Voltamos com muita animação. Neste início de semestre estamos relembrando nossa rotina das aulas. Iniciamos sempre com um alongamento e aquecimento, buscando entender como nosso corpo funciona, atentos à nossa postura.
Depois recorremos aos piques; com as férias muitos esquecem as regras e os combinados das brincadeiras, e esse é o momento de refrescar a memória.
Finalizamos as aulas com um relaxamento para que todos possam voltar à calma e seguir para a próxima atividade mais tranquilos.
O que é o tangram? Instigadas, as crianças das F1 levantaram diversas hipóteses:
“É um jogo com peças em formato diferente.”
“É tipo um quebra-cabeça.”
“É um jogo que a gente pode montar figuras do manual e também da nossa cabeça.”
“É muito difícil.”
Para matar a curiosidade dos pequenos sobre esse antigo jogo chinês, as crianças ouviram a lenda do seu surgimento, que despertou atenção.
Diz a história que um jovem pintor ganhou do imperador uma prancha de jade para percorrer a China e pintar as belezas e curiosidades do país. Mas sem querer ele deixou-a cair e ela se quebrou em sete partes. Ao tentar remontar o quadrado original, percebeu que poderia formar diferentes imagens com aquelas formas geométricas. E assim nasce o fascinante jogo.
As crianças compararam tamanhos, formas e quantidades do quebra-cabeça. Usando as peças e muita imaginação, criaram bichos, casas, figuras humanas…
Houve até uma pequena encenação da lenda.
Quanto aprendizado e diversão!
Retomamos a rotina de aprendizados propondo um novo tema para as nossas atividades nas aulas de Inglês: Animals.
Como disparador, aproveitamos a volta do recesso para conversar em grupo sobre os animais que foram vistos durante o período fora da escola: “What animals did you see?”. Alguns comentaram sobre raposas e lhamas, outros mencionaram os bichos da fazenda. Mas como são seus nomes em inglês? Para enriquecer, trouxemos o livro Brown Bear, Brown Bear, What do you see?, de Eric Carle, apresentamos ilustrações de diversos animais, seus diferentes tamanhos e cores.
Durante a leitura, além do vocabulário dos animais e de revisitar as cores, as crianças foram se aprimorando na estrutura oral do interrogativo e afirmativo em língua inglesa através da pergunta “What do you see?”, seguida pela resposta “I see a brown bear looking at me!”. Uma vez que já estavam afinados fomos passando as páginas do livro, e sozinhos realizavam a sequência:
“Brown bear, brown bear, What do you see?”, liam em uníssono.
“I see a red bird looking at me!”, de forma própria.
Alguns participaram desse processo com autonomia, outros ainda com auxílio, mas todos muito alegres de completar o livro sozinhos e com o vocabulário descoberto.
Nas aulas de Dança das F1, perguntamos se as crianças achavam possível escrever com o corpo. Alguns disseram logo que sim e deram exemplos.
Ficaram encantados ao apreciar um breve vídeo no qual a Pilobulos Dance Theatre escreve corporalmente o nome da companhia.
Mostramos variadas formas de se escrever o alfabeto com o corpo e as crianças puseram-se a explorar as letras usando a criatividade.
Após essa fase, demos início à construção do nosso alfabeto. Em breve, será possível apreciar essa atividade.
Iniciamos o semestre buscando retomar algumas atividades e brincadeiras que enfatizaram o trabalho em equipe e a cooperação.
Recorde de arremessos, jogo de peteca, estafetas com matérias foram alguns dos exemplos realizados.
Durante as aulas, conversamos bastante sobre a importância do cuidado e do respeito, além da atenção às regras para que os objetivos ficassem claros e pudessem ser cumpridos pelos grupos.
Estamos fechando nossa sequência didática com uma composição coletiva. O processo iniciou-se com a exploração dos tubos sonoros. Após esse contato inicial com o material, as crianças puderam tocar e experimentar e em seguida organizaram os tubos na sequência da escala musical.
Cada criança escolheu em que nota da escala gostaria de ficar. Após algumas brincadeiras nas quais um ladrão musical “rouba” instrumentos e notas, ficamos com as notas SOL, LÁ, SI E DÓ. Com essas notas, aprendemos a tocar a melodia da música Borboletinha.
No segundo momento, as crianças foram desafiadas a compor uma paródia da melodia de Borboletinha trazendo na letra o assunto Olinda, que está sendo estudado em projeto.
