“Compreendemos a avaliação como o momento de tomada de consciência de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Ela é realizada de maneira contínua, através da observação de diferentes atividades individuais e de grupo. Buscamos também valorizar no estudante a construção da postura comprometida com o seu processo de aprendizagem, com a comunidade e com o espaço escolar. Com esse enfoque, estruturamos a avaliação de forma que o aluno saiba o que os professores estão avaliando e em que aspectos precisa de maior investimento.”Proposta Pedagógica Escola Sá Pereira
Nas últimas tribos, nos debruçamos sobre o documento de avaliação da escola e refletimos sobre o assunto. Essa conversa foi de extrema importância para os estudantes novos, mas também para quem já fazia parte da escola.
Ao longo do primeiro semestre, conheceremos os diferentes povos que vivem em nosso país e aprenderemos a ler mapas que apresentam essa diversidade. Aprenderemos o que são povos tradicionais, sua importância para a cultura brasileira, sua relação com o meio ambiente e os principais desafios que enfrentam para manterem seu meio de vida e suas tradições nos dias de hoje. Aprenderemos os fundamentos da cartografia para analisar a localização e a distribuição dos povos indígenas e quilombolas, assim como para compreender a diversidade natural do Brasil em que eles se encontram.
Em nosso primeiro encontro deste ano, realizamos uma dinâmica em que a turma foi dividida em dois grupos com o objetivo de montar um quebra-cabeça do mapa das regiões do Brasil. Após esse desafio, apresentamos a regionalização do IBGE e cada aluno participou dizendo alguma curiosidade que conhecia sobre uma das regiões.
Estamos revisando as quatro operações básicas, com dois objetivos em especial.
O primeiro deles, entendendo que a matemática é também uma linguagem, é estender nosso vocabulário para que possamos estar prontos para a leitura e compreensão de textos um pouco mais formais que vão aparecer, a partir de agora, em livros, fichas e atividades. Para isso, temos resolvido vários problemas envolvendo palavras como parcela, soma, fator, produto, minuendo, subtraendo, diferença, quociente etc.
O segundo objetivo é trabalhar bastante com as operações inversas, que serão de grande importância para estudos futuros, inclusive para conteúdos que virão em anos posteriores, como equação.
Seguimos nos aprofundando no estudo das frações. Através de perguntas disparadoras e experimentações, as turmas concluíram as regras para se calcular multiplicações, potenciações e divisões de frações.
Já sabiam do combinado de que, nas contas com números fracionários, o resultado sempre tem de ser dado na forma mais simples possível. Desta forma, aproveitamos para refletir sobre esta pergunta: Sem efetuar a multiplicação, podemos saber antecipadamente se será possível simplificar o resultado de 3/7 x 2/3, por exemplo?
Como se tratava de uma previsão, foi difícil lidar com o fato de que não deveriam fazer a conta nem utilizar o resultado para justificar seus raciocínios.
E, assim, aprenderam o cancelamento, técnica extremamente útil, que consiste em simplificar as frações antes mesmo de fazer a conta de multiplicação, e que é pré-requisito de muitos outros conteúdos a serem estudados, inclusive para a definição de algumas fórmulas. Os estudantes puderam observar uma das maiores belezas da Matemática!
Ao longo do primeiro semestre, estudaremos o conceito de região e conheceremos as diferentes regionalizações do Brasil: a atual regionalização administrativa utilizada pelo IBGE, a regionalização geoeconômica e a regionalização proposta por Milton Santos, que apresenta os conceitos de “espaços luminosos” e “regiões concentradas”. Vamos estudar as principais características dos espaços rural e urbano e compreender as principais causas e consequências do êxodo rural na formação das regiões metropolitanas.
Em nosso primeiro encontro deste ano, realizamos uma dinâmica em que a turma foi dividida em dois grupos com o objetivo de montar um quebra-cabeça do mapa das regiões do Brasil. Após esse desafio, apresentamos a regionalização do IBGE e cada aluno contribuiu trazendo informações conhecidas sobre as diferentes regiões.
Os alunos compartilharam com seus colegas o resultado de suas pesquisas sobre as danças brasileiras por regiões. Contextualizaram as danças populares e mostraram em vídeos um pouco de cada uma delas, ensinando passos aos amigos e se apropriando do tripé de Ana Mae Barbosa: contextualizar, apreciar e fazer. Ana Mae é psicopedagoga, especialista em arte educação e fonte de referência para nosso trabalho na escola.
Ao final das apresentações, avaliamos essa atividade coletivamente, o que nos possibilitou ótimas discussões sobre diferentes temas, como a dificuldade de alguns grupos em encontrar os passos de determinada dança em algumas regiões.
“Não tem quem ensine isso na internet, Roberta!”
O que abriu a o oportunidade de nos questionarmos: Por que será? Como essas danças acontecem? Em que contexto? Se não há quem ensine, como podemos aprender?
Com essa atividade finalizamos a fase de sensibilização ao tema do projeto institucional, ansiosos para dialogar com os conteúdos que serão trabalhados nas disciplinas de cada turma.
Discutimos o conceito de diáspora, com participação ativa dos alunos. Utilizamos vídeos de celebridades, conhecendo suas raízes familiares, para os estudantes entenderem a importância de saber sobre suas origens.
