MANHÃ
As pesquisas sobre o cinema estão a todo vapor. Conhecemos o curta-metragem Viagem à lua, de George Méliès, lançado em 1902, e o filme O garoto, de Charlie Chaplin, que estamos assistindo em pequenos recortes. Ambos os filmes estão inspirando nossa produção cinematográfica, que será gravada na próxima semana. Para isso, pedimos que enviem na segunda-feira uma blusa, short ou vestidos na cor preta.
TARDE
A partir da nossa conversa sobre o reaproveitamento das sucatas, a turma do Ateliê da Tarde montou um boliche. As mesmas garrafas pet do circuito foram usadas como os pinos do jogo. Traçamos uma linha de distância, organizamos os pinos e cada criança teve duas chances para acertar o alvo. Com muita concentração, fomos compreendendo a quantidade de força que deveríamos colocar e em qual direção. Ao final, anotamos o número de garrafas que cada criança conseguiu derrubar por rodada e, juntos, contamos o total das pontuações.
F1 – Ioga – Ateliê
Nas aulas de Ioga, as crianças do Ateliê, de forma lúdica, têm vivenciado diversas formas de perceber o próprio corpo. Buscando acalmar os pensamentos e emoções, temos experimentado voltar a atenção para nós mesmos e nos concentrar utilizando almofadas de espuma.
Brincadeiras com cartas têm, aos poucos, nos auxiliado a conhecer alguns asanas, as posturas da Ioga.
Ao som de “Sombra Boa”, poesia de Manoel de Barros musicada por Márcio de Camillo, experimentamos também transformar poesia em movimento.
Nas aulas de Dança, após apreciarem obras de diversos artistas presentes nas placas de sinalização da nossa escola, as crianças de F1 foram convidadas a refletir sobre a sua relação com o movimento.
Em seguida, ganharam o espaço do salão, explorando possibilidades de expansão e recolhimento do corpo e seus segmentos, espirais, giros, movimentos circulares e curvos com auxílio de uma bolinha, ampliando seu repertório corporal.
Depois da escolha dos nomes das turmas, as F1 buscaram relações entre esses nomes e as mãos, elemento presente em muitas conversas interessantes sobre o projeto.
Como as mãos podem cuidar? E demonstrar afeto por um amigo?
Os livros Minhas mãos, de Nejib, e A quatro mãos, de Marilda Castanha, ajudaram a ampliar essa conversa.
O que sabemos sobre as mãos? O que queremos descobrir?
“Mãos que cuidam, brincam, lavam, fazem carinho, jogam, desenham, pintam, escrevem, leem…”
Vamos de mãos dadas nessa nova investigação!
A partir da nossa conversa sobre o reaproveitamento das sucatas, a turma do Ateliê da Tarde montou um boliche. As mesmas garrafas pet do circuito foram usadas como os pinos do jogo. Traçamos uma linha de distância, organizamos os pinos e cada criança teve duas chances para acertar o alvo. Com muita concentração, fomos compreendendo a quantidade de força que deveríamos colocar e em qual direção. Ao final, anotamos o número de garrafas que cada criança conseguiu derrubar por rodada e, juntos, contamos o total das pontuações.
Toda sexta-feira, as crianças do Ateliê visitam o Parque Lage. Em um desses encontros, Plínio, funcionário do ICMBio que nos acompanha, contou um pouco sobre a história do Parque e o trabalho desenvolvido para sua conservação e a preservação da Floresta da Tijuca. As crianças também tiveram a oportunidade de participar do plantio de árvores. Durante o processo, puderam entender como são preparadas as mudinhas e os berços (pequenos buracos na terra) para depositá-las, e cuidadosamente enterraram e regaram as futuras árvores.
Além de ter sido uma experiência de conversa e prática sobre a importância do plantio e do cuidado com a natureza, foi um momento de muita diversão! As crianças ficaram felizes em colocar a mão na terra e plantar a própria árvore. Dessa forma, cultivaram um vínculo com o parque: uma árvore cujo crescimento vão poder acompanhar durante todo o ano, fortalecendo sua relação com a natureza e experimentando reflexões e atitudes coerentes com a preservação do meio ambiente.
Ainda no processo de sensibilização para a escolha do projeto, as turmas de F2 participaram de uma proposta de atividade diferente. Em pequenos grupos, com crianças misturadas da F2A e da F2B, ouviram a história “Azul e lindo planeta Terra, nossa casa”, de Ruth Rocha e Otávio Roth.
Inspirados pela narrativa, produziram cartazes com mensagens para pedir um cuidado especial com a Terra, nosso planeta e nossa casa. Depois compartilharam a atividade com as outras crianças de suas respectivas turmas, que assumiram o objetivo de produzir outros cartazes, de forma autônoma e com o auxílio dos pequenos que já tinham vivenciado o processo.
A proposta rendeu uma boa conversa sobre os cuidados com a Terra e um discussão significativa sobre a produção de um cartaz, o que resultou na construção coletiva de um lindo mural para sensibilizar as pessoas que por ali passam de que cuidar da Terra é imprescindível.
Nas aulas de Dança, as crianças estão vivenciando propostas de sensibilização para o projeto institucional “Entre nós, cuidado”. Fizemos um passeio aos jardins do MAM no qual pudemos refletir sobre o nosso corpo, dando ênfase às partes que o compõem, pensando nos movimentos que podemos fazer com ele e, claro, conversando sobre a importância de cuidar do nosso corpo e do corpo do outro.
