Nas aulas de Ioga, as crianças têm acompanhado com atenção a leitura das Aventuras do Menino Iogue, de Antônio Tigre.
Curiosas, embarcaram nessa aventura rumo às montanhas do Himalaia, aprendendo e experimentando jogos e brincadeiras propostos ao longo da história, que de forma lúdica os aproximam ainda mais dessa prática milenar.
O Parque Lage continua sendo um espaço privilegiado para observação, descobertas e vivências positivas. Enquanto exploram os elementos da natureza, as crianças criam, investigam e se envolvem profundamente em suas brincadeiras.
Água, terra, galhos, folhas e tantos outros elementos naturais se transformam em brinquedos, cenários, comidinhas e ferramentas de construção, impulsionando a imaginação e a criatividade.
Durante a exploração, o grupo encontrou um caramujo-africano e solicitou apoio ao Plínio, do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), para realizar o recolhimento de forma segura. Plínio acionou o pesquisador Sérgio, do Instituto Oswaldo Cruz, que estava no Parque e prontamente se dirigiu ao local. As crianças tiveram a oportunidade de conversar com ele e esclarecer algumas dúvidas. Ele foi muito atencioso e respondeu com cuidado às curiosidades das crianças.
É bonito observar como as crianças vêm se apropriando cada vez mais desse espaço tão rico, fortalecendo sua conexão com a natureza e ampliando suas experiências no ambiente natural.
As turmas de F1 receberam uma visita muito especial que veio falar sobre a bateria, que é o coração de uma escola de samba.
João é professor de música do Ensino Médio da Sá Pereira e também professor da bateria do nosso bloco de carnaval.
Ele respondeu a diversas perguntas formuladas pelas crianças e trouxe muitas curiosidades sobre a bateria de uma escola de samba.
O que são ritmistas?
Tem pandeiro na escola de samba?
Qual o maior e o menor instrumento?
O que faz o mestre de bateria?
Criança pode tocar na bateria?
Quantas escolas de samba tem no Rio de Janeiro?
Para ajudar nessa conversa, João trouxe alguns instrumentos que compõem a bateria de uma escola de samba e falou um pouquinho de cada um deles. Nome, tamanho, formato, som e sua localização dentro da bateria — essas foram algumas das curiosidades que ele esclareceu para o grupo.
As crianças ficaram surpresas ao saber que tradicionalmente o toque dos instrumentos tem ligação com os orixás. Outra surpresa foi saber que a bateria de uma escola não pode ter menos de cem pessoas.
Foi um encontro que trouxe muitas contribuições para o projeto das turmas.
“João, você foi muito gentil em vir falar com a gente sobre tudo que você sabe sobre bateria. Obrigado!”
Após o passeio por Santa Teresa e a visita ao ateliê do artista Getúlio Damado, as F2 enfrentaram o desafio de criar bonecos inspirados em sua obra, utilizando materiais semelhantes aos que o artista costuma empregar: itens de reuso, madeira, pregos, cola e tinta.
O processo começou com a elaboração de projetos individuais, em que cada criança pensou, em desenho, de que material poderia ser feita cada parte do boneco. Com os projetos prontos, foi hora de transformar as ideias em realidade, utilizando os materiais disponíveis na escola e contribuições enviadas pelas famílias.
Na etapa final, os grupos foram à oficina de marcenaria da escola com o professor e marceneiro João, que apresentou ferramentas como lixas, furadeira e parafusadeira. As crianças participaram com entusiasmo de cada momento do processo e criaram bonecos incríveis, cheios de personalidade e criatividade, que serão expostos na Mostra de Artes.
As turmas de F2 iniciaram seu percurso trazendo objetos que são significativos para os alunos, e, nas aulas de Dança, começamos a explorar um tipo muito especial de objeto: os brinquedos.
Conversamos sobre como os brinquedos fazem parte da infância e podem inspirar movimentos e descobertas. Trouxemos vídeos de marionetes para apreciarmos e, depois, Filipa e Eric, da F2A, também contribuíram trazendo marionetes de casa para compartilharem com os amigos.
Retomamos a conversa sobre as articulações do corpo e as partes que conseguimos dobrar. Vivenciamos no corpo como seria dançar como uma marionete. Em duplas, uma criança conduzia os movimentos da outra através das articulações, experimentando diferentes formas de guiar e ser guiada.
Em um segundo momento, o fantoche também apareceu, e a partir dele experimentamos dançar com apenas uma parte do corpo liderando o movimento. Assim, com brincadeira, escuta e imaginação, nossa coreografia para a Mostra de Artes começou a nascer.
A partir do mapeamento das estratégias de cálculo utilizadas pelas crianças das F3, apresentamos uma importante ferramenta: o ábaco. Essa calculadora antiga, usada por diversos povos ao redor do mundo, ajuda a consolidar conceitos fundamentais do nosso sistema de numeração, como o valor posicional dos algarismos e os agrupamentos de dez.
