Para contribuir com os festejos do Carnaval, apresentamos o livro O rei que amava música: um conto de fadas do Rio de Janeiro, de Ana Luiza Badaró, que conta a história de um rei que amava dançar, sua filha desajeitada e um bruxo muito esperto.
A narrativa explica a origem de algumas montanhas da nossa cidade, como o Morro Dois Irmãos, o Corcovado e a Pedra da Gávea. Envolvidas com a temática, as crianças quiseram saber se esses montes sempre foram assim. Para sanar a curiosidade, viajamos virtualmente pelo Instituto Moreira Salles e conhecemos algumas fotografias de Marc Ferrez e Augusto Malta que retratam a antiga paisagem da cidade. Observando as imagens, os pequenos reconheceram os personagens e constataram que elas sempre estiveram aqui.
Depois, foi a vez do livro Piraiaguara, de Bia Hetzel. Na leitura desse texto, as crianças ouviram sobre a importância da preservação da fauna e flora cariocas, além de descobrirem outra lenda, a do Gigante Adormecido. Depois de muito pesquisar e reler o conto, decidimos através de uma votação gravar um filme para compartilhar com toda a escola a história de Ana Luiza. E as gravações já começaram! Aguardem!
Na Oficina de Construção, realizamos um experimento de óptica a partir de uma proposta simples e desafiadora: conduzir o feixe de luz de um laser até o final da sala utilizando apenas espelhos planos. O ponto de partida e a direção do laser estavam fixos; os grupos podiam intervir apenas no posicionamento dos espelhos para alterar a trajetória da luz.
Durante a atividade, eles começaram a observar a mudança de trajetória do raio quando era refletido pelo espelho. Em um movimento coletivo, os grupos foram ajustando seus espelhos e ajudando uns aos outros a redirecionar o feixe de luz, até que ele percorresse todo o caminho, a fim de resolver o problema proposto.
Nesse primeiro momento, foi interessante observar como as crianças demonstraram uma compreensão concreta da luz, tentando, por exemplo, “empurrá-la” com as mãos quando ela passava pelo lado ou por cima do espelho. Essa percepção material da luz é comum nessa faixa etária e representa um ponto de partida importante para a construção de novos saberes.
Um dos objetivos do experimento foi justamente provocar questionamentos e ampliar a compreensão sobre a natureza da luz, introduzindo sua característica ondulatória de forma vivencial.
Esse primeiro experimento se desdobrará em outros dois, que nos ajudarão a construir nosso projeto experimental do primeiro semestre, sobre luz, onda e som.
F1
O interesse das turmas de F1 pela obra Peixe, de Rosana Paulino, nos levou a um outro trabalho da artista: a série “Jatobá”.
Através dessas pinturas, Rosana homenageia grandes mulheres, aquelas que conseguiram manter seu povo unido e que são detentoras e mantenedoras do conhecimento, comparando-as à grande árvore presente em todo território brasileiro.
Pensando nas memórias do Samba, fomos conhecer uma dessas grandes mulheres: Tia Ciata. A baiana foi uma das figuras mais influentes para o surgimento do samba carioca, uma grande promotora da cultura negra e das tradições africanas no Rio de Janeiro. Nas festas que ocorriam em sua casa, além de festejar os orixás, os convidados jogavam capoeira, comiam as delícias que ela preparava e caíam no samba.
Sua casa foi refúgio num período difícil da nossa história, de muitos preconceitos. Aproveitamos para conversar sobre a importância desses espaços de resistência e arte, que deixaram muitas memórias e ajudaram a formar nossa cultura.
As F2 seguiram com as investigações do Projeto e tiveram uma surpresa especial em sala: foram apresentadas a uma série de objetos que despertaram a curiosidade e o olhar atento de todos.
Entre esculturas, pinturas, dobraduras, instrumentos musicais de ritmos dançantes, xilogravuras e alguns livros, cada item parecia carregar uma história a ser contada.
À medida que os objetos eram retirados de uma bolsa, as crianças se empolgavam e começavam a compartilhar suas impressões. Logo as especulações tiveram início:
“São objetos de arte!”
“Cada um deles representa um tipo de arte.”
“Esses objetos fazem parte da cultura de um povo.”
“Cada povo tem uma cultura.”
“A cultura é a memória de um povo.”
Essas e outras reflexões tornaram a conversa cada vez mais animada. Ao refletirem sobre o que já conhecem, as crianças elaboraram uma lista de elementos que consideram parte da cultura brasileira. A lista ficou extensa, com muitas referências que abrangem diversas características da nossa cultura.
