O Ensino Médio marca um momento de transição e de novos desafios. É quando se espera que os alunos, a partir da autonomia que vem sendo construída, organizem sua vida escolar com responsabilidade, desenhando caminhos para suas escolhas e tomadas de decisão em um futuro que logo chega.
Tomar decisões e fazer escolhas nem sempre são ações fáceis.
Pensando nas discussões para nossos encontros na Tribo, os estudantes listaram o que pensam quando o assunto é Projeto de Vida.
“Experiência, vocação, planejamento, caminho, sonhos, pertencimento, intenção, decisão, carreira, disciplina, ajuda, sucesso, orientação para o futuro profissional…”
Em nossos encontros, os estudantes terão a oportunidade de desenvolver a autonomia para desenhar o percurso de suas escolhas, identificando o que desejam para suas vidas, os desafios que precisarão enfrentar, os sonhos e aptidões que possuem. E poderão nortear caminhos e estratégias a serem construídas.
Muita calma nessa hora! Vamos começar pelo começo?
Na primeira semana do mês, fizemos uma atividade integrada ao debate já iniciado nos últimos dias de fevereiro: relações interdiscursivas e intertextuais em diversos níveis da linguagem.
Os estudantes pesquisaram letras de canções ou poemas que utilizassem a relação intertextual em seu processo e os resultados integraram textos de Chico Buarque e Carlos Drummond de Andrade; Baco Exu do Blues e Gal Costa; Rita Lee e Arnaldo Jabor.
Na segunda semana, fizemos um breve estudo das figuras de linguagem, analisando canções de Tom Zé, Belchior, Caetano Veloso e Chico Buarque, para identificar figuras de pensamento e sonoras presentes nas letras.
Os alunos participaram da I Jornada Avaliativa de Língua Portuguesa, com questões debatidas no mês de fevereiro: tipos e gêneros textuais, linguagem verbal e não verbal e interpretação textual.
As duas últimas semanas do mês de março foram dedicadas à aula externa, realizada nos bairros de Santa Teresa e da Lapa, e às atividades desdobramentos dessa aula passeio.
Nas aulas de Inglês, para celebrar e refletir sobre o Dia Internacional da Mulher, especialmente a coragem e determinação de muitas delas em suas comunidades, discutimos a importância de suas conquistas ao longo da história.
Especulamos também sobre o futuro do movimento feminista e da questão de gênero. Finalizamos criando manifestos para expressar nossa opinião.
Iniciamos o projeto Future Professionals com a pergunta “What professions do you believe have been lost over the past 100 years?”. (Quais profissões você acredita que se perderam nos últimos 100 anos?)
Assistimos a vídeos, anotamos as respostas no quadro e enfatizamos a estrutura gramatical present perfect.
Por fim, os estudantes pesquisaram profissões extintas. Organizaram-se em duplas, e cada dupla escolheu uma profissão para fazer uma comics.
Em Realizações Audiovisuais, trabalhamos voltados para a contação de histórias e a estrutura de roteiro.
Com dinâmicas criativas, os estudantes exercitaram a escrita cooperativa.
Como transformar uma ideia em um argumento? Como partir do argumento e chegar ao roteiro?
No encontro mais recente, os alunos assumiram o lugar do educador e fizeram a revisão completa dos conteúdos estudados.
Puderam, assim, perceber o que já tinham aprendido e quais dúvidas restavam.
Com a definição do nome do nosso espetáculo e das cenas que nossos alunos gostariam de experimentar e criar, demos, nas aulas de Dança, início ao nosso trabalho coreográfico.
Nesse processo, o aprendizado tem sido além da movimentação, já que construir um espetáculo demanda bem mais que criar movimentos.
Os estudantes estão aprendendo cada etapa da prática de montagem, participando ativamente das decisões que envolvem tudo relacionado a essa criação: escolha de trilha sonora, figurino, pesquisa de movimento…
Tiveram que lidar também com a frustração, ao descartar ideias e experimentações que não funcionaram, entendendo que nem tudo são flores em um processo criativo.
Mesmo assim encerramos o mês de março tendo o início de nosso trabalho coreografado, com trilha sonora escolhida e já seguros desse primeiro momento de Tékhne.
