Nossas descobertas continuam mar adentro!
Começamos listando quais outros seres mitológicos ou monstros moravam nos oceanos.
Surgiram serpentes, sereias bruxas, dragões e também animais já conhecidos pelo grupo.
No livro Mitos e Lendas para Crianças, da editora Publifolha, conhecemos Hydra, Cilla e o famoso Kraken, a lula gigantesca, que derrubava embarcações e que, segundo a lenda, media mais de quinze metros.
Mas afinal, 15 metros quer dizer muita ou pouca coisa?
Verificamos que para saber o tamanho de Kraken precisávamos marcar o chão com fita métrica quinze vezes. Deu um trabalhão!
No final, o tamanho do terrível monstrengo nos surpreendeu.
Conhecemos o trabalho de Fábio Gomes, grafiteiro da cidade de Trindade, em Goiás.
Fábio desenhou, nos muros de sua cidade, rostos de mulheres tendo copas de árvores como cabelos.
Observamos sua arte, encontrando diferentes árvores, e comentamos o que víamos:
“Os cabelos de todas as pessoas são árvores.” (Isabel)
“Cabelo das pessoas.” (Pedro)
“Eu vejo uma pessoa de pele marrom com flores brancas nas árvores.” (Joaquim)
Aproveitamos para fazer um trabalho de arte completando os rostos das obras de Fábio.
Nas aulas do Moleque Mateiro, pusemos as mãos na terra, experimentando sua textura e observando as cores dos diferentes tipos de solo.
Depositamos pedrinhas no fundo de um caixote, preenchemos com terra e plantamos sementes de hortelã e morango.
Fizemos uma bagunça muito gostosa!
Em diálogo com o Projeto de cada turma, as crianças da Turma do Botão se divertiram nas aulas de Dança, explorando movimentos de forma fragmentada, imitando robôs.
Com botões de papelão colorido colados nas camisas, deram boas gargalhadas “ligando e desligando” os amigos, enquanto se deslocavam.
A Turma da Criação experimentou deslocar-se em diferentes níveis, após tecer uma grande teia no salão.
Depois, as turmas começaram a preparar seu encontro com as famílias. Experimentamos movimentos e criamos pequenas coreografias, que foram ensaiadas e compartilhadas com as famílias, com muita alegria!
Brincar de teatro proporciona às crianças momentos muito ricos de imaginação e criatividade, além de desenvolver a linguagem e o vocabulário.
A Turma do Botão produziu com muita alegria seu teatro de fantoche.
Elegemos uma história significativa para o grupo, desenhamos os personagens, montamos os bonecos, ensaiamos as falas e, no final, convidamos a Turma da Criação para assistir ao nosso espetáculo.
Foi desafiador para os pequenos, que precisaram se organizar, aguardar a vez de falar, ouvir o outro e se apresentar diante outro grupo.
A Turma do Trem se aventurou em um passeio de VLT pelo centro da cidade.
Ansiosos, entramos no ônibus e apontamos lugares conhecidos do trajeto. Descemos na Cinelândia, avistamos o imponente Theatro Municipal, fomos para a estação esperar o simpático trem, embarcamos e seguimos até a Parada dos Museus.
Conversamos sobre os cartões de passagem que os adultos utilizam, o equipamento de leitura e o fiscal que valida os cartões.
Os pequenos observaram detalhes da paisagem, percebendo as sensações provocadas pelos movimentos do trem.
Aproveitamos o sol da tarde de outono e caminhamos pela praça Mauá. Vimos a baía de Guanabara, a ponte Rio-Niterói, o Museu do Amanhã, os skatistas que se aventuravam pela pista e as obras que aconteciam pelas redondezas.
Atravessamos sobre os trilhos do VLT e o esperamos passar. Atentos à sua buzina, demos tchau para ele e retornamos ao ônibus, com gostinho de quero mais.
Os passeios abrem novos espaços de aprendizagem, ampliando os significados do conhecimento. A criançada relatou o que mais gostou na experiência:
“Ver as pessoas na rua, carros.” (Antônio B.)
“Andar de ônibus.” (Antônio L.)
“Do ônibus e do trem.” (José)
“Do trem.” (Laura)
“Pessoa.” (Nina)
“Bagunça.” (Tomás G.)
“Gostei do passeio.” (Vicente)
A Turma da Criação recebeu a visita da Cátia, avó do amigo Daniel. Ela veio conversar sobre técnicas manuais de tecelagem.
