A chegada do feriado foi um mix de emoções, as crianças estavam animadas para compartilhar com os amigos suas vivências:
“Eu fui para o sítio do meu vovô” (Luca)
“Eu visitei o Parque da Mônica, em São Paulo” (Martina)
“Foi a festa de aniversário da Pilar!” (Carolina)
“Eu também fui!” (Sebastião)
Após compartilhar suas novidades, o grupo do Ateliê da Manhã começou a semana experimentando a areia de praia com outra finalidade. Em um ambiente preparado, os pequenos puderam brincar com a areia, fazendo comidinhas ou apenas observando o que acontece quando seu grão passa pela peneira. Ajudaram também no preparo da areia, para utilizá-la numa pintura: misturando um pouco de nanquim e cola, as crianças fizeram desenhos incríveis!
Depois de lermos o livro Sombrinhas, do cartunista Jean Galvão, ganhamos inspiração e decidimos fazer um teatro de sombras.
Juntamos as lanternas da escola, fechamos a porta, todas as janelas da sala e apagamos as luzes. Com a lanterna acesa, fomos experimentando brincar com nossas sombras ao posicionar as mãos em frente à luz. Criamos formas de cachorros, passarinhos e coelhos, testando também reproduzir alguns elementos das sombras da história.
Em outro momento, produzimos desenhos mágicos usando rolo de papel, fita adesiva transparente e caneta futura. Colocamos a fita em uma das bases do rolo e desenhamos sobre ela. Com o salão todo escuro, direcionamos a luz da lanterna atrás da imagem dos desenhos, apontamos o rolo para a parede branca e logo a mágica aconteceu: nossos desenhos foram projetados na parede. Muito entusiasmados com a nova invenção, fomos descobrindo que os desenhos também apareciam no teto e no chão, e a bagunça se estendeu.
Na última semana, a Turma do Saci realizou um passeio para o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular.
As crianças estavam curiosas e animadas com as novidades e descobertas que iriam encontrar por lá. O dia estava lindo, aproveitamos o sol da manhã para fazer um piquenique e brincar nos jardins do Palácio do Catete. As crianças subiram e desceram pelos brinquedos do parquinho e correram a valer.
Durante a visita ao museu, a turma pôde conhecer obras que retratam personagens do folclore brasileiro, como o Saci, o Caipora, a Iara e a Cuca. Também vimos esculturas e pinturas de animais da nossa fauna, como a onça e o jacaré, e cenas de festividades brasileiras, como a festa junina e o carnaval.
Com olhinhos brilhando, as crianças não escondiam a mistura de sentimentos, de surpresa, alegria e empolgação. O passeio possibilitou o mergulho no projeto e também deixou claro o quanto as crianças estão sabidas e apropriadas das pesquisas. Uma graça!
Envolvido pelo universo da Cuca, o grupo tem se empenhado na produção de caldeirões de argila inspirados na obra da artista Marinalva, moradora do Quilombo Muquém em Alagoas. A professora Renata trouxe uma peça elaborada pela artista, as crianças manusearam e observaram os detalhes para, em seguida, criarem os seus próprios caldeirões. Com atenção e muito cuidado, os pequenos foram modelando a argila, entendendo a proporção necessária de água e força, experimentando o contato do barro com a pele. Aos pouquinhos nossos caldeirões estão ganhando forma.
Conhecemos também a história Bruxa, Bruxa venha à minha festa, de Arden Druce. O livro conta a história de uma menina que convida diversos seres – como a bruxa, o espantalho, a coruja, a árvore e até o dragão – para sua festa. Encantados pelas ilustrações e pela narrativa de “lenga-lenga”, os pequenos se divertiram e responderam com alegria que iriam sim a uma festa da bruxa Cuca.
A semana foi de festa para a Turma do Tambor. Celebramos alguns de nossos aprendizados promovendo o encontro Arte com as Famílias. Os responsáveis tiveram a oportunidade de apreciar e experimentar o que os pequenos estão explorando nas pesquisas.
Renata e Jean, professores de Dança e Música, conduziram a vivência com um aquecimento corporal, trazendo o repertório das aulas. Reproduzimos alguns passos do Maracatu, manifestação cultural que vem norteando os encaminhamentos pedagógicos. Em seguida, os pequenos reuniram-se com as famílias em grupos, para confeccionarem alguns artefatos, como a coroa, o guarda-chuva, a calunga e o estandarte.
Finalizamos com um animado cortejo! Viva a Turma do Tambor!
O mês de junho chegou trazendo muitas novidades! Recebemos Bia, uma amiga nova, que foi acolhida com carinho e veio alegrar nossas manhãs. Ficamos tão felizes que tiramos fotos com as dezoito crianças!
Marcamos no nosso calendário as datas significativas deste mês, que incluem aniversários de duas crianças da turma, passeio e a Festa Pedagógica! Ensaiamos bastante as coreografias e as crianças estão muito animadas para ensinar para vocês!
Segue por aqui uma das músicas que vamos dançar com vocês no encontro, da próxima segunda-feira: https://www.youtube.com/watch?v=Kb5VHUtsHzA
Começamos a pesquisar sobre o bioma Caatinga e descobrimos alguns animais que habitam essa área, como a cascavel, o joão-de-barro, o burro, o veado-catingueiro, o mocó, o sapo-cururu, o tatu-peba, entre outros. Também descobrimos que a água é escassa na região.
