A turma do Ateliê da Manhã tem experimentado diferentes técnicas de pintura. Conheceram a mistura de areia com tinta nanquim e cola e seus efeitos diferentes, a partir da textura e dos resultados do material.
Nesta semana receberam convidados diferentes, os dinossauros. Usando tinta guache rosa, verde e variados tons de azul, as crianças pintaram as patas desse animal e fizeram caminhos com as pegadas dos “grandes lagartos” pelo papel.
“A pata dele fica diferente depois de carimbar no papel.” (João Q.)
Em um segundo momento, com o papel seco, observaram a sombra produzida pelos “dinos” contra a luz do sol, conferiram a silhueta do bicho e contornaram os limites da sombra impressa no chão da Biblioteca.
” O dinossauro até ficou quente!” (Carolina)
Embalados com a chegada do mês das Festas Juninas, conversamos sobre as tradições da comemoração, relembrando os momentos que vivemos em festas passadas.
Além da música, dança e comida boa, nos recordamos das brincadeiras: boca do palhaço, rabo do burro, pescaria, jogo de argolas, corrida de saco, entre outras.
Com a ideia de realizarmos uma oficina de uma das brincadeiras juninas, começamos pela pescaria, usando pedaços de papelão e palitos de churrasco. Com o papelão nas mãos, desenhamos a silhueta de peixes, recortamos e em seguida pintamos. Já os palitos de churrasco foram unidos pelas professoras para moldar um anzol com clips na ponta, criando as varas de pescar. Em uma bacia, colocamos terra e posicionamos nossos peixinhos para começar a brincadeira.
Com concentração e delicadeza, nos desafiamos a encaixar o anzol no buraquinho do peixe, alcançando o sucesso na nossa pescaria!
Os grupos do Ateliê juntaram-se para fazer um gostoso passeio à pracinha do Largo dos Leões. Para brincarmos por lá, levamos cordas e propusemos às crianças que pulassem contando até dez na língua inglesa. Para alguns, contar até dez ainda é um desafio, mas com a ajuda dos colegas e incentivo das professoras todos conseguiram pular bastante e ainda exercitar o vocabulário dos números.
No finalzinho, as crianças brincaram à vontade no parque e aproveitamos a oportunidade para aprendermos os nomes dos brinquedos em inglês: slide, swing and playhouse.
A turma foi surpreendida na sala com uma vela acesa, papel, giz de cera e uma carta. Quem será que tinha deixado aquilo por ali? O que será que estava escrito na carta? Antes mesmo de abrir, os pequenos começaram a falar em coro: “Foi o Boitatá! Foi o Boitatá!”.
Para desvendar o mistério, lemos a carta e descobrimos que realmente tinha sido o Boitatá que havia feito uma visita e deixado um pouco de seu fogo para o grupo. Na carta ele se apresentava, falava algumas de suas características, como o fato de ser uma cobra com língua de fogo, e enviava instruções sobre como realizar uma pintura diferente. Envolvidos pela curiosidade, os pequenos observaram a vela acesa, a fumaça, o balançar da chama com o vento e a cera que ia derretendo lentamente.
Organizamos uma roda para conversar sobre como realizar o desafio enviado pelo personagem. Começamos falando dos perigos envolvendo o elemento fogo, e da atenção e cuidado que devemos ter em todos os momentos em que ele está por perto, pois lidar com o fogo é “coisa de adulto”.
Juntos, experimentamos derreter o giz de cera na vela acesa e observar cada gotinha caindo na folha de papel, constatando que algumas delas chegaram a ficar com buraquinhos de queimado. Foi uma experiência que envolveu o grupo em um misto de emoções, como coragem, atenção e surpresa.
Assim, vamos nos aproximando e conhecendo mais sobre esse personagem do folclore brasileiro.
Na última semana visitamos a Casa da Tia Ciata, matriarca do samba, que vem enriquecendo nossas pesquisas. As crianças relataram a experiência e registramos um texto coletivo, valorizando as aprendizagens e percepções do grupo em contato com a escrita.
Nós fomos de ônibus para a casa da Tia Ciata. Quando chegamos, o Nilton mostrou a casa para a gente. Nós vimos uma fantasia de baiana, bancos com almofadas coloridas e a foto da Tia Ciata, que o cabelo dela parecia um coração. Depois a Gracy chegou. Ela é bisneta da Tia Ciata e ficou feliz quando viu a gente lá. O professor Léo fez uma oficina de tambor e nós tocamos atabaques, caxixis, cabaças e xequerês. Nós aprendemos que o tambor é feito de pele de bicho e árvore. Nós gostamos muito!
Em um dia lindo de sol, a nossa turma foi se aventurar e pesquisar mais sobre a natureza!
Logo que chegamos, Mariah, coordenadora da Educação Infantil, nos mostrou uma árvore com a raiz tabular. Ela nos ensinou que, se batermos com um galho na raiz, a árvore faz um barulho e que dessa forma podemos nos comunicar na floresta, caso necessário.
