As propostas de artes encantam os pequenos da Turma do Botão.
Ao se envolver com diferentes materiais e suportes, as crianças adquirem repertório e se desafiam a cada atividade.
Produzimos uma pintura sob perspectiva diferente. Prendemos o papel na parede do pátio da frente e trabalhamos em pé, para saber como nossos corpos se comportariam.
As crianças observaram a si mesmas e aos amigos, percebendo limites e investigando possibilidades.
“Lá vai o trem com o menino,
Lá vai a vida a rodar.
Lá vai ciranda e destino,
Cidade e noite a girar.”
A Turma do Trem conheceu O Trenzinho do Caipira, de Heitor Villa-Lobos, interpretada por Edu Lobo.
Atentos, registramos a letra em cartolina. Essa prática possibilita às crianças o contato com a função social da escrita, pela observação de diferentes gêneros textuais.
Conhecemos também Estação de Trem, de Vincent Van Gogh.
Apreciamos os detalhes, ressaltando as cores.
Inspirados em seus tons, os pequenos receberam parte da imagem e a complementaram, pintando com pincel fino e batedor.
Aproveitamos para mostrar fotografias de uma exposição de obras do artista, trazidas pelo amigo Vicente.
Apreciar e praticar arte são ações que aguçam e ampliam o fruir e o repertório cultural das crianças
A Turma da Criação tem vivenciado com alegria os momentos de pátio. Temos investido em brincadeiras e jogos coletivos que aproximem as crianças, auxiliando na construção de vínculos, no cuidado com o outro e na ampliação de repertório.
Juntos, elaboramos uma lista das brincadeiras já conhecidas pelo grupo, e adicionamos a ela cada nova descoberta.
Nossa escolha diária acontece coletivamente, por sorteio, votação e, às vezes, as professoras trazem novidades.
Além de divertir, as brincadeiras coletivas trazem a possibilidade de trabalhar a escuta, as regras, a cooperação, consciência corporal, a matemática; e de conviver com a possibilidade de ganhar ou perder.
A turma participa ativamente das propostas, compreendendo regras e combinações, com interesse e curiosidade.
Passa-anel, Batata Quente, Pique Alto, Gato Mia, Amarelinha e a preferida, Dança das Cadeiras, fazem parte do repertório do grupo, que se diverte, apropriando-se das novas vivências e experimentando diferentes papéis.
Na Turma da Máquina, lemos Lolo Barnabé, de Eva Furnari.
O protagonista, do tempo das cavernas, inventou muitas coisas que poderão ajudá-lo a viver melhor.
Será que tantas invenções suprirão todas as necessidades de Lolo e sua família?
O enredo, permeado pela crítica sutil ao consumo exagerado, apresenta, de forma lúdica e envolvente, a história das invenções.
Após a leitura, listamos as máquinas criadas por Lolo e estamos elaborando um quadro informativo: o que são; para que servem; como fazíamos sem; quem inventou.
Começamos pelo ferro de passar, e as crianças levantaram hipóteses.
“O ferro serve para a roupa não ficar molhada.” (Ana)
“Serve para limpar a roupa.” (Pedro D.)
Observando um antigo ferro de passar, vimos uma portinhola para um compartimento que continha uma pedra.
Curiosas, as crianças buscavam entender o funcionamento.
“É só colocar um álcool, que liga.” (João Q.)
“Esquenta a pedra na água quente com álcool e depois coloca embaixo do ferro, e aí passa a roupa.” (Benjamin)
“Esquenta a pedra na água quente e depois coloca a pedra quente dentro do ferro de passar. Lá na minha casa tem um ferro elétrico que não precisa colocar nada quente nele.” (Gabriel)
Martim questionou:
“Mas como será que as pessoas seguravam com a mão a pedra, se ela estaria muito quente? Eu acho que botava uma luva na mão para não queimar. Esse ferro é muito antigo. Da época em que não existia nada.” (Martim)
As hipóteses e inquietações vão surgindo, criando uma rica atmosfera para a investigação, abrindo espaços de pesquisa e aprendizagens compatíveis com os interesses das crianças.
