É muito bom
É bom demais
Ser capoeira é bom demais.
As aulas de Capoeira nos Ateliês acontecem às terças e quintas-feiras, nos turnos da manhã e da tarde.
O professor Jamal costuma iniciar a rotina com uma roda de cantoria, distribuindo chocalhos, pandeiros, tambores e agogôs. Para convocar o grupo, uma criança traz o brado “Alô, bateria!”. Ao som do atabaque, Jamal apresenta algumas cantigas em Iorubá; a mais comum no repertório é “Odékomorodé”. Explora os movimentos corporais através da ginga, balanço da árvore, caranguejo, urso e reloginho. Mas a hora preferida dos pequenos são os piques, em especial, o Pique-Banana!
E você? Conhece algum movimento ou canção de capoeira? Compartilhe conosco!
Dialogando com o projeto institucional, refletimos sobre as obras apreciadas no período de sensibilização, e sobre que partes do corpo algumas delas retratam em comum.
As crianças foram rápidas em responder: “As mãos!”.
Observamos a estrutura deste segmento corporal conhecendo suas partes e estabelecendo sua relação com o ato de cuidar.
Em seguida apreciamos alguns vídeos nos quais o foco das sequências coreográficas são as mãos. Os movimentos sugeridos no vídeo “Magia das Mãos”, do grupo Palavra Cantada, nos auxiliaram na concentração e sensibilização das nossas mãos para a composição da “Nossa Dança das Mãos”.
Atentas, as crianças se desafiaram nesta outra forma de dança e expressão.
Nas investigações sobre as mãos, sua anatomia ganhou a atenção das crianças.
O que temos nas mãos?
“Unha, veia, sangue, ossos, músculos, linhas e digitais” foram algumas das respostas das F1.
Quantos ossos as compõem?
Primeiro, as crianças fizeram uma estimativa, em seguida observaram as próprias mãos, apalparam e chegaram a números bem diferentes.
Com a réplica de um esqueleto dessa parte do corpo, fizeram a contagem e descobriram que a mão é composta por 27 ossos, divididos em 3 grupos.
A brincadeira ganhou registro no caderno de Matemática e abriu mais espaço para conversa:
O que faz a mão se mexer?
O que mais tem por dentro, além dos ossos?
Nossas investigações estão só começando!
Finalizando a sensibilização para o primeiro projeto do ano, as turmas realizaram um experimento para resolver o problema do laser no alvo.
Portando três espelhos planos e um laser, nossos estudantes precisavam direcionar o raio até um alvo. Após manusearem os materiais e encontrarem as primeiras dificuldades em direcionar a luz através dos espelhos, aos poucos, e com cooperação, conseguiram se organizar e entender como cada integrante deveria colaborar com o seu papel no grupo.
Após todos resolverem o problema, discutimos como conseguiram solucioná-lo e por que a solução arrumada foi satisfatória. Explicaram o princípio da reflexão da luz e descobriram que esse é o fenômeno responsável pela conclusão do experimento. As explicações foram desenvolvidas exclusivamente pelos estudantes, a partir de suas concepções espontâneas. Aos professores coube o papel da mediação dessas ideias.
Por fim, debatemos que a maior dificuldade desse experimento era que todas as crianças precisavam cooperar entre si e respeitar e apostar nas ideias propostas pelos amigos. Assim, o experimento tratava, na verdade, do exercício da cooperação, um dos temas importantes que trabalharemos este ano dentro do projeto “Entre nós, cuidado”.
Com o nome do projeto escolhido — “Cuidadores da terra: natureza nunca é demais” — as F2 receberam a primeira visita do ano. Henrique, querido professor de Ciências da escola, conversou com as turmas sobre a palavra terra.
Existe diferença entre Terra e terra? O que é terra? As crianças refletiram, compartilharam seus conhecimentos e puderam entender do que a terra é feita, do que é formada.
Também fizeram um experimento que está sendo acompanhado de pertinho: num pote com tampa colocaram restos de legumes, verduras e frutas para ver a ação dos fungos e bactérias transformando material orgânico em… terra! Quanto tempo será que vai levar para acontecer? As crianças deram seus palpites! Será que alguém vai acertar.
Nos últimos meses, as turmas de F3 discutiram o conceito de subtração. Para aprofundar o assunto, os alunos foram organizados em pequenos grupos e receberam diferentes jogos, todos abordando a temática da subtração.
Após a realização dos jogos, as crianças compartilharam suas experiências e estratégias. Algumas enfatizaram a ideia de “tirar quantidades”, outras optaram pela contagem regressiva, enquanto outras destacaram a importância de encontrar a diferença entre os números. As discussões em grupo permitiram que as turmas explicassem suas estratégias, promovendo reflexões sobre o processo de subtração.
Estamos trabalhando e treinando o pensamento rápido. Não é fácil ser criativo e ter ideias com pouco tempo para elaborá-las.
Estar em cena é muito mais do que falar um texto que foi estudado e decorado na frente do público. São muitos os desafios e camadas de aprendizados, como sentir emocionalmente a pressão de ser visto e não se abalar com isso, afastar o medo de errar, ter consciência dos seus movimentos corporais e criá-los, saber se posicionar em cena em relação aos outros colegas e à plateia, falar alto e bem articulado etc.
Para estar em cena é preciso ter atenção ao momento presente, observar tudo e todos. É necessário pensar rápido. Imprevistos acontecem, às vezes o erro cai no nosso colo. Como resolver sem parar a cena? O público não pode ver o erro. É necessário ter o controle emocional para lidar com a frustração do erro e pensar rápido para criar em cena, através de ações concretas, soluções. E assim colocar a peça de volta ao caminho que foi previamente combinado.
Os exercícios do ABC e do Troca estimulam essa capacidade de pensar rápido, e nossos alunos amaram esse treino! Se divertiram muito com as ideias inusitadas que apareceram quando precisaram pensar rápido.
Na retomada de conceitos já estudados, outros são acrescentados e, com isso, faz-se necessário o uso de um vocabulário matemático ampliado.
Revisitamos a prática da técnica dos algoritmos da adição e da subtração, e associamos a esse assunto a operação inversa de tais operações, junto com a expressão “termo desconhecido” e com a cobrança do uso dos termos de cada operação.
O objetivo principal desse trabalho foi compreender que a adição e a subtração são duas operações inversas, ou seja, que têm funcionamentos contrários, e para descobrir o termo que está desconhecido em uma delas precisamos recorrer à outra.
Definimos o tema do projeto da série em assembleia e criamos justificativas que alinharam os interesses das turmas.
Começamos, então, a pensar no que desejamos pesquisar e a formular as questões de pesquisa. O que queremos saber? Por onde iniciaremos nossos estudos e que caminho percorreremos?
Propor atividades que provoquem tais reflexões é parte do nosso currículo de procedimentos de pesquisa. Entendemos que é fundamental discutir sobre o processo de estudo com as crianças, para que se envolvam e aprendam como se dá uma pesquisa e o quanto ela é parte de um trabalho coletivo e deve, no nosso caso, ter como referência o olhar para a sociedade em que vivemos.