Passada a Mostra de Artes, nos dedicamos a conhecer o repertório junino que estaria presente em nossa festa. Ao som de diferentes ritmos, como coco, baião, xote e quadrilha nossos alunos conheceu um pouco da história e dos passos que compunham cada dança. O resultado desse trabalho pôde ser visto no nosso Arraiá, onde nossos alunos dançaram com muita alegria! Desejamos a todos boas férias e desejamos que no segundo semestre possamos seguir com essa mesma alegria!
Após a Mostra de Artes, as F6 e as F7 realizaram, nas aulas de Música, uma roda de conversa sobre a apresentação e sobre o processo de construção dos arranjos durante as aulas.
Muitos comentários interessantes surgiram.
O nervosismo do palco; a importância de lidar com as emoções; fazer música ao vivo sem deixar de se divertir.
As observações sobre a execução musical foram riquíssimas. Quase sem notar, os alunos mencionaram a equalização e a divisão dos instrumentos, as variações de andamento, o entendimento da letra pela plateia.
Refletimos sobre formas de melhorar a divisão de instrumentos e a escolha do repertório.
Os estudantes encararam de forma muito positiva os “erros” percebidos e demonstraram satisfação com o processo e com o resultado.
Parabéns às bandas. Fazer música sem perder a diversão, essa é a lição!
Após a Mostra de Artes, separamos um tempo para avaliação do processo vivenciado e da apresentação.
Esse momento de reflexão foi importante para amadurecermos, identificando o que funcionou e o que pode melhorar.
Começamos a sensibilização para a Festa Julina, trazendo xote, baião, galope e ciranda.
Depois de ouvir e experimentar no corpo os quatro ritmos, os estudantes foram desafiados a transpor a batida da ciranda, feita no pandeiro, para o corpo, atentando para a importância de entender a alternância entre os timbres agudo, médio e grave.
A turma construiu e executou coletivamente essa sequência rítmica de percussão corporal.
O desafio seguinte foi criar uma pequena composição sobre baião, utilizando copos plásticos.
Para inspirar, a turma assistiu ao vídeo do canal Musicopos que apresenta diversas variações sobre o baião no copo.
Os estudantes passaram a explorar os timbres encontrados no copo, e como organizá-los em uma composição coletiva.
O trabalho de campo tão esperado pelos alunos aconteceu! As F8 visitaram a Pequena África, na região portuária do Rio de Janeiro. Acompanhados pelo professor e pesquisador Gabriel Siqueira, nós visitamos lugares de memória importantes da história negra de nossa cidade. Começamos nosso estudo no Cais do Valongo, onde refletimos sobre a relação entre memória, patrimônio e apagamento cultural. Seguimos para os Jardins Suspensos do Valongo, onde observamos a paisagem de seu mirante e discutimos parte das intervenções urbanísticas da época, voltadas para apagar traços de uma cidade marcada pela escravidão. Fomos conhecer também a Pedra do Sal, marco importante da cultura do samba, reconhecida como quilombo cultural e visitamos o Largo da Prainha para conhecer a estátua em homenagem à bailarina Mercedes Baptista. Encerramos o trabalho de campo no Instituto dos Pretos Novos, onde existe um sítio arqueológico do antigo cemitério dos Pretos Novos.
Cada turma tem sua personalidade coletiva e escolheu seu caminho e tema para trabalhar no processo de uma curta encenação.
À F8M coube mergulhar no universo fantástico do escritor Eduardo Agualusa, em texto adaptado pela professora.
A F8T optou por A Guerra de Groia, texto colaborativo escrito pela turma após improvisações.
Ambas puderam apresentar seus processos criativos na Mostra de Artes, e receberam aplausos calorosos.
Nas aulas de Teatro, as F8 e as F9 aceitaram um grande desafio: cada aluno subiu no palco, sozinho, e falou do olhar sobre si mesmo; como acredita que o veem; seus gostos e desgostos.
A atividade exercitou a escuta da própria voz, da voz do outro e das vozes coletivas.
