Tem Formiga Por Todo Lugar

Ateliê Manhã

Depois de pesquisar pela escola quais bichos podíamos encontrar, vimos formigas pelos canteiros, chão e paredes da escola. Diante dessa constatação, levantamos várias hipóteses: Será que existe apenas uma espécie de formiga? Quantas patas elas têm? Para que servem as suas antenas? Onde moram? Elas dormem? Trabalham? 

“A antena é para pegar o sinal”, Isabel

“Ela vai pela antena onde tem comida debaixo da terra, aí vai lá e pega”, Martim

“Acho que a formiga tem quatro patas”, Aurora

“Formigueiro é um bolo de terra com buraquinhos, para alimentar as outras formigas”, Tomas Zazu

“No formigueiro tem um buraco que é para a rainha, outro para os ovos e um outro para as formigas”, Luiz

Aproveitando o interesse do grupo do Ateliê da Manhã, pegamos nossas lupas e  saímos em busca das formigas e seus formigueiros durante o passeio com o Moleque Mateiro!

 

Castelo à Vista!

Ateliê da Tarde

No primeiro passeio do Ateliê, nos juntamos ao Moleque Mateiro e fomos visitar o Parque Lage. Caminhamos pelo terreno olhando atentamente as árvores, o chão de pedra e os macacos pulando de galho em galho. Com um mapa na mão, observamos os principais pontos do parque, pensando onde poderíamos iniciar nossas explorações.

Passamos pela casa central, o famoso palacete, e de lá avistamos o chafariz. Continuamos andando, adentrando pelos caminhos do parque, até que avistamos a torre de um castelo! Com muita curiosidade, decidimos subir até lá, nos perguntando quem devia morar ali.

“Rei batata”

“Eu acho que é a Niara”

“O saci”

“A rapunzel”

Lá em cima, as professoras, Mari e Lorrane, nos contaram a história do castelo e descobrimos que Henrique Lage, o antigo proprietário do parque, havia pedido que construíssem uma torre acústica, semelhante à de um castelo, para que sua esposa Gabriella Besanzoni ensaiasse, pois ela era uma cantora lírica. Com os ecos das paredes da torre ouvimos seu canto, apreciando o som.

Ao longo de todo o trajeto fomos admirando cada cantinho do parque e observando outros pelo caminho, com muita curiosidade, para futuras descobertas. 

Saci Pererê 

Turma do Saci (TAM)

A turma começou a semana empenhada na captura do Saci que andava bagunçando a Pereirinha. As crianças passaram os dias atentas a cada movimento, barulho ou vento que passava.

Durante um momento de brincadeira no pátio, percebemos um vento vindo da sala do soninho, corremos com empolgação e conseguimos finalmente capturar o travesso. Fizemos um X na rolha para ele não fugir. Felizes, as crianças logo foram contar a novidade para todos da escola. Uma alegria só! Para quem quiser ver, o moleque Saci está na Secretaria.

O jogo simbólico com esse personagem estimula a imaginação e a fantasia dos pequenos, anima com aventuras nossas manhãs, ressignificando o mundo real.

Para conhecer um pouquinho mais do universo desse personagem, assistimos à animação O Saci, da série “Juro que Vi”. O grupo também conheceu a obra Saci-Pererê de Tarsila do Amaral. Juntos, observamos a imagem atentos aos detalhes e características marcantes. As crianças foram desafiadas a elaborar um quebra-cabeça da obra de Tarsila – desafio que envolveu arte e conceitos matemáticos como noção espacial, raciocínio e resolução de problemas.  

Agora os pequenos estão se questionando: “Onde podemos soltar o Saci?”. 

Caixa Surpresa

Turma do Tambor (TAT)

A turma foi surpreendida com uma caixa. Ao abrirmos, encontramos uma carta de um folião secreto, que estava por dentro das pesquisas do grupo. Ele ressaltou o quanto gosta de uma diversão e informou que enviara algo importante para nossas descobertas. José logo salientou: “É aquele que está lá no carnaval dos Arcos da Lapa!”, remetendo à obra Carnaval nos Arcos, de Heitor dos Prazeres, que exploramos nos últimos dias.

Curiosos, os pequenos se aproximaram e, juntos, encontramos confete, serpentina e um livro pra lá de interessante: A Escola do Cachorro Sambista, de Mariana Massarani, que narra as vivências na quadra e no barracão de uma escola de samba. Apreciamos as alas, as alegorias e como é escolhido um samba-enredo. Descobrimos como é o trabalho de um carnavalesco, dando destaque para o mestre de bateria e os instrumentos de percussão.

As Árvores Se Movimentam?

Turma da Natureza (TBM)

A turma começou a semana explorando e brincando com água e areia.

Vimos o documentário As árvores e registramos todas as descobertas:

“As árvores são fábricas de oxigênio.”

“As árvores são hotéis para os animais.”

“As árvores são utilizadas para fazer remédios, móveis e papéis.”

“As árvores se alimentam pela raiz.”

