Estamos aumentando gradativamente as notas aprendidas na flauta doce! Neste momento as crianças já conseguem fazer com segurança as notas sol, lá, si, dó e ré. Já conseguem, também, identificar a localização dessas notas no pentagrama.
Para criar maior fluência e intimidade com a posição das notas, temos feito alguns jogos de improvisação durante a aula. Com o acompanhamento harmônico da professora, cada criança é instigada a improvisar com as notas aprendidas. Nesse jogo não existe nota “errada”, pois todas são consonantes com a harmonia tocada ao violão. Dessa forma, o estudante vai buscando caminhos melódicos de forma espontânea.
Nas aulas que virão, as crianças começarão a aprender a música Asa Branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) e vamos começar a parceria com as aulas de Teatro, buscando criar os sons e as músicas da peça que está sendo ensaiada.
As crianças do Ateliê tiveram a oportunidade de colocar a mão na massa, ou melhor, a mão na terra! Plínio, nosso grande companheiro do Parque Lage, nos levou para um plantio de árvores!
Durante o processo as crianças puderam entender como são preparadas as mudinhas, participaram da abertura dos berços (pequenos buracos na terra) para depositá-las e terem suas raízes cuidadosamente enterradas, regaram as futuras árvores e deram nomes para elas.
Além de ter sido uma oportunidade de conversa sobre a importância do plantio e do cuidado com a natureza, foi um momento de muita diversão! As crianças ficaram felizes em colocar a mão na terra e plantar a própria árvore. Dessa forma, cultivaram um vínculo com o parque: uma árvore cujo crescimento vão poder acompanhar durante todo o ano, o que fortalece sua relação com a natureza e lhes proporciona condições para refletir e tomar atitudes coerentes com a preservação do meio ambiente.
As turmas aproximam-se do tema de estudo de projeto a partir dos assuntos explorados no período de sensibilização.
De acordo com as explorações feitas, algumas palavras surgiram e contribuíram para a construção do caminho. Os alunos fizeram suas escolhas traçando possíveis áreas de interesse e responderam às perguntas: O que já sabemos? O que queremos saber? Dessa forma, se aproximaram dos procedimentos de pesquisa e sintetizaram criticamente as possibilidades de estudo nas áreas do conhecimento.
Entre tantas possibilidades de cantos, contos, encontros, qual encantou as F5? Aguardem as notícias em breve!
As turmas andaram recebendo visitas especiais. Rastros de água, marcas cor de rosa nas paredes e pegadas pelo chão surgiram misteriosamente pela escola.
As crianças acharam que só podia ser magia e logo suspeitaram da visita de seres encantados protetores das águas e das matas: a sereia Iara, o boto e o curupira.
Durante a semana ouviram muitas histórias, criaram desenhos e pinturas inspiradas nessas figuras fascinantes e trocaram cartas e bilhetes.
Uma escrita cheia de significado e afeto, e bons momentos de reflexão sobre a nossa língua e sua função social.
As turmas exploraram o mapa do Brasil por meio das danças populares brasileiras.
A partir das nossas conversas iniciais, percebemos que para entender o mapa também é preciso falar sobre direções. Nos questionamos onde seriam a frente e as costas do Brasil, assim como o lado direito e o lado esquerdo, chegando aos pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste).
Percorremos esse mapa e separamos algumas danças populares pelas regiões, conhecendo sua origem, as influências que tiveram, o contexto em que se manifestam e, claro, colocando o corpo para dançar! Coco, Afoxé e Carimbó estiveram presentes nessa experimentação e as crianças adoraram.
Finalizamos assim o período de sensibilização para o projeto institucional “Brasil: é feito de quê? Cantos, contos e encontros”.
Fazendo vínculo com o projeto das turmas, pesquisamos sobre Fairy Tales, contos de fadas na língua inglesa. Conversamos sobre as características presentes nessas histórias: fadas, bruxas, magia, encantamento, e as crianças registraram esse banco de palavras no caderno para que possam consultá-las sempre que precisarem.
Para iniciar o trabalho com esse gênero literário, perguntamos aos alunos como toda história de conto de fadas deveria começar. A resposta foi unânime: “Era Uma Vez…”. E como vamos começar o conto em Inglês? “Once Upon A Time…”!
A primeira história escolhida foi a da Little Red Riding Hood, a Chapeuzinho Vermelho. Contamos a história e trocamos as diferentes versões conhecidas pelos alunos.
A partir disso, provocamos as crianças com as seguintes perguntas:
E se a Chapeuzinho Vermelho fosse brasileira, como seria a história? Onde se passaria? Como seriam as personagens?
Juntos, pensamos nas referências da história que conhecemos e iniciamos a adaptação para um conto “abrasileirado”, usando as figuras do folclore brasileiro como inspiração.