Em seguida, criamos em turma um roteiro para os alunos entrevistarem seus familiares e conhecerem mais sobre a vinda de seus ancestrais, buscando as diásporas de suas famílias. Em grupos, eles compartilharam o que encontraram – dados, histórias, tradições, documentos – e elencamos os países e as culturas que surgiram nas pesquisas.
A partir daí, os alunos se organizaram em grupos por interesse, escolhendo uma das culturas para investigarem sobre como influenciou na constituição da cultura brasileira.
Os grupos foram orientados a escolher dois aspectos a serem pesquisados, para trabalhá-los em profundidade. Nas últimas três semanas, as turmas vêm trabalhando com muito entusiasmo na pesquisa e na criação de uma apresentação oral para compartilhar com os colegas os conhecimentos construídos nesse aprofundamento nas histórias das diásporas escolhidas.
Os estudantes estão sendo incentivados a pensarem sobre o formato das apresentações, a fim de torná-las ricas e interessantes para a audiência.
A culminância será no próximo mês, e contará com a presença de professores convidados.
Para aprofundar nosso conhecimento acerca do samba, utilizamos o instrumental das escolas de samba em atividades de prática de conjunto.
Consolidamos as funções dos surdos de primeira (maceta no segundo tempo do compasso binário) e do surdo de segunda (maceta no primeiro tempo).
A importância da mão nessas levadas com a característica de interromper o som produzido pela membrana, ou seja, tocando o silêncio. As subdivisões em semicolcheias, e a acentuação da quarta semicolcheia e da primeira semicolcheia de cada tempo, são a chave para a levada de samba nas caixas. Desafiador, mas é ela quem dá o molho para toda a bateria.
Ajudando nesse suingue, os agogôs de duas campanas fazem seu desenho típico e remetem à levada do atabaque no ritmo precursor das escolas de samba, o samba de roda. De modo simplificado, os tamborins fazem a pergunta utilizando três toques de acordo com a silabação do seu próprio nome, tam-bo-rim, e são respondidos pelo naipe dos pandeiros.
Por fim, os ganzás se juntam às caixas, subdividindo o tempo e acentuando da mesma forma, dando mais fôlego à levada da nossa bateria. Entre as partes de um samba-enredo se aplicam convenções, tanto para a bateria executar uma virada quanto para finalizar a levada. “Pediu-pra-parar-parou”. A silabação sempre ajuda na compreensão rítmica quando trabalhamos com ritmos populares. Outro momento bastante significativo para nossa “bateria” é o seu “esquenta”: um conjunto de perguntas e respostas, puxado tradicionalmente pelo repique, que evolui até a subida do samba em sua levada.
A ideia é que com essa base possamos ir ao encontro de outros ritmos que deram origem ao samba, como o Maxixe e os batuques do Jongo e do samba de roda, a fim de explorarmos seus repertórios.
Finalizados os estudos sobre a Revolução Russa, estamos agora mergulhados no contexto histórico após a Primeira Guerra Mundial.
O que foram os anos 1920 e por que entraram para a História como “os anos loucos”?
Quais foram os impactos de uma das maiores crises econômicas da História, o crash da Bolsa?
Como surgiu e quais foram os desdobramentos da ideologia fascista?
Percorrendo o período entreguerras, chegaremos a um dos grandes conflitos da história da humanidade, a Segunda Guerra Mundial.
Desenvolvendo o conteúdo de genética, as turmas realizaram em grupos o jogo “Faça um filho”, em que organizam um conjunto de cromossomos, cada um designando a definir apenas uma característica, podendo conter um gene dominante ou recessivo.
No primeiro momento os estudantes identificaram o genótipo e o fenótipo de cada indivíduo parental. Depois, com aqueles cromossomos formaram os gametas e finalmente uniram um gameta feminino com um masculino, formando dois novos indivíduos e anotando as características que não eram observáveis nos pais mas passaram aos filhos.
Trabalhamos assim o reforço de conceitos básicos como genótipo e fenótipo, a formação de gametas e também conceitos novos como a expressão de genes, em um processo ativo e descontraído.
Aa turmas vêm desenvolvendo um trabalho autoral de arte política.
Iniciamos as pesquisas com apresentação da obra Fechar os Corpos, do artista carioca Matheus Ribs, desencadeando uma discussão sobre como os artistas podem usar seu trabalho para despertar a reflexão e impulsionar a consciência e o senso crítico do público, com obras que evidenciam o contexto das realidades sociais, econômicas ou políticas do seu tempo.
Em seguida, analisamos outras obras que têm em comum o engajamento político, em diversos períodos da história: do renascentista Michelangelo que, mesmo patrocinado pela Igreja Católica, não deixou de valorizar a racionalidade e o conhecimento científico em obras sacras, a artistas brasileiros como Cildo Meireles, Carlos Zillio e Lygia Pape, que formaram uma frente de resistência ao autoritarismo do período de ditadura militar, driblando os sensores e criando novas formas de se expressar artisticamente; e também artistas contemporâneos, como o próprio Matheus Ribs e Jaider Esbell, artista indígena da etnia Makuxi, entre outros.
Assim, após refletirmos sobre como um artista pode se comportar diante do poder político, foi lançado o desafio: os estudantes deveriam escolher um tema atual com relevância política ou social, pesquisar a respeito nos meios de comunicação para, finalmente, criar e produzir uma imagem ou objeto artístico que respondesse à pergunta “Como eu vejo meu país?” de forma crítica e engajada. Os trabalhos, diversos em temas e formatos, estão em produção e já anunciam interessantes reflexões que podem provocar.