Ao final da atividade, as crianças foram desafiadas a pensar sobre o que gostariam de aprender mais, a partir das descobertas feitas.
Muitas perguntas surgiram, e o interesse em explorar mais sobre a arte, a música, as tradições e a história do Brasil ficou evidente. Esse momento de troca e descoberta foi fundamental para ampliar o entendimento das turmas sobre o país em que vivem e fortalecer sua conexão com a cultura brasileira.
O aprendizado da flauta doce segue seu curso. As crianças já aprenderam as cinco notas da mão esquerda (sol, lá, si, dó e ré). Aprenderam a postura correta do corpo e das mãos, a emissão certa do sopro e também sobre qual a melhor intensidade para se soprar. Esses aprendizados são consolidados com jogos de improvisação e de memorização. Com as notas aprendidas já conseguimos tocar algumas músicas.
Nessa semana as crianças receberam uma apostila com as informações trabalhadas até aqui e sobre iniciação à notação musical formal. Aprender sobre os elementos da escrita musical os preparará para receber a sua primeira partitura.
As F3 participaram de uma atividade investigativa no laboratório de Ciências da escola. Com a ajuda do Henrique, professor de Ciências, as crianças analisaram cinco tipos de tecidos: algodão, elástico, voal, cetim e juta.
A análise foi realizada por meio de testes que permitiram identificar as características de cada material, considerando propriedades como elasticidade, resistência, absorção de água e opacidade. As crianças adoraram descobrir qual tecido esticava mais, qual absorvia mais água e qual era o mais resistente.
Os experimentos e os resultados observados foram registrados em relatórios.
A experiência mostrou que ciência também se faz com as mãos!
As F4 realizaram uma saída de campo pelos arredores da escola com o objetivo de observar e refletir sobre o bairro de Botafogo, onde a escola está localizada. A proposta foi investigar o espaço urbano a partir da vivência cotidiana dos alunos, promovendo um olhar mais atento para o lugar por onde circulam diariamente.
Durante o percurso, as crianças observaram o movimento das ruas, o funcionamento do comércio, os serviços disponíveis, os espaços de lazer e o trânsito. A experiência buscou estimular a curiosidade, a percepção crítica e o interesse por compreender melhor o ambiente urbano e suas dinâmicas.
Essa vivência servirá como ponto de partida para investigações futuras sobre o bairro e sua história, ampliando o conhecimento dos alunos sobre o território que habitam e compartilham.
No primeiro trimestre, as F5 se dedicam ao estudo de conceitos fundamentais para o pensamento matemático, além de consolidar o funcionamento do Sistema de Numeração Decimal e das quatro operações. Para isso, é bem-vindo o uso de jogos enquanto recursos para a aprendizagem matemática, como Bingo, para a construção de números, ou Jogo do Alvo, em que as crianças realizam cálculos com fatores 10, 100 ou 1000.
Também fortalecemos o vocabulário matemático e provocamos a reflexão sobre a reversibilidade dos números através das operações inversas. Nas palavras das crianças, “a operação inversa serve para ver se a conta está correta”, “é a operação contrária”, “é como desfazer o cálculo” e “serve para revelar um termo desconhecido”.
Ao “brincar” com os números e as operações, as crianças aprendem e, por meio das situações-problema, vão relacionando os conteúdos escolares ao cotidiano.
As turmas de F5 começaram o seu processo de sensibilização para o projeto de pesquisa entrando em contato com quatro elementos: terra, fogo, água e ar.
Apreciaram uma videodança na qual o bailarino e coreógrafo Momo Sanno criou sequências coreográficas tendo esses elementos como referência. Conversamos sobre as diferenças entre as sequências e sobre as qualidades de movimento presentes nos passos escolhidos:
“Na dança do ar, eu vi ele flutuando, eram movimentos muito leves.”
“No fogo ele fez movimentos muito rápidos e que pareciam faíscas descontroladas.”
“Em cada elemento ele fazia um tipo de movimento: rápido, devagar, forte, fraco.”
A partir dessa conversa, experimentamos no corpo essas diferentes qualidades de movimento e, divididos em grupo, criamos sequências de cada elemento.
Esse já é um começo de pesquisa para a montagem da nossa coreografia sobre os 4 elementos, que será apresentada na Mostra de Artes, dia 14 de junho.