As crianças do Ateliê descobriram, na Oficina de Cultura Popular, que no fogo habitam seres místicos, chamados elementares. As salamandras, as fadas que dançam nas fogueiras, aquecendo o coração, transformando sentimentos ruins em bons.
Ficamos curiosos e escrevemos uma carta, convidando uma salamandra para visitar a casa nova.
E não é que ela aceitou? A Salamandra dançou, saltou e nos mostrou suas chamas.
Ficamos felizes e aquecidos!
Agradecemos a visita, Salamandra.
Nas aulas de Capoeira, aprendemos que nosso corpo tem fogo, ou melhor, calor. Gingamos e sentimos o suor, reinventamos um movimento da aula e o batizamos de Balanço da Salamandra.
Com uma vela acesa, fizemos um desenho com giz de cera derretido.
Estamos inquietos e animados.
Que outras surpresas calorosas vamos encontrar?
Depois de pesquisar as frutas e as árvores, mergulhamos no universo dos legumes e das verduras, e conhecemos o livro Em Cima e Embaixo, de Janet Stevens.
Nessa divertida narrativa, Mestre Coelho, que passa por dificuldades com sua família, pede a um urso bem preguiçoso um pedaço de sua terra, para plantar, e em troca lhe oferece os vegetais colhidos ou em cima ou debaixo da terra.
Fizemos uma lista dos vegetais que conhecemos e começamos a pensar onde nascem.
Fomos passear na Cobal para observar a variedade de frutas. A professora de Inglês nos acompanhou, para nos ajudar a lembrar os nomes em inglês também.
Escolhemos frutas para preparar uma deliciosa salada.
Conhecemos a Neusa. Ela trabalha no mercado e nos presenteou com tangerinas, que estavam muito gostosas.
Foi uma tarde bem divertida.
Este será um semestre de muitas descobertas e aprendizagem na casa nova.
Ainda no espectro do Projeto Institucional, as crianças embarcarão no projeto coletivo Tecnologias de Céu e Mar: os Inventores e suas Invenções.
As pesquisas partem sempre da escuta atenta às falas das crianças e de seus interesses, manifestados nas atividades de sensibilização, considerando as particularidades da tecnologia escolhida por cada turma.
Fiquem atentos aos novos caminhos que percorreremos.
A Turma do Botão conheceu Qual o Sabor da Lua?, de Michael Grejniec.
Nessa história, os animais, curiosos por saber que sabor tem a Lua, decidem subir uns sobre os outros para alcançá-la.
Nossos pequenos também disseram que gosto a Lua tem. E questionaram os animais:
“A lua tem sabor de sorvete.”
“De cogumelo.”
“Eu já vi em um livro que a lua tem sabor de queijo.”
“Tem que ir na Lua de foguete.”
“A Lua está perto, mas está longe.”
“Acho que dá para ir na Lua com um avião bem grande.”
Vamos, assim, sensibilizando os pequenos e descobrindo novos caminhos de pesquisa para o Projeto.
A Turma do Trem está construindo novos caminhos de pesquisa.
O projeto do semestre, Tecnologias de Céu e Mar: os Inventores e suas Invenções, vem norteando as rodas de conversa.
Revisitamos o blocão, que guarda nossos registros, e relembramos que, no início do ano, elencamos nomes para a nossa turma, e avião foi o segundo mais votado.
Considerando esse interesse inicial e a possibilidade de diálogo com o tema, nada mais significativo do que desenvolver o Projeto a partir de um desejo do grupo.
Para sensibilizar os pequenos, dispusemos livros, revistas e objetos que remetem a esse meio de transporte.
Lemos O Menino e o Avião, de Mark Pett. A narrativa traz ilustrações singelas, que acompanham um menino, um avião e uma árvore ao longo do tempo, contando uma história sem palavras.
Apreciamos o enredo e lançamos perguntas disparadoras:
Como é feito o avião? Como ele voa? Quem inventou?
Aguardem novas descobertas.
A Turma da Criação foi desafiada com uma charada.
O que é? O que é? É uma tecnologia, pode ser feita de linha e tem relação com o mar e com a costura.
Nosso objetivo foi aproximar as crianças do projeto coletivo Tecnologias de Céu e Mar: os Inventores e suas Invenções.
Curiosas e sabidas, elas listaram hipóteses como roupa de mergulho, tubarão robô, algas e submarinos.
A amiga Bia descobriu a resposta – rede de pesca – e compartilhou com alegria.
Denize, nossa estagiária, trouxe a rede de seu tio Ronaldo, que enviou um áudio contando que o nome desse tipo de rede é pulsar, e que ele costumava pescar na praia do Flamengo.
O que você colocaria na sua rede de pesca?
Com tinta, barbante, caneta e giz pastel, as crianças foram elaborando suas redes e pescarias.
Surgiram redes com peixes, unicórnios, tubarões e até bolo de chocolate.
