As turmas do Ateliê retornaram das férias animadas com os novos projetos para as aulas de Inglês.
Reuniremos algumas das melhores coisas da vida: music, stories and food.
Começamos conhecendo If You Give a Mouse a Cookie, divertida história de um ratinho que só queria um cookie.
Exploramos o enredo, recriando e recontando.
Pesquisamos como são feitos os deliciosos cookies em uma bakery.
As crianças registraram a receita e o modo de fazer para, em seguida, produzir os próprios cookies na escola.
Nas aulas de Dança das F1, perguntamos se as crianças achavam possível escrever com o corpo.
A maioria disse que sim, e nos mostrou letras em posturas corporais.
Mostramos variadas formas de se escrever com o corpo, de palavras escritas pela companhia Pilobolus a posturas de ioga.
Trouxemos também um alfabeto produzido por outras turmas da escola.
Em grupos, passamos a construir nosso alfabeto.
Instigadas, as F1 trouxeram seus conhecimentos prévios.
“Poesia é uma carta de amor.”
“Quando a gente ama uma pessoa.”
“É um pensamento que fala o que a gente sente.”
“Quando uma pessoa gosta tanto de algo, que o coração bate mais forte.”
“Brincar com os amigos.”
“É uma história curtinha que rima e você fala como se estivesse se declarando.”
“É um tipo de livro com palavras que rimam.”
A conversa sobre poesia nos levou aos poemas e, na biblioteca, descobrimos o lugar dedicado a esse gênero literário que estará presente no nosso dia a dia.
As crianças folhearam livros, reconheceram alguns, dos próprios acervos, e o poema Convite, de José Paulo Paes, abriu as portas para essa deliciosa brincadeira com as palavras.
“Vamos brincar de poesia?”
A criançada aceitou o convite!
Qual é a diferença entre enxergar e ver?
Com essa provocação, Henrique, professor de Física, iniciou a conversa com as F2.
Os estudantes relembraram como funciona a visão e fizeram comparações com as câmeras fotográficas.
Desvendando os mistérios do corpo e da máquina, Henrique apresentou a Câmera escura, primeira grande descoberta da fotografia.
As crianças se divertiram ao longo do experimento e muitas perguntas surgiram.
“Como isso acontece?”
“Por que a imagem fica de cabeça para baixo?”
Depois, sistematizamos nosso conhecimento com um desenho esquemático, explicando melhor todo o processo.
As aulas de Dança das F2 aconteceram nos jardins do Mam.
Exploramos o espaço, ouvindo os sons e fotografando com os olhos diferentes paisagens.
Descrevemos partes do jardim para os amigos que, de olhos fechados, imaginavam o lugar descrito, para localizá-lo em seguida.
Apreciamos imagens do livro Desert Flower, do fotógrafo brasileiro Guilherme Licurgo, com as fotografias dos bailarinos da companhia de dança de Martha Graham ao redor do mundo.
Inspirados, convidamos nossos alunos a criar suas fotos do lugar e dos arredores.
Catapimba, personagem divertido de Ruth Rocha, enfrentava um sério problema na cantina de sua escola. Todos os dias, recebia balas como troco. Segundo Seu Lucas, dono da cantina, bala era como se fosse dinheiro. Será? A divertida história proporcionou discussões férteis nas F3.
O que é dinheiro? Qual é o nome da moeda do nosso país?
As crianças compartilharam seus conhecimentos sobre o sistema monetário e utilizaram o dinheiro de papelão do material complementar do livro de Matemática para brincar com as notas e moedas. Experimentaram formas de compor valores e calcular trocos, diferenças, sobras ou faltas em quantias específicas.
O tema rendeu boas descobertas e promete desdobramentos.
As F3 estão pesquisando as primeiras máquinas inventadas.
O plano inclinado movimentou a cabeça da criançada. Por sua simplicidade, foram percebidos exemplos no cotidiano: o escorrega; as rampas de acesso; os telhados e as ladeiras.
Quando esse recurso foi pensado primeiro? Para que serviria?
