Ateliê – Oficina de Jogos e Brincadeiras
“É um jogo que deixa a gente um pouco nervoso. Parece o Kemps e tem que ter muita atenção. No nome tem escrito impossível, mas vencer não é!” (Texto coletivo das crianças do Ateliê)
Além de promover a diversão, os jogos de cartas com baralho podem ser uma ferramenta educativa valiosa para crianças, promovendo o aprendizado enquanto se divertem. É uma ótima maneira de ensinar habilidades matemáticas, sociais e cognitivas de forma prática e envolvente.
E as crianças do Ateliê estão imersas na “Missão Impossível”, um novo jogo que está desafiando a galera. Nessa missão, as crianças precisam montar 3, 4 ou 6 montinhos de cartas do mesmo valor com naipes diferentes. Isso acontece de forma inusitada, deixando o jogo mais difícil e divertido.
Mais informações sobre esse e outros jogos estarão no livro que está sendo produzido com muito carinho pelas turmas do Ateliê.
Nas pesquisas sobre o bioma Pantanal, as turmas conheceram Manoel de Barros, poeta que passou a infância e boa parte da vida numa fazenda naquela região.
Seus poemas brincam com as palavras e têm como marca a presença da infância, da brincadeira e da natureza, o que têm encantado a criançada.
Uma borboleta pode sentar nos braços da manhã?
O raio de sol é leve e macio?
Dá para carregar água na peneira?
As turmas brincaram com seus despropósitos e ilustraram pequenos trechos dos poemas do Manoel. Fizeram também o retrato do poeta e convidaram crianças e adultos para recitar um de seus poemas. Os encontros foram ricos, cheios de troca, alegria e aprendizagem!
“Eu sou Heitor de Prazeres, Heitor dos Prazeres é meu nome. Este prazer que eu tenho no nome é o prazer que eu divido com o povo.”
Foi com essas boas-vindas que as turmas de F2 embarcaram nas histórias contadas pelas obras de Heitor dos Prazeres no CCBB. Em visitas guiadas, as crianças puderam olhar mais de perto a vida do multiartista, conheceram um pouco do contexto histórico em que ele viveu e ficaram impressionadas com alguns acontecimentos de sua vida. No entanto, o mais impressionante mesmo foi olhar de pertinho todas as linguagens artísticas, desde a música até a alfaiataria de Heitor.
Foi definitivamente um prazer!
Finalizamos o processo de ensaios e concluímos esse trabalho com a apresentação da peça Chapeuzinho Vermelho e o Boto-Cor-de-Rosa, uma adaptação da história escrita por Cristina Agostinho e Ronaldo Simões Coelho.
Esse foi o primeiro contato das crianças com uma peça de teatro dentro da escola. Ao final da apresentação tivemos uma boa conversa entre público e atores.
Muitos elogios apareceram, mas também observações importantes sobre alguns momentos conturbados. A peça teve humor e muitas crianças conseguiram fazer o público rir, mas as turmas ainda precisam se concentrar mais e conseguir fazer silêncio na coxia e nas mudanças de cenário. Outra observações feitas foram sobre o volume e a projeção de voz, o medo de errar e a timidez. Conversamos que tudo isso é uma construção contínua no processo de aprendizagem e que com o tempo eles vão ganhando mais segurança em cena e domínio dos elementos teatrais.
A proposta deste ano é deixar os alunos experimentarem estar em cena, com a fala mais livre e improvisada. Mas é interessante observar que para algumas crianças o texto escrito no papel seria um facilitador do trabalho. A verdade é que durante o processo de aprendizado observamos como a linguagem teatral chega de forma diferente para cada aluno.
O importante é que passaram pela experiência e que vai ficar guardada na memória de todos nós. Essa foi apenas a primeira de muitas que ainda virão pela frente dentro da escola.
As turmas seguem explorando novos quintais Brasil afora, e encontrando muitas surpresas. Agora viajam pela região Centro-Oeste, guiadas pela leitura de Lá no meu quintal, livro adotado para auxiliar na condução do projeto.
Novas palavras e conceitos têm povoado o universo da criançada, como biomas e pantanal. Frente à complexidade desses conceitos, optamos por iniciar as pesquisas a partir da análise da formação das palavras. Biologia e biólogo, por exemplo, provocaram reflexão. Contando também com o conhecimento prévio do grupo, chegamos à ideia de que biologia é o estudo da vida.