Nas aulas de Educação Física, trabalhamos o esporte de acordo com os desejos da turma. Separamos uma aula para conversar sobre os desejos individuais para o primeiro trimestre.
Qual esporte você gostaria de conhecer melhor? Por quê? Que tal tentarmos algum esporte novo?
Fizemos a votação entre as modalidades citadas e o eleito foi o handebol.
Prosseguindo o estudo dos conjuntos, recordamos conteúdos estudados.
Entendemos que, na Matemática, os números são agrupados por características semelhantes.
Esses grupos são chamados de Conjuntos Numéricos. Surgiram à medida que a humanidade foi evoluindo, necessitando contar coisas e organizá-las melhor para a vida em sociedade.
Nossa primeira avaliação teve como objetivos principais fazer o reconhecimento dos diferentes conjuntos numéricos, identificando as características dos números pertencentes a cada um deles, e operar com esses conjuntos.
Foi muito importante os alunos reconhecerem os símbolos estudados na Teoria dos Conjuntos.
Na Matemática 2, os objetivos principais foram fazer uso do Teorema de Tales e reconhecer proporções em triângulos semelhantes.
Aprofundamos o estudo do Calor. Após definirmos o que é o Calor e temperatura, novas dúvidas surgiram: como medir a temperatura? Como o Calor se propaga de um corpo para outro? O que acontece com um corpo ao receber essa energia?
Estudamos as escalas termométricas – Celsius, Fahrenheit e Kelvin -, Propagação de Calor e Calorimetria.
Entendemos por que os personagens de séries e filmes usam casacos quando os termômetros marcam 40°F.
Sabemos o motivo pelo qual o ar-condicionado fica no alto; entendemos a razão da mudança do sentido da brisa marítima; e por que, em um dia de sol, a água fica mais fria de manhã e mais quente à noite.
Esses conhecimentos e habilidades foram desenvolvidos em sala de aula e incluídos na primeira jornada avaliativa, cujos resultados foram bem positivos.
Nas aulas de Química, estudamos a forma como a metodologia científica está imersa no desenvolvimento, ao longo dos anos, dos modelos atômicos.
Vimos também a necessidade que o conhecimento químico tem de utilizar modelos para a compreensão da estrutura, das características e das propriedades da matéria.
Trabalhamos com metodologias ativas, visando a dinamizar o processo de aprendizagem dos estudantes.
Utilizamos histórias em quadrinhos sobre modelos atômicos e discutimos, com base nos materiais entregues, as principais características dos átomos em cada momento da história.
Para melhor entendimento do comportamento atômico em algumas situações, realizamos um experimento denominado Ensaio de Chamas, durante o qual observamos os saltos quânticos, conceito postulado pelo cientista Niels Bohr.
Modelos Atômicos (link)
Trabalhamos o conceito de protótipos, usando inicialmente um projeto de mão mecânica de papelão.
Os grupos precisaram recriar o projeto, testar, avaliar se a funcionalidade foi atendida, identificar suas falhas e implementar as melhorias necessárias.
Fizemos uma segunda rodada de projetos, com peças tridimensionais.
Cada grupo deveria criar uma estrutura, documentar a forma de construção e os materiais utilizados.
O projeto era repassado para outro grupo, que deveria executá-lo seguindo o manual, sem ter visto a peça montada.
A experiência comprovou a importância do detalhamento na documentação dos projetos.
As próximas aulas estarão sob o comando dos estudantes, que já elencaram projetos que querem realizar.
Farão protótipos, avaliarão a necessidade de melhorias para, posteriormente, apresentar o resultado e orientar a turma sobre o desenvolvimento de cada peça.
Nas aulas de Projetos Socioambientais, prosseguiu o aprofundamento teórico de conceitos como território e discursos cartográficos.
Visitando o Parque do Martelo, no Humaitá, conhecemos a história do local, da disputa por aquele território e seu processo de transformação.
Com as discussões em sala, compreendemos que todo mapa tem uma intenção e um discurso. Uns produzem apagamentos e outros podem revelar conflitos ou valorizar culturas.
