Festa Julina

A  Festa Junina da Sá Pereira é muito mais do que uma comemoração: é um ato pedagógico, afetivo e cultural. Celebrar esse festejo popular é reconhecer a força da memória coletiva, da oralidade, da música e da dança como formas legítimas de produção de conhecimento.

Ao valorizar as tradições nordestinas, as narrativas do povo do campo, os ritmos afro-indígenas e as expressões regionais, a festa se alinha profundamente ao nosso projeto institucional de 2025 — “Arte e Memória: é preciso relembrar o antes para inventar o depois?”
Nesse encontro entre o ancestral e o contemporâneo, promovemos o pertencimento, a escuta, o respeito às culturas populares e a valorização das raízes que nos formam enquanto sujeitos e enquanto escola.

Brincar é memória viva, arte é pertencimento.

Pereirinha e o Cortejo de Maracatu

A Educação Infantil e o primeiro ano do Fundamental I deram início aos festejos com um cortejo de maracatu, abrindo caminho para a entrada dos passarinhos do berçário, que perfumaram o espaço com raminhos de alecrim. Em seguida, as crianças brincaram com calangos rimados, bonecos gigantes e adivinhações de bichos, celebrando o saber popular com criatividade. A chegada do Boi Foguetinho, criação do Ateliê da Pereirinha, emocionou o terreiro, seguido pela dança do Jongo com as turmas do F1, que encantaram os pequenos da EI.

As barraquinhas de brincadeiras também fizeram a alegria da criançada, assim como a mesa colaborativa repleta de quitutes típicos, preparados com carinho por toda a comunidade escolar.

Para finalizar, famílias e crianças se reuniram numa grande Ciranda, celebrando juntos a força do coletivo. Foi uma festa feita de pano, papel e imaginação, e também de memória, afeto e pertencimento. Que venham mais encontros como esse.

Viva o São João da primeira infância! Viva a cultura popular que forma e transforma!

Encontro de Corais

F4 e F5

As turmas de F4 e F5  abriram os festejos emocionando a todos os presentes com a junção dos Corais de nossa escola. Reunimos as 150 vozes infantis mais 30 vozes adultas que integram o Coral Sá Maior, formado pela comunidade escolar (educadoras, mães, pais e avós da escola). O coral Sá Maior cantou Baião, de Luiz Gonzaga, e em seguida cantou junto ao coral das crianças Onça Juca do Bolo, do boi maranhense.

Parece que inauguramos mais uma tradição no calendário dos corais, reunindo crianças e adultos para brincarem no São João, enchendo nossos corações de amor por meio do canto coletivo e da alegria contagiante! Memórias que ficarão para sempre em nós… “Olelê São João! Me valha Sá Pereira! De onça eu tenho medo!
O canto dos Corais chamou o Boi e abriu espaço para a tradicional quadrilha das turmas de F5.

 

Jongo e Coco Ararinha

F2 a F4

As F3 tocaram Asa Branca na flauta, abrindo caminho para músicas como Santa Bárbara, o Jongo e o coco Ararinha, dançado com alegria pelas F2, F3 e F4.

As pernas de pau, os bonecos gigantes e a presença de Dona Mariquinha deram um toque de encantamento cênico à festa, que uniu tradição e imaginação em cada detalhe.

Foi uma tarde de brincadeiras, cantos e encontros que reafirmou a força da infância como território de criação cultural. Através do corpo, da música e do coletivo, as crianças do Fundamental I nos lembraram que tradição e invenção andam de mãos dadas, e que a arte pulsa onde há espaço para brincar com liberdade.

Festa da Diversidade

Fundamental II e Ensino Médio

A Festa Junina do Fundamental II e Ensino Médio foi repleta de cultura, musicalidade e crítica sensível. Mais do que um momento de celebração, foi a culminância de processos de pesquisa, investigação artística e conexão com as raízes populares que atravessam a história e a diversidade brasileira e latino-americana.

