Nos momentos livres, o Ateliê da Manhã tem relembrado e ampliado seu repertório de brincadeiras. A corda e o elástico se fizeram presentes nos últimos pátios, porém mais dois elementos animaram as manhãs: as almofadinhas e a malha.
A turma se separou em dois times para jogar partidas de Pipoca e Rouba Malha. Mas, para que pudéssemos dar início à brincadeira, cada time precisou escolher seu nome e fazer seu grito de guerra. No jogo da Pipoca, os times precisavam deixar a menor quantidade de almofadas em seu campo, e para que isso acontecesse era necessário jogá-las para o campo adversário. Ao final da partida, as crianças contaram o número de almofadas encontradas e analisaram quem teve o menor número. O Rouba Malha também é um jogo de atenção! Cada criança, dos dois times, recebe uma carta com um número e seu objetivo é pegar a malha, que fica no meio das duas equipes, antes de seu adversário. Sendo assim, precisam ficar atentas ao número sorteado para não perderem a jogada.
Os jogos foram um sucesso e o pátio foi preenchido pelos gritos de torcida das equipes!
O dia de preparar uma receita já é uma tradição do Ateliê, e as crianças aguardam animadas e ansiosas para descobrir a receita da semana. Durante o ano, temos explorado as diversas possibilidades dessa proposta, aliando os vocabulários dos alimentos aos temas dos projetos pedagógicos.
Cozinhar com crianças pode ser uma experiência divertida e muito rica para a aquisição de uma nova língua. Além de ser uma ocasião de utilização das palavras de forma contextualizada, promove habilidades motoras e trabalho em equipe.
Pensando em nosso projeto de descobertas “under the sea”, as turmas do Ateliê realizaram um recipe day diferente…
Preparamos skin rolls para acompanhar o almoço e ter uma opção fresh para nossa refeição.
Para essa receita, as palavras que enriqueceram nosso repertório foram os componentes essenciais da preparação:
mango
cucumber
skinned salmon
rice.
Após a preparação, as crianças, entusiasmadas com a ideia, ofereceram porções da receita para outros grupos da escola e pudemos saborear deliciosos skin rolls fresquinhos e feitos com muita animação.
Até o final do ano ainda temos muito o que explorar pelo fundo do mar… quais serão nossas próximas descobertas??
Na semana passada a Turma do Saci mergulhou na tradição histórica, conhecendo a Arte da Ilha do Ferro, povoado da cidade de Pão Açúcar, em Alagoas.
As crianças conheceram a obra de Seu Fernando, pioneiro no trabalho artístico com madeira na região. Juntos, observamos fotos de sua produção e conhecemos um pouquinho sobre sua história. Descobrimos que Seu Fernando produzia pequenas embarcações e depois as levava para vender nas feiras da capital Maceió.
O grupo pesquisou também sobre o bordado Boa Noite, tradicional na Ilha do Ferro. A professora Renata mostrou algumas fotos de sua viagem até a região e trouxe um bordado feito por bordadeiras da Art Ilha, uma cooperativa de mulheres local. Em roda eles puderam manusear, observar detalhes e conversar sobre as inúmeras possibilidades que a arte do bordado apresenta.
Envolvidos pela conversa e pesquisa, os pequenos foram desafiados a realizar uma proposta inspirada no bordado Boa Noite, utilizando juta, lã e agulha sem ponta.
Um desafio que contou com atenção, destreza e muito empenho.
A Turma do Saci já percebeu que, além de ser banhada pelo Velho Chico, a Ilha do Ferro é repleta de artistas. Agora a pergunta é: quem será o próximo artista que iremos conhecer? Aguardem as novidades!
A Turma do Tambor recebeu uma visita pra lá de especial. Agostinho Ornellas, autor de Chapeuzinho de Couro, veio para nos contar sobre seu processo de escrita e ilustração. Formado em desenho industrial e especialista em aquarela, ele vem se dedicando à produção de livros de literatura infanto-juvenil. Agostinho contou um pouco sobre sua trajetória, trouxe as ilustrações originais do livro, desenhou alguns personagens da história e nos presenteou com o livro Fábulas de Esopo, recontadas e ilustradas por ele. Os pequenos ficaram de olhinhos vidrados, apreciando os detalhes e composições dos desenhos e pinturas, atentos aos traços e ao manuseio das canetinhas. Foi uma experiência e tanto!
