Para as manhãs serem leves e brincantes, o Ateliê tem alguns combinados importantes, entre eles lavar muito bem as mãos para as refeições, prestando atenção na quantidade de água utilizada e fazendo bastante espuma com o sabão. Após conversarem com as Mateiras, Mariana e Lorraine, algumas hipóteses foram levantadas: Como é feito o sabão? Ele tem cheiro? Qual a cor dele? Qual forma ele pode ter?
Com a mão na massa, as crianças confeccionaram um cosmético natural. Descobriram que o ingrediente fundamental para fazer sabonete é a glicerina vegetal! Sendo assim, produziram dois modelos, um de argila verde com alecrim e outro de cúrcuma com açafrão. Para dar o toque final, os pequenos colocaram os sabonetes na forma de coração.
Você sabia que os produtos cosméticos, como o sabonete, poluem os oceanos? Então, essa receita do Ateliê é uma ótima opção para se fazer em casa!
Com mais um ano de aulas de Capoeira no Ateliê, nosso professor Jamal trouxe algumas novidades para turma. Além de novas músicas para aumentar nosso repertório, tivemos um novo desafio: aprender a tocar um dos toques básicos da capoeira.
Começamos marcando as quatro notas, no ritmo “tum tum tá tum”, usando nossas duas mãos. Experimentamos tocar de início no djembê e depois passamos para o atabaque, duas das variações de tambor. Com os ouvidos atentos e o corpo concentrado, fomos aos poucos pegando o ritmo e percebendo os diferentes sons que saíam pela velocidade e força de nossas batidas.
Na semana passada, também tivemos uma aula de Capoeira muito especial na pracinha dos Largo dos Leões. Segurando na palma da mão, fomos cantando as canções de roda, agregando outras crianças que passavam por lá. Com o espaço aberto e o chão de terra, aquecemos nosso corpo por meio dos movimentos e jogamos bastante capoeira.
Depois de conhecer a anatomia da formiga, passamos a observar a anatomia do nosso copo. Será que o nosso corpo é igual ao da formiga? Começamos observando e reconhecendo o que temos em comum com o inseto:
We have eyes, we have legs and feet.
We don’t have antennas. We have ears.
We have a nose and a mouth.
Com a música Head, shoulders, knees and toes, as crianças se aproximaram mais do vocabulário, cantando, dançando e imitando os movimentos.
Durante esse projeto, pintamos silhuetas do corpo humano. Relembrando as cores, pedimos aos pequenos para pintar determinadas partes com a cor pedida:
Paint the head blue.
Paint the knees green
Paint the ears purple
Ao terminar, deixamos as crianças livres para pintar e decorar o restante do seu jeito, caprichando nos detalhes!
Para praticar a oralidade e compreensão, usamos massinha de modelar para a construção de bonecos, formando o corpo humano. Ao terminarem a produção, apresentaram aos colegas, apontando e comunicando na língua inglesa todas as partes que compunham o boneco.
Para a receita da semana, em vez de massinha de modelar, os pequenos puderam elaborar e se deliciar com biscoitos amanteigados, formando um corpo humano revisitando o aprendizado da atividade anterior.
Envolvidas pelas pesquisas sobre o Curupira, as crianças da Turma do Saci fizeram uma investigação sobre o tamanho do pé do personagem. Juntos, escrevemos uma carta e deixamos perto das plantas da escola, perguntando qual seria o tamanho do pé dele. Em roda, tiramos nossos sapatos e comparamos os diferentes tamanhos, observando os números que estavam marcados na parte de baixo dos sapatos. Descobrimos que os maiores pés da turma são os das professoras Renata e Beatriz, com 38, e o menor é o do amigo Pedro, que calça o tamanho 20. Comparamos os pés e percebemos que ainda falta bastante para o pé do Pedro chegar até o tamanho do da Renata. Aproveitamos para contar o número de sapatos e de dedos que temos no pé e descobrimos que é exatamente o mesmo número de crianças da nossa turma.
