inglês continuamos a pesquisar os animais, em uma divertida brincadeira de esconder usando os comandos hot or cold (quente ou frio) para nos ajudar na procura.
Na aula de Cultura Popular, aprendemos a origem da ciranda, os passos e marcações da dança, o que resultou em uma bagunça muito gostosa na biblioteca, ao som de ukulele.