Conhecemos também Tapajós, de Fernando Vilella.
Os pequenos observaram as ilustrações que retratam o dia a dia de uma comunidade das margens do rio Amazonas.
A pesca, as canoas e a relação com as chuvas e marés ocupam lugar central na história.
Assim, aos pouquinhos e coletivamente, nosso Projeto vem sendo construído.
A Turma da Máquina vem conversando sobre as tecnologias do céu, como a pipa, o avião, o dirigível… Os balões de ar quente vêm despertando interesse especial nas crianças.
Para instigá-las, lemos Marta no País dos Balões, de Germano Zullo; Entre as Nuvens, de André Neves. E a turma participou de uma Caça ao Tesouro. Com sabedoria, as crianças decifraram as pistas espalhadas pela escola, até chegar ao tesouro: um balão de enfeite.
Para comemorar, fizemos um desenho de observação do tesouro, seguido de uma conversa durante a qual as crianças expuseram seus conhecimentos prévios.
“O balão tem um leme que é de madeira, que serve para virar pra frente, pra trás e pros lados. Quando o balão sobe o fogo tem que absorver.” (Martim)
“O fogo enche o balão e faz ele voar.” ( Pedro J.)
“Para o balão voar mais alto tem duas cordinhas que fazem ele descer e subir.” (Pedro D.)
“Inventaram o balão para as pessoas voarem.” ( João F.)
Diante do envolvimento das crianças, pensamos ser oportuno aprofundar nossas pesquisas e estudar a invenção dessa tecnologia tão desconhecida para a maioria de nós.
Para preencher a nova casa com flores e outras plantas, a Turma da Ferramenta recebeu a visita pra lá de especial da Fernanda, mãe do nosso querido amigo Theo.
Muito animadas, as crianças observaram atentas as ferramentas utilizadas no plantio do cravo e do rabanete.
Conhecemos a jiboia, que pusemos em um recipiente com água, para observarmos o crescimento das raízes.
Vimos também a batata-doce, e estamos animados para acompanhar a sua germinação.
Foi um momento de muito aprendizado e também de expectativa. Qual nascerá primeiro? Quanto tempo será que leva para germinar a batata-doce? Quando crescerão as raízes da jiboia?
Em outro dia, algo surpreendente apareceu num momento de brincadeira: uma pipa! Uma pipa? O formato era de pipa, mas se tratava do livro A Pipa, de Roger Mello.
As crianças apreciaram as ilustrações e contribuíram com seus conhecimentos.
“Eu sei que o vento escolhe a direção que a pipa deve ir.”
“Eu já soltei uma pipa, aí o meu pai me deu a pipa, daí eu saí correndo e a pipa caiu no chão.”
“Sei que já soltei pipa com meu pai, aí fiquei sabendo que se estiver ventando muito uma criança não pode segurar porque a criança pode soltar a pipa, e aí ela ficará presa para sempre numa árvore.”
eu num momento de brincadeira: uma pipa! Uma pipa? O formato era de pipa, mas se tratava do livro A Pipa, de Roger Mello.
As crianças apreciaram as ilustrações contribuíram com seus conhecimentos.
“Eu sei que o vento escolhe a direção que a pipa deve ir.”
“Eu já soltei uma pipa, aí o meu pai me deu a pipa, daí eu saí correndo e a pipa caiu no chão.”
“Sei que já soltei pipa com meu pai, aí fiquei sabendo que se estiver ventando muito uma criança não pode segurar porque a criança pode soltar a pipa, e aí ela ficará presa para sempre numa árvore.”
Nas conversas com as crianças no final do semestre passado, percebemos que as turmas estavam envolvidas em pesquisas relacionadas às invenções tecnológicas em diferentes contextos.
Pensamos, então, na possibilidade de construir um projeto que favorecesse a interação entre as turmas. Escolhemos explorar as tecnologias que envolviam o ar e as águas.
Para aproximar as crianças do novo projeto coletivo Tecnologias de Céu e Mar: os Inventores e suas Invenções, surpreendemos a turma com uma animada caça ao tesouro.
Seguindo pistas espalhadas por todo o pátio da frente, a Turma da Roda chegou ao grande tesouro das profundezas, o livro O Grande Mergulho, de Lucie Brunellière, cujo protagonista é o pequeno submarino Sonarus.
Com muita poesia, riqueza de detalhes e ilustrações, a história nos leva por milhares de quilômetros, da superfície ao mais profundo das águas geladas.
Imersas na narrativa, as crianças produziram trabalhos de artes inspirados na imensidão azul que o livro nos apresenta.
Ampliamos a atividade com perguntas disparadoras que levaram as crianças a refletir sobre essa tecnologia.
O que é o Sonarus ? Qual é a sua importância na história? Quem o inventou? Como ele funciona? Do que ele é feito? Ele é uma tecnologia?