Tem Capoeirista na Pracinha

Ateliê Manhã

As crianças do Ateliê da Manhã foram surpreendidas com uma novidade: a aula de capoeira iria acontecer na pracinha! Muito animadas e atentas, mostraram que já conhecem o balanço da árvore, o andar do caranguejo, a ginga da capoeira e como fazer a meia-lua, lembrando sempre do cuidado e do respeito com o corpo do amigo.

Na roda, os pequenos ficaram atentos ao chamado: “Alô bateria”, para o coro responder “Alô!”. Depois de muitas cantigas, as crianças se despediram cantando assim:

Adeus, adeus
Boa viagem
Eu vou me embora
Boa viagem…

Compartilhamos o link para que todos possam aprender: 

https://www.youtube.com/watch?v=fNk3m-Gxbhg 

Uma Caixa, Uma Televisão

Ateliê Tarde

No embalo das últimas conversas sobre nossas casas, seus cômodos e móveis, encontramos pela escola uma caixa de papelão com uma tela quadrada transparente no meio, e esse objeto nos lembrou a televisão. Observamos seu formato e experimentamos colocar nossos rostos atrás da tela, trazendo de forma lúdica algumas representações de programas de TV. Começamos então a conversar sobre as televisões, levantando algumas perguntas:

 Sempre existiu televisão?
Quando será que elas foram criadas?
Será que as televisões sempre foram assim, iguais às de hoje em dia?

Mergulhamos juntos nas pesquisas e aprendemos que na década de 1920 diversos inventores ajudaram a criar o aparelho, mas apenas em 1950 ela chegou ao Brasil. Observamos imagens de diferentes televisões, desde as mais antigas até as atuais, e fomos descobrindo que as primeiras tevês transmitiam a programação em preto e branco e que não possuíam som. Para funcionar, também precisavam das antenas, que captavam as imagens dos programas por meio de ondas eletromagnéticas, além dos botões que se encontravam no próprio aparelho televisivo, uma vez que não existia o controle remoto.

Inspirados com o novo conhecimento, fomos dando forma à nossa própria caixa-televisão, pintando e desenhando seus botões.

The Ant’s Anatomy  

Inglês

Encerrando o projeto sobre os insetos, exploramos um pouco mais sobre o corpo das formigas e sua anatomia. 

A partir da observação das formigas em zoom, com o auxílio de alguns vídeos, pudemos perceber com mais precisão como funciona seu corpo e quais são as estruturas que o compõem. Enquanto observamos a anatomia do inseto, as crianças eram estimuladas a responderem questões como: “quantas pernas tem a formiga?”, “como é a sua boca?”, “quantos olhos ela tem?” e “como são suas antenas?”.

Como consequência dessa observação, construímos, em coletivo, uma ant em grande proporção, na qual cada criança foi desafiada a desenhar uma parte do corpo da formiga a partir dos comandos em inglês: 

Draw a leg

Draw the head 

Draw the eyes 

Draw the mounth 

Pintamos o desenho coletivo utilizando uma técnica de tinta guache e terra. As crianças escolheram quais cores gostariam de usar, relembrando o vocabulário de cores em inglês (red, blue, green, yellow, etc.) e após finalizarmos nossa big ant o lugar votado pelo grupo para expô-la foi o refeitório. 

O livro escolhido para leitura coletiva foi The Ant’s Party, de Nick Bare. Por meio da história pudemos conhecer um pouco mais sobre os alimentos que mais atraem as formigas e como acontece sua organização dentro do formigueiro. 

Dando continuidade à proposta, encerramos a semana preparando uma receita de biscoito amanteigado com a qual as crianças utilizaram a massa para construírem, cada uma, suas ants, consolidando assim sua percepção para as partes do corpo da formiga. 