As crianças estão ansiosas esperando a resposta do Curupira. Será que ele vai deixar uma carta? Ou quem sabe um sapato? Aguardem que teremos novidades.
Nas artes elaboramos uma pintura com fundo de terra e realizamos uma colagem de flores secas que logo estará exposta em nossas paredes.
Na próxima sexta enviaremos também a nossa Caixa da Natureza, que irá para casa de cada criança na sexta-feira e retornará na segunda. Fiquem atentos às orientações que irão na parte de dentro.
O que é um samba? Como tocamos um samba? Instigada com as perguntas da semana anterior, a Turma do Tambor levantou seus conhecimentos prévios:
“Samba é sambar.” (José)
“Samba é correr.” (Nina E.)
“Samba é tambor.” (Nina L.)
“Sambar, sambar.” (Eduarda e Maria)
Em seguida, as crianças foram surpreendidas com uma caixa, enviada por Evandro Passos, protagonista do livro O Menino Coração de Tambor, que vem enriquecendo nossas pesquisas. Elas observaram figuras de diferentes instrumentos musicais e logo se manifestaram:
“Sei tocar todos os instrumentos.” (José)
“Eu tenho um violão pequeno e um grande.” (Nina E.)
“Sei tocar pandeiro.” (Nina L.)
“Quero tocar o ganzar.” (Maria)
“Eu gosto de tocar pandeiro.” (Vicente)
Salientamos que esses instrumentos são utilizados para tocar um samba, gênero musical presente na narrativa. As imagens compunham um jogo de bingo, que foi ensinado passo a passo. Os pequenos divertiram-se a valer ao reconhecê-las em suas cartelas, marcando as sorteadas com tampinhas, aproximando-os de conceitos matemáticos.
Essa semana conhecemos outro bioma, chamado Pampa. Descobrimos que, diferente das florestas, os pampas são campos abertos, com diversos tipos de capim. Marcamos no nosso mapa a localização desse bioma com colagem de papel picado, orientados pela legenda de cores. No livro 100 Palavras, de Gilles Eduar e Maria Guimarães, descobrimos a coruja-buraqueira, o pica-pau-verde-barrado, a araucária, o gato-palheiro, entre outros. Também vimos um filme, feito pelo Moleque Mateiro, sobre o assunto.
E finalmente jogamos o jogo da memória que construímos das árvores x frutas e frutos. Relembramos as regras do jogo e as crianças amaram!
Demos continuidade à produção individual dos pássaros saíra-sete-cores e as crianças estão caprichando muito!
Depois de conhecer o jacaré-açu, nossa roda de conversa foi surpreendida pela pergunta da amiga Ana, que queria saber: “Tem outros animais que moram nas águas da Floresta da Amazônia? Tem peixe-boi? Tem golfinho?”.
Nossas investigações começaram pelo livro queridinho da turma, Brasil, 100 Palavras, de Gilles Eduard. O boto-cor-de-rosa foi identificado logo de início e muitas foram as perguntas:
“O boto é um golfinho?”
“Ele é rosa mesmo?”
“Qual o tamanho dele?
“O que ele come?
“Ele parece ser lisinho, como é a pele dele?”
“Será que ele é amigo do peixe-boi?”
Descobrimos que o boto cor-de-rosa é uma espécie da família dos golfinhos, mas, diferente deles, prefere ficar mais solitário e viver em águas doces.
A amiga Pilar trouxe uma pesquisa que fez em casa e contou aos amigos que o boto come até tartarugas, que é chamado pelos indígenas de uiara e que pode chegar a até 2,5 m.
Um animal que ainda corre grande risco de extinção! Mas o que essa palavra significa? Quais cuidados precisamos ter para que o boto saia da extinção? Por que isso está acontecendo? Perguntas que ainda estamos investigando.
Os pequenos também descobriram que o boto é considerado amigo dos pescadores da região amazônica. De acordo com a lenda, ele os ajuda durante a pesca, além de conduzir em segurança as canoas durante tempestades. Quais outras lendas existem sobre ele? Com a intenção de enriquecer nossas pesquisas, assistimos à produção audiovisual “O boto”, da série Juro que vi, da Multirio. Encantado, o grupo está em busca de mais respostas sobre esse animal símbolo da região Norte do nosso país.