As turmas escutaram a história Conversa de corpo, de Priscila Freire, observando as ilustrações de Marcos Coelho Benjamin, e participaram de uma proposta em que o objetivo era registrar o movimento do outro.
Sem tirar o lápis pastel do papel, as crianças registraram todo o percurso corporal que estavam observando, e só podiam terminar quando a sua dupla fizesse a pose final. Foi uma experiência muito significativa.
Na escola, demos sequência a essa proposta e cada um escolheu apenas um movimento para realizar e ser registrado. Dessa vez, o resgistro foi feito apenas com uma pincelada, fazendo aparecer a movimentação.
F3 – Matemática
As crianças do terceiro ano enfrentaram um desafio intrigante: organizar uma variedade de elementos de maneira que outro grupo pudesse replicar sua disposição o mais fielmente possível. Cada grupo tinha à sua disposição um grupo de elementos: tampinhas, formas geométricas, madeiras de diferentes tamanhos, cordas e até sons.
Esse desafio provocou discussões fascinantes sobre sequências, definidas pelos alunos como “vários objetos que têm algo em comum e são agrupados de forma repetitiva e ordenada, permitindo visualizar a ordem”.
Para aprofundar nosso entendimento sobre sequências, mergulhamos no livro Lobo Bolo: o livro das coleções, de Renata Bueno, que apresenta coleções organizadas em sequências e desafia o leitor a descobri-las e completá-las.
Além disso, exploramos as sequências numéricas e nos divertimos com um novo jogo, chamado Pin. Nele, as crianças devem dizer “Pin” após uma contagem estabelecida. Por exemplo, no Pin do 5, elas devem dizer “Pin” a cada intervalo de 5 números. O desafio está em manter a contagem dos números enquanto o jogo avança: “1, 2, 3, 4, Pin, 6, 7, 8, 9, Pin”, e assim por diante.
Também utilizamos a reta numérica para explorar diversas operações matemáticas, enriquecendo nossa compreensão das sequências.
Conhecer alguns trabalhos do artista plástico e paisagista Roberto Burle Marx com as turmas do quarto ano já começou a dar frutos nas aulas de Artes! Os grupos, curiosos e observadores, voltaram para a escola com muitas perguntas e comentários interessantes, que proporcionaram uma boa roda de conversa.
Observaram, por exemplo, que não havia nenhum projeto de jardim para casa e concluíram que todos tinham como objetivo as cidades. E, assim, elegeram que esse era o “tema” da exposição.
Mas quem decide isso? Quem teve essa ideia? Aqueles trabalhos que vimos eram todos os produzidos por Burle Marx, ou tem mais? Quem projeta a exposição? Essas e outras tantas perguntas foram surgindo e sendo respondidas, ora por eles mesmos ora pela professora. Foi um momento excelente para trazer o conceito de curadoria, do trabalho que é executado pelo/a curador/a e como se pode trabalhar com arte sem necessariamente ser artista.
Foi observado que os trabalhos eram apresentados em grupos e contavam com pelo menos uma planta baixa, um croqui, fotografias e uma pintura do artista. Esse vocabulário foi todo adquirido durante a visitação. E surgiu a dúvida sobre o que é uma planta baixa. Hipóteses foram levantadas e foi lançado aos grupos um desafio: fazer uma planta baixa da sala de Artes! Falaram de perspectiva, “achatamento” dos objetos, vista de cima, medidas e proporção, antes de partirem para o fazer.
Munidos de réguas, esquadros, lápis e borrachas, enfrentaram a tarefa com muita coragem e parceria, um ajudando o outro a entender como fazer essa representação. E como desafio pouco é bobagem, levaram para casa mais uma proposta: fazer a planta baixa do quarto de dormir. Como será o lugar de estar de cada um?
Como parte dos estudos sobre o gênero poesia, as turmas aprofundaram seus conhecimentos sobre os textos poéticos através de algumas atividades.
Com a intenção de sensibilizar as crianças para a beleza do que é da natureza do poético, que vai além do simples significado das palavras, propusemos, como faz Manoel de Barros, que brincassem com as palavras.
Em meio a atividades de casa, as crianças apreciaram textos e livros do acervo da escola. Na biblioteca, dividiram-se em grupos e buscaram poemas em livros pré-selecionados. Cada grupo recitou alguns deles para os colegas.
Durante as nossas conversas, percebemos que a poesia tem o poder de emocionar, inspirar e conectar as pessoas. E que valoriza e enriquece a leitura crítica. Celebrar a beleza das palavras, apreciar e valorizar a arte da poesia foram os objetivos das atividades propostas.
Em outro momento, cada um escolheu um poema, transcreveu-o para o papel de forma criativa e, para comemorar o Dia Mundial da Poesia, as crianças os distribuíram para pessoas da escola e também para desconhecidos, na rua, num ato de gentileza.
Depois de uma assembleia em que as três turmas discutiram os assuntos pensados para o projeto das F5, chegou o momento do registro do grande encontro.
Eles refletiram e escreveram em seus cadernos argumentos que justificassem a escolha de alguns dos temas colocados em discussão como relevantes para o estudo, procurando conciliar os interesses apresentados pelas três turmas.
A origem da vida, o cuidado com o corpo humano, a saúde física e mental e o olhar para os desfavorecidos de nossa sociedade foram temas que mobilizaram as crianças.
Estão, agora, a caminho de definir a escolha do projeto, que cada vez mais ganha forma.