Conhecemos diferenças e semelhanças entre o tricô de fio de malha e o crochê. Cátia trouxe fios e objetos de manuseio.
Sugeriu-nos traçar um molde de almofada em feltro e mostrou como fazê-la. As crianças compartilharam seus conhecimentos e as descobertas que fizeram com o Projeto. Foi um momento de troca e interação.
Conhecemos Tecelagem, de Goya Lopes. Os personagens Loom e Axó contam a história da tecelagem manual, uma das atividades mais antigas da humanidade, sob a perspectiva do continente africano.
Descobrimos a grande variedade de teares existentes nas diferentes comunidades. Os processos manuais encantaram e despertaram curiosidade na turma que, envolvida, experimentou atividades de arte que traziam elementos do tear, como o entrelace das linhas.
A Turma da Máquina recebeu o Luís, pai do amigo Benjamin. Luís, que é chefe de cozinha, veio incrementar nossas pesquisas, compartilhando conosco seu conhecimento.
A visita aconteceu no pátio de cima, onde Luís dispôs diversas máquinas que ele usa para preparar suas receitas.
Antes pôr a mão na massa, experimentamos especiarias como anis estrelado, canela e cravo.
A batedeira e o liquidificador já conhecíamos, mas a máquina de waffle, a panela de arroz e a seladora a vácuo – que, de acordo com Luís, é usada para conservar os alimentos, além de realçar os sabores – a maioria das crianças da turma não conhecia.
Nessa gostosa tarde, preparamos manteiga, waffle, arroz-doce e melancia com temperos.
A Turma vibrou ao ver tantas máquinas em uso, vivenciando na prática a utilidade dessas tecnologias tão úteis ao nosso bem-viver.
A Turma da Ferramenta voltou ao livro A História das Coisas, de Neal Layton.
Recordando o que já aprendemos no Projeto Das Ferramentas da Pré-história às Ferramentas Atuais, o amigo Theo contribuiu com sua reflexão:
“Quanto mais eles testavam as coisas, eles torciam pra dar certo e descobriam que as coisas se modificavam.”
Resgatando nosso percurso, lembramos que uma pedra modificou a maneira como o homem se relacionava com o meio em que vivia; e que usando uma pedra como martelo, ele obteve outra mais cortante.
Lembramos também que a descoberta do fogo colaborou, ainda mais, para as transformações que vieram depois, quando o homem passou de nômade a sedentário e, com mais conhecimento, começou a construir moradias.
A agricultura e a criação de animais se desenvolveram e, assim, novas habilidades surgiram e novos artefatos foram criados.
Perguntamos às crianças quais ferramentas de plantio conheciam:
“A mão foi a nossa primeira ferramenta.” (Iolanda)
“Pá.” (Aurora)
“Ancinho, que serve para afofar a terra, e machado para cortar árvores.” (Theo)
“Tem o regador também.” (Martina)
Convidamos as famílias a contribuir com histórias e relatos sobre essa nova etapa das pesquisas.
Duas palavras parecidas têm chamado a atenção da turma: moinho (quem os inventou?) e rodamoinho.
Descobrimos, pesquisando, que os primeiros moinhos eram movidos a água, e que foram inventados pelos gregos, há muitos e muitos anos.
A correnteza fazia girar a roda que, por sua vez, fazia girar um disco de pedra, que chamavam de mó. Assim se esmagavam os grãos para fazer farinha.
“Então a roda d’água era um moinho.” (Luiz)
“Eu pensei que os portugueses ou indígenas tivessem inventado os moinhos.” (Lia)
E os moinhos de vento?
“Os moinhos de vento precisam de engrenagens, já que não usam água.” (Pedro S.)
“Por que inventaram o moinho de vento?” (Francisco)
“Tem farinha de trigo, tem café em pó, isso tudo é moído, né?” (Bernardo)
A turma continua investigando os moinhos e a diferença que fizeram para a vida humana.
Conversando sobre rodamoinhos, lembramos da lenda do Saci, menino peralta, e de suas travessuras. Com seus rodamoinhos, ele apronta a maior bagunça!
Brincamos de Corre Saci e descobrimos que os rodamoinhos se formam pela junção de questões climáticas e muito vento.
Para tentar reproduzir o que acontece, utilizamos água, vinagre, detergente e muita força no braço para fazer girar.
Os pequenos adoraram a experiência.