O Ateliê da Manhã conheceu a lenda de Parintintins nas aulas de Cultura Popular.
“Os Parintintins, que também se chamavam kagwahiva, nunca tinham visto fogo.
Para obter comida quente, armavam um moquém (grelha de varas) com carne de caça, e deixavam-no ao sol.
Pediram então ao semideus Bahira que lhes desse um pedaço do Sol.”
Os pequenos foram se apropriando da narrativa, descobrindo seus desdobramentos e gravando trechos dessa história cheia de magia e rituais, na qual a natureza é a protagonista.
O conhecimento de lendas permite que as crianças resgatem a memória de um movimento, mantendo viva nossa história cultural, com toda sua riqueza e pluralidade.
Temos explorado jogos da escola. Conhecemos o dominó dos personagens do folclore brasileiro, a Iara, o Saci, o Boto-Cor-de-Rosa, a Cuca, o Curupira e o Lobisomem.
Com tampinhas de garrafa pet e muita empolgação, completamos nossas cartelas em um divertido bingo dos números.
Desafiamo-nos também em uma partida do clássico Uno, procurando por cartas de números ou cores iguais aos nossos, viradas no montinho do meio.
E nos divertimos muito jogando o Jogo do Mico, formando os pares dos animais e tentando escapar do danado do mico, único bicho que não tem par.
Esses jogos estimulam o raciocínio lógico da criançada, levando à concentração e à compreensão das regras.
São momentos vivenciados pelo grupo, embalados pela tolerância e apoio aos que ainda estão iniciando o aprendizado dos desafios. E de muito divertimento e risadas ao longo das partidas.
Turma do Botão (TAM)
As rodas de conversa são momentos significativos na nossa rotina. Cantamos, conversamos, pesquisamos e investimos no exercício de fala e de escuta.
Nas rodas realizamos propostas dirigidas de linguagem, matemática e outros conhecimentos relacionados ao projeto.
A Turma do Botão tem se envolvido e realizado muitas propostas com as fichas de nomes.
As crianças observam e reconhecem seus nomes, letras iniciais, comparam tamanhos, sons e letras, criam muitas hipóteses de leitura e escrita.
Nossos pequenos vêm entendendo a função social da escrita e se envolvendo cada vez mais com o universo letrado.
A Turma do Trem chegou dos feriados cheia de novidades.
Em roda, conversamos sobre o que fizemos, destacando momentos marcantes e divertidos.
Exercitamos a escuta e organizamos a linguagem oral, valorizando a partilha das histórias pessoais.
“Eu andei de bicicleta.” (Antônio L.)
“Eu fiquei em casa, passeei muito e fui na casa do tio Ricardo.” (José)
“Eu fui em duas festas na casa da vovó.” (Lucas)
“Eu fui na casa da vovó.” (Maya)
“Eu fui à praia.” (Laura)
“Eu fui na praça com a mamãe e o Luca.” (Nina)
“Eu passeei no Parque da Catacumba com o papai e a vovó. Brinquei de subir e escalar.” (Sebastião)
Turma da Criação (TBM)
A turma assistiu à animação Piper: Descobrindo o Mundo, história de uma ave bebê que vive à beira-mar, sai pela primeira vez do ninho para ir atrás de comida e descobre um novo mundo.
Conversamos sobre as lembranças que temos do mar, sobre a força das ondas e também sobre um elemento importante, a areia.
Manuseamos um pouco de areia e conversamos sobre seu formato, textura, cor e peso.
Descobrimos que a areia é uma espécie de “pó de pedra”, formado pela quebra de rochas ao longo de milhões de anos, trazido aos poucos para o litoral pelas águas.
Pesquisando, descobrimos que existem areias de diferentes cores, nos mais diversos lugares.
E que a tonalidade da areia está ligada principalmente à cor da rocha que a originou.
Aproveitamos o envolvimento e o material para realizar uma pintura misturando tinta, cola e areia.
As crianças foram percebendo a nova textura que ia surgindo e como ela se fixava no papel, deixando o trabalho em alto-relevo.
Entre risadas e olhinhos surpresos, o grupo foi experimentando e vivenciando uma divertida atividade sensorial.
Turma da Máquina (TBT)
O fazer artístico está muito presente no cotidiano da Turma da Máquina.
Nos desenhos livres ou nos trabalhos de artes dirigidos, os pequenos aproveitam os momentos de fruição, dedicam-se às suas produções e ampliam as possibilidades de expressão, através do contato com diversos artistas e do acesso a diferentes materiais e suportes.
Em nossas pesquisas sobre pipas vimos que elas fazem parte da nossa cultura há bastante tempo.
Ocupando os espaços abertos, são presença marcante nas brincadeiras infantis.
Basta olhar para o alto e provavelmente veremos as pipas, papagaios, pandorgas – tantos são os nomes Brasil afora – preenchendo o céu azul de várias cores, sobre casas, praias, parques…
Descobrimos que na China as pipas foram fundamentais para a comunicação entre os militares; que em outros países do Oriente elas têm função simbólica. Dragões simbolizam prosperidade; tartarugas, longevidade; corujas, sabedoria.
Na oficina comandada pelo Alexandre e pelo Hugo, confeccionamos pipas inspiradas nesses animais. Palitos de churrasco substituíram as tradicionais varas de bambu.
Cada criança fez sua escolha. Os trabalhos estão expostos na entrada da escola.
Turma da Roda (TDT)
Muitas novidades permearam nossas rodas de conversa, e mesmo assim os livros chamaram atenção e geraram muito interesse.
O amigo Pedro S. compartilhou Pedro, o Menino Navegador, de Lúcia Fidalgo, história de um mergulho no oceano; e A Ilha do Vovô, de Benji Davies, que traz a magia de uma ilha tropical.
As crianças perceberam que as histórias traziam dois tipos de embarcação. E listaram os tipos de embarcação que já conheciam.