Estamos muito animados com o nosso Arraial Sá Pereira, que será no sábado, 9/7, no Instituto Isai, R. Ipiranga, 70 – Laranjeiras. Aqui queremos contar o que nos mobiliza para essa festa.
É uma das poucas festas do calendário oficial que comemoramos na Sá Pereira.
Nossa escolha é pautada na crença de que essa comemoração mantém vivas as tradições da cultura popular brasileira, na culinária, nas brincadeiras, na música, na dança, na dramaturgia… Tradição que faz parte da nossa história e que se reinventa ano a ano com o nosso Projeto Institucional.
Mas, claro, é momento de socializar, de brincar junto, de criar e de compartilhar. Por isso, nossa festa é colaborativa. Não é preciso pagar ingresso e nada é vendido ou comercializado.
Fazemos sempre uma mesa de lanche comunitária. Cada família leva um prato junino, um refrigerante de dois litros ou duas caixinhas de suco, mate, água de coco etc.
O mais importante é preparar seu traje típico, aproveitando o que tem em casa; pensar numa boa receita para compartilhar e vir com muita alegria para brincar.
Vocês receberão um comunicado detalhando horários, comes e bebes etc.
A turma conheceu, na Oficina de Construção, as máquinas de Rube Goldberg. Esse cartunista estadunidense desenhou geringonças que executam tarefas simples de forma um tanto extraordinária.
Assistimos ao vídeo da abertura do programa Castelo Rá-Tim-Bum, que utiliza uma máquina desse tipo em sua vinheta.
Os alunos foram desafiados a criar engenhocas para resolver algum problema que poderia ou não ter sido estudado anteriormente.
Aceitaram o desafio com muito empenho e entusiasmo, e engenhocas incríveis foram criadas.
Teve máquina que pesava bolinhas de gude; outra que acendia um LED com água e sal.
É claro que os trabalhos foram para a Mostra de Arte!
O coração bateu mais forte no sábado, dia da tão aguardada Mostra de Artes.
Crianças e famílias felizes, circulando pela escola, comemorando juntos tantas aprendizagens.
Poder movimentar a escola de novo através da arte, reunir gente, carinho e criação fez um bem danado.
As famílias das F1 deixaram recadinhos especiais sobre esse momento também especial:
“Ver os pequenos tão gigantes, concentrados e felizes no palco, deu um orgulho e uma alegria sem igual.” (Maria Carolina, mãe da Helena – F1M)
“Ver a escola se transformar em uma grande exposição, tão cuidada, foi demais. Fiquei muito feliz de ver tanta coisa linda, criativa, caprichada. Parabéns!” (Taís, mãe do Francisco B. – F1M)
“…Ver a emoção flagrante nos rostos das professoras, representando o dever cumprido e o orgulho eufórico das crianças é o que há de mais rico no que experimentamos no sábado…” (Bernardo, pai da Ana, F1TA, e da Maria, F3TA)
“…Fiquei encantada com a riqueza dos trabalhos das turmas, abordando com diferentes materiais o conceito de tecnologia. O trabalho da Turma da Engrenagem foi de uma delicadeza sem tamanho com suas bonecas, expressando bem a nossa arte popular brasileira…Viva a arte, viva a escola e nossos pequenos artistas.” (Carolina, mãe do Bruno – F1TB)
A F2M recebeu a visita do neurocientista Roberto Lent, avô do Guilherme.
Ele veio acompanhado de alguns dos personagens de seus livros:
Acumbente dos Prazeres (neurônio das emoções); Ocipitaldo Luzes (neurônio da visão); Olivio Gravador (neurônio da audição); e Giraldo Cerebelim (neurônio do movimento) participaram da conversa, fazendo a alegria da criançada.
Animadas, as crianças quiseram saber como os neurônios se comunicam, onde tem neurônios no nosso corpo, como as imagens são armazenadas no cérebro e se podemos lembrar de todos os rostos que já vimos.
Para responder a essas e outras perguntas, Roberto trouxe exemplos divertidos e muito concretos. Usando os bonecos, mostrou que a comunicação entre os neurônios acontece através de uma espécie de cabo ou cabelo, e que essa comunicação é que faz, por exemplo, uma imagem captada pelos olhos ser decodificada e arquivada como o rosto de alguém de quem queremos lembrar.
Os “Zé Neurins” das crianças não esquecerão desse dia!
A Mostra de Artes coroou o processo de pesquisa das F2 que, curiosas a respeito das memórias digitais, iniciaram o ano revisitando o arquivo de memórias guardado no nosso corpo através das experiências sensoriais.
Entre neurônios, cérebros, olhos, imagens, luzes e sombras, trouxeram para a Mostra de Artes referências em obras de René Magritte, Pawel Kuckynski, Gabriella Crisso, Claude Monet, Rashad Alakbarov, Giorgio de Chirico e do grupo japonês Pika Pika.
Foi muito emocionante reabrir as portas da escola para esse evento recheado de amor. As famílias compartilharam suas observações e sentimentos:
“Estou orgulhosa e impressionada com a qualidade dos trabalhos. Foi lindo ver o envolvimento das crianças.”