Por fim, a turma se pôs a pensar e concluiu que, em nosso mapa, quer o discurso político e o afetivo.
Nas aulas de História, prosseguiu o estudo do período moderno, da formação dos Estados na Europa e de seus precedentes. As Grandes Navegações e a Expansão Marítima Europeia, que deram origem à formação dos impérios coloniais europeus e à formação do sistema atlântico escravista.
Avaliamos o aprendizado dos objetivos propostos: compreender o conceito de feudalismo, identificando suas principais características e explicando sua decadência; caracterizar o surgimento dos Estados Nacionais Modernos, explicando o conceito de Estado; compreender a importância histórica das Grandes Navegações, identificando causas, países envolvidos e consequências.
Nossos próximos temas de estudo serão o Renascimento e as Reformas Religiosas.
Em Ciências Humanas, no Projeto O Mundo Atual Através do Cinema, assistimos a Não Olhe para Cima, de Adam McKay, escolhido pela turma, e debatemos os temas atuais mais importantes abordados no filme.
Decidimos também, coletivamente, divulgar pelo Instagram os debates e discussões da sala de aula, na página Cine Sá.
Convidamos a comunidade escolar a seguir o perfil, que já está sendo alimentado pelo grupo.
No mês de abril, escolheremos outro filme para apreciar.
Apresentamos o conceito de Cartografia, seu objeto de estudo e a importância dos mapas, em suas diversas formas de representação, pelas quais observamos divisões políticas, relevo, população, só para citar algumas possibilidades.
A Cartografia moderna conta com o recurso dos computadores, satélites, smartphones, e nos fornece informações de coordenadas que nos apontam com precisão itinerários e localizações.
Tivemos também um produtivo debate sobre a utilização do GPS, da qual o Uber e os serviços de entrega são exemplos atuais e eloquentes.
Passamos, então, à Cartografia social. Vimos que observar a representação de um território – embora necessário – não é suficiente para compreender a Geografia num conceito abrangente.
A linguagem geográfica ganha maior e mais relevante dimensão ao proporcionar a interação entre o conteúdo formal, o conhecimento do espaço e as relações humanas nele inseridas.
O Mundo na Palma da Mão?, Projeto de Sociologia, propõe-se analisar, partindo da relação entre tecnologia e sociedade, as mudanças que vêm ocorrendo neste século.
Discutimos o conceito de tecnologia como fruto do trabalho humano e a importância de esmiuçar, sob a ótica sociológica, as relações de trabalho.
Nosso arcabouço teórico inclui análises feitas por Marx, Weber e Durkheim.
Ainda com o suporte teórico das obras desses autores, buscaremos compreender as dinâmicas sociais e urbanas, passando pela discussão de aspectos ambientais, históricos, culturais e econômicos.
Ciência, Ética e o Ser Humano: a Produção de Conhecimento, suas Potencialidades e Limites.
Esse foi o tema escolhido para o Projeto com o qual investigaremos, nas aulas de Filosofia, o papel da tecnologia, a ética e a autonomia humana no século 21.
Somos manipulados pelos algoritmos? Ou temos liberdade de escolha?
Fizemos um breve apanhado dos conceitos de ética e moral, e os estudantes formaram grupos para investigar subtemas, com vistas a futuras discussões.
Obras filosóficas nos fornecerão bases teóricas para a formação de atitudes questionadoras, capazes de conduzir debates sobre questões cotidianas, sob variadas perspectivas.
A primeira atividade da Monitoria de Linguagens aconteceu no dia 18/3.
Em aula de revisão para a primeira Jornada Avaliativa, os alunos relembraram conceitos relacionados à textualidade e aos diversos tipos de linguagem.
A turma avaliou coletivamente fragmentos de textos de gêneros variados e produziu, também, o mapa mental dos conteúdos trabalhados em Língua Portuguesa.
As Oficinas de Escrita, voltadas para a produção de textos argumentativos-dissertativos, acontecerão nos dias 8 e 29/4.
Rua da Matriz, 25 – Botafogo, Rio de Janeiro
(21) 2538-3200
Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo, Rio de Janeiro
(21) 2538-3200
