A história da Chapeuzinho Vermelho continua presente e alegrando as nossas manhãs. Depois de assistir à peça de teatro encenada pela Bia Bedran, o Ateliê da Manhã ficou empolgado em apresentar a mesma dramaturgia para as outras turmas da escola.
Para a sonoplastia e para a narração da peça, as crianças pediram ajuda ao professor Jean, da Oficina de Cultura Popular. Resgataram na memória quais personagens estariam no palco durante as cenas, como a mãe e a vovó da Chapeuzinho, o lobo, o caçador e a própria Chapeuzinho, e assim montaram o espetáculo. Para a estreia, convidamos a Turma do Saci. Os pequenos se acomodaram no salão e com o toque do triângulo ficaram atentos ao teatro que estava para começar!
Compartilhamos o link com a apresentação da Bia Bedran, caso queiram assistir em casa:
Mais uma vez inspirados nas experiências, aprendemos a fazer uma tinta mágica. Em uma folha branca fizemos alguns desenhos utilizando uma tinta transparente, feita de água com bicarbonato de sódio. Deixamos o papel secar por alguns instantes e depois pintamos por cima com uma nova tinta, feita de açafrão misturada com álcool, cobrindo a folha inteira. Ao passarmos o pincel com a segunda tinta, os desenhos, antes transparentes, começaram a aparecer, como em um passe de mágica, realçando suas linhas na cor vermelha. Assim, fomos observando com atenção a reação das duas tintas, fazendo nossa arte surgir no papel.
Com as nossas aulas sobre o tempo e as estações, passamos a olhar mais para os ambientes que frequentamos quando os dias estão muito quentes, very hot days. Em uma roda de conversa, debatemos sobre as estações do ano e constatamos que os verões no Brasil são extremamente quentes.
Where do you like to go on a very hot day? A partir dessa pergunta, as crianças compartilharam os lugares de sua preferência e aprenderam a falar seus nomes em inglês: the pool, the beach, to a waterfall.
Usando algumas obras de arte que ilustram esses diferentes lugares, observamos as vestimentas, vocabulário já conhecido pelos pequenos, e também os detalhes e elementos que compõem as pinturas. Verificamos que algumas vestimentas foram feitas muito tempo atrás, bem diferentes das que usamos atualmente. Com uma sequência de fotografias, mostramos a evolução das roupas de banho ao longo dos anos, gerando muitas gargalhadas das crianças vendo as dissemelhanças.
Com o apoio de livros, fotografias, jogos coletivos, músicas e brinadeiras, as crianças aos poucos se apropriam das palavras novas, expressando-se melhor no uso do inglês.
A Turma do Saci recebeu uma carta da Turma da Tapioca. O grupo da tarde tinha encontrado um livro e queria saber quem tinha enviado. Escrevemos um texto coletivo com as hipóteses sobre quem havia deixado o livro e aproveitamos para pedir o exemplar emprestado.
A narrativa Maria Teresa e a Carranca, de Roger Mello, despertou a curiosidade dos pequenos, que resolveram mergulhar no universo das carrancas. Envolvida, a Turma do Saci conheceu as imagens do fotógrafo Marcel Gautherot, pertencentes ao acervo do Instituto Moreira Salles. Juntos, assistimos à projeção no telão, observando os detalhes, os tamanhos e os diferentes materiais.
As crianças descobriram que as carrancas são usadas há centenas de anos em todo o mundo para proteger as navegações e que são muito comuns no Velho Chico. Inspiradas pelo tema, realizaram uma complementação gráfica da imagem de uma carranca.
O troca-troca entre as turmas possibilita momentos de interação, de mergulho no projeto e a descoberta de novas possibilidades.
Envolvida com as pesquisas sobre a caatinga, a turma visitou a Feira de Tradições Nordestinas, em São Cristóvão. Levamos uma lista com palavras-chave das histórias que lemos na última semana.