A Turma da Natureza observou os surubins que vivem no rio São Francisco e durante esta semana deu continuidade ao processo de construção desses peixes, confeccionando os últimos detalhes, que serão utilizados na Festa de Encerramento.
Recebemos o pai e o avô da Filipa, que vieram nos mostrar as fotos da viagem que fizeram para o rio São Francisco. Foram duas viagens em épocas diferentes: na primeira o Bernardo, pai da Filipa, era adolescente e viajou para a foz do rio com o pai e o irmão. Observamos a junção do rio com o mar, vimos os ribeirinhos, praias e as suas casas. Na outra viagem, vimos o avô passeando com os amigos para a Serra da Canastra. Observamos a nascente, as águas transparentes e a vegetação com árvores baixas.
Foi uma troca rica e repleta de afeto!
A leitura sobre as brincadeiras da Cazumbinha no rio São Francisco teve um desdobramento incrível! Atendendo aos desejos dos pequenos, dedicamos um momento exclusivo para ilustrar não apenas as brincadeiras do livro, mas também aquelas que fazem parte do repertório da turma. Com traços firmes e cores vibrantes, as ilustrações estão gradualmente tomando forma e ocupando um espaço especial em nossa sala. Orgulhosos, os pequenos mal podem esperar para exibi-las!
Em contato com pesquisas envolvendo o rio São Francisco, a turma vem conhecendo as formas de usos dessas águas. Depois das lavadeiras, que aproveitam o córrego para lavar as roupas, e dos aguadeiros, que usam o rio como fonte para abastecer as casas do entorno, conhecemos o aqueduto do Horto Florestal em Juazeiro, Bahia. Construído em 1906, feito de tijolo e cal, é uma estrutura histórica que servia de irrigação, atendendo às demandas do Vale do São Francisco. Tombado em 2008, é o único no Brasil de que se tem notícia ainda em uso.
Para complementar nossa pesquisa, fomos conhecer um aqueduto bastante famoso entre nós: o aqueduto carioca, os Arcos da Lapa. Conhecido por levar a água do rio Carioca para abastecer a cidade, a água que era captada aos pés do rio corria pela galeria e alimentava os principais chafarizes da cidade. Hoje em dia funciona como um viaduto, que liga o centro da cidade até o alto de Santa Teresa.
Com pranchetas e lápis na mão, a turma encontrou uma sombra para observar a construção e fazer um desenho do aqueduto. Atentas, as crianças produziram lindas composições, ricas em detalhes. Desenhos finalizados, rumamos até a elegante Praça Paris e recarregamos as energias num delicioso piquenique. Aproveitamos para correr e brincar pelos jardins e nos despedimos com uma foto de grupo e uma certeza: o Rio de Janeiro continua lindo!
“Virei costureiro, como sonhava ser quando criança. Tio Flores é muito grato por ter um sobrinho que seguiu seus passos, porque ele não enxerga mais tão bem.”
A Turma da Tapioca conheceu a história Tio Flores, uma história às margens do Rio São Francisco, de Eymard Toledo. Inspirado em relatos reais vividos às margens do rio, Tio Flores narra a história de um costureiro que quase perde seu ofício pelo progresso de uma cidade. Acompanhado por seu sobrinho, juntos resgatam a memória de sua costura e retomam vendendo suas cortinas para a freguesia que antes havia “quase” desaparecido.
As crianças ficaram fascinadas pela narrativa forte e potente que vive na memória das margens do rio.
Após a sensibilização, as turmas iniciaram a pesquisa de movimentos, familiarizando-se com o repertório musical que fará parte da nossa Festa de Encerramento, e nesse processo deram asas à criatividade.
A partir de algumas movimentações sugeridas pelas crianças em suas explorações, passamos à montagem das coreografias, garantindo sua participação nessa construção.
As crianças também estão com as letras das músicas na ponta da língua. Os ensaios estão a todo o vapor! Aguardem.