Apesar das chuvas, as crianças do Ateliê puderam aproveitar as idas ao Parque Lage.
Conheceram uma importante trilha, parte da Trilha Transcarioca, circuito que vai da Barra de Guaratiba até o Morro da Urca.
O trecho Paineiras-Corcovado-Parque Lage tem ao todo quatro quilômetros de extensão.
Plínio, nosso guia, nos alertou sobre os cuidados necessários para fazer uma trilha com segurança, como seguir o caminho marcado, sempre um atrás do outro, com uma pessoa responsável na frente e outra atrás, fechando o grupo; ter atenção com o que se pisa e o que se toca; calcular o tempo de subida e de descida que, no nosso caso, seria duas horas e meia até o Corcovado.
A trilha foi tranquila e divertida, com direito a macaco quebrando galho e tudo!
O Plínio é um grande parceiro e faz a alegria das nossas manhãs de sexta-feira, com tantos passeios e curiosidades sobre o parque e a natureza.
Inspiradas pela brincadeira adoleta, as F1 criaram a própria parlenda, a sequência de movimentos das mãos e até uma melodia. Primeiro compartilharam as que conheciam. Depois, inspiradas por essa troca, criaram os versos para a versão autoral:
“Tecnologia eu vejo todo dia,
na escola, no parque ou na casa da minha tia.
Tecnologia nasceu de uma invenção
e faz andar o carro e voar o avião.
Tic tac, tic tac, vai fazendo a engrenagem,
convidando a criançada pra curtir essa viagem.”
O desafio seguinte foi criar a sequência da batida das mãos, atentas à rítmica das palavras.
Para incrementar, a nova adoleta ganhou melodia e arranjo com tubos sonoros.
As F1 tiveram a aula de Educação Física no Parque dos Patins.
Pusemos nosso corpo em movimento, brincamos de amarelinha, piques, corda, jogamos um divertido futebol de tecido.
No turno da tarde, contamos com a presença do Felipe, professor das F3, F4 e F5, que ajudou a animar as brincadeiras.
O que é o tangram? Instigadas, as crianças das F1 levantaram diversas hipóteses.
“É um quebra-cabeça com triângulos e quadrados sem desenho, que a gente junta e cria a figura que quiser.”
“É um jogo de montar que não tem vencedor.”
Para matar a curiosidade dos pequenos sobre esse antigo jogo chinês, contamos a lenda que despertou atenção e curiosidade.
Pensando em registrar as maravilhas do mundo, um menino chinês ganhou de seu mestre uma placa de cerâmica. Mas sem querer deixou-a cair, e ela se partiu em sete formas geométricas, que juntas formam um quebra-cabeça.
As crianças compararam tamanhos, formas e quantidades. Usando as peças e muita imaginação, criaram bichos, casas, figuras humanas…
Houve até uma pequena encenação da lenda.
Quanto aprendizado e diversão!
As F2, nas aulas de Música, estão aprimorando o Rock da Memória, composição coletiva realizada no semestre anterior.
O novo arranjo terá tambores, pandeiros, xilofones, percussão corporal e – claro! – um animado naipe de vocalistas.
As F2 receberam fotografias famosas e consideradas importantes, e foram desafiadas, sem receber qualquer informação prévia, a criar enredos sugeridos pelas imagens.
Em duplas e trios, puderam refletir, elaborar e compartilhar textos com os amigos.
A próxima etapa será saber mais sobre a origem dessas fotos, pensando na imagem como registro que conta histórias e cria memórias.
Inspiradas pelos sons das máquinas e engrenagens, as F3, nas aulas de Música, deram um show de talentos e brincadeiras musicais.
A grande novidade, porém, foi o retorno do ensino da flauta doce.
Atentas à postura e à emissão correta, as crianças já começam a aprender as primeiras notas.
Conhecer a história desse instrumento tão antigo também está nos nossos planos.
Esse estudo proporciona a oportunidade adicional de conhecer e compreender melhor os elementos da notação musical.
O projeto Da Horta à Mesa vem movimentando as discussões sobre cultivo e comércio de alimentos.
As F3 visitaram o supermercado Pão de Açúcar. Observaram a disposição dos produtos, entrevistaram funcionários e conheceram máquinas necessárias à logística dessa modalidade de comércio.
Os funcionários do mercado foram bons anfitriões. Explicaram o que é uma central de distribuição; falaram sobre o tempo de exposição dos itens de hortifrúti e sobre o método de cálculo dos preços.
As turmas receberam uma quantia para comprar pipoca. Conferiram os preços, compararam e escolheram uma marca. Realizaram o pagamento e conferiram o troco.
A atividade prepara o projeto feira livre, que está por vir.
As F4 reviram, organizaram e arquivaram nas pastas de Artes os trabalhos do primeiro semestre. Relembrar as próprias produções costuma ser prazeroso, mas alguns alunos, dessa vez, queriam até refazer um ou outro trabalho. Fruto do amadurecimento gráfico, dos exercícios de observação aos quais as turmas vêm se dedicando.
Para estimular a criação individual e aprimorar a finalização dos trabalhos, os alunos aprenderam uma dobradura simples que transforma um folha A4 num pequeno livro.
Os alunos poderiam escolher o tema e como seria preparado o conteúdo. Colagens, pinturas, desenhos, entre outras possibilidades, estavam disponíveis.
Sobrevoar a floresta amazônica e capturar, em fotografias, a energia que dela pulsa, incluindo as matas, os rios, os fenômenos naturais e os povos é um privilégio e um desafio para poucos.
Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos brasileiros contemporâneos, deu conta deste feito e, através de sua lente, lançou um olhar sensível a essa paisagem, conectando-nos a imagens das quais pudemos extrair sons, cheiros e sensações.
As F4 escolheram a fotografia como tema de seu projeto sobre imagem.
A visita à exposição Amazônia, de Sebastião Salgado, no Museu do Amanhã, nos ajudou a compreender a importância da fotografia como meio de conhecer e até denunciar fatos que acontecem longe de nós. Como as ameaças que a Amazônia e seus povos têm sofrido.
“Quando dois meios se encontram desaparece a fração.
E se achamos a unidade,
Está resolvida a questão.”
Tom Jobim e Marino Pinto
As F5 iniciaram o estudo das frações, conceito matemático simples e que faz parte do dia a dia. Exemplos como dividir o pacote de biscoito, a pizza, o chocolate ilustraram o conceito.
Ao repartir uma barra de chocolate, as crianças tomaram contato com os termos um meio, um terço, dois sextos, e com a representação numérica desses conceitos.
Esse estudo se ampliará e agregará assuntos matemáticos novos e outros já conhecidos.