A entrada no primeiro ano traz um monte de novidades para o cotidiano das crianças.
O uso de estojo, cadernos e tarefas estão entre algumas delas e, aos poucos, nossos pequenos vão se familiarizando com os novos procedimentos e rotina.
Inauguramos o uso da apostila “Quem Sou Eu”, com propostas de escrita que possibilitam desdobramentos instigantes sobre a nossa Língua, assim como um troca-troca de informações sobre eles próprios.
Além da vivência da escrita, é uma maneira de as crianças se conhecerem melhor, descobrindo gostos, afinidades e fortalecendo a identidade do grupo.
No primeiro passeio à pracinha do Largo dos Leões, o Ateliê da Manhã foi convidado pelas Mateiras Mariana e Lorraine a confeccionar tintas naturais, misturando água à flor do hibiscus e aos pós de alga, açafrão e páprica doce. Para conseguirem dar início às pinturas, os pequenos foram desafiados a procurar por galhos e plantas pelo chão do parque. Com esses elementos em mãos, as Mateiras compartilharam com a turma uma nova maneira de construir pincéis biodegradáveis! Nossas pinturas ficaram incríveis!
Depois da brincadeira do circuito das garrafas, a turma do Ateliê da Tarde aproveitou para conversar sobre o reaproveitamento de certos materiais. Juntos conversamos sobre o que seriam as sucatas e como poderíamos utilizá-las.
“São coisas que a gente reusa.”
“É uma coisa que a gente brinca às vezes.”
“Uma garrafa usada que a gente usa de novo.”
“Pode ser um brinquedo também.”
Curiosos com o assunto, assistimos ao vídeo “De onde vem o plástico?”, da série “Kika em De onde vem?”, da TV PinGuim. Compreendemos como o plástico é feito e, atentamente, observamos a importância da reciclagem deste material, já que sua decomposição pode levar mais de quatrocentos anos. Desta maneira, pegamos nossas garrafas do circuito e pintamos, para que nas próximas semanas possamos usar novamente, mergulhando nesse universo do reaproveitamento.
Os contos de fadas fazem parte do imaginário das crianças desde muito pequenas. Atmosfera mágica, personagens encantados, cenários que remetem aos mistérios da natureza… Além disso, os marcadores de início e fim do gênero, como “era uma vez” e “felizes para sempre”, são organizadores e aparecem frequentemente nos primeiros textos autorais das crianças.
Para iniciar o trabalho com o gênero literário que acompanhará as turmas de segundo ano durante o primeiro semestre, as crianças participaram de uma brincadeira muito divertida. A F2B escreveu um texto coletivo relatando essa experiência:
“Fomos para o salão e fizemos uma roda. No meio da roda, tinha uma caixa-surpresa com vários objetos dentro. Aí a professora foi tirando os objetos de dentro da caixa e perguntando ‘Que história é essa?’. A turma foi adivinhando quais eram as histórias até que percebemos que cada objeto era de um conto de fadas diferente. Depois disso, conversamos sobre em que momento os elementos apareciam em cada um dos contos! Foi muito divertido e ‘vivemos felizes para sempre’!”
Iniciamos 2024 relembrando alguns movimentos da capoeira: Ginga, Armada, Aú, Meia-lua, Meia-lua de frente. Nas últimas aulas, as crianças têm experimentado o som do tambor e as batidas. Aprenderam um pouco sobre o Jongo, conhecido também como Caxambu ou Tambu, uma forma de expressão afro-brasileira que integra percussão de tambores e dança coletiva. Um som envolvente que traz um aspecto cultural único às aulas, conectando nossas crianças à rica tradição afro-brasileira e abrindo uma janela para a história e a diversidade cultural. Além do mais, elas têm tido a oportunidade de desenvolver habilidades motoras, promover a saúde física e, ao mesmo tempo, absorver valores fundamentais, como respeito, trabalho em equipe e disciplina.
Recebemos nas tribos a visita da coordenadora e especialista de Educação Especial e Inclusiva, Lena Viegas, para conversarmos sobre como podemos contribuir com as diferentes formas de conviver e aprender dentro da escola.
