Ginga, legal,
Ginga legal,
Ginga legal,
Capoeira, ginga legal.
Na última terça-feira, o professor Jamal trouxe um incrível circuito. Antes de tudo, aquecemos nossas vozes numa roda de cantoria, ao som do atabaque e do pandeiro.
Começamos nos bambolês com os movimentos do reloginho, balanço da árvore e o pulo da cocorinha. Na corda, fizemos o auê e finalizamos com a meia-lua de frente.
Por utilizar todo o corpo, a capoeira fortalece a coordenação motora, exercitando a flexibilidade, a agilidade e o equilíbrio. Ensina os pequenos, de maneira lúdica e potente, a enxergarem e a sentirem seus corpos.
Viva a Capoeira!
Gostaríamos de pedir sucatas ou materiais que possam ser reciclados, para uma atividade com o grupo Moleque Mateiro.
As F1 foram apresentadas à obra de Eva Furnari de um jeito muito gostoso.
Nossa bibliotecária Paula veio até à Biblioteca da Pereirinha, preparou o espaço com muito carinho e, de forma instigante, apresentou personagens e histórias.
Os nomes tão originais, os traços inusitados e os enredos divertidos criados por Eva Furnari começaram a fazer parte da nossa rotina. Drufs, livro da autora ilustrado com dedinhos, já se tornou sucesso nas turmas.
Em breve vamos ler juntos o livro adotado, Você Troca?
Para quem ainda não trouxe: é importante fazê-lo até a próxima semana.
Após a leitura, as crianças criarão suas próprias trocas, brincando com rimas.
Muitas histórias virão por aí! Estamos só começando a nos deliciar com esse convite para brincar com as palavras.
As turmas do primeiro ano estão conhecendo mais o ritmo da ciranda e aprendendo a linda composição “Ciranda das Mãos”, da Manoela Marinho, também professora de Música da escola.
A ciranda é um brinquedo popular de roda de Pernambuco, cuja dança é marcada com uma pisada à frente no primeiro tempo do compasso ao mesmo tempo em que todos levantam as mãos dadas, sugerindo o movimento do mar que quebra na praia e o vai-e-vem das ondas. Por isso se diz: “A ciranda é praieira”.
Essa movimentação das pernas em sua dança também inspirou metodologias de aprendizagem rítmica e musical como o Método do Passo, do professor Lucas Ciavatta. O objetivo desse método é a compreensão corporal do pulso e do compasso para incorporar tempos e executar os sons com instrumentos ou com o corpo em conjunto.
Inicialmente, escutamos a gravação atentos à letra e à melodia. Depois, iniciamos com os tambores surdos a marcação do tempo forte, no caso o primeiro tempo do compasso. Os ganzás faziam a marcação de todos os quatro tempos do compasso e às vezes dobravam esses tempos. Entre esses timbres graves e agudos está a caixa tocada por mim, a fim de garantir o molho da levada e indicar com suas acentuações o ataque dos surdos na cabeça. Juntando tudo, fomos percebendo em quais palavras ou sílabas da melodia e da letra caíam os tempos fortes.
A fim de compormos uma intervenção rítmica, utilizando os sons corporais que havíamos explorado em aulas passadas, cada turma está criando um trecho de sons corporais que acompanham a canção.
Ao mesmo tempo, estamos imbuídos em esmiuçar os passos da dança. Frente, trás, abriu, cruzou, fazendo a roda girar no sentido anti-horário com precisão. Detalhe: ao darmos as mãos, a mão esquerda com a palma para cima recebe e a mão direita com a palma para baixo, fazendo a energia e a roda girar.
Salve a grande mestra da ciranda, Lia de Itamaracá! Botando o Mundo pra Girar!
As turmas de F2 acompanharam e cuidaram com carinho das sementes misteriosas que plantaram, regando e mantendo a terra úmida. Aos poucos, algumas começaram a brotar, mas, passado um tempo, nenhuma resistiu.