Curupira e a Floresta

Turma do Saci (TAM)

Continuando nossas pesquisas sobre o folclore brasileiro, a Turma do Saci conheceu a história Curupira e a floresta das letras, de Lalau e Laurabeatriz. A narrativa apresenta uma divertida brincadeira entre o personagem e as letras. Com versos divertidos e ritmados, as autoras apresentam poesias relacionadas aos bichos, os pássaros, as árvores e todos os seres que o Curupira protege nas matas do Brasil. Após a leitura, as crianças aproveitaram para brincar de rima utilizando seus próprios nomes. 

O grupo também conheceu algumas fotografias de Sebastião Salgado. Em roda observamos as diferentes imagens fotográficas das florestas, atentos às diferenças e semelhanças entre elas. Apresentamos um pouco do processo de reflorestamento promovido por Sebastião Salgado e Lélia Salgado em seu Instituto Terra. Conversamos sobre os moradores da floresta, o cuidado que devemos ter com esses espaços, o reflorestamento e a importância do Curupira para sua proteção. 

Ao final, as crianças foram desafiadas a realizar um desenho de intervenção nos registros do fotógrafo. Munidos de caneta preta e giz pastel, os pequenos desenharam curupiras, flores e animais. Uma proposta que envolveu atenção, cuidado, observação e possibilitou o estímulo e desenvolvimento do grafismo.

Inspirações e Desdobramentos

Turma do Tambor (TAT)

Di Cavalcanti vem inspirando a turma. Desta vez conhecemos a obra Mulher Tocando Tambor. As crianças utilizaram os tons explorados pelo artista em um trabalho feito passo a passo. Com rolinho e tinta preta, pintaram em papel A3. Em uma folha A4, espalharam guache amarelo com rodo por toda a extensão do papel. Os pequenos também foram fotografados individualmente tocando um tambor. A imagem passou por uma edição, trazendo destaque para o instrumento e sua coloração vibrante. Para finalizar, realizaram uma colagem sobrepondo as etapas do trabalho.

O livro Menino Coração de Tambor, de Nilma Lino Gomes, vem nos rendendo desdobramentos. As cores, ilustrações e o protagonismo de Evandro Passos desencadearam novas explorações artísticas para o grupo. A criançada divertiu-se pintando e carimbando os pés, representando as pegadas compassadas do personagem. Identificamos os diferentes gêneros musicais citados na história, o samba se destacou e novas perguntas surgiram. O que é um samba? Como tocamos um samba? Aguardem novas descobertas.

Biomas do Brasil

Turma da Natureza (TBM)

Dando continuidade ao projeto institucional “O Brasil é feito de quê?”, nossa turma começou a pesquisar sobre os biomas terrestres do Brasil. No livro Brasil 100 palavras descobrimos o bioma Mata Atlântica, as crianças ficaram encantadas com o pássaro saíra-sete-cores e esse encantamento nos direcionou para as pesquisas. Assistindo a um vídeo descobrimos que essa espécie gosta das árvores frutíferas, que é dançarina, sociável e que costuma cantar quando procura comida. 

Construímos um grande mapa do Brasil e marcamos com colagem de papel picado toda as áreas dos biomas Mata Atlântica e Amazônia, relacionando-as com as cores da legenda. No decorrer das nossas investigações, vimos um documentário sobre o bioma Amazônia e as crianças se interessaram em saber mais sobre o boto-vermelho ou boto-cor-de-rosa.

A Turma da Natureza iniciou os “passeios” pelos biomas brasileiros e nessas primeiras incursões o grupo já se mostrou entusiasmado com os estudos.

Que venham as novas descobertas e vivências!

Encontros Deliciosos 

Turma da Floresta (TBT)

O açaí despertou muita curiosidade na Turma da Floresta, que foi em busca de ajuda para responder suas perguntas. Quem poderia nos ajudar? “O Moleque Mateiro!”, disse o amigo Sebastião. Enviamos uma carta para a turma do Ateliê da Tarde, que prontamente nos respondeu marcando um encontro. Na data e horário marcados nos reunimos. Animados, receberam as Mateiras, Mariana e Loraine, com sorrisos e uma lista de perguntas. 

“Mari, como que planta o açaí?”
“Como ela vai crescer?”
“Quem planta as árvores da floresta?”
“Toda árvore cresce?”
“Vocês podem nos ajudar a plantar a semente de abacate que a Laura trouxe?”
“Toda árvore nasce de uma semente?”

