Começamos o ano em meio à maior festa popular que temos no nosso calendário, o Carnaval. Uma festa de origem pagã em tempos remotos que foi incorporada ao calendário religioso, pois seu término dá início à quaresma, seguida pela Páscoa.
Entre as inúmeras histórias, personagens e fantasias, escolhemos falar das máscaras presentes na brincadeira. Por que usar máscara? De onde veio essa tradição e costume? Quais os principais personagens do Carnaval que usam máscaras ou o rosto pintado?
Vimos que as máscaras ou pinturas no rosto de personagens cantados em muitas marchinhas, como Pierrot, Colombina e Arlequim, remetem à Comédia Dell’arte e à Europa, onde esses personagens eram usados por artistas de rua, e na época dos castelos os bailes de máscara faziam parte da cultura e tradição das altas cortes.
A máscara está presente também na África e na cultura oriental como um todo, e exercem muita presença no Carnaval do nosso país. Como diz Luiz Antônio Simas, não foi o Brasil quem inventou o Carnaval, foi o Carnaval quem inventou um Brasil possível.
Além de conhecermos marchinhas como Pierrot Apaixonado, de Heitor dos Prazeres, as crianças experimentaram a menor máscara do mundo, o nariz de palhaço, e conheceram uma pequena coleção de máscaras de Bate-bolas que as deixou fascinadas. A máscara de Bate-bola possui uma tela onde são impressas as feições dos personagens e que permite ver tudo ao redor, enquanto ninguém consegue ver o rosto de quem a veste. As músicas Máscara Negra (Zé Kéti) e Noite dos Mascarados (Chico Buarque) também ilustraram bem toda nossa pesquisa. Desenhamos e recortamos máscaras próprias com papel-cartão de formatos e coloridos diversos.
Agora, passado o Carnaval, estamos começando a conhecer o universo do Bumba meu Boi. Essa brincadeira popular se espalhou pelo Brasil inteiro, com uma diversidade enorme de gêneros musicais, ritmos, sotaques, instrumentação, personagens, formas estéticas, autos e de manejo — Boi Pintadinho, Boi de Mamão, Boi de Parintins, Cavalo Marinho, entre outros. Um universo repleto de histórias e lendas que estão deixando todos de “queixo caído”. Estamos falando sobre a origem da brincadeira com o Boizinho de São João. E dessa forma vamos em direção à montagem do nosso próprio boi.
Essa semana a comunidade escolar pode nos ajudar a escolher o nome da nossa turma. Cada turma da escola escolheu um nome para entrar na lista de sugestões do futuro nome da Turma do Berçário. Ao longo da semana, as famílias escolheram e marcaram o seu voto no mural que estava no portão. É com muita alegria que anunciamos o nome da nossa querida Turma do Berçário deste ano: Turma do Mar
O Theo trouxe o livro Onda, como forma de pesquisa para enriquecer o nosso projeto. As crianças observaram atentamente as ilustrações, que provocaram falas e lembranças de idas à praia com a família.
Nas aulas de Musicalização, as crianças do Bercário despertam sua curiosidade para os sons e as diversas possibilidades de brincadeiras que a música proporciona!
Reco-reco de sapo, caxixis, ovinhos, pandeiros e tambores foram alguns dos instrumentos explorados pelos alunos nos últimos meses.
Embaladas por canções de carnaval e por músicas do cancioneiro tradicional e contemporâneo infantil, a cada aula o vínculo entre elas e a música se fortifica, anunciando um 2025 repleto de aprendizados e descobertas.
A escolha do nome da turma vem rendendo desdobramentos para a TAT. O baú pintado pelas crianças conduzirá nossas pesquisas, norteando os encaminhamentos pedagógicos. Para iniciar essa aventura, os pequenos foram surpreendidos com o livro O Baú das Histórias, um conto africano recontado e ilustrado por Gail E. Haley.
A narrativa conta a saga de Ananse, um senhor pequeno e frágil que tece uma teia até o céu para resgatar histórias para seu povo. Nyame, o Deus guardião do baú, ri da fragilidade do velhinho e propõe três difíceis tarefas. Ele cumpre os desafios propostos e Nyame declara que as histórias pertencem a Ananse e serão chamadas de histórias do Homem-Aranha.
Há muito e muitos anos, antes da invenção do papel como o conhecemos hoje, no continente africano, os egípcios criaram o papiro! Durante uma roda de conversa, a Turma do Papel foi surpreendida por um envelope com algumas imagens misteriosas.
“Olha, é papiro!” (Bernardo)
“Uau, é de verdade, Bruna?” (Antônia)
“Quem inventou mesmo o papiro?” (Inácio)
“O papiro é uma planta que cresce na água! Eu já vi uma quando fui brincar na casa de Rui Barbosa.” (Caio)
“O que está escrito aí?” (Miguel)
“Olha aqui, é a planta igual a que o Caio falou!” (Sofia)
Logo após as primeiras impressões e a exploração das imagens de papiros antigos, contamos um pouco da história de como e onde ele foi inventado. Com olhos e ouvidos curiosos, a Turma do Papel demonstrou interesse em saber um pouco mais sobre onde fica o Egito, o quão longe o continente africano está do Brasil e, claro, o processo de produção do papiro.
