Pesquisando sobre o Cerrado, as turmas de F1 descobrem características interessantes sobre a vegetação do bioma: árvores pequenas, retorcidas, com raízes profundas e casca grossa, uma adaptação ao fato de, na estação da seca, a mata pegar fogo naturalmente.
A madeira queimada inspirou uma atividade de artes usando o carvão. As crianças experimentaram o material com curiosidade e criaram desenhos a partir de imagens selecionadas.
As turmas ficaram surpresas com a descoberta de que o fogo controlado é benéfico nesse bioma e acelera o surgimento de muitas espécies de flores.
Estamos finalizando uma pequena montagem do conto Chapeuzinho Vermelho e o Boto-cor-de-rosa, uma adaptação da história original, escrita por Cristina Agostinho e Ronaldo Simões Coelho. Nesta versão, a história de Chapeuzinho acontece no Pará, com elementos típicos da região.
Vamos apresentá-la para as turmas F1 durante as aulas de Teatro para que nossos alunos tenham a primeira experiência de sentir o público, com o intuito de fazê-los experimentar os desafios de estar em cena.
Importante ressaltar que nessa vivência eles não tiveram o compromisso de decorar um texto. Abrimos a possibilidade do improviso e da própria criação de suas falas, já que tinham outros desafios para dar conta, como: falar alto, articular bem as palavras, colocar emoção na representação e não ficar de costas para o público ao longo das cenas, além do silêncio na coxia.
Ainda embaladas pelo ritmo do Maracatu que marcou o encerramento do primeiro semestre, as F2 seguiram viagem para Pernambuco.
Depois de refletirem sobre a longa distância que separa a região Sul da região Nordeste, o custo da viagem e o melhor meio de transporte para economizar tempo no deslocamento, desembarcaram no aeroporto de Jaboatão dos Guararapes, nos arredores de Recife. Lá mesmo embarcaram em um ônibus em direção à cidade que é patrimônio histórico e cultural do mundo: Olinda! Conheceram o centro histórico com suas famosas ladeiras, as tantas igrejas barrocas, a identidade cultural presente na música e na comida. Suas casas de janelas coloridas, a vista para o mar e a famosa tapioca recheada deixaram um gostinho de quero mais.
Olinda, tão linda, colorida, carnavalesca, sinônimo de resistência com suas bravas tapioqueiras no alto da Sé, deixou as crianças desejosas por permanecerem mais algum tempo viajando por essa região. E já que chegamos ao Nordeste pelo litoral, que tal uma passadinha pelo sertão? Aguardem notícias sobre o nosso próximo destino.
Quanto mede? Quanto pesa? Quanto custa? Quanto cabe?
São perguntas que estão rondando os nossos estudos nas aulas de Matemática.
Estimar, medir e comparar unidades de medida usuais são habilidades desenvolvidas nos terceiros anos.
Escolher atividades em que as crianças possam aplicar as unidades de medida corretas para indicar grandezas de comprimento, massa, valor monetário e capacidade está no centro das atenções neste momento da aprendizagem.
Muitas novidades estão por vir!
Nas aulas de Matemática os jogos são grandes aliados para disparar discussões, construir e aprofundar conhecimentos, além de exercitar o que foi aprendido.
Durante a retomada dos estudos sobre a multiplicação, os alunos foram apresentados ao Jogo do Caracol, em que é preciso compreender as estratégias das multiplicações por 1, 10 e 100, o que estimula a construção da regra e sobretudo a percepção do que acontece com os algarismos de um número nessas operações.
Organizados em grupos e de posse de um dado e um tabuleiro com o desenho de um caracol de três cores, todos desafiaram-se na contagem de pontos a partir da multiplicação e da adição.
Outras brincadeiras e jogos que estimulam a prática de aprendizagens também serão vivenciados porque aliar aprendizado e diversão é tudo de bom!
O quarto ano iniciou seu segundo semestre exercitando a técnica da flauta doce. Eles se concentraram na digitação da mão direita e reconheceram as posições dos dedos das notas musicais: Ré, Mi e Fá.
No Jogo do Eco, cada criança inventou uma melodia curta que tinha que ser repetida pela turma toda. Nessa brincadeira, praticamos sonoridade, afinação, articulação e melhoramos as posições dos dedos. Para abrir os ouvidos brincamos o jogo do DJ, onde cada criança podia tocar um som ao comando do DJ, e os sons acionados não podiam tocar juntos. Achar um espaço de silêncio para colocar seu som, sem esbarrar no outro, era o desafio. As engrenagens sonoras criadas ficavam mais interessantes a cada rodada!