Apresentamos para as crianças o artista Candido Portinari e sua obra “A Fauna e a Flora”. A nossa turma se inspirou na imagem dessa pintura e está se dedicando bastante nos desenhos e nos coloridos!
No meio de tantas novidades, nossa amiga Sofia pesquisou e descobriu que uma árvore pode chegar a ter a altura de um prédio de dezoito andares. As crianças quiseram comentar sobre essa descoberta e fizeram associações com as suas vivências pessoais.
A Turma da Floresta recebeu duas importantes visitas. A primeira, Joana, mãe do amigo Antonio Brazil, ajudou em nossas pesquisas sobre cobras brasileiras. Contou um pouco da sua experiência e a história da sua família, que está ligada diretamente com cobras! O médico e pesquisador Vital Brazil, seu bisavô, desenvolveu o soro antiofídico para tratamento contra mordidas de cobras venenosas. Aproveitamos toda essa conversa para conhecer também outras espécies de cobras da Amazônia e do Brasil.
A segunda visita foi com o Thiago, pai da amiga Isabel, que é artista plástico e pesquisador dos povos originários do nosso país. Ele compartilhou um pouco sobre suas pesquisas e trabalho, encantou as crianças ao apresentar seus mapas de estudo e as técnicas que utiliza, unindo fotografia com pintura. Ainda na roda, Thiago contou um pouco sobre as pinturas corporais, e que conhece o indígena Denilson Baniwa, artista que a turma vem estudando. Animados, os pequenos vibraram com a notícia! Entre mapas e pinturas, aprofundamos as pesquisas sobre os povos originários. Thiago trouxe uma tinta de urucum e convidou as crianças para fazerem intervenções em algumas de suas obras. Por fim, ainda presenteou a turma com uma obra sua, “A Indígena Caiapó”.
Quanta alegria e aprendizado a Turma da Floresta adquiriu com esses momentos. Agradecemos muito às famílias!
Ainda envolvida com os assuntos do projeto, a turma se organizou para preparar uma receita com pirarucu.
Descobrimos um prato típico do Pará que tem o “peixão” como o principal ingrediente. Com as informações sobre os ingredientes, fizemos uma lista de compras e fomos até a peixaria da Cobal. Infelizmente, só encontramos a tilápia, peixe de água doce que, apesar de muito gostoso, não vem dos rios da Amazônia. No entanto, para nossa surpresa, descobrimos que poderíamos ter a sorte de encontrar o pirarucu em outro mercado. Rumamos até o Farinha Pura para comprar o restante dos ingredientes e com muita concentração observamos os produtos expostos, comparamos os preços, verificamos a quantidade exata dos ingredientes da lista e fomos ao caixa efetuar o pagamento.
No dia seguinte, tivemos uma surpresa ao descobrir que o pirarucu estava em falta e que o peixe comprado tinha sido o tambaqui, também da Amazônia. Entretanto, isso não foi um impedimento e adaptamos a receita.
Muito implicadas, as crianças colocaram a mão na massa e ajudaram a cortar tomate, picar salsinha e a desfiar o tambaqui, que já estava escaldado. Depois foi a vez de misturar tudo em uma panela, fazer a farofa e fritar as bananas da terra. Prato montado, com deliciosas bananas fritas por cima, as crianças foram servidas.
Para alegria de muitos o prato foi um sucesso! Teve gente que gostou tanto que repetiu quatro vezes. Que delícia!
A turma conheceu um pouco mais sobre a cultura riograndense. Numa memória bastante significativa, as crianças ouviram os relatos da professora Raquel sobre seu pai, José Vicente, vindo de Uruguaiana, um gaúcho da fronteira, como ele se apresentava. A nostalgia tomou conta e, através de registros fotográficos trazidos por Raquel, a turma embarcou na história da infância de sua professora, ouvindo suas vivências e entrando em contato com essa cultura tão regional de nosso país.
Outro momento foi a visita de Zuka, mãe do Tomás Guedes, da TAT. Nascida no Rio Grande do Sul, Zuka apresentou a sua cultura por meio de relatos e imagens. Conhecemos a butiá, fruta típica dos Pampas, saboreamos o chimarrão e experimentamos o famoso sagu, feito à base de tapioca.
Aproveitamos para registrar as novas palavras que conhecemos: Butiá, Chimarrão, Mateiro, Poncho, Bergamota, Sagu, Prenda, Erva-mate e Gaúcho. Ao final, as crianças se aventuraram na dança gaúcha Canto Alegretense, de Neto Fagundes.
Na semana do feriado, realizamos nosso tão esperado passeio, e a turma fez um relato coletivo desse momento especial:
“ Queridos amigos da Escola Sá Pereira,
A nossa turma foi à Feira de São Cristóvão para conhecer os alimentos que fazem relação com o nosso projeto. Quando chegamos vimos a estátua de Luiz Gonzaga, embaixo dele tinha um desenho do Brasil de metal. Logo na entrada percebemos que havia poucas pessoas e muitas lojas fechadas. Aproveitamos para cantar a nossa música Cipó de Miroró no palco. Depois paramos na loja e compramos: polpa de pequi, queijo coalho, goma de tapioca, beiju, doce de coco e salgado. Nossa professora comprou doce de cupuaçu. No final dançamos, descansamos comendo beiju de tapioca e fomos embora. Beijos, Turma da Tapioca!” (Texto coletivo)