Usamos o globo terrestre para nos localizarmos e ligar o Brasil ao Egito. Animado, o grupo quer muito ver de pertinho essa planta que ficou famosa, e estamos pensando em maneiras de produzir um papel que se pareça com o papiro, mas sem precisar cortar a planta. O que será que esses pequenos vão aprontar?
Envolvidas pela temática das diferentes celebrações, as crianças da Turma da Festa conheceram a história Alice faz aniversário, de Tânia Velozo. A narrativa conta a história da menina Alice, que todos os anos conta no calendário os dias para seu aniversário chegar. Durante a narrativa, ela vai relembrando a alegria que é comemorar essa data e todos os preparativos que a envolvem, como o encontro com amigos e sua família, a decoração repleta de cor, o cheiro do bolo assando, da pipoca e muito mais. Em roda, cada criança também pode compartilhar suas memórias de aniversário, relembrando os preparativos, as brincadeiras e o momento mais aguardado: o “parabéns”.
Depois de muita conversa, chegamos à conclusão de que o mais importante desse dia é estar cercado das pessoas que gostamos e o quanto esses são momentos felizes que carregamos em nossas memórias e coração. Aproveitamos o envolvimento do grupo e fomos então revisitar a nossa lista de aniversariantes. Juntos, analisamos a passagem do tempo, contamos quantas pessoas fazem aniversário em cada mês do ano e fizemos relações entre os meses e os números, descobrindo, por exemplo, que janeiro é o número 1, pois é o primeiro mês do ano, e dezembro é o 12, pois é o último, aproximando-nos assim do universo matemático.
O grupo também conheceu a história O casamento da Dona Baratinha, trazida pelo amigo Dante. A história clássica conta o casamento da personagem principal e tudo o que envolve a preparação da grande festa. Após a leitura, algumas crianças relembraram casamentos em que estiveram, compartilharam suas lembranças e apontaram diferenças e semelhanças em relação à festa de aniversário, tais como o encontro e celebração com quem gostamos, ou o fato de ambas as festas terem bolo, mas uma não ter “parabéns”.
Uma semana repleta de lembranças afetuosas!
Para dar continuidade às pesquisas e conversas, pedimos às famílias que enviem o registro fotográfico de algum aniversário das crianças. O registro será usado nas produções artísticas do grupo e na construção de nosso painel de memórias coletivo.
O Artista Misterioso, mensageiro que vem enviando cartas e presentes para a Turma, surpreendeu novamente com uma nova caça ao tesouro, que nos levou a um prêmio especial: o livro O Menino Benjamin, do autor Otaviano Junior .
A obra narra a história de uma criança com um destino entrelaçado ao de Benjamim de Oliveira, o primeiro palhaço negro do Brasil. A leitura serviu de inspiração para conhecermos um pouco mais a história e o legado deste palhaço e nos aventurarmos ainda mais pela magia do circo.
Para aprofundar nossa jornada circense, mergulhamos na história do circo, desvendando a origem da palavra, que em latim significa “círculo”, e conversamos sobre como essa forma geométrica se manifesta em nosso cotidiano. Em seguida as crianças foram desafiadas a criar seus próprios picadeiros, traçando círculos em papel e decorando-os com cola e barbante. Com referência às obras de Marc Chagall que retratam o circo, produziram o seu próprio cenário circense com os artistas que se destacam no circo, com traços únicos e autorais.
E ainda comemoramos o Dia do Circo, celebrado em 27 de março, data do nascimento de Piolin, um dos maiores palhaços do Brasil. O relato desse dia será postado no próximo informe.
Com o olhar e a escuta atentos, a Turma do Cinema iniciou sua trajetória pela sétima arte do mundo. Segundo Ricciotto Canudo, cinéfilo do século XX, o cinema é a arte do espaço e do tempo.
Nosso amigo Antônio contribuiu com o livro Minha vó ia ao cinema, de Paula Marconi de Lima. As crianças acompanharam a narrativa da avó que segue o caminho para seu trabalho, a fábrica de tecelagem, e no mesmo local encontra o cinema, lugar onde nunca se sente sozinha. A linda ilustração do livro, elaborada por Lumina Pirilampus, envolveu e aproximou o grupo do tema de pesquisa. Quando o cinema começou? Quem trabalha no cinema? Qual é o seu filme preferido? Ao final, apreciamos um trecho do filme Cinema Paradiso com direito a pipoca!
Essas e outras perguntas fomentam possibilidades de caminhos possíveis para nossas investigações. Convidamos as famílias a embarcarem nesse passeio em que arte, memória e cinema se encontram. Contribuições com materiais serão bem-vindas.