Retomamos as aulas de Teatro com exercícios de improvisação e escuta, elementos importantes dentro da linguagem teatral.
Nas F3, o exercício foi improvisar diálogos em duplas, tendo como regra a ordem das letras do alfabeto. Foi um desafio e tanto para nossos alunos, que entenderam o quanto era necessário estarem atentos e com a escuta apurada.
Nas F4 e F5, trouxemos o exercício de bases criado pelo diretor britânico Peter Brook. Nessa dinâmica, a noção espacial, o ritmo, a concentração, o espírito de grupo e a capacidade de enxergar as prioridades cênicas são trabalhados para que o ator esteja a serviço da arte, e não o contrário.
Que venha o segundo semestre!
O início do segundo semestre trouxe uma novidade para o 3º, o 4º e o 5º anos: o estudo da geometria e sua aplicação no desenho geométrico.
No planejamento das aulas buscamos dialogar com o conteúdo do projeto de cada turma e as atividades foram organizadas comtemplando as competências motoras e pedagógicas de cada grupo.
A F3, ao ser apresentada às formas geométricas planas, soube nomeá-las e descrever suas características principais, demonstrando um bom conhecimento sobre o assunto. Em seguida, desenharam, recortaram as formas e prepararam, com esses recortes, uma composição livre.
A F4 foi um pouquinho além e estudou alguns conceitos básicos da geometria, conceituando o que é ponto, linha, reta e segmento de reta para depois chegarmos às formas geométricas planas. Observamos algumas características que elas têm em comum e as que as diferenciam umas das outras. Essas percepções são importantes para organizar o conhecimento sobre esse conteúdo tão específico. Depois eles elaboraram uma composição imagética usando apenas formas geométricas planas.
A F5 já conhece um pouco deste conteúdo teórico. Porém o desafio é com relação ao desenho. Como construir essas formas geométricas com precisão e respeito às suas características básicas? Foi pedido aos grupos que fizessem um quadrado de 10 x 10 cm. Logo surgiu a pergunta: podemos usar a régua? Mas apenas o uso da régua é suficiente para desenhar um quadrado com quatro lados iguais? E quanto aos ângulos? Foram apresentados aos instrumentos que facilitam esse trabalho: o transferidor e o par de esquadros. Fazer uso desses apetrechos não é uma tarefa muito fácil. É preciso concentração e paciência para fazer os traços, respeitando as medições da régua e do transferidor. Mas é uma questão de treino e de tempo. Aos poucos eles estão ficando mais eficientes e precisos!
F5 – Música
O quinto ano iniciou o segundo semestre cantando e tocando na flauta a música Marinheiro Só.
Aproveitando a divisão de vozes do coral, dividimos a letra da canção entre pergunta e resposta e criamos um arranjo a duas vozes para uma introdução na flauta. Exercitamos sonoridade, afinação, articulação no canto e na flauta, além de experimentar instrumentos de percussão para acompanhar a música. Também assistimos ao trecho de um show da Clementina de Jesus cantando a música. A história da cantora, sua cultura musical ancestral, recebida da mãe e da avó, foram motivo pra uma conversa bem animada.
Para finalizar, começamos a ouvir a história da Nau Catarineta cantada por Antonio Nóbrega, que vai inspirar a montagem da peça de fim de ano.
As turmas fizeram um trabalho de campo bem significativo para os estudos de projeto. A F5M responsabilizou-se pela publicação dos registros feitos sobre essas atividades:
“Para aprimorar os conhecimentos do projeto, as crianças fizeram um trabalho de campo em parceria com o Instituto Moleque Mateiro. Este trabalho especial durou dois turnos (manhã e tarde).
Teve início numa reserva biológica em Barra de Guaratiba, onde as turmas visitaram o ecossistema do manguezal. Após uma pausa para o almoço, seguiram para o Parque Natural Municipal de Grumari e conheceram o Marcinho, que trabalha para o município com produção de mudas para replantio de restingas. Caminharam por uma trilha fechada até a praia e coletaram amostras da água do mar e do substrato da restinga.
Para concluir o dia de trabalho cansativo, as crianças fizeram uma trilha pela floresta do Parque Natural Municipal da Prainha.
Recolheram, ao final, as amostras de substrato e água coletadas nos três ecossistemas pelos quais passaram: manguezal, restinga e mata.
Desta forma, finalizaram o trabalho de campo ‘Do mangue à mata‘ com suor, alegria e conhecimento científico.”
Texto coletivo – F5M