“As árvores se defendem com espinhos e folhas tóxicas.”

“As árvores se movimentam sem sair do lugar.”

“O tronco da árvore fica mais grosso e com anéis dentro, quando a árvore vai ficando mais velha.”

“A árvore se alimenta de água e gás carbônico.”

“Os animais moram e se alimentam nas árvores.”

Depois cada criança escolheu uma dessas descobertas para desenhar e escrever de forma espontânea no nosso caderno de pesquisa.

Lemos o livro Se eu fosse uma árvore, que a Isabel trouxe para compartilhar com a turma.

O Alexandre, funcionário da escola, trouxe uma jaca para a nossa turma conhecer melhor. Brincamos com o visgo e as crianças falaram que parecia uma “teia”. Experimentamos no dedo e vimos que era grudento e as crianças o associaram ao “homem aranha”.

Finalizamos a semana levando para casa uma pesquisa para as crianças fazerem com as famílias.

Surpresas e Onça 

Turma da Floresta

Uma surpresa aguardava a turma no pátio: o livro A Caçada, de Guilherme Karsten! Em clima de suspense, uma voz misteriosa diz aos animais da floresta que eles devem fugir se não quiserem ser capturados. Quem está atrás deles? Onde eles vão se esconder?

Com olhares e ouvidos atentos, os pequenos foram descobrindo que os animais estavam brincando de pique-esconde. E um deles se escondeu pela escola! Nossos exploradores foram em busca desse animal, e algumas pegadas os levaram até a Biblioteca. Chegando lá, mais uma surpresa! Um envelope nominal à turma os aguardava. Desse envelope saíram uma carta e duas imagens. Logo as crianças perceberam que uma das imagens era a onça-pintada, assim como as pegadas no chão do pátio e na escada.

A partir da carta e das imagens, a Turma da Floresta conheceu o artista indígena Denilson Baniwa e sua obra Yawareté. Na carta as crianças descobriram que Denilson nasceu no Amazonas, onde fica a aldeia do seu povo baniwa. Hoje mora no Rio de Janeiro e estudou computação na faculdade, porque percebeu que através da arte sua mensagem chegaria a mais pessoas. Que mensagem é essa? Sua obra, Yawareté, é o Deus onça, e ele a espalha pelas cidades para lembrar que estamos em terra indígena e que precisamos cuidar dela. Ele também se veste de onça para andar pelas cidades! 

Os pequenos agora querem saber: Quem escreveu essa carta? Como o Denilson se veste de onça? A onça-pintada é grande?

Formigas Gigantes  

Turma da Amazônia

Em contato com lendas e histórias do povo Munduruku, reunidas no livro As Serpentes que Roubaram a Noite (Daniel Munduruku), as crianças exercitaram a escuta e a imaginação ao ouvir a lenda sobre a origem daquele povo.

Na história, fortes e numerosos, os Munduruku ocupavam a extensa área do rio Tapajós e foram considerados as Formigas Gigantes. Segundo a lenda, nasceram das mãos de Karu Sakaibê, que os retirou de uma fenda da Terra juntamente com outros seres humanos: indígenas, brancos e negros. O livro, além das histórias,  traz informações sobre os Munduruku: como são na sociedade atual, como é a vida nas aldeias, suas tarefas diárias, jogos e brincadeiras.

Para ilustrar essa primeira narrativa, ouvimos a música A Formiga de Fogo, do grupo Tribo Munduruku. Para deixar nossas pesquisas ainda mais significativas, estamos confeccionando formigas gigantes feitas com jornal, que enfeitarão a sala de ciências.

Parecidos e Diferentes

Turma da Tapioca

A turma está empenhada com o início das pesquisas. Desta vez, conhecemos mais uma história que contempla a lenda da mandioca. O livro Mandioca, a história do parecido diferente, de Pedro Sarmento, trouxe novas reflexões sobre a cultura do nosso país, afinal somos todos parecidos e diferentes. Aproveitamos para teatralizar as versões já conhecidas sobre a lenda. Foi um momento bastante significativo e divertido. 

Na semana passada, Helena nos presenteou com deliciosos pães de queijo à base de tapioca. Seguimos a receita de nossa amiga e fomos até o supermercado Farinha Pura para comprar os ingredientes para preparar a receita no grupo. No mercado conhecemos o seu Walter, que nos orientou a encontrar a goma, e em seguida acrescentamos em nossa cesta o queijo ralado e o requeijão. No caixa, fomos atendidos pela Rosinha, observamos os valores de cada alimento, pagamos as compras e retornamos à escola para preparar a receita. Foi uma ótima oportunidade de aproximarmos as crianças de noções matemáticas do sistema monetário: Qual foi o alimento mais caro da nossa lista? Qual foi o mais barato? Qual foi o total da compra?

Com a mão na massa, acrescentamos a beterraba trazida pelo amigo Benjamim Lerner. O resultado foi um delicioso pão de queijo de tapioca com beterraba, que foi saboreado por todos!