Começamos a semana compartilhando o que fizemos no feriado de carnaval. Foi tanta alegria e animação que só com uma aula de Yoga para acalmar a mente e o corpo. Renata propôs um relaxamento bem gostoso e em seguida desafiou os pequenos a praticarem algumas posturas.
No Ateliê da Educação Infantil, as crianças foram instigadas a pensar em quais brinquedos conseguiriam construir. Foram mencionados o ioiô, bonecos, carrinhos e o tão querido beyblade, que algumas crianças relataram já ter construído em casa.
“Precisa de uma tampa de detergente e mais tampinhas.” (Benjamin)
“É muito fácil.” (João Q.)
Depois de assistirem ao vídeo do Território do Brincar, em que as crianças contam como construíram brinquedos, foi a vez do grupo colocar a mão na massa e produzir o seu!
No ateliê da F1, realizamos uma votação e as crianças escolheram pesquisar sobre teatro e cinema. Em nossas conversas, descobrimos que para fazermos uma peça ou um filme precisamos compor um roteiro. As crianças mais antigas relembraram uma informação muito valiosa, trazida por Jean: “Os homens das cavernas já faziam teatro de sombras”. Foi então que surgiu a ideia de criarmos uma estrutura para esse tipo de dramatização. Recortamos uma caixa, colocamos papel vegetal e fizemos um teste com o celular. Deu certo! Agora só falta decorar!
Aproveitando o calor do mês de fevereiro, o Ateliê experimentou brincar com o elemento água, mas em seu estado sólido. Para isso, conversamos sobre como podemos transformar a água líquida em gelo. Assim, utilizando panelinhas e potes, escolhemos pequenos brinquedos para colocar dentro e depois enchemos com água. Já em forminhas de gelo, misturamos algumas tintas e adicionamos novamente um pouco de água.
Depois de tudo pronto, nossas professoras levaram para o congelador do refeitório. No dia seguinte, a ansiedade com o resultado tomou conta e na hora do pátio corremos para descobrir o que havia acontecido. Observamos o gelo “escondendo” os brinquedos e, com o passar do tempo, reparamos como ele derretia, virando líquido e soltando os objetos. Com a tinta de gelo, realizamos uma pintura coletiva bem colorida e divertida.
Retornamos do carnaval investindo na inserção e acolhimento dos pequenos. Gradualmente, alguns chorinhos vão dando lugar a sorrisos, entregas, abraços e confiança. Através de músicas, histórias, brincadeiras livres e dirigidas, a rotina vai tomando forma e as crianças vão se reconhecendo enquanto grupo, aproximando-se dos pares.
Aos poucos, apresentamos os diferentes materiais e espaços, promovendo surpresas e novidades. Iniciamos um primeiro contato com o projeto, através da imagem da obra “La Flor”, de Eduardo Kingman, presente na agenda. O grupo teve oportunidade de observá-la, experimentando e colorindo com lápis de cor, aguçando os olhares!
A partir das atividades de sensibilização, as crianças da TBM começaram a se aproximar do projeto institucional “Entre nós, cuidado”. Juntos, demos uma volta pela Pereirinha, observando e conversando sobre as imagens de sinalização presentes nas portas. Atentas e curiosas, elas trouxeram apontamentos, relacionando as obras ao cuidado e levantando semelhanças e diferenças entre elas.
Em roda, levantamos algumas perguntas para aprofundar a conversa: O que é cuidado? Quem ou o que precisa de cuidado? Alguém cuida na escola?
“Cuidado é quando alguém dá amor.” (Aurora)
“Lá na secretaria tem uma foto de uma árvore cortada. Isso não é cuidado!” (Martin)
“Os professores cuidam das crianças.” (Elena)
“As mamães precisam cuidar dos bebês.” (Antonia)
“As árvores precisam de cuidado.” (Tarsila)
“Os animais também.” (Olívia)
“O policial protege a cidade.” (Bernardo)
“A gente joga o lixo na lixeira para cuidar da rua.” (Dante)
“A gente tem cuidado com as águas e com o mundo.” (Filipa)
“ O nosso corpo também precisa de cuidado.” (Luísa)
Durante essa conversa, algumas sugestões para o nome da turma também foram surgindo. Cafuné, amor, carinho, animais, lixo e coração já entraram na lista.
