Dando continuidade ao projeto, exploramos um pouco mais as formas do nosso corpo e suas possibilidades.
Em roda, contamos os dedos das nossas mãos e pés, relembrando os nomes dessas partes e exercitando a contagem dos números em inglês.
Na leitura do livro My Five Senses, da autora Aliki, descobrimos que algumas partes do corpo são as responsáveis pelas nossas percepções do mundo através dos cinco sentidos.
Logo após a leitura, sentimos o aroma de uma essência e conversamos sobre quais aromas mais gostamos de sentir. Provocadas pela pergunta: “What do you like to smell?“, as crianças registraram coletivamente seus aromas favoritos através de desenhos.
No Pereirão, juntamos os dois grupos fazendo “exercise”, nos alongando e explorando mais possibilidades do nosso corpo. Ao pedir que as crianças reproduzissem as ações, chamamos atenção para a parte do corpo que está sendo exercitada, apresentando as ações em inglês. Ao terminar, deixamos as crianças livres para explorar o espaço e socializar com o outro grupo.
Como encerramento, produzimos um autorretrato. Nesse momento, pudemos consolidar nas crianças as percepções de si mesmas e do seu corpo, em especial das características que as tornam únicas.
Vivemos uma semana de muitas reflexões e descobertas e estamos ansiosos pelos próximos passos do projeto de inglês no Ateliê.
Na Oficina de Cultura Popular, o Ateliê da Manhã aprendeu, junto com o professor Jean, como se brinca o Arsherez, brincadeira de origem africana. O Arsherez é parecido com o pique-pega de nosso repertório, porém a criança pegadora precisa imitar um caranguejo com seu corpo, e as crianças que forem capturadas pelo caranguejo transformam-se em caranguejos pegadores. Ganha a brincadeira aquele que for o último a ser capturado. As crianças identificaram que nas aulas de Capoeira essa brincadeira se chama Pique-Caranguejo!
Ampliando o repertório, conheceram também o Tum Tum, espécie de Cabra-Cega e/ou Gato-Mia, vinda do Togo. Nele, uma criança, que está de olhos vendados, precisa descobrir onde e quem está percutindo o pilão ou coquinho. É preciso muita atenção e concentração para essa brincadeira!
Com a nossa televisão à moda antiga pronta, nos sentamos em roda para listar todos os tipos de programa que conhecemos. Dentre desenhos animados, jogos de futebol, jornal, filmes e outros citados, tivemos a ideia de criar nosso próprio programa.
De início, organizamos uma entrevista e conversamos sobre tudo o que sabemos relacionado à TV e sua programação. Entendemos que as entrevistas são conversas entre os entrevistadores e entrevistados, com o objetivo de esclarecer determinado assunto. Com isso, o entrevistador elabora perguntas para o entrevistado responder.
Dividimos o grupo e cada um escolheu sua função. Juntos, votamos em um tema para a entrevista, e o mais votado foi “as comidas”. Simulando um estúdio, ligamos a televisão, aumentamos seu volume, ajustamos suas antenas e ficamos todos bem atentos. Depois dos comandos – “luz, câmera, ação, gravando!” – o silêncio tomou conta e a entrevista começou a ser filmada.
Mônica, secretária da Pereirinha, entregou para a Turma do Saci uma carta que havia sido endereçada ao grupo. Em roda, abrimos e lemos a carta que o Curupira tinha mandado. Nela descobrimos que o pé dele é tamanho 43, que não usa saltos, que gosta de andar descalço sentindo a natureza e também deixa pegadas para enganar os caçadores.
Juntos, escrevemos a informação no blocão e aproveitamos para revisitar o que já tínhamos escrito. Percebemos que o pé do Curupira é maior do que os pés das professoras da turma e mais que o dobro do tamanho do pé do amigo Pedro. Foi um momento divertido, de muita atenção, concentração e aproximação com conceitos matemáticos.
Assim como o Curupira, as crianças também quiseram deixar suas pegadas. Na sala de Artes, aos pouquinhos, temos elaborado placas de argila onde os pequenos estão carimbando seus pés.
Envolvidas pelo elemento terra, as crianças também vivenciaram momentos sensoriais no pátio. Os pequenos foram surpreendidos por um cenário contendo terra, água, panelinhas e elementos da natureza. Juntos, manusearam, brincaram, elaboraram comidinhas, brincadeiras e experimentaram diferentes sensações na pele quando tocavam na terra úmida ou seca.
Assim, como nas pesquisas sobre o Saci, temos aproveitado a semana para aprofundar e revisitar algumas descobertas e vivências relacionadas ao Curupira. Logo conheceremos outro personagem do Folclore Brasileiro. Quem será? Surpresa!