Encontramos um espaço agradável para sentarmos e compartilharmos a história “Na floresta do bicho-preguiça”. Aproveitamos para olhar para cima, observamos as árvores e ouvimos os barulhos dos bichos da floresta. Escutamos os cantos de muitos pássaros!
O nosso lanche coletivo foi uma delícia e as crianças curtiram bastante! Brincamos de estátua e cantamos as músicas que aprendemos no projeto: “Meu limão meu limoeiro”, “Pomar” e “Bernardo-árvore”.
Em seguida, fomos conhecer a trilha “Aluisio”, que homenageia um antigo funcionário da Floresta da Tijuca. Nossos aventureiros seguiram atentos pela trilha e adoraram passar nas pontes que havia no caminho. Tentamos todos juntos abraçar um tronco de uma árvore e não conseguimos, de tão grande que era.
O nosso passeio foi maravilhoso!
A história da Floresta da Tijuca ainda permeia as pesquisas da turma. As crianças foram em busca de respostas para as seguintes perguntas: “De onde vieram as pessoas que tinham fazendas de café na floresta?”, “E os chás, quem plantou?”, “Como é uma plantação de café?”, “E o bicho-preguiça, como vive?”.
Aos poucos, vamos fazendo importantes descobertas, como por exemplo que a floresta foi replantada a partir de um decreto do imperador. Na época, a falta d’água que se instalou na cidade do Rio de Janeiro foi tão preocupante que entenderam que a única forma de solucionar esse problema seria reflorestando a Floresta da Tijuca. Por esse motivo, acabaram com as plantações de café e chá.
Em seguida, conversamos sobre a importância das florestas na formação das chuvas e do oxigênio. O amigo João levou o livro Completar, que conta um pouco dos hábitos de 5 bichos-preguiças amigos, e a turma se encantou! Aproveitamos e conhecemos a música do Lobo Juca, um lobo morador da Floresta da Tijuca. A música é da Ana Moura, antiga diretora da nossa escola.
Movida pelas pesquisas relacionadas à Amazônia, a turma está estudando outra comunidade bastante tradicional daquela região, os ribeirinhos.
Conhecemos um pouco mais sobre as características desse povo, como seus costumes e moradia. Observamos as construções das casas de palafitas e a turma relembrou a história Tapajós, de Fernando Vilela, que aborda o período de chuva trazendo como consequência a mudança de uma vila inteira para a floresta.
As crianças ficaram curiosas para saber como as casas são construídas: “Mas como eles afundam o pau de madeira na terra dentro da água?”, “Eles devem ter que mergulhar e cavar”, “Eles só podem construir essas casas quando o rio não está cheio, tem que estar seco”. Essas foram algumas das indagações levantadas pelas crianças.
A turma ficou animada ao conhecer o trabalho do artista visual Sebá Tapajós, que grafitou diversas casas ribeirinhas no Pará. Inspiradas nesse artista, as crianças estão produzindo um trabalho que estará disponível para apreciação na Mostra de Artes.
Para a alegria da turma, recebemos a visita do João, pai do Gabriel. Ele trabalha à frente do projeto SALAS (Sistema Amazônico de Laboratórios Satélites), que tem como objetivo instalar laboratórios satélites no território amazônico. Trata-se de uma base flutuante sobre uma balsa de aço naval, que possui a infraestrutura necessária e adequada para pesquisas científicas em diferentes áreas do conhecimento. João contou que antes os materiais eram coletados e enviados para as universidades e os centros de pesquisa. Com o projeto, o monitoramento da pesquisa é totalmente em tempo real.
As crianças acharam curioso quando João relatou que os pesquisadores permanecem na instalação por meses e até dormem na balsa! A apresentação foi um sucesso, suscitando nas crianças questionamentos prontamente respondidos por João. No final, para deixar um registro, nos juntamos para tirar uma foto de grupo com a imagem do barco-laboratório ao fundo.
A animação tomou conta das crianças no encontro Arte com as Famílias. Corações acelerados, sorrisos marcantes e muita alegria – assim apresentamos um pouco mais de nossas pesquisas pelo vasto Brasil, através de muita música e dança. E não paramos por aí…
Ainda explorando a cultura gaúcha, conhecemos o artista plástico Paulo Gobo, nascido na cidade de Ijuí, no Rio Grande do Sul. As crianças conheceram a obra Em torno do churrasco e cevação. Com olhares atentos, a turma observou cada detalhe da imagem e depois as crianças imprimiram com dedicação suas pinceladas, representando o que mais chamou atenção. Aguardem o resultado!
Para termos energia e seguir viagem, as crianças foram surpreendidas com carne seca, arroz, cebola, alho, pimentão, salsa e cebolinha. Qual seria o resultado daquela mistura? O famoso arroz de carreteiro, que aqueceu o corpo e o coração dos pequenos nessa deliciosa mistura de sabores.