Após uma tempestade de ideias, com as crianças trazendo palavras que tinham afinidade com o assunto, nasceu nossa paródia. Cada turma compôs a sua!
F2M
Fui para Olinda
no carnaval
subi ladeira
e curti o visual.
Dancei o frevo
fugi do tubarão
depois de muita dança,
comi peixe e camarão.
F2TA
Fui pra Olinda
no carnaval
Dançar o frevo
e comer mingau.
Mingau não tinha,
mas tinha caranguejo
Bolo de rolo,
tapioca e queijo.
F2TB
Fui para Olinda
no carnaval
Dançar o frevo
e curtir festival
Fui para praia
molhar os pés
e ouvir histórias
de Marim dos Caetés
O segundo semestre traz para as turmas do segundo ano mais um desafio importante: a escrita e a leitura da letra cursiva.
Toda aprendizagem precisa de tempo. Explorar, experimentar e brincar com esse novo tipo de letra vem fazendo parte da nossa rotina para que as crianças, aos poucos, possam compreendê-la.
Com a prática ganharão cada vez mais confiança e tranquilidade e em breve os textos terão um novo visual e as leituras um novo estímulo.
Após observarmos como se movimentam os bonecos gigantes de Olinda, conversamos sobre o nosso corpo e o sistema musculoesquelético.
O que será que nos mantém de pé e dá a possibilidade de nos movimentarmos? As crianças responderam “os ossos”, “os músculos”, “essa parte que dobra” e deram exemplos de articulações e possíveis movimentos realizados por elas.
Em seguida, comparamos nossos exemplos com os movimentos dos boneco de pano, de borracha e em roda, e experimentamos juntos movimentos a partir de algumas articulações.
Foi um importante momento de conhecimento do próprio corpo. E para finalizar, com o auxílio do boneco articulado de madeira, colocamos o nosso corpo nas mesmas posturas que ele.
A construção escrita de um texto não é uma tarefa fácil. É um processo que inclui várias etapas, exige esforço e dedicação das crianças, além de um tanto de criatividade.
Para ampliar a escrita, trouxemos novos elementos para a narrativa. As crianças buscaram nos livros da ciranda palavras que descrevem os personagens e cenários onde se passam as histórias. Elas perceberam que existem palavras que descrevem as características físicas e de personalidade (os adjetivos) e que são diferentes das palavras que dão nome às coisas (os substantivos). Ao ler as histórias, identificaram vários adjetivos e observaram o quanto eles trazem mais informações para os leitores, tornando o texto mais envolvente.
E outros desdobramentos para refletir sobre os adjetivos aconteceram em sala. Cada um escolheu um objeto e descreveu suas características. O desafio era descobrir o objeto por sua descrição. Novos adjetivos apareceram, ampliando o vocabulário. O dicionário também entrou em jogo, enquanto um material importante que esclarece o significado das palavras.
Sigamos ampliando o processo de escrita, a partir da inserção gradativa de novos elementos e recursos linguísticos.
Planos, cores, perspectivas e muita história para contar. Foi assim que Rô, nossa professora de Artes, inaugurou os trabalhos este ano, a partir da obra de Heitor dos Prazeres. Nada melhor do que as narrativas contadas em algumas de suas obras para falar de carnaval!
O trabalho com projetos nos proporciona essa relação constante com a realidade sócio-histórica que nos circunda, e não por acaso fomos brindados com uma exposição sobre a vida e a obra de Heitor dos Prazeres.
As crianças ficaram felizes em apreciar as obras ao vivo e a cores e reconhecer os estudos já realizados. Além disso, aprofundaram os conhecimentos acerca da vida desse artista tão importante para as artes plásticas e para o samba também. A estreita relação de Heitor com o carnaval fez as crianças se atentarem para esse festejo, tão popular em nosso país.
O cuidado com os registros e com os cadernos é parte da rotina escolar. Compreendemos que eles são ferramentas que nos possibilitam criar o acervo, a memória dos caminhos dos estudos das turmas.
Para isso, utilizamos diferentes linguagens, verbais e não verbais, para guardar informações, e para suas capas buscamos inspiração em técnicas ou obras artísticas.
Para a capa do caderno de Projeto, as F5 tiveram como referência a Torn Art, que usa a técnica de rasgar o papel nas suas composições. Dos estudos sobre restinga, mangue e floresta vieram as paisagens que ganharam forma plástica, unindo os saberes científicos ao fazer artístico.