Em pequenos grupos, os alunos foram desafiados a levar blocos de tijolos de um lugar para outro, acima.
Inicialmente utilizaram apenas barbantes e as mãos. Mas logo perceberam o esforço que seria necessário em uma obra de construção civil, em serviços domésticos ou nas atividades industriais.
Demonstramos, então, o recurso da rampa, questionando se ela poderia ajudá-los a vencer o desafio.
Os grupos puderam criar as próprias rampas, sob orientação, e também comparar como é o trabalho com e sem esse recurso, essa tecnologia.
Os experimentos utilizaram rampas de diferentes tamanhos e alturas.
Ao testar possibilidades, os estudantes trouxeram reflexões. Percebiam como essa máquina mudou a forma de lidar com pesos e com o transporte de grandes volumes, ao longo da história humana.
Quando registravam as ideias no caderno, a Pirâmide de Gizé foi lembrada como exemplo de emprego do plano inclinado na engenharia de grandes estruturas.
O papo e a empolgação foram longe. As turmas viajaram ao passado, observaram o presente e alguns alunos já tiveram muitas ideias para o futuro próximo, a Feira Moderna.
O que as F3 vão fazer com o plano inclinado para esse evento?
Nas aulas de Matemática, os jogos são ótimos aliados para disparar discussões, construir e aprofundar conhecimentos, além de exercitar o que foi aprendido.
Durante a retomada dos estudos sobre o Sistema de Numeração Decimal e a chegada do algoritmo da multiplicação, as F4 foram convidadas a experimentar jogos diversos: na batalha dos números, as crianças recebem diferentes algarismos e são desafiadas a criar o maior número possível; o jogo do Caracol faz refletir sobre a multiplicação por 1, 10 e 100, estimulando a construção da regra.
O jogo do Plim segue a sequência de uma determinada multiplicação. Os alunos devem falar os números naturais em ordem crescente e falar a palavra “plim” no múltiplo do número estipulado.
Aliando diversão e reflexão, prosseguimos com a aprendizagem da Matemática.
Nas aulas de Música, temos passeado por uma variedade de jogos musicais, exercitando a escuta, a improvisação, o pulso, a dança e o corpo.
Pedrinha Miudinha brinca com o pulso e com as variações de andamento. As crianças passam a pedrinha de mão em mão, cantando a canção popular homônima.
O Jogo do Palhaço, idealizado pelo maestro Koellreutter, define três funções sonoras: a Lei (criança no centro da roda, marcando o pulso); o Povo (crianças em roda criam ritmos que dialogam com a Lei); o Palhaço (tenta desestabilizar a Lei e o Povo, improvisando sons sem métrica e fora da pulsação).
Em Tum Pá, jogo de imitação, cada integrante inventa ritmos com palmas e pisadas; o grupo imita.
Todas as brincadeiras reservam um tempo para a reflexão, dando oportunidade às crianças de elaborar conceitos de parâmetros sonoros.
Exemplos:
F5TBhttps://youtu.be/ueDYn0sv5ik
F5M https://youtu.be/FX9cqc0XibI
Ao longo do semestre, as F5 se dedicaram a pensar, a partir da apreciação de diferentes textos, sobre a estrutura das frases. Perceberam que um dos recursos para organizar as ideias é a pontuação.
Discutimos os efeitos que frases mais curtas ou mais longas podem ter nas construções narrativas.
“Às vezes, quando o texto tem muitas frases curtas, parece que as ‘cenas’ ficam mais rápidas!”
“Isso pode dar um clima de suspense.”
“A gente pode usar frases mais longas para descrever um ambiente.”
“É, mas tem que tomar cuidado para não ficar confuso por ser longo demais.”
Começamos, então, a pensar em formas de articular as frases.
Observando as produções textuais da turma, constatamos que, embora os alunos usem conectivos, seu repertório ainda é pequeno; às vezes eles se confundem com o sentido dessa classe de palavra.
O trabalho daqui para frente será analisar conectivos em diferentes textos, até entender a importância do contexto para a escolha das palavras que empregamos.