As F9 abriram a festa com um cortejo musical no qual cantaram e tocaram Asa Branca, Baião de Ninar e Batucada, costurados pela escala mixolídia. Em seguida, as F6 dançaram calango e partido alto, exaltando os saberes da roça. As F7 cruzaram a cúmbia e o carimbó com a canção El Pescador, e as F8 dançaram o auto do boi em roda com matracas.

Já o Ensino Médio encerrou a festa com uma coreografia potente de Homem com H, de Ney Matogrosso, abordando identidade e liberdade de expressão.

Bateria da Sá Pereira Encerra a Festa

A Bateria da Sá Pereira animou a festa junina com xotes e cirandas, colocando alunos, familiares e funcionários para dançar em um grande baile junino.

Esse é um trabalho feito com muita dedicação e capricho pela comunidade escolar, para a comunidade escolar; por isso ficamos muito felizes com a receptividade do público e com a chance de participar dessa festa tão bonita e importante no calendário da nossa escola.

O Arraiá terminou com quadrilhas e forró para todos e nosso tradicional Olha pro céu, celebrando a cultura popular como ferramenta de pertencimento, crítica e invenção.

Viva a arte e a memória de nosso povo!

 

Jornada Formativa

Na Sá Pereira, o professor também aprende!

Em nossa proposta pedagógica, pautada pelo trabalho com projetos e a arte-educação, compreendemos que não há projeto sem escuta, troca e criação coletiva.

Por isso, ao longo de cada ano letivo, realizamos duas formações, no início de cada semestre, envolvendo todos os nossos educadores, professores, coordenadores, orientadores, auxiliares e estagiários, da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Acreditamos que o professor é, antes de tudo, um pesquisador. Alguém que investiga o mundo, cria caminhos com os alunos e se forma continuamente no fazer cotidiano. Por isso, a formação continuada não é apenas parte do nosso calendário, é parte do nosso modo de existir como escola.

Para abrir o segundo semestre de 2025, recebemos nossos funcionários com uma série de oficinas sensíveis e inspiradoras, conduzidas por membros da nossa comunidade escolar ampliada: pais, avós, funcionários da escola e convidados do território do Santa Marta.

As oficinas realizadas foram:

  • Origami, com Bruno Ferraz
  • Passinho, com Renato Belo
  • Desenho, com André Dahmer
  • Tranças, com Priscila, chamada carinhosamente por todos de Preta, e Tauane
  • Corpo, Espaço e Geometria nos estudos de Laban, com Ana Bevilacqua
  • Jogos Teatrais, com Juliana Féres e Carol Machado
  • Cinema, com Pedro Von Kruger
  • Escultura, com Israel Kislansky
  • Zine, com Giovana Cianelli
  • Marcenaria, com Marcelo Moleta
  • Cerâmica, com Cecília Moura
  • Grafite, com Thiago Rodrigues

Essas oficinas alimentaram nossa escuta, afinaram nossos olhares e fortaleceram o vínculo entre escola, território e comunidade.

Em seguida, recebemos o Jongo da Serrinha, que nos fez dançar juntos e aprender sobre essa expressão cultural que carrega saberes afro-brasileiros, resistência e celebração comunitária.

Encerramos a formação com a presença da historiadora e curadora-chefe do MAM-Rio, Raquel Barreto, que nos ofereceu uma palestra sensível e contundente sobre o papel da Arte e da Memória como forças políticas e poéticas na história. Suas reflexões abriram caminhos para pensarmos sobre pertencimento, narrativa, ancestralidade e o direito de contar (e recontar) nossas histórias.

Agradecemos profundamente a todos que compartilharam seus saberes, seus gestos e suas vozes nesse encontro.

Que venha o segundo semestre!

Reencontro

O reencontro das nossas crianças e jovens foi marcado por muito afeto e alegria. Nesta primeira semana, compartilharam viagens, histórias e, aos poucos, foram retomando a rotina escolar.

Mais do que rever amigos, este momento reafirma a importância de estar em grupo, de aprender e crescer no coletivo, construindo laços que fortalecem a experiência escolar.

Nas próximas semanas, estarão envolvidos com novos projetos de pesquisa, o evento literário de F2 ao Ensino Médio, a mostra de artes da Pereirinha e muitas outras vivências que nos esperam.

Aguardem!