As crianças do Ateliê, junto aos professores Cigano e Mestre Amendoim, produziram para nossa Mostra de Artes um Berimbau. Para contextualizar o significado desse importante instrumento da Capoeira, Cigano nos contou a seguinte história:
Era uma vez, em uma aldeia alegre da África, um lugar cheio de árvores, bichos e um céu sempre azul, morava Vovó Catarina, uma velhinha muito sábia e querida. Toda semana, ela reunia as crianças para contar histórias e ensinar coisas importantes, como amizade, respeito e amor.
Um dia, Vovó Catarina levou algo mágico: um berimbau! Ele era feito de madeira, cipó e uma cabaça, e quando ela tocava, o som parecia conversar com o vento e chegar até os antepassados! As crianças ficaram encantadas com a música que fazia os pés quererem dançar sozinhos. A anciã explicou aos mais novos que o instrumento nem sempre teve esse nome, e que antes era conhecido por “urucungo”.
Mas nem todo mundo estava feliz. Felipe, um rapaz da aldeia, sentia inveja da atenção que a Vovó Catarina recebia. Havia também uma menina sabida chamada Dandara, neta de Vó Catarina. Ela tinha uma linda voz que transmitia paz e despertava bons sentimentos.
Um dia, Vó Catarina pediu à neta que fosse buscar água no rio. Por inveja, Felipe empurrou Dandara, que bateu a cabeça em uma pedra e desmaiada foi parar no fundo das águas. Todos sentiram falta de Dandara e foram procurá-la. Quando Vovó Catarina chegou à margem, surgiu do rio uma linda deusa, coberta de colares e brincos, que se compadeceu do sofrimento daquela mulher. Mergulhou até o fundo das águas e pegou Dandara pelos braços, transformando seu corpo esguio em uma verga de madeira, seus cabelos, em um cipó belo e forte, e sua cabeça, em uma cabaça — assumindo a forma de um berimbau. A deusa do rio afirmou para a avó que, daquele dia em diante, quando o berimbau tocasse seu som, manifestaria o contato com os deuses e antepassados, eternizando a voz de sua neta, transformada em um instrumento que entoaria notas melódicas e alegres — principalmente junto à capoeira — levando felicidade aos quatro cantos do mundo.
Felipe se arrependeu pelo mal feito e prometeu cuidar de seus sentimentos e tratar com respeito o berimbau e a cultura da capoeira. E assim, entre sons mágicos, lições de vida e coragem, a aldeia aprendia que a verdadeira força vem do amor e da união.
As nossas conversas e contemplações sobre o céu continuam e nesta semana a nossa turma observou a imagem de gaivotas. Conversamos sobre esse pássaro gostar de voar próximo ao mar e nesse contexto, pintamos em grupo um painel com diversos tons de azul.
A professora Bebel de Música nos ensinou uma música chamada: “Chuva”, de Estêvão Marques. Segue o link para vocês ouvirem com as crianças:
https://youtu.be/lCxlvDBlBb8?feature=shared
A nossa Mostra de Artes está chegando! Não percam!
As turmas de F1 receberam a visita da Manu Marinho, professora de Música da escola e sambista.
Manu falou sobre o lugar das mulheres no samba e contou um pouco de sua história entrelaçada com a de uma mulher muito importante na história do samba, a Dona Ivone Lara, uma inspiração na sua trajetória.
Manu contou sobre o grupo pioneiro que formou com outras mulheres, o Roda de Saia, num momento em que não era comum vê-las tocando samba, e sobre a homenagem que fizeram a Dona Ivone naquela época.
Falou também sobre a história dessa grande dama do samba que inspirou tantas mulheres e se tornou referência na inserção delas nas rodas e também como compositoras.
Nesse encontro musical, assistimos a vídeos da nossa visitante tocando em diferentes momentos da vida ao lado de outras mulheres sambistas, o que foi se tornando cada vez mais comum, e cantamos sambas conhecidos das crianças acompanhadas do cavaquinho, instrumento que toca lindamente.
Turma do Baú (TAT)
A Turma do Baú finalizou os preparativos para a nossa Mostra de Artes! Ao longo do processo, as crianças participaram ativamente, vivenciando cada etapa de criação e organização. Este envolvimento fez com que se apropriassem de suas produções, conhecendo o sentido e a importância de cada trabalho apresentado.
Agora, tudo está pronto para compartilhar com vocês esse percurso de descobertas e criações. Convidamos as famílias a estarem conosco no próximo sábado, para apreciar de perto as produções das crianças e celebrar juntos essa experiência tão especial.
A Turma do Papel está em contagem regressiva para esse grande momento! Nas últimas semanas, as crianças se dedicaram com entusiasmo aos últimos detalhes das obras e à organização do espaço expositivo.
O percurso foi marcado por curiosidade, empenho e cooperação. Mais do que o resultado final, a Mostra revela a riqueza do processo vivido e a potência criativa dos pequenos.
Estamos ansiosos para compartilhar com as famílias essa experiência tão especial.
Os preparativos e finalizações para a nossa Mostra de Artes embalaram as crianças da Turma da Festa. Rever trabalhos e relembrar a trajetória resgataram momentos de passeios e descobertas, fomentando a nostalgia permeada pela alegria do caminho percorrido. Para colorir ainda mais o espaço, recebemos a visita da Marina, funcionária da escola que veio ensinar para as crianças a arte manual de fazer flores, um desafio e tanto, que foi apreciado por todos. Aguardamos todos para apreciar o empenho de cada um nesta construção.
Agora outros rumos iniciaram uma nova caminhada, trazendo novas curiosidades para as crianças: desta vez a literatura será fonte de pesquisa, na qual a arte e a memória estarão presentes. A turma conheceu o livro A professora da floresta e a grande serpente, de Irene Vasco e Juan Palomino, que será o fio condutor das futuras descobertas.
O livro Os Tesouros de Monifa, de Sônia Rosa, que está servindo como guia para as pesquisas da turma neste semestre, tem provocado discussões importantes e sensíveis na sala. Para aprofundar a conversa decidimos confeccionar uma caixa de papelão.
A ideia é que, assim como na história, a caixa se torne um lugar para guardar as memórias e os “tesouros” do grupo. Mas o que serão esses tesouros? As sugestões já começaram a surgir: algumas crianças querem guardar desenhos que retratem suas memórias, enquanto outras pensam em histórias e poesias.
A construção da caixa é o primeiro passo para transformar as reflexões do livro em algo significativo. A turma segue aprofundando as conversas e descobrindo os caminhos que podem ser traçados nesta nova caminhada de pesquisas.
Na Turma do Cinema os preparativos para a Mostra de Artes possibilitaram um resgate e reencontro com as pesquisas passadas, trazendo sentimentos de alegria e orgulho ao rever a trajetória.
Nesse contexto, iniciamos uma conversa sobre o novo projeto, cujo fio condutor será a literatura. Novos rumos dão andamento à pesquisa, com a história A professora da floresta e a grande serpente, de Irene Vasco e Juan Palomino, embalando as tardes da turma e semeando possibilidades de investigação que envolvem a arte e a memória.