“A mostra de artes foi simplesmente emocionante. Lágrimas e emoções vieram à tona e saímos de lá maravilhados.”
“Foi muito divertido participar da criação do vídeo com efeitos luminosos.”
Unanimidade entre os visitantes: “A oficina Pika Pika foi o ponto alto! Muito bacana criar esse vídeo junto com as crianças!”
As F3 já tinham conversado sobre instrumentos para medir comprimentos, como a régua, a trena e a fita métrica.
Relacionamos instrumentos de marcar o tempo: calendário, ampulheta, relógio de ponteiro, digital e de Sol.
As crianças lembraram do modo como alguns povos se baseavam nas fases da Lua para demarcar os meses.
Conversa vai, conversa vem, listamos o modo como organizamos nossa rotina ao longo do tempo e, em seguida, cada aluno construiu seu relógio e foi desafiado a ler as horas.
A F3M recebeu a visita da nutricionista Carolina, mãe da Maria Clara.
Ela trouxe uma gostosa forma de falar de energia: a receita do tareco, um biscoito tradicional de Pernambuco.
Carolina fala da cultura regional através da culinária. Além de fazer referência às leituras que temos feito sobre a cultura nordestina, no livro Cultura da Terra, de Ricardo Azevedo, nossa visitante relacionou a questão alimentar ao Projeto da turma, cujo tema é a energia. Mas, desta vez, a energia que os alimentos produzem.
Ela explicou, com base na receita do tareco, as características dos alimentos e os processos bioquímicos que os transformam em energia corporal.
A turma participou da preparação. Depois provamos os deliciosos biscoitinhos que Carolina trouxe e batemos um papo pra lá de bom!
Um vídeo especialmente preparado para a turma explicou a transformação dos nutrientes em energia. Tudo bem acessível aos pequenos.
Foi uma atividade gostosa, rica e muito animada.
Nas aulas de Música das F4 montamos o arranjo utilizando canos musicais, vibrafones, percussão e voz.
Distribuímos as funções, revezando, trocando de instrumentos, experimentando e refletindo sobre o que poderia melhorar no nosso arranjo para Televisão, dos Titãs.
Inventamos uma coreografia, depois desistimos dela, mas a dança ajudou a memorizar a letra.
A estratégia de reger os canos musicais associando cores e bambolês funcionou e foi incorporada. As crianças ficaram animadas em voltar ao palco para apresentar o resultado desses ensaios musicais.
Ensaio F4TA
As F4 sugeriram títulos para seu Projeto, e a escolha se deu, como de hábito, por votação.
Imagem, Luz, Sombra, Ação foi o eleito.
Nossos estudos sobre imagem vão além do mecanismo da visão.
Para ajudar na compreensão do funcionamento do nosso aparelho ocular, e de como os raios de luz chegam aos nossos olhos, projetando a imagem, teremos a participação do professor de Física do Horário Extensivo.
Ele vai preparar junto às turmas uma Câmera Escura.
A produção desse aparelho óptico, base para a invenção da fotografia, trará muita aprendizagem para a criançada.
Os ensaios da canção Aquarela, nas aulas de Música das F5, foram lapidando o arranjo: apontando correções na melodia dos vibrafones, introduzindo o acompanhamento nos canos musicais, improvisando levadas na percussão de papel, memorizando a letra e uniformizando a articulação das palavras.
Ao ouvir o conjunto e refletir sobre o nosso fazer musical, as crianças amadureceram o entendimento da estrutura da canção e desenvolveram habilidades nos instrumentos.
Durante os estudos de Projeto, as F5 começaram a pensar sobre a produção do papel.
Os alunos perceberam que, além das árvores usadas como matéria-prima, eram empregados, em expressiva escala, recursos naturais como a água, e também uma grande quantidade de energia elétrica.
Pensando em alternativas para reduzir o impacto desse processo sobre o meio ambiente, logo constataram que deveríamos diminuir o consumo e o desperdício de papel.
Mas concluíram que em alguns momentos, mesmo tendo o cuidado de não desperdiçar, não podíamos evitar que alguns papéis fossem para o lixo. E resolveram criar uma oficina de papel reciclado.
A empolgação inicial se transformou em planejamento. Pensar no material; recolher nas turmas os papéis que iriam para o lixo…
“Mas precisa explicar a função dessa campanha…”
Era necessário aprofundar as investigações e organizar o discurso.
Os estudantes pesquisaram pontos importantes, como tipos de papel que poderiam ser usados; quantas vezes um papel pode ser reciclado; o processo de produção e o impacto sobre o meio ambiente.
O planejamento da atividade, feito coletivamente, com as crianças implicadas, permite não apenas o contato com os assuntos estudados, mas também o exercício de organização do pensamento e do trabalho em equipe.
Rua da Matriz, 25 – Botafogo, Rio de Janeiro
(21) 2538-3200
Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo, Rio de Janeiro
(21) 2538-3200