O processo vem sendo feito em etapas, utilizando o currículo de procedimentos de pesquisa da escola. As turmas seguem se aprofundando!
As turmas estão descobrindo os diversos cantos do Brasil. Trouxemos para as crianças, diretamente da Amazônia paraense, brinquedos de miriti. O miriti é um material extraído do caule de uma palmeira local, cuja leveza assemelha-se à do isopor e com o qual se fabrica, entre tantos objetos, brinquedos variados para todas as idades.
Aproveitando a temática relacionada à flora e aos animais de miriti apresentados, as crianças aprenderam mais sobre os animais de nossas florestas, como adjetivá-los de acordo com suas características e quais são suas habilidades, utilizando os verbos de ação que estamos estudando.
O trabalho de construção coletiva do conhecimento segue com ludicidade e potência.
Quais são as principais características que diferenciam a arte figurativa da arte abstrata? Essa pergunta, um tanto complexa, deu início a um interessante bate-papo ilustrado por slides de algumas obras de arte significativas.
A conversa despertou curiosidade e reflexão. O que pode ser considerado uma arte abstrata? Entender o conceito de arte figurativa foi fácil, já a arte abstrata requer uma leitura visual desprovida da tentativa de reconhecer formas conhecidas no que não necessariamente representa algo concreto. Os alunos têm uma necessidade de reconhecer formas, rostos e figuras humanas nas obras abstratas.
Deixar se sensibilizar por uma expressão subjetiva é um exercício para o olhar. Procurando estabelecer uma relação com o conteúdo de geometria e desenho geométrico que foi apresentado ao grupo em agosto, foram apreciadas algumas obras cubistas figurativas e abstratas concretas. Em seguida apresentaremos os trabalhos do artista Rubem Valentim, que irá orientar os estudos durante este mês de setembro.
https://youtu.be/hsVANG6-cDA
As turmas visitaram, no CRAB, Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro, a exposição “Artesania Ancestral nos 95 anos de Mangueira”.
O objetivo da visita foi enriquecer os estudos acerca das festividades brasileiras, em Projeto. Temática complexa, mas apaixonante, e que tem aberto um universo amplo de conhecimento.
A exposição apresentou a história da Estação Primeira de Mangueira e a relevância das mãos de seus artesãos, que constroem no barracão as fantasias que materializam essa grande festa popular que é o Carnaval.
A música, que através do samba embala a festa, também faz parte da composição desse conjunto harmônico, cuja aparição nos desfiles revela a explosão de alegria da manifestação popular.
Ao final da visitação, as crianças foram convidadas a participar de uma oficina de confecção de chapéus.
Seguimos com nossas pesquisas e registros que se debruçarão sobre mais uma festividade brasileira.
As caravelas que aportaram na costa do nosso imenso Brasil trouxeram, entre outras coisas, uma técnica muito útil e bela: a azulejaria. Os povos originários das América conheciam a arte da cerâmica e a usavam para produzir artefatos utilitários.
Mas os azulejos foram identificados primeiramente em algumas construções egípcias, chegaram às terras mouras e foram parar na Península Ibérica durante a ocupação árabe. Seguindo seu destino aventureiro, desembarcaram no Brasil e, por aqui, fizeram muita Arte!
As turmas do quinto ano apreciaram uma série de imagens nas quais foi possível acompanhar a evolução dessa técnica e identificar as suas características e peculiaridades. Também observaram como essa peça vitrificada foi deixando de ser um elemento de revestimento, puramente útil e funcional, para se transformar num importante elemento de decoração.
A partir desta semana, os alunos começarão a montar um mosaico com peças geométricas e coloridas, dando continuidade aos nossos estudos do mês de agosto.
As turmas visitaram a exposição “Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros”.
A visita permitiu aos alunos conhecer a vida e a obra da escritora, musicista e artista circense que estampa uma das paredes da nossa escola, além de obras plásticas de diversos artistas inspiradas nela.
Por meio dessa aproximação, mergulharam na vida de Carolina Maria, que se assemelha à de tantos brasileiros.
Foram produzidos pelos alunos resumos de notícias sobre a escritora; registros das impressões sobre a exposição e resenhas para o livro Procura-se Carolina, de Otávio Júnior, que apresenta a escritora de forma afetuosa, com uma narrativa que busca dar um final feliz a essa mulher cujo trabalho é de significativa relevância para a literatura brasileira. Viva Carolina!