Do segundo ao quinto ano, os alunos assistiram a vídeos informativos sobre as diferentes habilidades de cada um, as variadas formas de se comunicar e as diversas condições do neurodesenvolvimento. As discussões incluíram a forma com que lidamos, nos jogos e nas atividades em geral, com os colegas que necessitam de algum tipo de apoio.
Ao final do encontro, os alunos foram motivados a construir um mural com pequenos recados sobre como podemos incluir as diferentes formas de ser e de aprender na escola.
As famílias do terceiro ano receberam a missão de escrever um bilhete para as crianças. Os bilhetes variaram em conteúdo, alguns lembrando de não esquecer algo, outros mais convidativos, outros com piadas e brincadeiras, mas todos carregados de afeto!
Ao compartilharem esses bilhetes, as crianças começaram a identificar elementos comuns a todos eles. Observaram as variações de letras, a formatação sempre semelhante, comentaram sobre as pontuações utilizadas, desvendando assim algumas das regularidades desse gênero textual.
Em seguida, foi a vez de as turmas escreverem bilhetes direcionados às pessoas da escola, e construíram um mural coletivo para compartilhar a saudade dos colegas de outras turmas, expressar o carinho e chamá-los para brincadeiras.
Nessa conversa toda sobre bilhetes, fizemos a brincadeira do bilhete chinês:
Se Es ren
rá se te!
que bi
vo lhe
cês te
con é
se um
guem pou
des co
co di
brir? fe
Como parte das atividades de sensibilização para a escolha do projeto, as turmas visitaram a exposição Lugar de estar – o legado de Burle Marx, no MAM, situado no Parque do Flamengo. A exposição apresenta diversos projetos originais do paisagista e artista Roberto Burle Marx e de seus colaboradores, que fazem (ou fariam) parte do cotidiano dos locais em que se encontram.
Entre croquis, desenhos e plantas, descobrimos o quanto Burle Marx pensava na ocupação do espaço de forma particular, considerando sempre que o espaço deve ser um local agradável de estar para todas as pessoas.
Chamaram a atenção das crianças ideias para projetos que não saíram do papel, como o Parque Moça Bonita, projetado para o bairro de Bangu, na zona Oeste. O projeto concebia um imenso parque aquático, cercado de muitas árvores, churrasqueiras e áreas de piquenique, além de parquinhos e pistas de caminhada. As crianças foram provocadas a pensar sobre o porquê de algumas regiões da cidade possuírem equipamentos públicos de lazer e outras não. O que faz o Centro e a zona Sul receberem mais projetos, enquanto a zona Oeste e a zona Norte são privadas desses investimentos?
O trecho do Parque do Flamengo em que se encontra o MAM foi explorado com atenção e facilitou ainda mais nossa compreensão do quanto Burle Marx preocupou-se, em seus projetos, com o aproveitamento de espaços ao ar livre, para que todos pudessem usufruir de um lugar de estar.
A visita rendeu reflexões que serão importantes para traçarmos as escolhas do projeto, pensando sobre o quanto outros lugares de estar na cidade representam espaços de cuidado com a população que aqui vive.
No dia 7 de março recebemos a visita muito especial da Ray, estagiária na escola que é fluente em Libras. Ray nos ensinou como traduzir a poesia da música Ciranda das Mãos, de autoria da professora Manoela Marinho, a Manu.
As crianças ficaram encantadas com essa linguagem tão diferente e, infelizmente, ainda distante do cotidiano de nossa sociedade.
Esperamos que com isso ajudemos a despertar ainda mais o importante tema da inclusão nas vidas das crianças. A ciranda, que fala sobre cuidado e acolhimento, ficou ainda mais bela.
No quinto ano revemos, firmamos e ampliamos conceitos. E os jogos matemáticos são uma potente ferramenta para despertar o interesse e estabelecer uma conexão prazerosa com essa área do conhecimento.
As turmas exploraram o Jogo do Alvo e um bingo para identificar a regularidade presente nas multiplicações ou divisões por 10, 100 e 1000, e também expressar a regularidade observada na escrita dos cálculos.
A ideia é que este tipo de atividade faça parte da rotina e auxilie as aprendizagens.