O que será que aconteceu? As crianças refletiram e levantaram algumas hipóteses:
Tinha que ter molhado aos sábados, domingos, feriados e recessos.
Faltou luz do sol.
Não lemos as orientações direito e plantamos errado.
Faltaram animais, fungos e bactérias para ajudarem a semente a crescer.
O vaso era pequeno.
A gente não regou o suficiente ou molhou demais.
Para descobrirmos o que de fato aconteceu recorremos à embalagem das sementes. As crianças descobriram que eram sementes de manjericão e leram informações importantes sobre essa planta e suas necessidades específicas para germinar. Também puderam fazer conexões entre as hipóteses que levantaram e os dados que leram nas orientações.
Assim, compartilharam suas conclusões e as registraram no caderno de Projeto. Se quiserem descobrir por que as sementes de manjericão não resistiram, é só perguntar para as crianças!
A relação das crianças do Ateliê com o Parque Lage tem ficado cada vez mais íntima. A Floresta da Tijuca, com sua abundância, convida as crianças à exploração de sentidos como o toque no contato com a areia, o barro, as diferentes texturas das folhas e galhos, o vento fresco no rosto e a água gelada do lago.
O Parque, que já é uma expansão da nossa escola, se transforma em um quintal sensorial e proporciona às crianças uma forte conexão com o mundo ao redor, através de investigações e descobertas que marcam a infância, que experimentam nesse espaço brincadeiras novas e outras já conhecidas.
As turmas do Ateliê brincam constantemente com a natureza, respeitando seus recursos e desenvolvendo uma sintonia a partir de uma relação de troca, seja em um jogo de bolinha de gude cavando as búlicas, na manipulação do barro com água, na construção de cenários com elementos naturais, entre outras brincadeiras que surgem das próprias crianças.
Os contos de fadas estiveram presentes ao longo de todo o semestre. Em leituras compartilhadas, as crianças refletiram sobre as características do gênero, identificando a atemporalidade, o conflito, a presença dos vilões, dos heróis, dos seres encantados e da resolução do conflito marcando o final.
Juntos, escreveram um reconto, atentos em fornecer ao leitor as informações imprescindíveis para a compreensão da história, sem deixar de pensar na estrutura. Em seguida, receberam o desafio de experimentarem a reescrita individualmente.
Na próxima etapa, o desafio criativo: as crianças da F2 criarão e ilustrarão seus próprios contos de fadas!
As turmas de F2 e F3 foram à Lagoa Rodrigo de Freitas para uma aula de Educação Física diferente.
No local, conversamos sobre a importância da prática de atividades físicas para a saúde e o cuidado com o corpo. Em seguida, partimos para observar o entorno e listamos as diversas práticas corporais observadas naquele ambiente.
Também aproveitamos para colocar o corpo em movimento, realizando atividades relacionadas aos objetos de investigação das turmas durante o semestre e explorando o espaço do parque.
Após as turmas se envolverem com o livro Conversa de Corpo, de Priscila Freire, vivenciaram algumas propostas inspiradas pela história.
Conversamos sobre o conceito de videoarte e sobre como a dança pode se aproveitar desse recurso. A partir das experimentações e criações corporais desenvolvidas pelos alunos, começamos a preparar uma videodança tendo como roteiro esse livro.
As sequências coreográficas que irão compor esse projeto foram desenvolvidas por eles, em pequenos grupos. Os alunos estão orgulhosos e felizes com o resultado desse trabalho, que será compartilhado com todos em nossa Mostra de Artes.
Os alunos do terceiro ano demonstraram uma grande disponibilidade em ajudar as crianças afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, envolvendo toda a comunidade escolar nesse propósito. Iniciamos discutindo o tema e explorando o que eles já sabiam, e como estavam compreendendo a situação.
Utilizamos uma matéria do JOCA, um jornal voltado para o público infantil, como fonte para compreender melhor a situação da região Sul. Os alunos criaram cartazes para incentivar as doações, compartilharam informações com outras turmas e redigiram cartas acolhedoras para acompanhar os brinquedos. Atualmente, estão organizando todas as contribuições recebidas com entusiasmo e dedicação.