Escolhemos então:
Her Name: Iara
Place: The Amazon Forest
Vilan: Guará Wolf
Hero: Curupira
As crianças ilustraram em seus cadernos a paisagem e as personagens da nossa criação. Depois, as deixamos à vontade para trazerem as suas próprias versões da história, fazendo uso de alguns adjetivos apresentados, mudando o final e até o papel das personagens, com referências bem Brazilian!
F2 – Projeto
Após o período de sensibilização para o projeto institucional e de levantarem muitas perguntas sobre o que gostariam de saber sobre o nosso país, as turmas decidiram fazer as malas e viajar pelo Brasil. Mas, para organizar uma viagem por esse território tão grande, o primeiro passo é pensar no roteiro.
Por onde começamos e o que pretendemos descobrir nesse lugar? Qual será o meio de transporte para chegar? Quanto tempo leva o deslocamento? Por quanto tempo ficaremos no primeiro destino?
Com essas perguntas em mente, as crianças receberam uma caixa com vários objetos reunidos: uma canga, um par de chinelos, conchas, mate leão, biscoito Globo, feijão preto, um Riocard e uma camiseta do Cacique de Ramos.
As referências, muitas já conhecidas por eles em uma roda de conversa a respeito da identidade carioca, rapidamente os levaram à conclusão de que nosso ponto de partida não poderia deixar de ser a cidade maravilhosa. Juntos, refletiram e registraram o que sabem sobre o Rio, e listaram o que gostariam de saber.
Chegou a hora de pegar a estrada. Ou, quem sabe, trilhos…
Além de fazer cálculos e resolver problemas, as turmas se dedicaram a exercitar o raciocínio por meio de desafios envolvendo sequências lógicas.
Atividades de sequência lógica ajudam na organização do pensamento e das ideias, no desenvolvimento do raciocínio lógico e aprimoram as capacidades de atenção e percepção.
O Livro das Coleções, de Renata Bueno, foi nosso aliado nessa proposta. Ele apresenta coleções feitas por crianças, que foram desorganizadas e precisam da ajuda do leitor para descobrir qual é o padrão de organização de modo a ajeitá-las da forma original.
A obra aguçou o olhar das crianças, deixando-as animadas para decifrar as sequências apresentadas. Depois, foram desafiadas individualmente e também em pequenos grupos. Colocaram a cachola para trabalhar, identificando padrões e descobrindo as charadas de cada desafio.
Depois da apropriação de algumas estratégias, criaram sequências lógicas para os amigos solucionarem. Desequilibraram certezas e confrontaram hipóteses nessa brincadeira pra lá de séria.
As turmas pesquisaram sobre as regiões do Brasil. Os tópicos pesquisados foram organizados e giraram em torno de aspectos geográficos, ambientais e culturais. Durante a busca de informações, o interesse das turmas foi principalmente em saber dos aspectos culturais do Brasil: comidas, festas, danças, músicas…
Nas discussões coletivas, conversamos sobre os possíveis caminhos do nosso projeto a partir desses temas. As festas populares se apresentaram como um “fio encantador” capaz de costurar os interesses diversos e nos conduzir a uma viagem pelo país através de seus festejos.
Decidido o caminho, como atividade de sensibilização as crianças foram convidadas a uma experiência de sentidos: através de texturas, sabores, cheiros e sons, os grupos acessaram memórias pessoais e coletivas. Experimentaram milho e paçoca e sentiram os confetes em suas mãos.
“Cheiro e gosto de milho e de paçoca me lembram festa junina.”
“O confete me lembrou o bloco de carnaval da escola!”
Conversamos sobre o que seriam memórias coletivas e percebemos que as festas populares unem as memórias da turma em torno do Carnaval, da Festa Junina e do Natal. Mas será que as memórias coletivas são exatamente iguais em todo o Brasil? O Carnaval de outro estado é igual ao daqui? E quanto ao Natal, comemoram todos da mesma forma Brasil afora? Essas são perguntas que orientarão nossas próximas pesquisas.
A língua falada é dinâmica e está submetida aos falantes. O povo é quem manda na língua, como já dizia Lobato.
Palavras da língua inglesa são aportuguesadas e inseridas em nosso vocabulário de formas curiosas: skate – esqueite; football – futebol; shampoo – xampu… e por aí vai.
Aproveitando-se dessa ideia, lançamos a proposta de um “brainstorm” de palavras da língua inglesa usadas no nosso cotidiano. As crianças foram bem ágeis! Foram lembrados termos como link, online, cookie, cupcake, classroom, entre muitos outros.
Essa lista de palavras será utilizada para introduzirmos um novo conteúdo: os pronomes interrogativos.