As aulas de Música das F9 têm acontecido em parceria com as de Artes Visuais, no projeto Curtas, elaborando trilhas sonoras, Foley, pesquisa sobre captação de som direto e trilhas incidentais.
As turmas vêm utilizando recursos do GarageBand, do Ipad, para compor trilhas sonoras, sons incidentais e até usar o Sampler em efeitos sonoros.
Tivemos um trabalho de Foley, gravando efeitos em tempo real e utilizando objetos sonoros, como pios, paus-de-chuva, radiografias, pratos de choques, sinos (para sonorizar um vídeo no estilo de cinema mudo).
História de Terrir foi o vídeo apresentado na Mostra de Artes.
O debate sobre direitos autorais foi disparador da trilha original, e o exemplo controverso foi Pelo Telefone, cuja autoria foi reclamada por Sinhô, Donga e Mauro de Almeida.
Lembramos que esse primeiro samba gravado era na verdade um samba-maxixe; que falar de telefone em 2017 era bem original; e continua relevante quando tratamos de tecnologia.
Gilberto Gil, ao citar Pelo Telefone, traz de volta o samba antigo.
Nossa versão veio em ritmo de samba-reggae, até para entendermos a evolução e a revolução rítmica que o samba está sempre pronto a promover.
Estamos nos preparando para a Festa Julina, entendendo diferenças e similitudes entre xote, galope, baião e boi.
Anarriê!
Vejam aqui nossa História de Terrir sonorizada.
Para compreender os conceitos de divisão do trabalho e de alienação no contexto da Revolução Tecnológica, estudamos diferentes modos de produção industrial capitalista. Realizamos uma dinâmica para diferenciar o trabalho do artesão e o trabalho do operário. Na primeira experiência, de simulação do trabalho artesanal, os alunos-artesãos aprenderam a desenhar uma cadeira em perspectiva, a partir das diferentes etapas de seu processo produtivo. Cada um desenhou sua própria cadeira e imprimiu sua marca no produto, definindo detalhes, materiais, custos com matéria-prima e valor de remuneração do seu trabalho e o valor final do produto. No total foram produzidas 21 cadeiras. Na segunda experiência, simulamos uma esteira de produção fordista, em que cada aluno-operário, deveria realizar uma única função, repetindo o mesmo traço da cadeira em série. Para experimentar o ritmo fabril, os alunos-operários foram instruídos a produzir um único modelo de cadeira, de acordo com o ritmo do relógio. O resultado foi a produção de 150 cadeiras sob pressão. Para encerrar a dinâmica, comparamos fatores como qualidade e quantidade das cadeiras produzidas em cada uma das experiências. No caso artesanal, os trabalhadores desenharam cadeiras de melhor qualidade, definiram seu tempo e valor de trabalho, porém produziram uma quantidade menor de cadeiras. No caso do trabalho fabril, a produtividade foi maior, porém a qualidade foi muito inferior, assim como o bem estar do trabalhador.
Propusemos às F9 desenvolver o projeto Curtas nas aulas de Artes Visuais e Música, deixando as de Dança e Teatro para outras produções.
Para entendermos sobre luz, imagens e movimento, estudamos a história da animação e desenvolvemos pequenas experimentações com leds, lâmpadas coloridas e outros objetos, criando os filmetes utilizados como projeção nas aulas de Dança.
Não faltou a já tradicional aula de História do Cinema, sobre os musicais.
Estudamos composição, planos cinematográficos e movimentos de câmera, o que nos possibilitou criar os storyboards para as roteiros que foram sendo desenvolvidos por cada turma, em parceria com as aulas de Português.
Os estudantes vêm gravando as cenas, organizando o material já filmado, planejando os cartazes e sinopses dos filmes.
O último estudo do semestre foi a apreciação de créditos animados, com ênfase no trabalho do designer Saul Bass, inspiração para desenvolvermos nossas aberturas e créditos finais.
Outra mudança no projeto Curtas deste ano é que, sendo desenvolvido apenas um filme por turma, os estudantes dividiram as funções por cenas. Cada cena de cada filme está sendo dirigida e produzida por uma equipe diferente.