Envolvida com as pesquisas sobre o samba, a Turma do Tambor revisitou o livro A Escola do Cachorro Sambista, de Mariana Massarani. Relemos o samba-enredo sobre a história da Dona Baratinha e das baianas cozinhando uma feijoada. Listamos os ingredientes e fomos à Cobal comprá-los. A criançada animou-se com o passeio, identificando os alimentos, sentindo seus cheiros, texturas, pesos e relacionando suas quantidades. O grupo participou da higienização, descascando, cortando e separando para o cozimento. Os pequenos saborearam uma boa feijoada, com direito a arroz, farofa, couve e laranja. Foi uma delícia!
A Turma da Natureza participou, junto com as crianças do Ateliê, da aula da equipe do Moleque Mateiro. Conversamos sobre o bioma Mata Atlântica e plantamos mudas de aroeira, de cana-do-brejo, conhecida também como cana-de-macaco, e de taioba.
Descobrimos que as sementes da aroeira são chamadas de pimenta rosa e que o chá dessa árvore é conhecido por ser anti-inflamatório e cicatrizante. A equipe do Moleque Mateiro falou que o chá da planta cana-do-brejo ajuda os rins e purifica o sangue. Descobrimos que a taioba é uma planta tóxica, que para ser consumida precisa ser cozinhada por um tempo. Ficou combinado que vamos cuidar das mudas, molhando quando necessário. Vimos os mapas do Brasil mostrando o desmatamento feito ao longo dos anos neste bioma.
Em outro momento, conversamos sobre a palmeira juçara, nativa do bioma Mata Atlântica, e descobrimos que o palmito é derivado das palmeiras. Combinamos de fazer um passeio para a Cobal para comprar o palmito pupunha para fazermos uma receita culinária. No passeio, compramos também manteiga e queijo parmesão.
O dono do mercado ficou encantado pelas crianças e nos presenteou com as frutas melancia, melão e manga. Comemos a melancia na porta do mercado e trouxemos as outras frutas para comermos no dia seguinte na hora do lanche.
Semana que vem contaremos mais sobre o momento da culinária! Até a próxima!
Uma misteriosa carta foi entregue à Turma da Floresta por um moço de chapéu, muito apressado!
Quem era esse moço? Na carta não tinha remetente, somente lendo saberíamos.
Ao ler a carta descobrimos que quem a enviou foi o Boto-cor-de-rosa. Um alerta, cuidado, uma cobra pode estar rondando pela escola!
Que cobra é essa? Intrigados, a turma buscou rastros da cobra e nada de encontrá-la. Fomos atrás dos livros para desvendar que cobra poderia estar por aí. Jiboia? Sucuri? O que ela veio fazer aqui?
Para ajudar nossa turma, a professora Mariana dos Anjos, que ficou sabendo das nossas pesquisas, nos fez uma visita e contou uma lenda da Amazônia: a lenda da cobra de fogo, protetora das florestas, chamada de O Boitatá.
Enriquecendo nossas pesquisas, apresentamos a obra “Cobra-Canoa”, do artista indígena Denilson Baniwa, já conhecido por eles. Mariana aproveitou a visita e contou que conhece o Denilson e que ele mesmo já havia lhe contado o mito sobre a “Cobra-Canoa”. Os pequenos ficaram animados e através do mito descobriram que essa cobra é boa e também protetora dos povos da Amazônia.
E agora, qual cobra será que está na escola? Será que veio nos pedir ajuda? Seguimos investigando as florestas, os povos indígenas, sua cultura e conhecendo mais do nosso país.
A turma conheceu os encantos do Uirapuru, pássaro músico da Amazônia. Apreciamos a interpretação da música Uirapuru, do maestro-compositor Heitor Villa-Lobos, através de uma linda e delicada apresentação de dança, coreografada no festival Alerta Amazônia, produzida por um estúdio de dança de Caruaru.
Para complementar nossas pesquisas, ouvimos uma das versões da lenda indígena deste famoso pássaro e elaboramos um texto coletivo recontando a história. Para ilustrá-la, desafiamos as crianças a construir uma história em quadrinhos. Com muita concentração, elas tinham que exercitar a memória relembrando o conto e criar uma narrativa através da sequência de imagens. Para deixar as aprendizagens ainda mais significativa, ao som da canção Uirapuru, interpretada por Socorro Lira, as crianças fizeram uma pintura de observação do Uirapuru, o cantor da Amazônia.
Nesta semana recebemos a tão esperada amiga Pérola. A turma aguardava, há muito tempo, o dia de conhecê-la. Estamos muito felizes com sua chegada na Turma da Amazônia.
Continuando nossas pesquisas pela região Centro-Oeste, a Turma da Tapioca conheceu o peixe jaú, espécie que habita os canais de rios e poços fundos. Através de imagens conhecemos o seu tamanho, ele mede aproximadamente 1,5 m de comprimento, seu corpo é grosso e curto e sua cabeça grande e achatada. Foi uma ótima oportunidade de aproximarmos as crianças de conhecimentos matemáticos relacionados a medidas. Com uma fita métrica nas mãos, medimos os tamanhos das crianças comparando-os com o comprimento do peixe. Depois saboreamos uma deliciosa farofa com banana da terra, muito apreciada pelos mato-grossenses.