É gratificante testemunhar o engajamento e a colaboração deles ao longo desse processo. Ainda há tempo para contribuir, pois as doações serão enviadas no dia 27 de maio, para Eliete, mãe do aluno Eduardo, que está organizando o envio dos brinquedos.
Os alunos estão envolvidos numa proposta muito bacana: desenvolver projetos de paisagismo para os dois pátios da área externa da sede da Rua da Matriz!
Inspirado pelo título da exposição que foi visitada pelos grupos no MAM sobre Roberto Burle Marx, “Lugar de Estar”, o ponto de partida foi uma pergunta que se tornou recorrente em nossos estudos: “O que é preciso para que este espaço se torne um ‘Lugar de Estar’?”. Fica entendido como lugar de estar o espaço no qual muitos tipos de ação são possíveis, como contemplar, se sentar, conversar, brincar, ler, jogar e muito mais. E também onde existe equilíbrio entre o espaço e a natureza.
Com isso em mente, os pequenos paisagistas desceram ao pátio para fazer um reconhecimento das áreas a serem replanejadas. Foi preciso um novo olhar, investigativo e crítico. Mediram, observaram, perceberam o que já funciona e o que precisa ser repensado, identificaram problemas e começaram a desenvolver novas soluções e propostas para esses espaços que fazem parte do dia a dia de todos na escola.
De volta à sala de aula e munidos com laptops, papel e lápis, os alunos pesquisam em diferentes sites de plantas brasileiras. Alguns projetos sugerem a criação de uma horta, outros o plantio de árvores que produzam sombra. A pesquisa ajudou a darmos nomes para essas plantas e ervas.
A finalização desta parte do projeto foi feita em duplas, usando como suporte plantas baixas dos pátios da parte externa da escola. As ideias tomaram formas abstratas e coloridas inspiradas nas pinturas de Burle Marx, e poderão ser apreciadas em nossa Mostra de Artes, dia 22 de junho.
Como parte dos estudos sobre o pensamento multiplicativo que envolvem as operações de multiplicação e divisão, as turmas fizeram exercícios de correspondência de desenhos e quantidades. Utilizando a malha quadriculada dos cadernos de Matemática, retângulos foram construídos utilizando diferentes números de quadradinhos.
Diversas reflexões foram feitas a partir das figuras e as discussões mobilizaram os grupos. Para crianças, nem sempre se trata de uma compreensão óbvia lidar com ideias como retângulos que possuem o mesmo número de quadrados no comprimento e na largura (ou seja, quadrados perfeitos), ou retângulos que mudam de posição dependendo do número de quadrados na horizontal ou vertical, ou, ainda, outros nos quais o total de quadradinhos resulta em um número ímpar.
A intenção deste trabalho é promover a compreensão da relação entre os fatores e o produto na multiplicação. A atividade se desdobra em outras possibilidades, passando pela geometria, no entendimento inicial do conceito de área, na reversibilidade e na investigação sobre as medidas, pois o produto resultante do total de quadrados das figuras pode ser dividido igualmente entre seus fatores (conceito de divisores).
E isso tudo foi estudado com muita diversão, para garantir que a aprendizagem de conceitos matemáticos pode sim ser simples e fazer sentido.
Compreender regularidades e padrões é um objetivo importante em Matemática.
A tabuada há anos foi ensinada e decorada nas escolas e deveria estar sempre na ponta da língua. Hoje, a prioridade é buscar um ensino que faça sentido e que seja significativo.
Nossos alunos buscam relações e exploram os números observando repetições de padrões, dobros, triplos, com pensamento flexível, o que é de grande importância para o aprendizado das operações básicas.
Depois de se apropriarem desse sentido de número, os jogos invadem a sala para favorecer a memorização e trazer diversão para essa tarefa.