Entre artistas, artesanatos, bichos, flora e alimentos típicos, buscamos referências no pólo de cultura nordestina mais importante da cidade. Os pequenos tiveram contato com a estátua de Luiz Gonzaga, observaram diferentes carrancas, experimentaram chapéus de couro e dançaram ao som do forró. Apreciamos farinhas e castanhas, sentimos as texturas da rapadura, tapioca, queijo coalho, o cheiro do refresco de caju, e comemos um delicioso bolo de rolo.
Foi uma experiência e tanto!
A nossa canoa ficou pronta e a Turma da Natureza fez uma viagem na imaginação para o rio São Francisco! Remamos pelo rio, ancoramos numa das margens e cada um escolheu uma atividade para se divertir, como nadar, ler um livro, tocar instrumentos ou brincar com o bambolê. O pescador Alexandre, que construímos, também participou da nossa aventura. O cenário que montamos foi bem lúdico, nos divertimos muito e mergulhamos com tudo no imaginário!
Recebemos a família do Mikael, que nos contou sobre a viagem ao rio São Francisco e à Serra da Canastra. Foi um encontro de muita troca e aprendizado. Vimos várias fotos: de bichos, da cachoeira D’Anta, de mergulhos no rio, entre outras.
Fizemos duas atividades de Matemática relacionadas a uma foto da turma e ao nosso painel dos guarás.
Uma carta para a Turma da Floresta foi encontrada na secretaria da escola. Para surpresa de todos, a carta apresentava Tiburtino, um dos moradores mais antigos do Quilombo Rio das Rãs.
Na carta havia um breve relato de sua vida e de seus ancestrais. Os pequenos ficaram empolgados por descobrir que Tiburtino é um possível vizinho da Cazumbinha e que seus avós vieram da África, assim como a sereia Kianda.
Junto com a carta veio o livro Do arco e flecha ao berimbau, de Rui Rosa. A partir da leitura dessa história, as crianças descobriram que um instrumento de caça se tornou instrumento musical e que o mesmo é usado na capoeira. Curiosas por mais descobertas, foram à procura do Jamal, professor de Capoeira da nossa escola, para fazer um convite. Que histórias a capoeira conta?
As crianças da turma estão envolvidas com os assuntos em torno do rio São Francisco. O mapa com o curso do rio, exposto na sala, vem instigando algumas crianças: mas como pode o rio correr para cima? Como que a água chega na nascente? Todo o rio acaba no mar? É o rio que forma o mar? Por que a água do rio é doce e a do mar salgada?
Na tentativa de responder a algumas dessas perguntas, assistimos a um vídeo que explica o ciclo da água e registramos as etapas através de desenho. Para complementar a aprendizagem, ouvimos a música Naturágua, do grupo Palavra Cantada, anotamos a letra no blocão e destacamos as palavras-chave da letra.
Na semana passada, a turma visitou o Museu do Folclore. As crianças viram carrancas de vários tamanhos, observaram muitas obras de diferentes artistas e conheceram a arte de Antônio de Dede. Apreciamos o vídeo em que o artista trabalha a madeira e realiza suas esculturas, representando a Arte Popular de Alagoas. Ao final da visita, a turma registrou em desenhos o que significou a vivência no museu. Depois, fizemos um delicioso lanche coletivo ao ar livre no Museu da República.
Continuando nossas investigações sobre o Velho Chico, conhecemos uma escultura que simboliza a cultura da cidade de Juazeiro: o Nego D’Água, conhecido por proteger os rios. As crianças observaram a imagem e fizeram comentários interessantes sobre a sua representatividade na cultura do nosso país:
“Ele protege os rios dos pescadores em época de proibição.”
“Ele ataca quem está pescando.”
“Ele protege os peixes afastando os barcos.”
“Ele está em cima de uma pedra, foi feito de ferro”
“O pescoço dele é fino, parece que ele tem um chapéu na cabeça”
Depois, cada criança fez seus registros gráficos a partir da imagem observada e de seus conhecimentos prévios sobre a lenda.