As crianças demonstraram grande entusiasmo ao explorar essa ferramenta diferente, desafiando-se com diversas operações de adição.
O próximo passo será trabalhar com subtrações utilizando esse instrumento. O ábaco possui regras específicas que auxiliam os alunos a organizar seu raciocínio para os próximos desafios matemáticos que virão.
As turmas de F4 estão mergulhadas no universo do samba, e nas aulas de Dança ampliamos esse olhar ao conhecer o Jongo, uma manifestação cultural afro-brasileira considerada o “avô do samba”.
Começamos escutando sua história e conhecendo como o jongo foi trazido para cá, sendo transmitido oralmente e corporalmente por gerações, e como se transformou até influenciar o samba que conhecemos hoje.
Conversamos sobre a importância dos mais velhos na preservação dessa dança e sobre como, com o tempo, os mais jovens precisaram se envolver também para que o jongo não desaparecesse.
Depois dessa conversa inicial, conhecemos e experimentamos os três passos mais característicos do jongo: o mancador, o tabiado e o amassa café. A cada passo, observamos os ritmos, os gestos e os sentidos que atravessam essa dança. Iniciamos, assim, o processo de criação coreográfica para a nossa Mostra de Artes, inspirados em tudo o que vivenciamos.
Muito envolvida pelo tema do projeto da turma, a galerinha do quarto ano iniciou uma pesquisa de imagens das principais figuras que formam uma escola de samba.
Já na conversa inicial, alguns personagens surgiram de imediato: porta-bandeira, rainha de bateria, “o moço que toca o pandeiro”, entre outros.
Depois de apreciarem as imagens favoritas, em grupos, os alunos começaram a traçar os sambistas numa grande folha de papel craft, usando seus próprios corpos como modelo. Foi divertido apreciar a organização dos grupos se revezando nas funções para que os registros ficassem parecidos com as referências escolhidas.
Logo em seguida, pincéis e potes de tinta guache fizeram a alegria da criançada! Hora de pintar as alegorias!
Escolheram as cores, relacionando-as com as escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro, misturaram outras para encontrar os tons de pele desejados e se empenharam em trazer realismo nos detalhes e complementos.
Nas aulas de Matemática, as F4 foram convidadas a refletir sobre o conceito de multiplicação, partindo da compreensão de somas sucessivas. Por meio de atividades em que parcelas de mesmo valor se repetem, as crianças perceberam que somar várias vezes o mesmo número pode ser representado de forma mais eficiente pela multiplicação. Assim, surgiram conexões importantes com os elementos da operação: fatores e produto.
Isso ajudou a consolidar o entendimento de que multiplicar é uma forma de somar quantidades iguais.
A proposta foi aprofundar esse conceito, aproximando-o de situações reais e significativas para a faixa etária. Em vez de apenas memorizar as “tabuadas”, os alunos foram incentivados a vivenciar a multiplicação como uma ferramenta para resolver problemas do cotidiano.
A partir daí, as turmas foram desafiadas a explorar outras situações em que a multiplicação aparece, como nas combinações de elementos diferentes. Por exemplo:
“Rafael tem dois tipos de pão e quer combiná-los com três tipos de recheio. Quantos sanduíches diferentes ele pode montar?”
Neste caso, a multiplicação surge como estratégia para contar possibilidades (2 tipos de pão × 3 tipos de recheio = 6 combinações possíveis). Essas situações incentivaram a organização de dados, a formulação de hipóteses e o uso de diagramas, como as árvores de possibilidades, ampliando a compreensão dos alunos sobre o papel da multiplicação no mundo real.
Como parte do processo coletivo e investigativo que orienta nosso trabalho com projetos, as assembleias têm papel essencial: são espaços de escuta, argumentação, construção de sentido e tomada de decisões compartilhadas. É nesses momentos que as crianças exercitam o diálogo e se reconhecem como parte ativa do grupo e da aprendizagem.
As F5 se reuniram para uma assembleia com um objetivo especial: a escolha do título do projeto — e noticiaram o encontro.
Na última sexta-feira, dia 9 de maio, nos reunimos com as outras turmas para observar os resultados da votação para o título do projeto do 5⁰ ano.
Cada turma elegeu dois nomes e, numa única votação, com seis títulos possíveis, os estudantes escolheram o seu favorito. Para isso, usamos o Classroom e, assim, o voto foi secreto.
O título campeão, com 21 votos, foi: Terra, fogo, água e ar: para onde os elementos irão nos levar?
Texto coletivo F5A
Agora, com o título definido, seguimos em frente nas investigações, atentos aos caminhos que os elementos da natureza e a curiosidade das crianças ainda vão nos revelar!