Aos pouquinhos, vamos nos aproximando do tema e construindo nosso projeto de turma. Aguardem os próximos capítulos.
A TBT voltou do carnaval cheia de energia, vivenciando momentos de bate-papo, colo, trocas de carinho, celebrações de aniversário, brincadeiras e pinturas exploratórias.
Com cuidado e respeito pelo tempo de cada um, a rotina na turma tem se consolidado gradualmente. Nossas rodas de conversa abriram espaço para voltarmos ao tema do projeto institucional e à letra do samba. Dessa vez, nos aprofundamos um pouco mais. Em meio ao desejo de novas descobertas, entre conversas, lançamos mão de algumas perguntas disparadoras:
O que essa imagem da nossa agenda tem a ver com o nome do nosso projeto e o samba? O que é cuidar? Quem cuida de você? Você cuida? Como cuidamos? Quem cuida da escola? Empenhados, os pequenos compartilharam suas primeiras impressões!
“Cuidar é cuidar do corpo.”
“Na pintura ele cuida da flor.”
“Tem que cuidar das sereias do mar.”
“Cuidar das comidas para não estragar.”
“A mão e a flor mostram que tem que cuidar da natureza.”
“Minha mãe, meu pai, minha avó, o vovô, a babá, eles cuidam de mim.”
“Eu ajudo a cuidar da minha irmã e dos meus pais.”
“Precisa cuidar da casa.”
“Tem que cuidar dos bichos, da família, dos dinossauros.”
A conversa rendeu, mas ainda temos muito o que explorar. Aproveitamos o empenho das crianças para colorir na agenda a imagem da obra “La flor”, do artista Eduardo Kingman, que deu o pontapé inicial em todo esse bate-papo.
O festejo do Carnaval motivou nossas atividades no retorno do feriadão.
Obras de artes que retratam a folia, como Carnaval de Di Cavalcanti, serviram de inspiração para caprichosas produções feitas pelos nossos pequenos. Aproveitamos para escrever espontaneamente a palavra Carnaval e ouvimos o samba da escola, “De semente em semente a gente planta uma floresta”.
Além de embalar nossos corpos, a música serviu para dar um pontapé inicial para a discussão acerca do projeto institucional. Ao ouvir o samba, destacamos as palavras relacionadas ao cuidado, formulando hipóteses e refletindo sobre a importância de cada uma delas:
“Quando as pessoas estão com medo elas podem dar a mão.” (Maria Rosa)
“Se o pai não lembrar o caminho ele pode se perder, então ele dá a mão pra criança para lembrar o caminho.” (Lucas)
“Plantar é cuidar, porque assim nascem as frutas.” (Luca)
“É importante plantar para poder cuidar dos bichos e eles terem o que comer.” (Antônio Brazil)
“Bem viver é cuidar para não espirrar.” (Catarina)
“As enfermeiras dão vacina.” (Rafael)
“Os doutores cuidam do nosso corpo.” (Mali)
“A minha babá, Priscila, cuida de mim e da minha casa.” (Pilar)
“Os artistas cuidam do quadro quando eles pintam.” (Eduardo)
“Os professores ajudam as pessoas a fazerem aquilo que não conseguem.” (Isabel)
As crianças da TDT retornaram cheias de novidades do descanso do Carnaval. Na chegada fizeram lindos registros sobre esse período, que poderão ser apreciados em nosso mural.
Estamos vivenciando o momento de sensibilização do projeto institucional “Entre nós, cuidado”. Fizemos um passeio pela escola observando as imagens que sinalizam as salas. Em roda, conversamos sobre quais imagens chamaram mais atenção e conhecemos o artista equatoriano Eduardo Kingman, o pintor das mãos. A obra Perfil Maternal foi apreciada por muitas crianças do grupo. Em seguida, elas se expressaram sobre o que seria cuidado para elas:
“Quando uma pessoa está doente e você ajuda ela a melhorar.” (Martim)
“Não jogar plástico no mar porque faz mal para as tartarugas.” (Ana)
“Não acabar com as florestas porque corre o risco de se matar, porque as árvores dão o oxigênio para a gente.” (Gabriel)
“Não jogar lixo na rua.” (João Q.)