Os animais seguem despertando grande interesse da Turma da Floresta. Nas artes, o manuseio da argila tem nos aproximado da terra e deu vida a um jacaré-açu em miniatura. As folhas e galhos encontrados em passeios com famílias ou a caminho da escola ganharam um lugar especial, uma grande caixa de elementos da floresta/natureza. Aguçando o olhar das crianças, apresentamos a obra “A floresta”, da artista brasileira Tarsila do Amaral, já conhecida por alguns, que com muito empenho e inspiração estão produzindo um lindo trabalho.
A turma tem realizado proveitosas rodas de conversas, o que vem favorecendo o aprofundamento de nossos estudos e exposição de ideias. As crianças revelam seus conhecimentos com comentários cada vez mais pertinentes e contextualizados com as pesquisas em curso.
Numa investigação sobre a vida na aldeia Munduruku, elas refletiram com desenvoltura:
“Eu acho que as casas são feitas de palhas e madeira. Na hora de brincar as meninas brincam com bonecas de espiga de milho.” (Martina)
“O telhado é feito de cipó e a porta de folhas.” (Clara)
“O telhado é feito de madeira, galho e cola.” (Pedro S.)
“Eu acho que os Mundurukus dormem em gravetos e usam cobertores de palha. E os meninos brincam de pique-pega.” (Raul)
“Eles dormem numa cama feita de pele de bicho.” (Pedro J.)
“O colchão é de madeira, o travesseiro é de galhos e o lençol é de plantas. O telhado da casa é feito de uma cobertura de palha e na parte de baixo é feita de galhos.” (Marina)
“Eles dormem embaixo da árvore. O cobertor é de grama e o travesseiro é de pele de peixe.” (Sebastião)
“A cama é de pedra, botam cipó, folhas das árvores. O cobertor e o travesseiro são de palha.” (João)
“Os Munduruku dormem em cima de penas de pato e não usam travesseiro.” (Filipa)
“Eles moram com pai, mãe, tios, primos, todos juntos.” (Gabriel)
“Não tem mercado. Eles atacam os bichos para comer.” (Isabel)
“Eles pegam fruta das árvores.” (Francisco)
“Eles pescam construindo a vara com graveto, pegam a corda, amarram na vara, e jogam para tentar pegar o peixe.” (Iolanda)
Para contextualizar nossas pesquisas, as crianças fizeram um trabalho de artes envolvendo argila e palitos e ouviram a história Um dia na Aldeia, de Daniel Munduruku, contada em teatro de vara.
Pequi
A Turma da Tapioca fez uma viagem imaginária e embarcou de ônibus para a região Centro-Oeste. Depois de organizarmos o transporte, atentos aos assentos de cada um, ambientamos o salão de forma lúdica para esta nova aventura. Com imagens da região e ao som de Sai Preguiça, do grupo Palavra Cantada, usando nossa imaginação, pisamos em solo mato-grossense e conhecemos uma fruta bastante utilizada em pratos típicos da região: o pequi.
Assistimos a alguns trechos de um episódio da série Um Pé de Quê?, produzido pela Pindorama Filmes, que fala sobre o pequi, e conhecemos a importância desta fruta e as diferentes funções que ela exerce:
“Eu aprendi que ele tem espinhos.” (Martim)
“Eu aprendi que podemos comer com muitas coisas.” (Lina)
“Eu aprendi que o pequi é do Mato Grosso.” (Tomás Zazu)
“Podemos comer o pequi com arroz, feijão.” (Benjamim L.)
“Eu aprendi que não podemos comer o pequi cru porque ele tem espinhos.” (Benjamin S.)
“Eu aprendi que com o pequi podemos fazer remédios.” (Luiz)
“Eu aprendi que precisamos cozinhar o pequi para comer.”(Marcel)