Nas aulas de Ioga, após concentrarmos a atenção em nosso corpo e na respiração, acalmando a mente e as emoções, realizamos algumas posturas que desafiam o equilíbrio e os limites corporais para, em seguida, entrar no ritmo junino.
Ao som de músicas que farão parte do repertório da nossa festa, brincamos de Estátua Iogue e colocamos à prova nossa memória dos asanas já aprendidos.
Após observarmos o céu e os pássaros deitados no chão do campinho, a Turma do Mar encontrou um ninho de passarinho na secretaria da escola. Cada criança pode manuseá-lo e observá-lo. A cada passada de mão caía um pouco de terra, e eles puderam perceber os elementos da natureza usados na construção do ninho.
Ouvimos e dançamos as músicas que vamos dançar na Festa Junina, e as crianças estão se divertindo durante todo o processo! Pintamos bandeirinhas e fizemos brincadeiras juninas. Aos poucos, as crianças estão descobrindo mais sobre a nossa cultura e sobre essa festa tradicional.
Seguem as músicas “Bem-te-vi” e “Passarinho do raminho de alecrim”, para que vocês possam ouvir com as crianças:
https://youtu.be/d31kAnDpZ80?feature=shared
https://youtu.be/S-keekFARVY?feature=shared
As crianças também cheiraram e experimentaram o tempero alecrim, citado em uma das músicas.
Neste primeiro semestre, nossa jornada foi marcada por descobertas, memórias e muitas histórias! Iniciamos o ano ao som do samba da escola, que nos envolveu no tema “Arte e Memória”. Inspirados por esse universo, escolhemos juntos o nome da turma: Baú.
Conhecemos a música Tudo tem no baú, de Estevão Marques, que nos acompanhou em muitas explorações. Viajamos até o continente africano com o conto O baú das histórias, cujo personagem Ananse nos encantou com sua astúcia. A história trouxe à tona elementos importantes como o inhame — que nos levou à feira, à cozinha e ao preparo de um delicioso purê — e a cabaça — que nos aproximou da instalação artística de Mônica Ventura.
Seguimos descobrindo obras que retratam o baú, como os quadros de Candido Portinari, e apreciamos obras do artista no MAM. Conhecemos a canção Guardei minha viola, de Paulinho da Viola, e o vimos retratado no mural do artista Cazé, pai da amiga Eloá, que também nos apresentou o músico Pixinguinha, eternizado em arte urbana.
As histórias continuaram com o livro Os tesouros de Monifa, de Sônia Rosa, e uma visita encantadora aos baús do Museu Carmen Miranda. Encerramos o semestre com o livro Bruna e a galinha d’angola e a música Back in Bahia, de Gilberto Gil, celebrando a riqueza da cultura afro-brasileira e os muitos tesouros que guardamos no nosso baú de vivências.
Fechamos o projeto revisitando nossa caixa de trabalhos, relembrando as técnicas e inspirações utilizadas em cada processo. Listamos os nove artistas que conhecemos durante essa trajetória e construímos um jogo da memória! Essas e outras produções poderão ser apreciadas em nossa Mostra de Artes que acontecerá no dia 30 de agosto.
As surpresas na Turma do Papel continuam!
Recebemos mais duas visitas muito especiais que ampliaram ainda mais nossas descobertas.
A primeira foi Elisa, mãe do amigo Gael. Jornalista, ela compartilhou com o grupo um pouco sobre o processo de escrita de uma notícia e falou sobre sua importância como registro e construção de memória. Com sua ajuda, o grupo vivenciou na prática a criação de uma notícia sobre um evento que será vivido em breve pela turma. Uma experiência que despertou curiosidade, escuta e os aproximou do universo da escrita!
Na segunda visita, recebemos a família da amiga Antônia. Adriana e Rafael nos contaram sobre o Bumba-Meu-Boi, personagem importante da nossa Festa Junina e que tem origem no Maranhão, estado natal de Rafael. Através do livro Bumba-meu-boi, de Stela Barbiere e Fernando Vilela, e de suas memórias da infância em fotografias reveladas, Rafael nos transportou para essa festa tão marcante na cultura nordestina. Como surpresa final… uma deliciosa degustação de sorvetes com sabores típicos do Nordeste: cupuaçu, tapioca e bacuri. Eita, que tarde animada e saborosa!
Depois das visitas, o grupo se reuniu para conversar sobre a importância da fotografia como forma de guardar memórias. O que é memória? O que a Turma do Papel guarda na lembrança? Como podemos registrar o que vivemos?
Para alimentar ainda mais essa investigação, Bruna, professora da turma, compartilhou com as crianças um álbum de fotos de seu filho Benjamin, que registra momentos desde o nascimento do menino, revelando como as imagens podem contar histórias, preservar afetos e construir memória.
As crianças têm apreciado bastante as descobertas feitas na turma. Nossos amigos Vicente e Olívia trouxeram objetos mexicanos para apresentar ao grupo: o sombrero e caveirinhas em argila, que serviram de inspiração para a criação de seus trabalhos.
Continuando nosso olhar pela Índia, conhecemos a cúrcuma, uma das especiarias utilizadas na cultura indiana. Aproveitamos para observar sua cor, criando uma tinta natural a partir desse tempero.
Depois de uma longa espera, a turma finalmente recebeu a resposta à carta enviada ao Artista Misterioso. A mensagem continha enigmas que, uma vez solucionados, levaram as crianças a ganhar um presente inusitado: uma caixa de música com uma bailarina.
Ao abrir o presente, a turma precisou encontrar uma forma de fazê-la funcionar, pois o mecanismo de corda não respondia como o esperado. Apesar dos esforços, apenas a melodia tocou, e a bailarina não rodopiou como deveria. “A caixa do artista deve ser muito antiga, por isso não funciona”, concluíram as crianças. Longe de desanimar, a turma decidiu criar sua própria magia: transformaram-se em bailarinos e bailarinas, dançando graciosamente ao som de A Bailarina, de Lucinha Lins. Com movimentos inspirados no balé, exploraram a leveza e a precisão dos passos, transformando o momento em uma celebração da música e do movimento.
A experiência ganhou ainda mais profundidade quando a letra da canção foi escrita no quadro. As crianças mergulharam no universo das palavras, identificando rimas, brincando com os sons e até criando novas combinações. Ao brincar com as rimas, as crianças compreendem a estrutura das palavras e a musicalidade da língua, um passo essencial para a aproximação do sistema da escrita alfabética. Além disso, a exploração das rimas promove a criatividade, permitindo que as crianças explorem novas formas de expressão e se divirtam com a linguagem.
A turma iniciou os preparativos para o Arraial da Pereirinha. Entre chitas, fitas, lantejoulas e bandeirinhas, nos embalamos pelas músicas que farão parte dessa grande festa cheia de cores e alegria. Viva São João! Viva São Pedro!
Em nosso repertório julino, a música Passarinhozinho, de Leves Cantos, foi inspiração para a criação do painel coletivo que estará na decoração do festejo.
Neste balanço, conhecemos a história Uma festa de Cores: memórias de um tecido brasileiro, de Anna Göbel e Ronaldo Fraga, envolvendo ainda mais a turma na cultura popular.
Rua da Matriz, 25 – Botafogo, Rio de Janeiro
(21) 2538-3200
Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo, Rio de Janeiro
(21) 2538-3200