Muitas foram as descobertas durante esse encontro. No entanto, o fato que mais chamou atenção das crianças foi saber que grande parte das árvores das florestas não é plantada por pessoas, e sim pelos animais que por ali passam e pelas condições climáticas, como chuva, sol, ventos…  

A Turma da Floresta assistiu a uma aula sobre o processo de germinação das sementes, as Mateiras explicaram as diferentes maneiras de semear o açaí e nos ajudaram a plantar a semente de abacate. Fizemos uma plantação no canteiro, colocamos o nome e agora estamos cuidando para que ela cresça.

Para comemorar, mais um doce encontro aconteceu: junto com a Turma da Tapioca, nos deliciamos com o preparo do açaí vindo diretamente da região Norte! Saboreamos a polpa da fruta, com banana, morangos e flocos de tapioca.

Durante a semana uma carta misteriosa chegou à sala. A correspondência estava cheia de enigmas, a turma ficou muito curiosa, iniciamos a tarefa para desvendar o mistério. O material a ser investigado continha uma imagem em pedaços dentro do envelope, e o grupo foi aos poucos juntando e decifrando a figura que ali estava. Um jacaré!

“Olha, um jacaré.”
“Será que é aquele do pátio?” 

É um jacaré-açu, típico da região amazônica, com sua coloração escura, pele grossa e dentes grandes. A turma descobriu várias características sobre esse grande animal da fauna brasileira. Além disso, aprendemos que a palavra “açu” é de origem indígena e significa “grande”.  

Visita Musical

Turma da Amazônia (TCT)

O grupo recebeu uma visita especial da família da amiga Iolanda: Francisco (irmão e aluno da  F7T) e Pedro Pamplona (pai e  professor de música no Fund I e II da Sá Pereira). Com desenvoltura, Chico compartilhou suas aprendizagens adquiridas no ano passado ao estudar com a sua turma sobre a Amazônia. Atentas, as crianças observaram no mapa os rios que desenham a floresta, fotografias de espécies nativas do bioma e suas características.

Ficamos impactados ao apreciar imagens do trabalho Natureza Morta, do artista Denilson Baniwa. A obra apresenta uma série de imagens da Amazônia com intervenções de Baniwa. É um conjunto de fotos com vistas aéreas da floresta, mostrando áreas desmatadas em forma de corpos, como o da onça pintada e o da arara azul. Foi possível verificar as constantes ameaças sofridas por esses animais na Amazônia.    

Tivemos uma grata surpresa quando Chico ofereceu para a turma o desenho de uma onça feita por Iolanda, e todas as crianças puseram-se a colori-la. Para finalizar, Pedro cantou e tocou em seu ukelele uma canção no ritmo do carimbó, gênero musical e dança típicos do estado do Pará, onde moram os Munduruku.

Brincadeira Como Encontro

Turma da Tapioca (TDT)

A substância do brincar é a alegria.
A natureza é seu território primordial.
(Lydia Hortélio)

A brincadeira como ferramenta para fortalecer os vínculos tem unido cada vez mais as crianças da Turma da Tapioca. Nas construções lúdicas, no brincar livre e nos jogos coletivos temos garantido um olhar acolhedor e atento às regras estabelecidas diante dos desejos e jogos corporais. Desta forma, as crianças ressignificam experiências e experimentam diferentes papéis na forma de agir no mundo. As rodas garantem também o diálogo e a reflexão diante dos desafios, e assim proporcionamos  o contorno necessário na relação com o outro.

Neste espaço coletivo tivemos mais um encontro significativo, desta vez com a Turma da Floresta. Juntos, preparamos e experimentamos o açaí diretamente do Pará, preparado com banana e saborizado com morango e flocos de tapioca. Foi um momento de despedida do Pará e de fazer as malas para o Mato Grosso. Agora mergulharemos na região Centro-Oeste para conhecermos mais dos sabores do nosso Brasil.