Retomamos a Mostra de Arte presencial.
Foram semanas intensas, de muito trabalho, repletas de realizações e conquistas.
A escola estava cheia, colorida, vibrando e celebrando a cultura.
Que alegria poder receber as famílias e compartilhar com a comunidade escolar todos os processos e os resultados de um semestre de pesquisa, apreciações, experimentações e muito comprometimento com os trabalhos!
As fotos falam por si sós.
Obrigada a todos e até o semestre que vem.
As F6 estão desenvolvendo a pesquisa cênica Nada Mais, Nada Menos.
A história se passa em uma ilha de edição, onde diretor e editor trabalham juntos num pequeno trecho de filme.
O trabalho é dividido em quatro partes: sala, cozinha, banheiro e quarto. Ações simples do cotidiano são executadas em cada cena, com uma narração existencialista de fundo.
Os alunos utilizam os próprios corpos para representar os móveis. O teatro físico é excelente para desenvolver a concentração, o controle corporal, a consciência espacial e a criatividade.
Estamos nos encaminhando para a conclusão desse trabalho, que vai pôr em cena uma luz negra, para refletir objetos brancos.
As turmas estão treinando a autonomia e a responsabilidade com a cena. Alguns estudantes já sabem a sua parte corporal, texto ou posicionamento de objeto cênico. Outros ainda não.
Como organizar-se de forma autônoma? Os grupos têm qualidades e dificuldades diferentes.
Cada vez mais alunos participam de mais de uma cena, comprometendo-se e tomando a responsabilidade para si. As transições de cena são grandes desafios.
Estamos na reta final desse trabalho, que vai ser apresentado na escola, tendo outras turmas como plateia.
Após algumas aulas de sensibilização para o tema do Projeto, iniciamos a pesquisa de repertório, acolhendo as sugestões da turma.
Os estudantes foram incentivados a observar forma, instrumentação, textura (utilização de timbres e densidade) e o gênero musical.
Músicas como Silêncio, de Arnaldo Antunes, possibilitaram desdobramentos, provocando reflexão. O silêncio existe? O que ouvimos, quando estamos em silêncio?
As perguntas trouxeram o conceito de paisagem sonora, desenvolvido pelo músico Murray Schaffer.
A F8M escolheu Admirável Chip Novo, da Pitty; a F8T escolheu Cérebro Eletrônico, de Gilberto Gil, e fizemos exercícios de familiarização e apropriação dessas canções.
Os estudantes foram desafiados a identificar a levada rítmica e criar e uma sequência de percussão corporal. Em seguida aprenderam a cantar as canções escolhidas.
O próximo passo foi escolher os instrumentos para o arranjo e a definição da forma. Esse processo foi vivenciado coletivamente, e os estudantes tiveram liberdade de escolher de que forma gostariam de participar.
Passamos a ensaiar as músicas, buscando fluência, precisão e afinação. O resultado do processo foi apresentado na Mostra de Artes.
Acesse os links abaixo para ouvir os arranjos.
Para reconhecer o valor das heranças africanas na identidade brasileira, refletimos sobre nossas origens. Quem são e de onde vieram nossos ancestrais?
Conversamos muito sobre a importância da memória e pesquisamos árvore genealógica, buscando informações sobre os países de origem e as histórias dos antepassados de cada um.
A turma compartilhou histórias, como a de Nicolas, F8T.
“Ao fazer a pesquisa descobri que Maria da Liberdade foi minha trisavó. Ela nasceu em 13 de maio de 1888, em Minas Gerais.
Minha avó Graça me contou que a família dela era muito progressista. Então, quando finalmente a notícia da abolição chegou, um mês depois, os pais dela decidiram mudar o nome dela, de Maria para Maria da Liberdade, pois ela tinha nascido exatamente no dia e ano da abolição.”
Quem não conhece a própria história? Assistimos ao documentário Brasil DNA África, que mostra entrevistas com diferentes personalidades afrodescendentes falando sobre esse sentimento de não pertencimento e afirmando seu grande desejo de conhecer a África e seu lugar de ancestralidade.
Um exame de DNA revela as origens desses entrevistados, e eles são convidados a conhecer sua região e os descendentes de seus ancestrais. A obra questiona também o conceito de escravo como origem, e nos convida a refletir sobre o que significa vir da África – um continente multicultural – para um país como o Brasil, marcado pelo racismo estrutural.
Discutimos a relação entre o apagamento cultural das heranças africanas no Brasil, onde a maioria da população negra não conhece suas origens.
Para refletir mais profundamente sobre a todas essas questões, cada estudante foi convidado a gravar um vídeo de um minuto, falando sobre a importância da ancestralidade.
Conversamos sobre o que cada aluno conhece do fenômeno da globalização e levantamos algumas de suas principais características.
Debatemos o significado e a origem da palavra tecnologia; levantamos exemplos de situações em que a tecnologia está presente em nossas vidas e como ela influencia nossa relação com o meio onde vivemos.
Estudamos os conceitos de redes geográficas e de meio técnico-científico-informacional, de Milton Santos e, sob a ótica desses conceitos, analisamos a forma como a tecnologia transformou e conectou o espaço geográfico a nível global, promovendo conexões e intensificando fluxos de pessoas, mercadorias e informações.
Observamos mapas do mundo com diferentes formas de fluxos globais: rotas aéreas e de navios, cabos submarinos de internet e quantidades de mercadorias que circulam entre cada continente.