Continuamos nossas pesquisas sobre as primeiras ferramentas, inspirados pelo menino Rupi.
Como contribuição, recebemos da Alice G. uma sacola contendo gravetos.
A turma ficou fascinada com tantos formatos e tamanhos. Aproveitamos para, mais uma vez, trazer noções matemáticas.
Quantos gravetos Alice trouxe?
Depois de várias tentativas, concluímos que foram 22.
Iniciamos nossa confecção de ferramentas utilizando elementos da natureza e já estamos percebendo as muitas possibilidades que ela nos oferece.
A Turma da Roda conheceu a música Roda Viva, de Chico Buarque.
Entre danças e cantorias, registramos a letra no blocão e circulamos as palavras que mais chamaram a atenção e se relacionavam com o Projeto da turma.
Conversamos sobre cada uma delas e as crianças levantaram suas hipóteses.
“Roda mundo tem a ver porque é o planeta Terra, ele gira e tem a forma da roda!” (Lina)
“Rodamoinho é quando venta muito.” (Maria Luísa)
“Roda de samba é muito legal, é para dançar.” (Tomás Zazu)
“Pião é um brinquedo e ele roda.” (Francisco)
Iniciamos, então, uma conversa sobre tipos de roda: roda da saia, roda de histórias, roda nas danças, brincadeiras de roda…
Apresentamos Roda Infantil, de Cândido Portinari, e Ciranda II, de Ivan Cruz.
A turma atentou para os detalhes, pensando nos materiais utilizados em cada obra e em quais brincadeiras estavam ali representadas.
Registramos as possibilidades no blocão e as crianças deram a ideia de incluir algumas em nossa roleta de brincadeiras.
As rodas de Projeto da turma têm sido de muita troca e empolgação.
Fizemos uma lista dos meios de transporte que conhecemos e utilizam rodas.
Os pequenos queriam saber mais sobre o trem.
Fomos visitar a Turma do Trem para fazer perguntas.
Soubemos das curiosidades que eles vêm descobrindo e obtivemos as respostas desejadas.
As turmas compartilharam conhecimentos e a Turma da Roda acolheu delicadamente as contribuições dos pequeninos da Turma do Trem.
Ainda nas águas de Poseidon, deus dos mares, descobrimos nas oficinas de Educação Alimentar algumas iguarias presentes em banquetes olimpianos e no cotidiano grego.
Começamos pelos figos, sentindo sua textura e sabor.
“Nossa, a casca parece um tecido!”
“É meio doce!”
“Eca! Não gostei! É meio mole por dentro.”
Depois das nossas percepções, compartilhamos o figo com os funcionários da Pereirinha, explicamos sua origem e também algumas curiosidades.
Em seguida, foi a vez do iogurte grego, receita que demorou três dias para ser finalizada.
As crianças acompanharam o processo de aquecimento do leite e da fermentação.
Questionamentos e conclusões foram surgindo.
“Mas como o leite vai virar iogurte, no forno desligado?”
“O iogurte natural sumiu quando a gente misturou no leite.”
“Olha, o leite tá ficando durinho!”
Para degustar, misturamos uvas e morangos picados.
Hum, ficou uma delícia!
Aula de Capoeira com novidade!
Os professores Salgadinho e Jamal nos apresentaram ao berimbau, tão importante para a prática.
Conhecemos a estrutura e nos aventuramos a aprender a tocar esse instrumento instigante, ouvindo atentamente seu som e tentando equilibrá-lo em nossas barrigas.
Animando ainda mais nossas rodas de música, acompanhamos o ritmo nas palmas das mãos, cantando ABC da Capoeira, Minha Rainha Sereia do Mar e La Lauê.
Gingamos e jogamos a capoeira com muita diversão.
Na aula de Ioga também mexemos bastante nossos corpos e nos desafiamos em um circuito no qual, em cada etapa, devíamos usar alguma postura da ioga – da cobra, da estrela, do gato… – para atravessar os obstáculos.
Ao final da atividade exercitamos nossas mentes com um divertido jogo da memória, formado por imagens de várias outras posturas que já conhecemos.